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<11>
Prefácio
O professor Lobo Franco tem uma lida extensa dentro da medicina popular e co
m os
tratamentos alternativos, sobre os quais dinamiza conhecimento, seja através dos s
eus
bastante ouvidos programas de rádio e televisão, pelas palestras que faz no Brasil t
odo, ou ao
ministrar aulas.
Conheci o seu primeiro volume destas plantas mágicas, muito bem ilustrado e qu
e serviu
de fonte de consulta para muitos buscadores da ciência e arte milenar da fitoterap
ia.
Agora em 5° edição, será complementado por este volume II, nas mesmas linhas do
primeiro, e que certamente também será sucesso.
Temos mais cinqüenta plantas diferentes, mas não menos curativas que as preceden
tes.
<12>
O professor Lelington, fruto de sua busca por conhecer plantas e seu afã por t
razê-las ao
cotidiano, presta um serviço exemplar de orientação didática àqueles que sabem que as
plantas medicinais são complementos indispensáveis ao bom curador.
Temos certeza que este livro ocupará lugar de destaque nas prateleiras e será ma
nual dos
que sabidamente se utilizam das ervas para auxiliar no minoramento das dores e m
ales deste
sofrido mundo.
Dr. Luiz Carlos Leme Franco
Médico e Professor de fitologia.
<13>
Introdução
Hoje, a maioria da população mundial, orientada pela Organização Mundial de Saúde,
órgão ligado à ONU (OMS/ ONU), está procurando nas diversas plantas medicinais, um
caminho que leve a conhecer da melhor maneira, a fitoterapia.
As plantas medicinais apresentam princípios ativos diferenciados, eficientes p
ara ajudar a
evitar ou mesmo bloquear certas doenças degenerativas. Nós, pesquisadores da área
fitoquímica, estamos no rumo certo, procurando conhecer melhor as plantas, o solo,
a época
correta do plantio, da colheita, isolando os princípios ativos e usando em diversa
s
enfermidades, testando com aplicações em cobaias e aguardando com paciência o resultad
o
em seres humanos (no caso do câncer e diabetes, por exemplo), que muitas vezes nos
deixam
animados.
A maioria das plantas medicinais curam doenças comuns do dia-a-dia. Porém, a mai
oria
dos usos, deve ser orientada por um fitologista (químico, biólogo, farmacêutico, médico)
, e
acompanhado por um médico da área fitoquímica.
<15>
Neste segundo volume, você conhecerá plantas extraordinárias como kava-kava, a
equinácea, as algas como a chlorella e outras, que os ajudarão a melhorar a imunidad
e e a
saúde.
Prof. Lelington Lobo Franco
Químico, fitologista, fitoperapeuta, especialista em medicina natural.
Endereço do autor:
Rua Des. Isaias Bevilaqua, 103 Ap 51 Mercês
CEP. 80430-040 Curitiba PR
E-mail: iscina@iscina.com.br
<17>
Amora
Nome científico: Morus nigra
Sinonímia: Maulbeerbanin, moral-negro
Família: Moraceae
Partes usadas: Frutos, folhas, raízes e cascas.
Características: É uma árvore de copa ampla, que atinge 5 a 20 metros de altura. S
uas
folhas grossas e ásperas em forma de coração, constituem o alimento do bicho-da-seda.
As
flores desabrocham em cachos e os frutos, ovalados e negros, são comestíveis e de sa
bor
agridoce.
Habitat: É uma árvore originária do Oriente, perfeitamente aclimatada em nosso país,
sendo bastante parecida com a amoreira branca (Morus alba), embora esta possua f
olhas mais
delicadas e seus frutos sejam brancorosados.
Propriedades químicas: Contém grande quantidade de açúcar, sais, ácidos, peptona e gom
a.
Propriedades terapêuticas: Suas folhas, raízes e cascas são laxativas, expectorant
es,
emolientes, calmantes e diuréticas. É antiinflamatória, anti-reumática, anti-séptica,
adstringente, depurativa, gota, vermífuga, cicatrizante, purgativa.
Indicações: tosses, prisão-de-ventre, pressão sangüínea alta, vermes, gota, diabetes, q
eda
de cabelos, artrite, obstipação intestinal, aftas, gengivite, infecções (faringe, laring
e,
amígdalas).
