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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Compreensão e interpretação de textos é um tema que nos acompanha na vida escolar, nos
vestibulares, no Enem e em todos os concursos públicos. Comumente encontrarmos pessoas que se
queixam de que não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes
de resolver questões sobre compreensão e interpretação de textos.
Nos concursos públicos, este tema está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre
vários textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a
habilidade do concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com
muita atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para
responder com muita confiança.
Por isso, consideramos que são condições básicas para o candidato fazer uma correta interpretação
de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação,
conotação), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio"¹.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões
relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-
se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto
original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
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Exemplo
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
d) Capacidade de raciocínio.
Interpretar X Compreender
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Erros De Interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais freqüentes
são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um
conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas
e, conseqüentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR
DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai
dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo
adequado a cada circunstância, a saber:
QUEM (PESSOA)
COMO (MODO)
ONDE (LUGAR)
QUANDO (TEMPO)
QUANTO (MONTANTE)
EXEMPLO:
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a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios
sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do
3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o
assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de
compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada
então o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo
texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.
Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um
dicionário por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a
pena separar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado
da palavra. Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao
dicionário toda hora.
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou
uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras
dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando
para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.
3) Leia no papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de
possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas
e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e,
portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude
por livros de papel ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem
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desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à
mão consegue lembrar melhor do que estuda.
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem
dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de
um mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de
forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da
página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa
frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e
superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa
leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45
minutos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá
recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a
reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!
Estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para adquirir a informação, ou
ainda procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura.
São planos flexíveis adaptados às diferentes situações que variam de acordo com o texto a ser lido e
a abordagem elaborada previamente pelo leitor para facilitar a sua compreensão (Duffy & cols., 1987;
Brown, 1994; Pellegrini, 1996; Kopke, 2001).
Duke e Pearson (2002) identificaram seis tipos de estratégias de leitura que as pesquisas realizadas
têm sugerido como auxiliares no processo de compreensão, a saber: predição, pensar em voz
alta, estrutura do texto, representação visual do texto, resumo e questionamento. A predição implica
em antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente para facilitar
a compreensão.
Pensar em voz alta é quando o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê. Tem sido demonstrado
melhora na compreensão dos alunos quando eles mesmos se dedicam a esta prática durante a
leitura e também quando professores usam rotineiramente esta mesma estratégia durante suas
aulas.
A análise da estrutura textual auxilia os alunos a aprenderem a usar as características dos textos,
como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar
para compreensão e recordação do conteúdo lido. A representação visual do texto, por sua vez,
auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando
formam uma imagem mental do conteúdo.
Resumir as informações do texto facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e
destaque das informações mais relevantes do texto. Questionar o texto auxilia no entendimento do
conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também
que a compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o
texto.
Além disso, a utilização de estratégias de leitura compreende três momentos: o antes, o durante e o
após a leitura. Na pré-leitura, é feita uma análise global do texto (do título, dos tópicos e das
figuras/gráficos), predições e também o uso do conhecimento prévio. Durante a leitura é feita uma
compreensão da mensagem passada pelo texto, uma seleção das informações relevantes, uma
relação entre as informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da
leitura, para confirmá-las ou refutá-las. Depois da leitura é feita uma análise com o objetivo de rever e
refletir sobre o conteúdo lido, ou seja, a importância da leitura, o significado da mensagem, a
aplicação para solucionar problemas e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o
tema. Também é realizada uma discussão da leitura, com expressão e comunicação do conteúdo lido
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após análise e reflexão, seguida de um resumo e de uma releitura do texto ( Kopke, 1997 ; Duke &
Pearson, 2002).
Considerando-se esses aspectos, o ensino de estratégias de leitura abre novas perspectivas para
uma potencialização da leitura, possibilitando aos alunos ultrapassarem dificuldades pessoais e
ambientais de forma a conseguir obter um maior sucesso escolar. Essas podem e devem ser
ensinadas nas séries iniciais do ensino fundamental.
Dentre as estratégias de leitura que professores podem ensinar está focar a atenção dos alunos nas
idéias principais; perguntar aos alunos questões sobre seu entendimento para ajudá-lo a monitorar
sua compreensão; relacionar o conhecimento prévio dos alunos com nova informação; professores
podem questionar e designar feedback para ajudar os alunos a aplicarem técnicas e estratégias de
estudo apropriadas; podem treinar os alunos a usarem essas estratégias e técnicas de maneira mais
efetiva; utilizar reforços positivos verbais e de escrita com os alunos que apresentam baixa
compreensão; pode-se fazer questões aos alunos para ajudar a reconhecer a contradição entre o que
ele realmente conhece e o que ele pensou conhecer, mas não conhece; além de considerarem a
variedade dos textos estruturados na preparação dos textos para alunos e plano de aula.
Outra forma é ensinar estratégias específicas, como fez Song (1998) em seu estudo. O professor de
uma classe de leitura de língua estrangeira de uma universidade ensinava a resumir, questionar,
esclarecer e predizer. Os estudantes, por sua vez, recebiam um guia prático no qual pontuavam
quando eram capazes de utilizá-las sozinhos. O resultado desse trabalho indicou que o treino de
estratégias foi eficaz para o aprimoramento da leitura, e que a eficácia variou com a proficiência em
leitura inicial do sujeito. Além disso, foi possível identificar melhora no desempenho geral em leitura
dos alunos.
Várias pesquisas sobre o ensino das estratégias de leitura têm constatado que essa é uma ação
eficaz para não somente para alunos com dificuldade em compreensão, mas também para os leitores
hábeis (Song, 1998; Magliano, Trabasso & Graesser,1999; Rhoder, 2002; Ferreira & Dias; 2002).
