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Os estágios de Tuckman no

desenvolvimento de equipes

Quantas vezes você já trocou de empresa, de departamento ou projeto? Tem


gente nova em sua equipe? Como você lida com a situação de mudança? E
aquele sentimento de pisar em cascas de ovos que temos quando começamos uma
nova equipe? Você está envolvido com a causa? Existe o laço de confiança?

Bruce Wayne Tuckman (não, ele não é o Batman!), realizou pesquisas sobre a
teoria da dinâmica em pequenos grupos de pessoas. Em 1965, (sim, eu escrevi
mil novecentos e sessenta e cinco) publicou uma de suas teorias chamadas
“estágios de Tuckman no desenvolvimento de grupo”, formada pelas fases
Forming, Storming, Norming, Performing e Adjourning.

Segundo Tuckman, as equipes passam por essas etapas para que possam trabalhar
bem juntas. Os estágios não são estritamente lineares, algumas equipes
simplesmente ignoram um estágio e outras oscilam entre essas etapas.

Vamos lá, o que seria cada uma dessas etapas?

1. Forming

Esse é o primeiro estágio a qual a equipe se reúne. Todo mundo está em seu
melhor comportamento e principalmente focado em si mesmo, tentando descobrir
o objetivo da equipe, papel e responsabilidade. Para contextualizar, sabe aquela
foto de bom moço no primeiro almoço na casa dos pais da namorada? O que falar
e o que não falar? Postura e comportamento? Esse é o momento em que todos
ainda estão observando e se conhecendo.

2. Storming

Estilos de trabalho e confronto de personalidades podem predominar nesta fase e


somente 50% das equipes entram nesta etapa, enquanto os outros vão direto para
Norming. Neste ponto, os membros da equipe desenvolveram confiança inicial
suficiente e agora estão confortáveis em expor seus pontos de vista sobre o que
gosta ou não gosta sobre as opiniões de outros membros da equipe, porém não ao
ponto de expressar a opinião livremente.

Storming não é necessariamente algo ruim, pois desacordos ou conflitos dentro


da equipe podem tornar as pessoas mais fortes, mais versáteis e capazes de
trabalhar de forma mais eficaz como uma equipe.

Nesta fase é muito importante a cautela para que mudanças de pessoas ou metas
não sejam realizadas, pois podem impactar negativamente na consolidação da
equipe.

3. Norming
Os membros da equipe resolvem suas diferenças e crescem para respeitar e
apreciar uns aos outros aprendendo a tolerar certos caprichos. Este é o momento
em que você e os membros de sua equipe se adaptaram um ao outro e você é
mais tolerante com suas diferenças ou aprendeu a gerenciá-las melhor.

Podem pedir ajuda, dar feedback construtivo e juntos compartilham um objetivo


comum e assumem a responsabilidade. Neste momento, a equipe começa a
oferecer mais a favor do objetivo proposto.

4. Performing

A equipe está executando as atividades em sua plenitude e é incrivelmente


produtiva. É como se os planetas estivessem se alinhado e grandes coisas
acontecem. Finalmente!

As equipes que são bem-sucedidas em alcançar esta fase podem funcionar como
uma unidade, pois podem encontrar maneiras de fazer o trabalho de forma suave
e eficaz, sem conflitos inadequados ou a necessidade de supervisão externa.

A cautela nesta fase é para a estagnação (não é um estágio oficial de Tuckman),


mas uma equipe pode atingir este estágio quando permanecem juntos por muito
tempo, bem como podem reverter para estágios anteriores em determinadas
circunstâncias. Por exemplo, uma mudança de pessoa pode fazer com que a
equipe retorne a outro estágio enquanto as novas pessoas desafiam as normas e
dinâmicas existentes da equipe.

5. Adjouring

Aqui os sentimentos de realização e perda se cruzam. Os membros da equipe


fizeram as entregas e sabem que estão seguindo caminhos separados, pois o
projeto está quase concluído ou a organização está mudando. Para evitar qualquer
sofrimento, é muito importante um plano de continuidade em outra equipe ou
produto para que seja possível gerenciar e controlar as expectativas das pessoas.

Em linhas gerais

Agora que sabemos o que é cada fase, segue abaixo um resumo para que
possamos identificar as principais questões em torno da Teoria de Tuckman:
CONCLUSÃO

Por que eu devo saber sobre os estágios Tuckman na formação de equipes?

Porque lidamos com pessoas para desenvolver produtos ou prestar serviços.


Parece óbvio, mas as pessoas não são objetos e precisamos identificar lacunas e
oportunidades de melhoria em torno de todo o ambiente continuamente. Além
disto, saber o momento em que cada pessoa se encontra durante a formação de
equipe é muito importante para chegarmos a coesão e, consequentemente, alta
performance.

Para muitas organizações, uma prática comum é que as pessoas sejam


gerenciadas como máquinas. Comando e controle predominando minuciosamente
em sua essência. Neste estilo de gestão, chefes assumem que melhoramentos do
todo requer monitorar, reparar e trocar as partes, quando na verdade deveriam
trabalhar como líderes servidores para manter as pessoas ativas, criativas,
motivadas e engajadas.

Segundo o comandante Amaro Rolim (setembro,1942 – Julho 2001), pessoas são


as matérias primas mais valiosas e importantes numa empresa, portanto temos
que lapidá-las e saber identificar cada fase para atuarmos rapidamente, seja com
treinamento ou através do exemplo.

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