<18>
Modo de usar:
Para infecções febris: suco diluído em água, tomar 1 copo diversas vezes ao dia.
Para dores ósseas, em ligação com inflamações e diabetes (nesse caso acrescentar alho
e
cebola): chá por infusão - 1 xícara 3 a 5 vezes ao dia.
Para antiinflamatório, diarréia, disenteria, tosse, gargarejos para dor de garga
nta: xarope.
Para diabetes: fruto in natura.
Para afecções renais e diuréticas: chá por infusão das flores frescas; tomar 3 a 5 vez
es ao
dia, adoçado com mel.
Para eliminar vermes e solitária: 30 a 50 gramas para 1 litro de água.
Para ferimentos e úlceras: suco das folhas, passar 3 vezes ao dia, nos lugares
afetados.
Para ação anti-diabética e anti-queda dos cabelos: Chá por infusão das folhas - 1 xícar
, 4 a
6 vezes ao dia.
<21>
Aveia
Nome científico: Avena sativa L.
Partes usadas: grãos, folhas, caules secos e palhas.
Família: Gramineae
Características: plantas com até um metro de altura, colmos (caule das gramíneas)
eretos,
nodosos, folhas lineares e ásperas. Suas flores, dispõem-se em pequenas espigas, for
mando
panículas piramidais. Os frutos, com pericarpo esbranquiçado ou negro, são roliços e de
sabor
adocicado. Existem 16 espécies de aveia diferentes. Dá num período de 4 meses.
Habitat: originária do sul da Europa, se adapta a quase todos os climas. No Br
asil, o cultivo
é mais favorável na região sul. É cultivada no mundo todo devido à sua importância
econômica. É o terceiro cereal mais cultivado do mundo, sendo primeiro o trigo, e se
gundo o
milho.
Propriedades químicas: amido, glicídios, proteínas, lipídios, lecitina, vitamina A,
E, B 1, B
2, B 3 e B 5, ácidos pantotênico, enzimas, minerais: enxofre, cobre, zinco, iodo, fe
rro, cálcio,
fósforo, potássio, magnésio, e manganês, contém também albumina, açúcares, gomas,
alcalóide trigomeline, pectina, ácido silícico e linóico, avenamina, substâncias hidrogena
das,
aminoácidos, alcalóides: trigolina, histamina, ergothioneína, hordenina.
Propriedades terapêuticas: antidepressiva (reconstituinte do sistema nervoso) é
indicado
para casos de esgotamento físico e mental, anti-stress, diurética, antidiabética, redu
tora do
colesterol, indicada nos casos de desnutrição, gota, hemorróidas, artrite, nevralgias,
avitaminoses, arterioclerose, ansiedade, diarréia, afecções do sistema urinário e hepático
,
males da pele, dispepsias e insônia.
<22>
Indicações: em geral, se destina à alimentação humana, e chega pré-cozida ao consumidor
sem a película que a reveste, e sob a forma de farinha ou flocos, o que permite o
seu preparo
instantâneo.
Implica num processamento industrial em que, quase nada se perde, ao contrário
do arroz
branco, por exemplo, que deixa nas máquinas de beneficiamento, as suas vitaminas e
minerais. A industrialização da aveia não lhe tira os germes, fato raro entre os grãos.
Possui propriedades reconstituintes tanto da pele, como do sistema nervoso (
além de
estimulá-lo), é indicada para casos de nervosismo e de esgotamento físico e mental. É an
ti-
hemorróica, diurética e emoliente. Atua também na formação óssea e sangüínea, estimula a
energia física e psíquica, bem como a capacidade de concentração. Atua como preventiva n
os
casos de arteriosclerose, devido à sua gordura (ácido linóico) poliinsaturada, não aumen
tando
o colesterol no sangue. É reguladora dos intestinos, suas fibras auxiliam na diges
tão, agem
sobre a diarréia e infecções nas mucosas intestinais eliminando as toxinas, inclusive
substâncias cancerígenas presentes no intestino.
Reduz a quantidade de açúcar no sangue, sendo um alimento indispensável aos diabétic
os.
Ajuda também a diminuir a taxa de colesterol. Acredita-se que, se usada de manhã e à n
oite,
durante 85 semanas, o colesterol poderá normalizar, combinado com exercícios físicos.