Cabe destacar que o psicólogo escolar pode ser responsável por avaliar e assessorar os professores
para a realização dessa atividade de ensino.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos
cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A
classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação
de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que
se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros
como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do
objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
3.1 Dissertação-Argumentação
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do
presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para
montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal,
aniversário, etc.).
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que
existe também o tipo predição.
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por
ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas,
previsões escatológicas/apocalípticas.
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada
mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve
personagens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um
enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista,
conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros Textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos.
Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com
características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em
situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam
em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio,
podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se
trata de "carta pessoal", a presença de aspectosnarrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é
mais comum. No caso da "carta denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente
necessidade de o exporao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais
utilizados.
Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo einjuntivo que tem
por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para
preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no
imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo
a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em
um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens.
Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes,
minuciosamente descritos.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento
atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia,
poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais
frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o
conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e
comove pode ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a poesia ao gênero
<poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa
poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados).
Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as
rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se
repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A
tipologia narrativa tem prevalêncianeste caso.
Adivinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de
engenhosidade. Predominantemente dialogal.
Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para
publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada
ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo.
Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é
oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e dalinguagem, consegue utilizar todas
as tipologias textuais com facilidade.
Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de um
indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um traz.
Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no
futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos
tipos narrativo e descritivo.
Gêneros Literários:
Gênero Narrativo:
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de
uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam
um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os
Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais
verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida
por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o
casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É
o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade
do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis,
e A Metamorfose, de Kafka.
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras,
anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a
reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto
surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade;
contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um
contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o
suspense e a solução de um mistério.
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são
não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter
um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou
artigo de jornal, revistas e programas da TV..
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico,
filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades
como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo:Ensaio sobre a
tolerância, de John Locke.
Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os
papéis das personagens nas cenas.
Farsa: A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos como o absurdo, as
incongruências, os equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o
engano.
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua
origem grega está ligada às festas populares.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural
nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.
Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à
do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os
pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto
máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um
poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare.
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e
cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus
símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma
ode com acompanhamento musical;
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às
belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de
desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada
verso formam uma palavra ou frase;
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo
característico e refrão vocal que se destinam à dança;
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de
três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3°
verso 5 sílabas;
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima
geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas,
portanto.
Gêneros e tipos textuais são dois conceitos distintos, embora ainda seja bastante comum a confusão
entre esses elementos.
Tipos Textuais
Gêneros textuais
Os tipos textuais são caracterizados por propriedades Possuem função comunicativa e estão
linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos inseridos em um contexto cultural.
verbais, construções frasais etc.
Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e
é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. O gênero textual exerce
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
funções sociais específicas, que são pressentidas e vivienciadas pelos usuários da língua. Mas você
deve estar perguntando-se: “por que é importante saber a diferença entre gêneros e tipos textuais?”.
Saber as diferenças elencadas no quadro acima é fundamental para a correta distinção entre gêneros
e tipos textuais, pois quando conhecemos as características de cada um desses elementos, fica
muito mais fácil interpretar um texto. A interpretação está relacionada não apenas com a construção
de sentidos, mas também com os diversos fatores inerentes à estruturação textual.
Podemos chamar de tipos textuais o conjunto de enunciados organizados em uma estrutura bem
definida e facilmente identificada por suas características predominantes. O termo tipologia
textual (outra nomenclatura possível) designa uma sequência definida pela natureza linguística de
sua composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. Objetivamente, dizemos que o tipo
textual é a forma como o texto apresenta-se.
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas diferentes provas
de vestibular e concursos no Brasil são a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a
exposição. Veja as principais características de cada um deles:
► Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em
um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os
gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias
etc.
► Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias
argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados.
Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação,
editorial etc.
► Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações.
Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc.
Também podem ser encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva.
► Injunção: São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos no
imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros que
se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas,
regulamentos, editais, códigos, leis etc.
► Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato
específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros
que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico,
seminário etc.
Para que você conheça com detalhes cada um dos tipos textuais citados, o sítio de Português
preparou uma seção sobre tipologia textual. Nela você encontrará vários artigos que têm como
objetivo discutir as características que compõem a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e
a exposição, bem como apresentar as diferenças entre tipos e gêneros textuais. Esperamos que você
aproveite o conteúdo disponibilizado e, principalmente, desejamos que todas as informações aqui
encontradas possam transformar-se em conhecimento. Boa leitura e bons estudos!
Gêneros Textuais
Os Gêneros Textuais São Um Modo De Classificar Os Textos. Veja A Diferença Entre Gênero
Textual, Literário E Tipos De Textos.
Os textos, sejam eles escritos ou orais, embora sejam diferentes entre si, podem apresentar diversos
pontos em comum. Quando eles apresentam um conjunto de características semelhantes, podem ser
classificados em determinado gênero textual.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Dessa maneira, os gêneros textuais podem ser compreendidos como as diferentes formas de
linguagem empregadas nos textos, configurando-se como manifestações socialmente reconhecidas
que procuram alcançar intenções comunicativas semelhantes, exercendo funções sociais específicas.
Cada gênero textual tem o seu próprio estilo e pode ser diferenciado dos demais por meio das suas
características. Algumas das características que determinam o gênero textual são o assunto, o papel
dos interlocutores e a situação. Graças à sua natureza, torna-se impossível definir a quantidade de
gêneros textuais existentes na língua portuguesa.
Antes de vermos mais detalhadamente alguns exemplos de gêneros textuais, é necessário abordar
alguns conceitos a fim de evitar possíveis confusões. Vejamos a seguir:
Gênero literário – Os gêneros textuais abrangem todos os tipos de texto, ao contrário dos gêneros
literários que, como o próprio nome já indica, aborda apenas os literários. O gênero literário é
classificado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero dramático, lírico, épico, narrativo etc.
Tipo textual – É a forma como um texto se apresenta. Pode ser classificado como narrativo,
argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo.
