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Polo de Itaquaquecetuba
Curso: HISTÓRIA
Itaquaquecetuba
2019
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SUMÁRIO
Resumo........................................................................................................................3
Introdução….................................................................................................................4
2. Capítulo II - O edifício-monumento.......................................................................11
3.2. O monumento.................................................................................................17
Considerações finais..................................................................................................19
Referências bibliográficas..........................................................................................21
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Resumo
3
Introdução
4
Procuraremos entender, o porquê um monumento, segundo a sociedade da
época, deveria a homenagem apropriada, e por que evidenciar a importância de ter
São Paulo como principal cenário deste acontecimento. Apesar dos esforços, o
governo estadual e municipal não dispunha de capital. Sendo assim, foi necessário a
arrecadação de recursos, e o meio encontrado foi o uso de loterias. Iremos entender
como se iniciou essa prática no Brasil e seu resultado, em relação ao projeto do
monumento. Analisaremos também o edital do concurso para centenário da
independência, algumas repercussões e críticas, a seu ganhador Ettore Ximenes, e
os percalços para sua inauguração. A finalidade é entender como o processo
legislativo se desenvolveu mediante a um pedido de personalidades notáveis da
sociedade paulista.
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1 – Capítulo I - Percurso para Independência
2 CAVALLI, 2010, p. 3.
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acordo com Oliveira (2011) a pretensão paulista, portanto, era erguer na cidade de
São Paulo o maior e mais conhecido monumento escultórico brasileiro em
comemoração à independência do Brasil. Porém. Mas, apenas em 1855, foi
decretado a Lei n°26 da Assembleia Provincial que, concretizava o desejo dos
paulistas. A lei contém os seguintes artigos:
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Art. 3.° - Ficam revogadas as disposições em contrario. 3
(SÃO PAULO, 1912, p.156)
O artigo sete, fala da abertura de uma comissão, que seria auxiliada pela
câmara municipal da cidade de São Paulo, dando-a certa autonomia para a
execução do projeto. Nesta comissão, surgiu a ideia de que não apenas uma obra
escultural deveria ser construída, mas também a criação de um aparato que
abarcasse uma proposta cultural e educacional4.
3 https://www.al.sp.gov.br/norma/139869
4 https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=312863
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Apesar disso, em 1880, foi aprovada a Lei n°495 que, concedia três loterias
para a construção do monumento do “Ypiranga”. Esses bilhetes, também foram
vendidos em outros estados. Apesar de, a finalidade ser a construção do
monumento para uma homenagem nacional à independência, pessoas de várias
classes sociais compravam os títulos, e enxergavam a chance de ganhar uma alta
soma, os escravos eram consumidores também dos bilhetes, e alguns ganharam o
prêmio da loteria do Ipiranga.
5 https://www.al.sp.gov.br/norma/138762
6 https://www.al.sp.gov.br/norma/138982
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ser dado nesse instituto.
Art. 6.º - Na distribuição do ensino pratico seguir-se-ha, tanto
quanto f ôr applicavel ás condições do paiz, o plano dos
institutos technicos da Inglaterra, França, Allemanha e
Estados-Unidos.
Art. 7.º - Para o provimento das diversas cadeiras f ica o
presidente da provincia autorisado a contractar no paiz ou no
estrangeiro, prof essores com as habilitações reconhecidas. O
contracto não poderá exceder o prazo de dez annos.
Art. 8.º - Elaborado o plano de ensino e approvado pelo
presidente da provincia, só poderá ser alterado depois de
constituida a directoria do estabelecimento scientif ico sob
proposta desta e ouvido o conselho administrativo.
Art. 9.º - Construido o edif icio e installados os cursos, se
constituirá com o restante do producto d as loterias um
patrimonio em apolices da divida publica.