Quando usada na alimentação, seu consumo diário, proporciona a redução do cansaço e do
sono. Por seu alto teor de fibras e mucilagens, atua na desinflamação de mucosas, el
iminando
a diarréia.
A aveia é um cereal de bastante importância, e seu uso como alimento básico é muito
antigo. Os escoceses usam a aveia como fonte de energia há milhares de anos. Já os r
ussos,
usavam a aveia para ter resistência física durante as batalhas. No século V, Atila (ch
amado de
flagelo de Deus), introduziu o "cereal mágico" entre as populações germânicas.
<23>
É um alimento energético, rico em manganês, que participa da regularização de vários
processos que controlam a hemostase da glicose, aumenta a mobilização do cálcio
intracelular e participa do metabolismo cerebral.
Possui grande quantidade de vitaminas do complexo B e é fonte de vitamina E,
indispensável ao bom funcionamento do sistema nervoso, circulatório, excretor (devid
o às
fibras, eliminando as toxinas), digestivo e respiratório.
Um artigo publicado pela revista Nature, sobre um experimento com fumantes c
rônicos de
cigarro, que tomaram extrato de Avena sativa, perderam o interesse pelo cigarro.
Até alguns
viciados em ópio tiveram resultado.
Este estudo foi controlado por placebo, e depois de um mês, houve uma diminuição
significante no número de fumantes entre as pessoas que usaram a aveia, quando com
parado
com as pessoas que usaram o placebo.
A lecitina da aveia, que é a fosfatidilcolina, está demonstrando efeitos muito úte
is em
tratamentos de inúmeras doenças e distúrbios neurológicos.
O ácido pantotênico, aumenta a resistência física dos atletas.
Modo de usar
Uso interno
Decoto - 40 g de aveia em 1 litro de água, ferver por meia hora. Esfriar, filt
rar e tomar
várias vezes ao dia, sendo a primeira, em jejum, e a última antes de deitar. É diurético
e
antigotoso.
<24>
Decocção - 20 g de sementes para 1 litro de água. Ferver, coar e tomar. Elimina ca
tarros, é
diurético e anti-cirrose hepática.
Cataplasma - cozinhar com leite, colocar num pano, envolvendo-os e aplicar n
a área
afetada ainda quente. Combate as dores musculares e neuromusculares, como lúmbago
e
nevralgias.
Mingaus e sopas - misturada ao leite e na sopa, é recomendada contra diarréias e
inflamações intestinais. É ótimo para crianças e convalescentes.
Infusões - 1 colher de chá de grãos para 1/4 de litro de água. Ferver por 5 minutos.
Tomar
2 xícaras ao dia, para a recuperação pós-cirúrgica, doenças infecciosas ou magreza
constitucional.
Palhas - utiliza-se para banhos quentes e aplicações externas, no combate à intoxi
cações
generalizadas. Os banhos de assento são recomendados para casos de artrite, cálculos
renais,
gota e retenção urinária.
Extrato - auxilia para a desintoxicação quando o paciente deseja parar de fumar
e contém
poderes antidepressivos - 3 a 5 ml, três vezes ao dia. Tintura - 40 gotas, três veze
s ao dia.
As pessoas sensíveis ao glúten, devem ter o cuidado de deixar a decocção ou tintura
assentar, para posteriormente, decantar o líquido para o uso.
Decocção - em 1 litro de água, ferver 50 gramas de aveia mondada, depois de lavada
em
água corrente. Quando o líquido estiver reduzido à metade, filtrá-lo e adoçá-lo com mel.
<27>
Avenca
Nome científico: Adiantum capillus ueneris L.
Sinonímia: cabelo-de-Vênus, avenca-do-cariadá
Partes usadas: folhas e flores
Família: Polipodiaceae
Características: erva aromática que chega até 15 cm de altura, suas folhas verdes
e
delicadas são polimorfas, alternas e pecioladas, e mesmo mergulhadas em água, perman
ecem
secas, as gotas de chuva deslizam sobre elas, sem as molhar. Possui frondes com
folíolos
triangulares, em forma de leque, chanfrados em lóbulos na extremidade, das quais n
ascem as
esporângias. As bordas podem ser crenadas ou denteadas.