Observe que, enquanto os tipos textuais variam entre 5 e 9 tipos, temos infinitos exemplos de
gêneros textuais.
Os Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são inúmeros e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de
estrutura. Confira alguns deles a seguir:
• Conto maravilhoso;
• Conto de fadas;
• Fábula;
• Carta pessoal;
• Lenda;
• Telefonema;
• Poema;
• Romance;
• E-mail;
• Manual de instruções;
• Lista de compras;
• Edital;
• Conto;
• Piada;
• Relato;
• Relato de viagem;
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
• Diário;
• Autobiografia;
• Curriculum vitae;
• Notícia;
• Biografia;
• Relato histórico;
• Texto de opinião;
• Carta de leitor;
• Carta de solicitação;
• Editorial;
• Ensaio;
• Resenhas críticas;
• Seminário;
• Conferência;
• Palestra;
• Texto explicativo;
• Relatório científico;
• Receita culinária;
• Regulamento;
Carta
Diário
É escrito em linguagem informal, consta a data e geralmente o destinatário é a própria pessoa que
está escrevendo.
Notícia
Como já foi dito, os gêneros textuais são inúmeros e, por isso, seria impossível estudá-los ao mesmo
tempo. Para produzir um bom texto em determinado gênero textual, é importante estudar as suas
características e ler alguns exemplos.
Os gêneros e os tipos textuais estão intrinsecamente relacionados, o que torna difícil a dissociação
entre as duas noções
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Você já deve ter ouvido falar sobre gêneros e tipos textuais, certo? Mas será que você sabe como
diferenciar essas duas noções?
Diferenciar gêneros e tipologias textuais não é tarefa fácil, contudo é importante que saibamos alguns
aspectos que possam defini-los para, dessa forma, facilitar nossos estudos. Vamos então à análise:
Gêneros textuais
Os gêneros textuais são aqueles que encontramos em nossa vida diária, inclusive em nossos
momentos de interação verbal. Quando nos comunicamos verbalmente, fazemos, intuitivamente, uso
de algum gênero textual. Sendo assim, a língua, sob a perspectiva dos gêneros textuais, é
compreendida por seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais.
Os gêneros privilegiam a funcionalidade da língua, ou seja, a maneira como os falantes podem dela
dispor, e não seus aspectos estruturais. São inúmeros os gêneros textuais utilizados em nossas
ações sociocomunicativas:
Telefonema
Carta comercial
Carta pessoal
Poema
Cardápio de restaurante
Receita culinária
Bula de remédio
Bilhete
Notícia de jornal
Romance
Edital de concurso
Piada
Carta eletrônica
Formulário de inscrição
Inquérito policial
História em quadrinhos
Entrevista
Biografia
Monografia
Aviso
Conto
Obra teatral
É importante ressaltar que os gêneros textuais são passíveis de modificação, pois devem atender às
situações comunicativas do cotidiano. Podemos destacar também que os gêneros atendem a
necessidades específicas, que vão desde a elaboração do cardápio do restaurante à elaboração de
um e-mail. Novos gêneros podem surgir (ou desaparecer) de acordo com a demanda linguística dos
falantes.
Tipos Textuais
Os tipos textuais diferem dos gêneros textuais por serem limitados, abrangendo categorias
conhecidas como:
Narração
Argumentação
Exposição
Descrição
Injunção (imposição)
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
O termo Tipologia textual designa uma sequência definida pela natureza linguística de sua
composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal.
Apesar dessa tentativa arbitrária de diferenciação entre gêneros e tipos textuais – o tema costuma
provocar polêmica até mesmo entre linguistas –, é importante observar que essas duas noções estão
intrinsecamente relacionadas. Um texto narrativo (tipo textual) poderá contar com elementos
descritivos (gênero textual), e, para classificá-lo, a predominância de um elemento sobre o outro deve
ser observada, pois um texto pode ser tipologicamente variado.
Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam
em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor
e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete
ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de
um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro
das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais
peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo
e injuntivo.
Texto Narrativo
• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento.
Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir
das percepções sensoriais do locutor (emissor).
• Diário
• Biografia e autobiografia
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).
• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como:
definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na
maioria dos casos, verbos no imperativo.
• Propaganda
• Receita culinária
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos
• Anedota
• Blog
• Reportagem
• Charge
• Carta
• Declaração
• Memorando
• Bilhete
• Relatório
• Requerimento
• ATA
• Cartaz
• Cartum
• Procuração
• Atestado
• Circular
• Contrato
Tipologia Textual
Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos limitamos a tripartição, sob o enfoque
tradicional: Descrição, Narração e Dissertação. Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer
um pouco mais sobre este assunto.
Texto Descritivo
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa, animal, objeto ou
lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. È uma estrutura pictórica, em que os
aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas
telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Texto Narrativo
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O
tempo verbal predominante é o passado.
Texto Dissertativo
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a
argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Assim, a
dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. É a nossa conhecida
“redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida nos concursos, já que exige dos candidatos um
conhecimento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta.
Está estruturada basicamente assim:
1. Idéia principal ( introdução )
2. Desenvolvimento ( argumentos e aspectos que o tema envolve )
3. Conclusão ( síntese da posição assumida )
Texto Expositivo
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo idéias, explicando e avaliando. Como
o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada situação.
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os livros e as fontes
de consulta, são exemplos maiores desta modalidade.
Texto Injuntivo
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda ou
aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados
no modo imperativo.
Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais
, etc.
Gêneros Textuais
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de
organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados,encontrados em
nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu
estilo, função, composição conteúdo e canal.
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou recebe um e-mail ou usamos
o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros textuais.
Tipos Textuais
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção
Gêneros Textuais
Bilhete
Carta pessoal, comercial
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde
com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos).
Não.
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na
forma oral ou escrita.
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem
regras gramaticais, algo mais formal.
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração
a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os
gêneros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário,
palestras, etc.