Art. 10. - A administração technica do estabelecimento
compete ao director e prof eesores, de conf ormidade com o
regulamento que será proposto por elles e approvado pelo
conselho administrativo composto de vinte membros
nomeados pelo presidente da provincia, logo que começar a
f unccionar o instituto:
§ 1.º - Quando se der alguma vaga no conselho
administrativo, ao mesmo conselho compete preenchel-a.
§ 2.º - As attribuições deste conselho serão f ixadas em
regulamento especial dado pelo presidente da provincia.
Art. 11. - Se f orem concedidos mais amplos auxilios a esta
instituição de ensino, aos cursos creados se annexarão uma
escola de medicina e uma de engenharia.
Art. 12. - Revogam-se as disposições em contrário.
Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o
conhecimento e execução da ref erida aí pertencer, que a
cumpram e f açam cumprir tão inteiramente como nella se,
contém.
2 – Capítulo II - O Edifício-Monumento
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pela comissão de obras do monumento para fazê-lo em 1884. Seu projeto inicial era
um retângulo alongado com dois braços nas extremidades, porém, foram retiradas
do projeto as laterais, por falta de recurso, mesmo assim, as suas dimensões são
caracterizadas, segundo Guilhotti, Lima e Menezes (1990, p.14) o prédio não era
como um monumento qualquer, mas como “um palácio.”
Mais uma vez, São Paulo quis relembrar da sua importância, em relação à
independência. Mesmo na república, revela-se um anseio de apresentar onde se
iniciou o conceito da nação brasileira. E, mesmo após um edifício-monumento
construído, o quadro que foi encomendado para pintor Pedro Américo,
“Independência ou Morte”, a proposta do projeto de Lei n° 34/1912, era ter outra
obra de característica comemorativa.
7 https://www.al.sp.gov.br/norma/65515
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Nicola Rollo e Ettore Ximenes. As maquetes dos projetos ficaram expostas no
Palácio das Indústrias, e aberta para visitação do público. Por isso, a i mprensa
participou ativamente, lançando enquetes para saber a opinião das pessoas sobre a
melhor maquete:
O concurso foi duramente criticado pela Sociedade das Belas Artes do Rio de
Janeiro, Monteiro (2017, p.142) nos informa que, havia acusação em relação os
organizadores de terem escolhido um vencedor, mesmo antes de apresentarem as
maquetes, alguns intelectuais da época, também não ficaram completamente
satisfeitos com o edital e a forma que o concurso foi desenvolvido.
Ettore era um artista siciliano, já conhecido no mundo das artes, fizera outras
esculturas ao redor do mundo e até mesmo na América do Sul. Conhecido e
aclamado pelos críticos de arte da época, chega ao Brasil para participar do
concurso paulista. Já em São Paulo, fez aparições em Jornais que, expunham suas
obras anteriores, fazendo conhecido entre a sociedade paulista. Ettore foi
considerado um concorrente implacável mesmo antes do início da exposição das
maquetes no Palácio das Indústrias11.
3.2 - O Monumento
Segundo Monteiro (2017, p.395), nos jornais não houve destaque em relação
ao monumento do Ipiranga, no centenário houve a uma inauguração apenas do
painel de Bronze “Independência ou Morte”. Apesar do Museu Paulista ter uma
programação para a comemoração divulgada, na programação da cidade o
monumento estava ausente.
Considerações finais
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Referências Bibliográficas
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de; GUILHOTTI, Ana Cristina; LIMA, Solange
Ferraz de. Margens do Ipiranga: um monumento - museu. Margens do Ipiranga:
1890-1990, São Paulo, USP, 1990. Disponível em:
<http://mp.usp.br/sites/default/files/as_margens_do_ipiranga.pdf>.
Acesso em: 03 out. 2019.
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FERREIRA, Paula Botafogo Caricchio; BERBEL, Marcia Regin a. Redatores no Rio
de Janeiro e Deputados nas Cortes de Lisboa pela construção da monarquia
constitucional portuguesa (1821-1822). 2011. Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-
18042011-155431/>. Acesso em: 03 out. 2019.
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