Habitat: planta originária da Ásia e Europa, hoje encontra-se na Europa Meridion
al,
incluindo Portugal quase toda, Grã Bretanha e sul da França, nas grutas, nascentes,
poços,
rochedos úmidos, e solos calcários. No Brasil, é mais comum no Pará, Pernambuco e Rio de
Janeiro.
Propriedades químicas: princípios amargos, capilarina, taninos, mucilagem, açúcares,
óleos
essenciais, amido, ácidos gálico e tânico, sais de cálcio e magnésio.
Propriedades terapêuticas: expectorante, emoliente, antiespasmódica uterina, ali
via
menstruações dolorosas e regulariza a menstruação. Combate a queda de cabelos, age contr
a
catarros, rouquidão e afecções bronquiais.
<28>
Modo de usar:
Uso externo
Cataplasma 10 g da planta amassada aplicada diretamente no couro cabeludo -
para
conseguir que o cabelo volte a crescer.
Uso interno
Infusão - 30 g para cada litro de água. Tomar 6 xícaras ao dia, para fortalecer os
cabelos
evitando a calvície e a caspa.
Uso externo
Para queda de cabelo - decocção - ferver 100 g de avenca seca em um litro de água
por
meia hora. Filtrar o líquido e empregá-lo em fricções diárias no couro cabeludo, evitando
também a oleosidade.
Uso interno
Para rouquidão - xarope - macerar 30 g de folhas de avenca em meio litro de água
,
colocar numa panela adicionando o dobro do peso em mel e aquecer em banho Maria,
até a
sua dissolução. Acrescentar 30g de água de flor de laranjeira. Tomar 30 ml duas vezes
ao dia.
<31>
Barbatimão
Nome científico: Stryphnodendron adstringens (Mart) Couille
Sinonímia: ibatimô, paricarana, casca-da-virgindade
Família: Leguminosae, Mimosoideae
Partes usadas: casca
Habitat: Goiás, Minas Gerais, São Paulo, DF e Paraná
Características: árvore alta, com folhas pequenas, compostas, florzinhas pequena
s, miúdas,
em bolotas terminais. O fruto é uma vagem que nasce diretamente no raminho desfolh
ado, e é
parecido com o do feijão. A casca do tronco é áspera, e a parte ativa se encontra a pa
rtir do
solo, até 10 cm de altura do tronco. O seu nome deriva da língua indígena Yba-timó, que
significa "árvore que aperta". Ela é muito adstringente e o gosto da casca, se assem
elha à
fruta verde amarrenta. É árvore típica do Brasil.
Propriedades químicas: taninos, alcalóides, mucilagens, flavonóides e corantes ver
melhos.
Propriedades terapêuticas: antiescorbuta, antihemorrágica, antitumoral, antibiótic
a,
antiblenorrágica, agindo também em casos de diarréia e úlceras.
Indicações: planta muito usada pelos indígenas, cujos ensinamentos estão à cargo do pa
jé
da tribo. É muito comum as mulheres indígenas fazerem banho de assento com o chá da
casca de barbatimão, para combater infecções e corrimentos vaginais, evitar doenças
venéreas e ainda, muitas usam para constrição vaginal, por isso é também conhecida como
casca da virgindade.
<32>
O creme básico feito com extrato da casca de barbatimão, é eficaz como cicatrizant
e de
feridas ou úlceras, comprovado pelo pesquisador farmacêutico Dr. João Carlos Polazzo d
e
Mello, com pesquisas realizadas na Universidade Estadual de Maringá - Paraná. Ele
comprovou em animais de laboratório, os efeitos cicatrizantes do barbatimão, que con
siderou
superior ao nebacetim, o mais conhecido cicatrizante das farmácias.
Foi comprovado ainda, que o extrato foi bastante eficaz contra as bactérias St
aphilococcus
aureus e Pseudomonas aeruginosa, dois micróbios comuns em infecções hospitalares. Há
também testes realizados por pesquisadores de Pernambuco, que indicam que a planta
tem
ação contra tumores.
Externamente, quando reduzido a pó ou extrato, ela é empregada no tratamento das
úlceras. Em banhos, atua contra leucorréia, catarros ureterais e vaginais. Tem ação na g
astrite
e no controle do câncer.
Modo de usar
Uso geral - ferver 20 g da casca picada de barbatimão em um litro de água. Tomar
durante
o dia.