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras
gramaticais, dependendo de suas características. São as classificações mais clássicas de um texto:
Narração
Ao longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos aconteceu ou aconteceu com outros,
pois nosso dia-a-dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita
ou na oralidade, esta é a mais antiga das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o
homem registrava seus momentos através dos desenhos nas paredes.
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas ações e
personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Exemplo:
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha
e disse: "Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua
avozinha que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela
e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de
meus deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora,
que eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: "Já estudou suas lições? Então vá
se deitar, mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus". Helena Morley
Descrição
a intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está
sendo descrito. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A-) A Enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de
ausência de ações dentro do texto.
B-) A Comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos,
podemos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a
imagem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. Utilizamos comparações
do tipo: o objeto tem a cor de ..., sua forma é como ..., tem um gosto que lembra ..., o cheiro parece
com ..., etc.
Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando
também os cinco sentidos: Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta
imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em sua mente o objeto, o local ou a pessoa
descrita.
Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos numa praia. O que
você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua
volta, o colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao
redor, por você e pelos seus amigos, pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar
também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você quer descrever.
Pode ser:
Objetiva: Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição não
há a interferência da opinião de quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto, em
detrimento do sujeito que vê.
• - É um retrato verbal
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Exemplo:
“Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis
esbugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com
fome. Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...”
Dissertação
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este
tipo de texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação
detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Dissertar é expor os conhecimentos que se tem sobre um assunto ou defender um ponto de vista
sobre um tema, por meio de argumentos.
Estrutura Da Dissertação
EXPOSITIVA ARGUMENTATIVA
Predomínio da exposição, Predomínio do uso de argumentos, visando
explicação o convencimento, à adesão do leitor.
Exemplo:
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade
penal.
Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um
adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do ECA e
228 da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas
logo descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão, para reduzir para
14 ou 12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam idade
menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos
admitindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu a
proteção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator
da sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo. Com a
redução da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por atuarem
no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida. Afirmar que os
adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita,
transforme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a falta de ação do
Estado. Ao contrário do que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são punidos com
muito mais rigor do que os adultos.
Exposição
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem
a emissão de qualquer opinião a respeito, é um texto expositivo.
Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos e fatos específicos; expõe ideias;
explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua opinião a
respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do
indicativo.
Injunção
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo
quando adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o
funcionamento, ou quando vamos fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a
bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Os textos injuntivos são aqueles textos
que nos orientam, nos ditam normas, nos instruem.
Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como característica principal a
utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
Coesão
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados,
um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram
injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um
ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são
responsáveis pela coesão do texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns
advérbios e locuções adverbiais.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui
uma melhor qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou
bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou
trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no
corpo do texto.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta dos
Escravos" é considerado o mais importante da geração a qual representou.
Tipos De Coerência
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, temática, pragmática, estilística e genérica.
Conhecê-los contribui para a escrita de uma boa redação.
Conhecer os tipos de coerência pode ajudar na construção da coerência global de um texto, seja ele
oral ou escrito.
Você já deve saber que alguns elementos são indispensáveis para a construção de um bom texto.
Entre esses elementos, está a coerência textual, fator que garante a inteligibilidade das ideias
apresentadas em uma redação. Quando falta coerência, a construção de sentidos fica seriamente
comprometida.
É importante que você saiba que existem tipos de coerência, elementos que colaboram para a
construção da coerência global de um texto. São eles:
• Coerência sintática: está relacionada com a estrutura linguística, como termo de ordem dos
elementos, seleção lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, eliminamos estruturas
ambíguas, bem como o uso inadequado dos conectivos.
• Coerência semântica: Para que a coerência semântica esteja presente em um texto, é preciso,
antes de tudo, que o texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada com
as relações de sentido entre as estruturas. Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e inferência.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
• Coerência temática: Todos os enunciados de um texto precisam ser coerentes e relevantes para o
tema, com exceção das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser evitados,
impedindo assim o comprometimento da coerência temática.
• Coerência pragmática: Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Os textos,
orais ou escritos, são exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às condições para a
sua realização. Se o locutor ordena algo a alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, esperamos receber como resposta uma
afirmação ou uma negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo que foi indagado.
Quando essas condições são ignoradas, temos como resultado a incoerência pragmática.
• Coerência estilística: Diz respeito ao emprego de uma variedade de língua adequada, que deve
ser mantida do início ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A incoerência estilística
não provoca prejuízos para a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros — como
o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal — deve ser evitada, principalmente
nos textos não literários.
• Coerência genérica: Refere-se à escolha adequada do gênero textual, que deve estar de acordo
com o conteúdo do enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele tenha
como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender ou comprar algum produto, e que sua
linguagem seja concisa e objetiva, pois essas são as características essenciais do gênero. Uma
ruptura com esse padrão, entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos encontrar um
determinado gênero assumindo a forma de outro.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, especialmente nos textos literários, uma ruptura
com os tipos de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos demais textos, a coerência
contribui para a construção de enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na compreensão
do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência depende de outros aspectos, como o conhecimento
linguístico de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a informatividade, a intertextualidade e a
intencionalidade.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias,
podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita:
A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio
linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A
entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser
complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe:
Rua!
Ai!
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes
para satisfazer suas necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a
melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba
tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior
complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização
e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é
que:
Tipos De Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos
para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora
a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com
seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que
aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de
expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação,
dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir
como definidores do sentido das frases. Veja:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com
o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São
empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta.
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz
um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam
entoação ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou
declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Por Exemplo:
Deus te acompanhe!
Bons ventos o levem!
Exemplos:
Fogo!
Cuidado!
Belo serviço o seu!
Trabalho digno desse feirante.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Estrutura Da Frase
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos
essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no
mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do
verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de
quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se
refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante
analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo,
teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum
nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação).
