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CENTRÍFUGAS
Resumo
1. INTRODUÇÃO
A confiabilidade e continuidade operacional das unidades de processo passam,
entre outros aspectos, pela qualidade da operação e manutenção das bombas
centrífugas, como também pela adequação destes equipamentos às condições de
operação.
Ambiente
(2) Consultor - Petrobras – Refinaria Landulfo Alves (2) Gerente Confiabilidade Petrobras – Refinaria Landulfo
Alves (3) Consultor – SENAI-CIMATEC - BA; (3) Técnico Manutenção - Petrobras – Refinaria Landulfo Alves
Nacional do Petróleo (CNP), e entrou em operação em setembro de 1950
processando 1.000 barris/dia. Posteriormente com a criação da Petrobras em 1954
foi incorporada ao sistema. Nestes 59 anos de existência a unidade passou por
várias modernizações e ampliações que resultou na segunda maior refinaria do país
em processamento e complexidade. Entre outros produtos a UN-RLAM é detentora
de 14,48% da capacidade de processamento de petróleo e 15,28% da capacidade
de craqueamento do sistema Petrobras. Além da produção de gasolina, diesel,
GLP, QAV, querosene e propeno, a UN-RLAM ainda é responsável pela produção
produtos de alto valor agregado a exemplo de óleo lubrificante e parafina.
2. OBJETIVO
3. JUSTIFICATIVA
Criação do GT Bombas
4. MODELO DE ANÁLISE
Com a equipe montada e pelo seu perfil multidisciplinar o GT optou em desenvolver
uma abordagem abrangente da confiabilidade em bombas centrífugas. Esta
abordagem é fruto do sucesso parcial de outras iniciativas que possuíam uma visão
tecnicista do assunto, produzindo ações corretivas concentradas na alteração física
dos equipamentos. A visão sistêmica adotada pelo grupo permitiu o
aprofundamento das questões, principalmente relacionado com o comportamento
humano na interação deste com o sistema.
Nesta perspectiva foram abordados os assuntos abaixo com suas linhas de ação.
• Processo. Foram avaliados quão estáveis são as unidades processos, de
forma a propiciar ao operador um ambiente em que as intervenções sejam
precedidas de uma análise profunda da condição operacional. Uma planta
em que os alarmes, malhas de controle abertas e eventos anormais ocorrem
com freqüência, aumenta a chance de erros humanos, pois solicitam do
operador excessivas intervenções na planta. As ações identificadas para a
promoção da disciplina operacional de operação das unidades, estão listadas
abaixo.
o Gestão dos Processos Operacionais (GPO). Desenvolvimento de
software que monitora a performance, on-line, de variáveis de
processo quanto à: manutenção dos seus valores dentro dos limites
operacionais; e a violação destes limites. Identificadas como críticas e
vitais, estão distribuídas nas dimensões: Segurança de Processo,
Confiabilidade Operacional, Otimização e Resultado.
5. A CONFIABILIDADE HUMANA
Sob a expressão Falha Humana cabem muitas linhas de pensamento em nosso
mundo moderno. Segue rápida revisão e as linhas de aplicação nas tarefas de
manutenção que foram determinantes no desenvolvimento deste trabalho.
Apesar de várias visões não há consenso sobre um método que seja capaz de
agrupar todas as questões envolvidas na complexidade do desempenho humano
em uma tarefa. Mas muitas ações podem ser tomadas, particularmente se falamos
em falhas humanas na manutenção de equipamentos.
Na área de petróleo existe a referência da API 770 (versão Fev 2001) [6], que
resume as suas linhas de ação, como se segue:
• Boas Práticas de Engenharia de Fatores Humanos no projeto;
• Uso de Procedimentos bem Desenhados no lugar dos procedimentos
tradicionais no estilo narrativo;
• Reprojeto das Interfaces Homem/Máquina;
• Redefinição da sinalização de válvulas.
6. METODOLOGIA
Kirwan (1993) [9], em seu livro resume diversas técnicas sobre a análise de tarefa
mostrando as abordagens mais próximas dos modelos de engenharia sobre o
assunto. Já Leplat et all (1990) [10] e Guerin et all (1997) [11], com uma abordagem
filosófica sobre o tema ergonomia, chama a atenção para os processos
demandados ao executante no desempenho da tarefa pelos diversos agentes
envolvidos, fato este não percebido pelas técnicas descritas por Kriwam. Neste
trabalho optou-se por uma combinação das duas visões, de forma a obter o máximo
de informações das observações da tarefa.
Com este objetivo foi analisado todos os agentes envolvidos, internos ou externos a
tarefa (como a tecnologia e a Supervisão) e internos ou externos à organização
(como as políticas da empresa e o fabricante do equipamento), que possuíam
impactos direto na qualidade da execução da tarefa.
Embrey (2006) discute que um dos grandes problemas que afetam a produtividade
na área operacional da indústria e dos serviços é a não aceitação dos
procedimentos na rotina. Assim, ele realizou enquete no Reino Unido, e os motivos
seriam: as pessoas preferem se basear na sua própria habilidade/ experiência não
aceitando o que outros preparam através de procedimentos; outras tantas pessoas
assumem saber qual é o procedimento, portanto, não precisam segui-lo à risca; por
outro lado, na enquete as pessoas afirmam que se o procedimento for seguido à
risca pode não ser feito no tempo e, finalmente; as pessoas não são avisadas sobre
a existência destes novos procedimentos.