Lavagem vaginal 10 g de casca picada, em 500 ml de água. Ferver durante 10 min
.,
esfriar, coar e acrescentar suco de limão. Fazer banhos locais de 2 a 3 vezes ao d
ia.
<35>
Camu-camu
Nome científico: Myrciaria dubia.(HBK) Mc.Vough
Sinonímia: caçari ou araçá- d'água.
Partes usadas: casca, frutas.
Família: Mirtaceae.
Características: possui uma frutinha de cor púrpura viva que é um pouco maior que
a
jabuticaba, possui o mesmo tipo de semente, (caroço) no centro e casca que se romp
e, embora
um pouco mais grossa. A árvore atinge de 4 m a 8 m de altura, e as frutinhas produ
zem três
vezes ao ano, não apenas uma vez anualmente, como a maioria das frutas.
Habitat: O seu habitat natural é a Amazônia, onde estas árvores podem ser encontra
das
particularmente nas margens das várzeas e dos igapós, os lagos locais. Porém a aclimat
ização
está sendo boa em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso
e
Paraná.
Propriedades químicas: flavonóides, vitamina C. Quantidade em 100 g de fruta:
- Camu-camu - 2.880 mg de vitamina C (Ácido ascórbico).
- Comparação com outras frutas:
- Acerola 1.790 mg
- Araçá 329 mg
- Caju 220 mg
- Goiaba branca 80 mg
- Laranja 41 mg
- Morango 73 mg
<36>
Hoje a camu-camu é considerada a rainha da vitamina C.
Propriedades terapêuticas: Aumenta a imunologia no sangue, a capacidade de
memorização e raciocínio, aumenta a resistência e o tônus muscular. É absorvida na parte
superior do intestino delgado, e desse ponto, passa para a corrente sangüínea onde s
e distribui
para todos os tecidos. É um varredor de radicais livres.
Indicações: Protege os vasos sangüíneos, principalmente os vasos capilares, de menor
(pipermethysticina).
Propriedades terapêuticas: antidepressiva, angústia nervosa, estado de tensão nerv
osa,
agitação, ansiedade, insônia, anti-brônquica, anti-reumática, anti-séptica, urinária, analg
e indutora do sono.
Indicações: os principais constituintes do kava-kava são as kavalactonas. Elas age
m
primariamente no sistema límbico, parte primitiva do cérebro que afeta todas as outr
as
atividades cerebrais e é o centro das emoções e do instinto.
Acredita-se que o kava-kava possa promover o alívio da ansiedade e elevar o hu
mor,
alterando a maneira pela qual o sistema límbico influencia os processos emocionais
.
As kavalactonas também possuem ação relaxante muscular, causando amortização motora
e relaxamento da musculatura esquelética, sem no entanto alterar a respiração.
<126>
Estudos farmacológicos mais profundos têm demonstrado que as kavalactonas são capa
zes
de se ligar aos receptores histamínicos H 3. Os agonistas H 3, como é o caso das
kavalactonas, quando presentes no Sistema Nervoso Central, causam sedação e exercem
efeitos anti-convulsivos, o que explica a ação sedativa e anti-convulsiva do kava-ka
va.
Em indivíduos com convulsões associadas a um grau de ansiedade, o kava-kava pode
ser
extremamente efetivo no alívio dos sintomas por possuir um ótimo efeito tranqüilizante
,
ansiolítico e levemente antidepressivo. Pode também ser associado a um outro antidep
ressivo
natural, como o hipérico ( Hyperícum perforatum).
Segundo a americana especialista em fitoterapia P. Brevoort, de Oregon (USA)
, não existe
outra planta como a kava-kava, que proporcione um total relaxamento, e ao mesmo
tempo,
permite uma clareza de raciocínio excelente.
Realmente, esta planta é muito boa para aliviar ansiedade, sem tirar o usuário d
e qualquer
vivacidade. É também usado com bons resultados no tratamento de espasmos musculares
e
dores de cabeça por stress, além de ajudar em casos de bronquites nervosas.
Desde 1950, a Alemanha tem pesquisado a kava-kava e comprova, que ela é um ele
mento
psicoativo, isto é, um estimulante e um sedativo suave, sendo um substituto seguro
dos
tranqüilizantes e soníferos a base de benzoapezina, vendidos sob receita médica como P
rozac,
Vallium e Xanax, usados no tratamento de distúrbios mentais e insônia.