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou
seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o
nome "eterno". Já na frase:
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o
verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos,
assim, um predicado verbal.
Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
Por Exemplo:
Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas
são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha
uma função sintática.
Atenção:
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O
período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração
absoluta.
Exemplos:
O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Quero aquelas rosas.
O tempo é o melhor remédio.
Exemplos:
Saiba que:
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber
quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que
compõem um período.
Estrutura De Um Período
Observe:
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais
pessoas e quando estamos viajando.
Termos Da Oração
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma
delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é
chamada de termoda oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que
exerce na oração.
1) Essenciais
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ESTRUTURA DE TEXTO
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e predicado nas
orações.
2) Integrantes
3) Acessórios
adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Obs.:
O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.
Sujeito e Predicado
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A
oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Por Exemplo:
Sujeito
Por Exemplo:
Predicado
Por Exemplo:
Sujeito Predicado
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ESTRUTURA DE TEXTO
Predicado Sujeito
Classificação Do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda
as orações sem sujeito.
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância
verbal. Pode ser:
a) Simples
Por Exemplo:
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é
simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular
ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
b) Composto
c) Implícito
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos.
2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo
contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de
indeterminar o sujeito de uma oração:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado
anteriormente (nem em outra oração):
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa
construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos,
transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Entendendo a Partícula Se
Veja:
Sujeito
Sujeito
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando
com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
Sujeito
Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções,
o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
Por Exemplo:
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em
orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo
impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito Predicado
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta
de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem
centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa
ocorrem com:
Por Exemplo:
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos
meteorológicos:
Ser:
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha.
(É uma hora/ São nove horas)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então
irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Os Verbos No Predicado
Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a
importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais e
os não nocionais.
Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação,
acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:
Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr fazer –
nascer – pretender – raciocinar
Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação.
Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se
– passar (a)
Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos.
Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o contexto em que é
usado. Assim, na oração:
O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:
Predicado
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo
ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado.
Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu
predicado. Veja alguns exemplos:
Predicação Verbal
Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e
entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem
ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
1) Verbo Intransitivo
É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para
completar o seu sentido. Sua ação não transita.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
O avião caiu.
O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode
acrescentar outras informações, como:
Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se
compreenda a informação básica.
2) Verbo Transitivo
É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela
algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos
complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
1= Verbo Transitivo
2= Complemento Verbal (Objeto)
a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição
obrigatória.
Por Exemplo:
de= preposição
c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o complemento direta e
indiretamente, ao mesmo tempo.
Por Exemplo:
a= preposição
3) Verbo de Ligação
É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e
características) certos tipos de relações.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
Sandra é alegre.
Sandra vive alegre.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o contexto e
não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de ligação. Veja:
Classificação do Predicado
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou
num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se
apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo:
O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao
sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no
caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em:
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ESTRUTURA DE TEXTO
No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo
agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele relacionada. O núcleo do
predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao
sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado
apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado.
Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de
predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.
Predicado Verbal
c) Indica ação.
Por exemplo:
Predicado Verbal
Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga
uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:
Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)
Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de
ser o núcleo do predicado.
Predicado Nominal
Por Exemplo:
Leonardo é competente.
Predicado Nominal
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ESTRUTURA DE TEXTO
Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação)
Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de
ligação)
Predicativo do Sujeito
É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com
verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
c) Pronome Substantivo:
Por Exemplo:
d) Numeral:
Por Exemplo:
Predicado Verbo-Nominal
Por Exemplo:
Predicado Verbo-Nominal
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que
indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do
sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado
dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Saiba que:
Uma maneira de reconhecer o predicativo do objeto numa oração é transformá-la na voz passiva. Na
permutação, o predicativo do objeto passa a ser predicativo do sujeito. Veja:
Voz Ativa:
Voz Passiva:
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se
evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.
Por Exemplo:
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua
significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:
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ESTRUTURA DE TEXTO
complemento nominal;
agente da passiva.
Complementos Verbais
1) Objeto Direto
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário
da preposição.
Por Exemplo:
Exemplos:
b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Exemplos:
Por Exemplo:
Atenção:
Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:
- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a
ele.
- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos.
Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não
poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).
Saiba que:
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Objeto Direto
2) Objeto Indireto
É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição
clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos.
Exemplos:
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre
quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte.
Por Exemplo:
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)
Observações Gerais:
a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto
por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre
objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.
Exemplos:
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar
sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição
for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto.
Por Exemplo:
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o
amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto.
João me telefonou.(OI)
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou ao
amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.
3) Complemento Nominal
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ESTRUTURA DE TEXTO
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se
a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.
Exemplos:
Saiba que:
4) Agente Da Passiva
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva.
Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".
Por Exemplo:
Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito.
Veja:
Voz Ativa
Outros exemplos:
Observações:
Por Exemplo:
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a
compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.
Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se
de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada.
Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias,
circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde
anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo
verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Por Exemplo:
Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido.
Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São
chamados adjuntos adnominais.
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse
núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.
Adjunto Adverbial
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa,
finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou
de um advérbio. Observe as frases abaixo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a
forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica
o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica
o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa,
os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto
adverbial de meio eadjunto adverbial de lugar.
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto
adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações
sugestivas.
Por Exemplo:
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de
observar os exemplos.
Acréscimo
Por Exemplo:
Afirmação
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Assunto
Por Exemplo:
Causa
Por Exemplo:
Companhia
Por Exemplo:
Concessão
Por Exemplo:
Condição
Por Exemplo:
Conformidade
Por Exemplo:
Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)
Dúvida
Por Exemplo:
Fim, Finalidade
Por Exemplo:
Frequência
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Instrumento
Por Exemplo:
Intensidade
Por Exemplo:
Limite
Por Exemplo:
Lugar
Por Exemplo:
Matéria
Por Exemplo:
Meio
Por Exemplo:
Fui de avião.