Para tratar o problema sobre qual o tipo e formato de documento escrito, Embrey
(2006) propõe um método, chamado de CARMAN (Consensus based Approach to
Risk Management), levando as práticas de trabalho, as tarefas reais, como base
para alimentar o gerenciamento dos riscos. Os grupos de trabalho buscam escrever
um procedimento com as melhores práticas, trazendo a experiência do campo para
análise e desenvolvimento de procedimentos da tarefa.
7. ESTUDO DE CASO
Em parceira com o SENAI-CIMATEC e com a consultoria da RPBC/MI/ED a UN-
RLAM, aplicou a metodologia de análise de tarefa (Task Analysis) para identificar os
documentos, os conhecimentos, as habilidades necessárias aos executantes e aos
membros da assistência técnica envolvidos nas manutenções dos equipamentos.
O equipamento escolhido para iniciar o trabalho foi a bomba “back pull out”, figura 2,
na tarefa de manutenção corretiva já que este tipo de equipamento concentra mais
de 60% das intervenções em bombas centrífugas na unidade estudada.
Figura 2. Configuração típica de uma bomba “back-pull-out”. Fonte. API 610 10º
Edição.
A tabela abaixo explicita as etapas desenvolvidas pela equipe e os tempos
estimados de realização. Em negrito estão as atividades que mais impactaram
positivamente na reestruturação da forma de intervenção nas bombas centrífugas.
Tabela 1
7.1 A realidade da Tarefa
Um dos primeiros diferenciais foi a avaliação, presencial e por entrevista, das
tarefas desenvolvidas pelos mecânicos nas unidades e nas oficinas. Nesta
avaliação foi possível identificar as condições de realização das tarefas, os
instrumentos e os procedimentos, como também os conhecimentos e as habilidades
necessárias.
Outro produto desta fase foi a reformulação dos procedimentos de execução, onde
teve o executante como seu principal cliente. Os procedimentos antes de depois da
reformulação estão nas figuras 6 e 7 respectivamente.
TOTAL 83 33
.
• Desenvolvimento de competência. Das observações realizadas nas
práticas de execução, dos requisitos de qualidade técnicas do reparo e dos
cursos de capacitação realizados nos últimos anos, percebeu-se uma lacuna
no desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades requeridas pelas
tarefas, principalmente aquelas específicas de medição. Foi desenvolvido
em parceria com o SENAI/CIMATEC um curso e disponibilizado para
qualquer empresa que atua no mercado de manutenção de bombas, sendo
exigência contratual para as empresas que atuarem dentro da UN-RLAM.
200%
180%
160%
140%
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2.005 2.006 2.007 2.008 2.009
BBA/Acumulado 100% 124% 187% 151% 29%
140,00%
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
2007 2008 2009
Média Mensal 100,00% 122,09% 78,56%
9. CONCLUSÃO
10. REFERÊNCIAS
1. CENTER OR CHEMICAL PROCESS SAFETY. Guidelines for Preventing Human
Error in Process Safety. New York – NY. American Institute of Chemical Engineers,
1994.
2. Swain, A.D., Guttmann, H.E.. Handbook of Human Reliability Analysis with Emphasis
on Nuclear Power Plant Applications – Final Report. Sandia National Laboratories,
Contract DE-ACO4-76DP00789 OF United States Department of Energy, Albuquerque-
USA, 1983.
3. REASON, J.. Human Error. Cambridge University Press, Cambridge, 1990, 5a ed. 1997.
4. HOLLNAGEL, E.. Human Reliability Analysis: Context and Control. Academic Press:
London, 1993.
5. FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. The Human Factors for maintenance and
Inspection Aviation. [on line]. Disponível: http//www.hsskyway.com, março 2009.
6. API 770 – A Management Guide to Reduce Human Errors – Improving Human
Performance in Process Industries. American Institute Petroleum API Publication 770.
Março 2001
7. REASON, J., Alan Hobbs. Management Human Error, A Practical Guide. Ashgate
Publishing Company, Hampshire –En, 1a ed, 2003.
8. EMBREY, D. Preventing Human Error: Developing a Consensus Led Safety Culture
based on Best Practice. Human Reliability Associates LTDA. 2006.
9. KIRWAN, B, ASHWORTH, L.K.. A Guide to Task Anlysis. 2a ed., Taylor & Francis,
1993
10. LEPLAT, J. , et all. Les Facteurs Humanine de La Fiabilité dans Les systems Complexes.
Octares Entreprise. Marseille. 1990.
11. GUÉRIN, F., LAVILLE, A., DANIELLOU, F., DURAFFOUG, J. , KERGUELEN,A. .
Compreender o Trabalho para Transformá-lo: a prática da ergonomia. Tradução
Ingrata, M.J.G., MAFFEI, M., 2001, original 1997. São Paulo, Edgard Blucher, Fundação
Vanzolini. ISBN 85-212-0297-0.