Os pesquisadores europeus chegaram a conclusão de que os elementos ativos da k
ava-
kava, incluindo a lactona, o tornam um dos melhores analgésicos até hoje conhecidos,
que
pode ajudar a controlar a dor, tanto de tensão nervosa, quanto muscular e ATM.
A lactona tem um efeito depressivo no sistema nervoso central, agindo como
antiespasmódico, além de dar proteção com efeito calmante nas vias urinárias e da bexiga.
<127>
Modo de usar
Uso interno
Infusão - para alívio urinário e infecção 5 g de folhas em um copo de água fervente.
Coar, esfriar e tomar meio copo, 2 vezes por dia.
Tintura - como relaxante tônico - 30 gotas em um copo de água. Tomar 3 vezes ao
dia.
Raízes - ferver durante cinco minutos, 5 g em dois copos de água. Tomar um copo,
2 vezes
ao dia.
Cápsulas - Tomar 2 cápsulas à noite ao deitar, para ter um sono tranqüilo.
<129>
Língua-de-vaca
Nome científico: Chaptalia nutans
Sinonímia: sanguineira, erva de sangue, língua de vaca miúda, tapira, buglossa, ch
amama,
costabranca.
Família: Compositae
Partes usadas: folhas e raízes
Características: planta herbácea brasileira, muito disseminada por toda a América
tropical,
ocorrendo no Sul, Sudeste e Centro-oeste, incluindo estados do Norte e Nordeste,
principalmente em gramados, pastagens e terrenos baldios. Reprodução por sementes.
É uma planta rasteira, com folhas grandes, ovais, alongadas, apecioladas, verd
e-escura,
inflorescencia em espigas, com flores brancas como pequenos jasmins.Tem raiz ram
ificada.
Propriedades químicas: resinas, mucilagens, óleo essêncial, flavonóides, pigmentos,
taninos, sais minerais.
Propriedades terapêuticas: diurética, emenagoga, béquica, tônica, desobstruente e an
ti-
herpética.
Indicações: distúrbios menstruais, úlceras crônicas, dores de cabeça, tosses, afecções
pele, obstipação intestinal, afecções febris e das vias urinárias.
Existe outra planta também chamada fumo-do-mato (Coronila stipuladissima), que
é
diferente desta, ainda há chaptalia integerrima. Tem sido usada em blenorragia, pr
oblemas
pulmonares, dermatoses e em dores de cabeça, as folhas maceradas são colocadas sobre
a
testa. Tem ação sobre tumores linfáticos.
Modo de usar:
Folhas
Afecções da pele em geral, afecções das vias urinárias, catarros pulmonares, tosses,
distúrbios menstruais - uso interno - chá por infusão ou decocção, dosagem normal.
Úlceras crônicas e tumores linfáticos - uso externo - chá por decocção, sob a forma de
banhos.
Dores de cabeça e insônia - uso externo - folhas frescas, aquecidas, colocadas s
obre as
têmporas, aliviam a dor de cabeça e facilitam o sono.
Raízes Afecções febris e obstipação intestinal - uso interno - chá por decocção, dosage
normal.
<133>
Linho
Nome científico: Linum usitatissimum
Sinonímia: linhaça ou óleo de linhaça
Família: Linaceae.
Partes usadas: sementes
Características: o linho é uma planta herbácea anual, ereta, sem pêlos e abundanteme
nte
ranuosa na extremidade. Mede de 30 a 80 cm de altura. As folhas superiores mostr
am-se
estreitas, longas e pontiagudas e as inferiores, mais largas. As flores tem caro
las com 5
pétalas azuis. Produz cápsulas globosas, contendo pequenas sementes achatadas.
Habitat: originária da Ásia e África, o linho é uma planta que se desenvolve facilme
nte nos
estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Propriedades químicas: ácido linolênico, ácido linoléico, ácido estereárico, ácido
palmítico, mucilagem, óleo sedativo (tradicional óleo de linhaça, rico em proteínas). Por
compressão a frio, o óleo de linho é obtido das sementes que contém os glicerídios sólidos
fluídos de ácidos. Contém também cera, sal e óleo ômega-3.