Viajei de trem.
Enriqueceram mediante fraude.
Modo
Por Exemplo:
Negação
Por Exemplo:
Preço
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Substituição Ou Troca
Por Exemplo:
Tempo
Por Exemplo:
Adjunto Adnominal
É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função
adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos,
pronomes adjetivos enumerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito
determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos
agrupam-se os adjuntos adnominais:
o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais
de amigo.
Por Exemplo:
Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como
núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do
objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o
núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se
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ESTRUTURA DE TEXTO
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (os amigos). Se substituíssemos esse objeto
direto por um pronome pessoal, obteríamos:
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.
É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal.
Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe
a ação de amar.
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a
ação de amar.
Aposto
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou
especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou
travessão.
Por Exemplo:
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente
equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:
Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de adjunto adverbial
de tempo.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a
de aposto).
Por Exemplo:
Classificação do Aposto
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado
em:
a) Explicativo:
A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que
vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.
b) Enumerativo:
c) Resumidor ou Recapitulativo:
Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.
d) Comparativo:
Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
e) Distributivo:
Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.
f) Aposto de Oração:
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de
pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido
genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na
entonação da frase:
Por Exemplo:
Atenção:
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase:
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um
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ESTRUTURA DE TEXTO
adjunto adnominal.
Observações:
1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou
travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo:
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por
exemplo, etc.
Por Exemplo:
Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio.
Por Exemplo:
4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode
aparecer precedido de preposição.
Por Exemplo:
Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as
felicitações.
Vocativo
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence,
portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar
um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do
discurso. Veja os exemplos:
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se
está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
Por Exemplo:
6 - Período Composto
Coordenação e Subordinação
Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas
orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal).
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra
que dela dependa.
Por Exemplo:
Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e
sintaticamente equivalentes.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Observe:
As luzes apagam-se;
abrem-se as cortinas;
e começa o espetáculo.
As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe
entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não
depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que
podem ser assindéticas ou sindéticas.
A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita
por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações
coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são
chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações
coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a
oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção
coordenativa "e".
Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-
semântico da relação que se estabelece entre as orações.
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem
ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
a) Aditivas
Por Exemplo:
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também),
tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o
conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação
social do país.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a
forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:
b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior,
estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela,
empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada
obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
Saiba que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente
em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase
do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"
Por Exemplo:
c) Alternativas
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além
dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as
orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade,
expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita,
estarei lá".
d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo,
portanto epois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo
que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:
e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As
conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Atenção:
Por Exemplo:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de
sua doença.)
Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de
Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que
esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que
desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas,
adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome
como base a análise do período abaixo:
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A profundidade
das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto direto
é "profundidade". Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das palavras
dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o substantivo "palavras", ao qual se
prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois disso" é adjunto adverbial de tempo.
É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração.
Observe:
Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele
eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração
desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função
substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor
substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração
subordinada substantiva.
Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal
do núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe:
Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele
continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por
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ESTRUTURA DE TEXTO
adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas
de subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como
adjuntos adnominais de termos das orações principais.
Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto
adverbial de tempo em uma oração. Observe:
Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial de
tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é
função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de subordinadas
adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos
adverbiais do verbo da oração principal.
Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira pessoa
do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer
dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas
de orações desenvolvidas ou explícitas.
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo
objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração
subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as
duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais
(infinitivo - flexionado ou não - , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas.
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem
ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por
conjunção integrante (que, se).
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim,
temos um período simples:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Por Exemplo:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Por Exemplo:
3- Verbos Como:
Por Exemplo:
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre
na 3ª. pessoa do singular.
b) Objetiva Direta
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ESTRUTURA DE TEXTO
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração
principal.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas:
Por Exemplo:
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações
indiretas:
Por Exemplo:
Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir,
perceber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada
substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:
Deixe-me repousar.
Mandei-os sair.
Ouvi-o gritar.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é
mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a
única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para
perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas
correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas
verbais das orações subordinadas.
c) Objetiva Indireta
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ESTRUTURA DE TEXTO
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração
principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração
principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Lembre-se:
e) Predicativa
Por Exemplo:
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração
principal.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Saiba mais:
Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas
substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome
indefinido. Veja os exemplos:
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele
equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto
adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível
formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela
modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome
relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido
pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda
oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser
substituído por:
Por Exemplo:
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou
subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as
orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
particípio).
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo
pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo,
há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está
no infinitivo.
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas
podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do
termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo
chamadas subordinadas adjetivasrestritivas. Existem também orações que realçam um detalhe
ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais
denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Exemplo 2:
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na
verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
"homem".
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma
de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por
vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de
significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração
subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no
mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no
caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se
uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem
apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma
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ESTRUTURA DE TEXTO
particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer
realçar.
Observações:
Por Exemplo:
e = conjunção
Por Exemplo:
o = antecedente
O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos pronomes
relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.
O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo.
Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural.
Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções:
• Eis os artistas.
Sujeito
• Trouxe o documento
Objeto Direto
• Eis o caderno.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Objeto Indireto
Complemento nominal
• Você é o professor.
Predicativo do Sujeito
• Este é o animal.
Agente da Passiva
g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de tempo).
Observação:
Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido
de preposiçãoapropriada de acordo com a função que exerce. Na língua escrita formal, é sempre
recomendável esse cuidado.
d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas.
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ESTRUTURA DE TEXTO
"Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das
quais"), "de quem". Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que
especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções
como complemento nominal. Veja:
a) Adjunto Adnominal:
Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo
conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).
b) Complemento Nominal:
O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a
leitura do livro)
Atenção:
Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como:
"A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor..."