Propriedades terapêuticas: as sementes são emolientes, refrescantes, laxativas,
diuréticas
e resolutivas, sendo recomendadas no tratamento de queimaduras, furúnculos, varize
s, crosta
láctea (eczema do lactente) e reumatismo. Atua também em inflamações na gengiva, faringe
e boca, problemas urinários, cistites, problemas no fígado e nos rins.
<134>
Indicações: é indicado na cura da hemorróida e da prisãode-ventre, pois a linhaça é
emoliente. É indicada também nas inflamações do intestino, afecções da garganta, do
estômago, dos brônquios e da bexiga, além de aliviar os abcessos, colites, enterites e
diabetes.
Já era cultivada na velha Babilônia. Também nas sepulturas egípcias, se tem encontra
do
sementes de linho. Parece que eles não só a aproveitavam por causa das sementes, ric
as em
óleo, como também chegaram a descobrir a confecção de fileras e de tecidos de linho.
As gorduras de certos frutos do mar, assim como o da linhaça, são radicalmente b
enígnas e
diferentes. Seus ácidos graxos ômega-3 estão aptos a serem transformados em substâncias
que combatem o acúmulo de plaquetas, dilatam os vasos sangüíneos e redigem inflamações e
danos às células.
Modo de usar
Abcesso - cataplasma - ferver 1/4 de litro de água, acrescentar 60 g de farinh
a de linho e
referver por 1 minuto. Estender a pasta por cima de um tecido dolorido e cobrir
com uma
gaze. Aplicar quente, mas não fervente, pois pode provocar sérias queimaduras. Coloc
ar
sobre o cataplasma, um pedaço de lã, para que o calor se conserve por mais tempo.
Hemorróidas e inflamações - água de semente de linhaça - verter 150 ml de água morna
sobre 30 g de sementes de linho inteiras. Misturar bem e deixar em infusão por sei
s horas.
Filtrar com um tecido de linho, espremendo bem as sementes para que saia toda a
mucilagem.
Esta água de semente de linho deve ter uma parte de mucilagem para cada 30 partes
de água
morna. Ingerir o líquido.
Queimaduras - linimonto - misturar em partes iguais, óleos de linho e água de ca
l. Aplicar
a mistura sobre as regiões queimadas, enfaixando em seguida.
Vermes intestinais - clister- preparar 3 xícaras de infusão de camomila e adicio
nar quando
o óleo estiver quente e não mais fervente, 3 colheres de óleo de linho, uma pitada de
sal de
cozinha e uma pitada de sabão ralado. Agitar o líquido e empregá-lo no clister, antes
que
esfrie totalmente.
<135>
As fibras, extraídas das folhas e das hastes, são aproveitadas pela indústria têxtil
, para
confeccionar linhos.
O óleo de linhaça entra no preparo de esmaltes, vernizes, tintas diversas, papel
impermeável e combustível.
<137>
Losna ou Absinto
Nome científico: Artemisia absinthium L
Sinonímia: Erva-dos-vermes, absinto, losna-maior, ervasanta, alvina.
Partes usadas: folhas e flores
Família: compositae
Características: Planta herbácea, de fácil cultivo, perene, mede de 50 cm a 1 m de
altura,
com folhas glaucoesbranquiçadas de sabor amargo, flores de cor amarela, pedunculad
as,
reunidas em pequenos capítulos pendentes. Exala odor e apresenta sabor bem amargo.
Habitat: Planta nativa da Europa e da Ásia, hoje ela é cultivada em todos os lug
ares dando
preferência à climas temperados. Seu nome deriva do grego, que significa "sem doçura",
ou
amarga. Prefere terrenos secos e pedregosos, ensolarados a arenosos.
Propriedades químicas: taninos, vitamina B 6 e C, fitosterol, quebrachitol, su
bstâncias
carotenóides, compostos lactônicos, borneal (cânfora de bornéu), tuiolva, azulenofelandr
eno,
pineno, absintina (princípio amargo), glindelina, resinas, ácidos orgânicos, flavonóides
,
ácidos fenólicos, óleo essencial, absintona (absintina), ácido tânico, málico e succínico -
clorofila.