"O qual"," a qual"," os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa.
Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos
frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade.
Por Exemplo:
O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se usássemos a
que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos:
a) Sujeito:
Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não seria
possível determinar quem trabalha na Alemanha.
b) Adjunto Adverbial:
Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo.
A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas " o / a qual", "os / as
quais", rejeitando a forma "que".
O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração
principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por
exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é
advérbio interrogativo.
Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação
de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no
qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de
conclusão.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Por Exemplo:
Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.
Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.
a) Quanto, quantos e quantas: são pronomes relativos que seguem os pronomes indefinidos "tudo",
"todos" ou "todas". Atuam principalmente como sujeito e objeto direto. Veja os exemplos:
b) Como e quando: exprimem noções de modo e tempo, respectivamente. Atuam, portanto, como
adjuntos adverbiais de modo e de tempo. Exemplos:
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da
oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância
de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma
das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a
conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Observe os exemplos abaixo:
No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma
verbal "senti". No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi a estátua", que é,
portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida
por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo ("vi", do
pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la, obtendo-se:
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo ("ver" no
infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição
("a", combinada com o artigo "o").
Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a
classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.
a) Causa
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que
se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina um acontecimento".
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à oração
principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.
Exemplos:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu também não vou.
Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento), é sempre consultado. (Oração
Reduzida de Infinitivo)
b) Consequência
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é consequência, que é efeito
do que se declara na oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma
que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.
Exemplos:
c) Condição
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações
subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou
deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a
menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Exemplos:
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão.
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa.
Não saia sem que eu permita.
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração
Reduzida de Gerúndio)
d) Concessão
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se
bem que, posto que, apesar de que.
A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for
satisfeita.
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ESTRUTURA DE TEXTO
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de
sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.
e) Comparação
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com a ação indicada
pelo verbo da oração principal.
Por Exemplo:
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos
e dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, menos (do) que. Veja os exemplos:
Saiba que:
Por exemplo:
Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do verbo falar e do verbo fazer).
f) Conformidade
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmo valor
de conforme).
Exemplos:
g) Finalidade
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo que se declara na
oração principal.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Por Exemplo:
h) Proporção
Exemplos:
Lembre-se:
À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por "à
proporção que".
Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só nesse sentido
deve ser usada.
Por Exemplo:
Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto.
Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”.
i) Tempo
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao fato expresso na
oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo
que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
Exemplos:
Num período podem aparecer orações que se relacionam pela coordenação e pela subordinação.
Assim, tem-se um período misto.
Por Exemplo:
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ESTRUTURA DE TEXTO
2ª Oração: Oração Coordenada Sindética Aditiva (em relação à 1ª oração) e Oração Principal (em
relação à 3ª oração).
Orações Reduzidas
Veja que as orações em destaque não são introduzidas por conjunção. Além disso, os verbos estão
em suas formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). As orações que apresentam essa forma
recebem o nome deOrações Reduzidas.
Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a forma reduzida, podemos
desenvolvê-la da seguinte maneira:
2) Inicia-se a oração com um conectivo adequado (conjunção ou pronome relativo), de modo que
apenas a forma da frase seja alterada, e não o seu sentido.
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ESTRUTURA DE TEXTO
Esteja atento às orações reduzidas fixas, pois não são passíveis de desdobramento.
Exemplos:
Podem ser:
1 -Subordinadas Substantivas
f) Apositivas: Diante deste vexame, só nos resta uma saída: ficarmos calados.
2 -Subordinadas Adjetivas
3 -Subordinadas Adverbiais
c) Consecutivas: O professor se atrasou tanto a ponto de não termos aula naquele período.
Podem ser:
1- Subordinadas Adjetivas
2 -Subordinadas Adverbiais
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ESTRUTURA DE TEXTO
3 -Coordenadas Aditivas
Podem ser:
1 -Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas podem ser consideradas simples adjuntos adnominais. Veja o
exemplo:
2 -Subordinadas Adverbiais
Observação: o infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem
parte de uma locução verbal.
Exemplos:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Exemplos:
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ESTRUTURA DE TEXTO
Caso não me emprestasse os livros (Devo ter comprado aproximadamente dez já) estaria muito
chateada.
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
Conceitos Básicos:
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos
depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores
é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o
nome de morfema.
Radical
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema
comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de
significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.
Afixos
Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira
semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização.
Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome
de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos.
Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir
modificações de significado no radical a que são acrescentados.
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em
número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses
morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
desinências nominais e desinências verbais.
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o
português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à
ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos;
menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares;
revólver/revólveres; cruz/cruzes.
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o
número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
cant-á-va-mos cant-á-sse-is
radical
Vogal Temática
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se
ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as
desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca,
perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações
são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de
flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s,
perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não
apresentam vogal temática.
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o
nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação;
aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -
i pertencem à terceira conjugação.
As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para
facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de
ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra.
Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a
que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua,
etc.
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos
primeiros
Semântica
Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é
o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais
como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação.
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através
da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de
programação, lógica formal, e semiótica.
A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que
algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como
esse algo é expresso (por exemplo, as relações entre predicados e seus argumentos). Dependendo
da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a
semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, descrevem o mesmo fenômeno,
mas com conceitos e enfoques diferentes.
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil /
Distante - afastado, remoto.
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos. Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados
diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos.
• Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) /
verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);
• Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos:
cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea
(dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar
(desculpabilizar) - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as
folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada
(duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que
percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar,
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
• Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os
convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
• Hiperônimo: é uma palavra que pertence ao mesmo campo semântico de outra mas com o sentido
mais abrangente, podendo ter várias possibilidades para um único hipônimo.
Por exemplo, a palavra flor está associada a todos os tipos de flores: rosa, dália, violeta, etc.
• Hipônimo: têm sentido mais restrito que os hiperônimos, ou seja, hipônimo é um vocábulo mais
específico. Por exemplo: Observar, examinar, olhar, enxergar são hipônimos de ver.
Hiperônimo e hipônimo são dois termos usados pela semântica moderna. São elementos importantes
na coesão do texto evitando repetições através da retomada de ideias anteriores.
Conotação E Denotação:
• Conotação: é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto.
Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação: é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e
sólido, da natureza das rochas. A construção de um muro de pedras.
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Significação das Palavras
Parônimos E Homônimos
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas
como parônimos e homônimos.
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se
constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é um
fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para
o aprimoramento da competência linguística.
Homônimos
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade
gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os
homônimos se subdividem em três grupos.
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado.
Vejamos alguns exemplos:
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São
exemplos:
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Significação das Palavras
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no
significado. Observemos alguns exemplos:
Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns
casos:
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Significação das Palavras
Homônimos são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da
mesma forma, como cem e sem.
Parônimos são também palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas
da forma parecida, como comprimento e cumprimento.
Palavras Homônimas
• homônimos perfeitos;
• homônimos homófonos;
• homônimos homógrafos.
Homônimos perfeitos
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Significação das Palavras
Homônimos Homófonos
Exemplos De Homófonos:
• acento e assento;
• alto e auto;
• caçar e cassar;
• cela e sela;
• cinto e sinto;
• cocha e coxa;
• concerto e conserto;
• conselho e concelho;
• houve e ouve;
• mau e mal;
• noz e nós;
• remissão e remição;
• seção e sessão;
• senso e censo;
• trás e traz;
• voz e vós;
Homônimos Homógrafos
Exemplos De Homógrafos:
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Significação das Palavras
Palavras Parônimas
Exemplos De Parônimos:
• absorver e absolver;
• aferir e auferir;
• apóstrofe e apóstrofo;
• cavaleiro e cavalheiro;
• conjuntura e conjectura;
• deferir e diferir;
• descrição e discrição;
• dirigente e diligente;
• discriminar e descriminar;
• dispensa e despensa;
• emigrante e imigrante;
• eminente e iminente;
• estofar e estufar;
• flagrante e fragrante;
• fluir e fruir;
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Significação das Palavras
• fluvial e pluvial;
• imergir e emergir;
• implícito e explícito;
• infligir e infringir;
• influxo e efluxo;
• mandado e mandato;
• místico e mítico;
• preceder e proceder;
• ratificar e retificar;
• revezar e revisar;
• soar e suar;
• tráfego e tráfico;
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RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS
Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem
pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Para compreender um pouco melhor os
conceitos de Coerência textual e de Coesão textual, e também para distingui-los, vejamos:
Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem
uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos,
etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:
A. as referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a
outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída
por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser
compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da
catáfora.
São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas
diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias.
Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos
elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso,
porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do
ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto,
percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque
alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas
estarem molhadas. O texto está incoerente.
1. Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se
contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.
3. Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se
relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa
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RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS
coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere
o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.
Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE
TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do
texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao
leitor.
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do
parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um
dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo
com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o
texto.
Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada
um dos conceitos apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor
compreendidos.
Sinonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou
semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico –
engraçado.
Antonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários,
ou seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.
Homonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes,
apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em
palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto
(substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) –
conserto (1ª pessoa do singular do presente indicativo);
Paronímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém são
muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar;
cavaleiro – cavalheiro; comprimento – cumprimento.
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RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS
Polissemia
A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de apresentar vários
significados. Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus
direitos (desistir).
Hiperônimo
É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido mais
abrangente. Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de flores, como rosa,
violeta etc.
Hipônimo
O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os hiperônimos.
Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.
Conotação E Denotação
Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original, criado pelo contexto,
diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: Ela tem um
coração de pedra! Já na denotação, a palavra é empregada em seu sentido original, com o
significado que encontramos quando consultamos o dicionário, o sentido literal. Exemplo: O voo dos
pássaros é admirável.
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SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DAS EXPRESSÕES
Gramática
Sentido literal é aquele sentido usual, denotativo da palavra. Já sentido figura é o sentido alterado,
sugere outras ideias, a palavra ou expressão passam a ser conotativas.
Sentido literal é aquele que pode ser tomado como o sentido “básico, usual” da palavra ou expressão,
esse pode ser compreendido sem ajuda do contexto.
Quando uma palavra ou enunciado se apresenta em seu sentido usual, adquire valor denotativo.
A linguagem é o maior instrumento de interação entre sujeitos socialmente organizados. Isso porque
ela possibilita a troca de ideias, a circulação de saberes e faz intermediação entre todas as formas de
relação humanas. Quando queremos nos expressar verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na
forma escrita, recorremos às palavras, expressões e enunciados de uma língua, os quais atuam em
dois planos de sentido distintos: o denotativo, que é o sentido literal da palavra, expressão ou
enunciado, e o conotativo, que é o sentido figurado da palavra, expressão ou enunciado.
Denotação
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de
uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função
referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos
assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo
científico, ata, memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros.
Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos,
fatos, ações em seu sentido literal.
Exemplos:
• A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.
• O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a
fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.
• Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
Conotação
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em
situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal)
das palavras e expressões, ressignificando-as.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos
textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos
secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem
conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros
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SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DAS EXPRESSÕES
discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras,
enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a
maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
Conceitos Básicos:
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso,
em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento
destacável -ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos
depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores
é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o
nome de morfema.
Radical
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema
comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de
significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.
Afixos
Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira
semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização.
Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome
de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos.
Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir
modificações de significado no radical a que são acrescentados.
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em
número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses
morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
desinências nominais e desinências verbais.
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o
português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à
ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos;
menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares;
revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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ESTRUTURA LINGUISTICA E SEMÂNTICA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há
aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o
número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
cant-á-va-mos cant-á-sse-is
radical