Propriedades terapêuticas: Digestão deficiente, antiinflamatória, males dos rins e
do
estômago, icterícia, gastralgia, hidropisia, respiração difícil, azia, secreção difícil da
,
histerismo, escrofulose, leucorréia (flores brancas), envenenamentos, afrodisíaco, e
pidemias,
anti-helmíntico, menstruação escassa, dilatação do fígado e baço, males hepáticos e
antidepressiva.
<138>
Indicações: Os azulenos agem como antiinflamatórios, as lactonas e os sesquiterpen
os tem
ação de efeito antitumoral. A tujona é um estimulante cerebral. A losna é uma eliminador
a de
vermes por excelência, e também é um excelente repelente de insetos.
Para a utilização com vermífugo, problemas de menstruação difícil, febres, dores de
estômago, cólicas de fígado e rins, aplicar sobre o local como cataplasma ou tomar chá.
Esta
planta desenvolve efeito tônico sobre o estômago combatendo-lhe a acidez, e ela tem
propriedades de reduzir, como tônico amargo, a duração das doenças. É indicada
principalmente para problemas de estômago, atonia, queimação e úlceras, com resultados
surpreendentes.
Os princípios amargos são utilizados na fabricação do licor de absinto. A losna prod
uz em
algumas pessoas uma grande sensualidade devido à tuiona.
O índice alcoólico do licor de absinto, ultrapassa 55%, proibido em nosso país pel
o
ministério da saúde. Contra-indicações: O uso excessivo não é indicado porque prejudica os
glóbulos vermelhos do sangue, além de provocar perturbações psíquicas. O suco ao natural é
tóxico, mas através da infusão, elimina-se esse efeito. Não é indicada para lactentes pois
deixa o leite amargo, nem para gestantes, pois pode ser abortivo.
Modo de usar:
Uso interno
Por infusão: Uma colher de chá de losna para uma xícara de água fervente.
Tampar por 10 minutos, coar e tomar de 2 a 3 vezes ao dia. Maceração: 3 gramas e
m 100
ml de vinho, repousar por 5 dias. Filtrar e tomarem cálice pequeno, antes das refe
ições, 2
vezes ao dia.
Extrato fluído: tomar 10 gotas, 2 vezes ao dia.
OBS: Observar a quantidade ingerida, pois pode causar danos ao estômago, fígado
e rins.
A essência pode provocar convulsões.
<141>
Louro
Nome científico: Laurus nobilis
Sinonímia: louro-comum, loureiro-de-Apolo, loreiro-dospoetas
Partes usadas: bagas, frutos e folhas
Família: Lauraceae
Características: O louro é um arbusto perene, com folhas duras, lustrosas e verd
e-escuras
na superfície superior. Apresenta flores bem miúdas, de coloração branca ou amarelo-
esverdeada. As folhas do louro podem ser coletadas em qualquer época do ano e tem
aroma
intenso e penetrante.
A árvore do louro pode chegar até um século de existência. Do fruto, se obtém o óleo.
Habitat: As árvores podem alcançar até 8 metros de altura, originárias da Ásia Menor,
são
muito comuns nas matas pluviais dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Jan
eiro,
Paraná e Espírito Santo. É originário dos países Mediterrâneos, de clima temperado.
Cultivado e naturalizado em todo o continente americano.
Propriedades químicas: As folhas são ricas em óleo volátil, composto de 45% de lineo
l.
Contém tanino, as bagas contém ácidos laurínicos, palmíticos e linóico, óleo essencial,
mucilagens, pectinas e substâncias amargas.
Propriedades terapêuticas: eupéptica, antiinflamatória, anti-reumática, carminativa,
diurética, digestiva e balsâmica.
<142>
Indicações: como bálsamo anti-reumático, como aperitivo facilita a digestão e alivia a
s
dores reumáticas e artríticas. O óleo extraído do louro serve para combater as dermatose
s e as
lêndeas. As cascas de louro-preto combatem inúmeras afecções intestinais e digestivas, t
ais
como, catarros e diarréias. É estimulante da secreção do suco digestivo. Elimina gases d
o
conduto digestivo. É excelente para aqueles que tem digestão difícil. É também estimulante
da menstruação, regularizando o ciclo menstrual.
As folhas e frutos servem como condimentos e temperos para carnes.
Tibério César, imperador romano, colocou em sua cabeça, ramos de louro entrelaçados,
servindo como honra, usá-lo após uma vitória de batalha ou de luta. Segundo urna tradição
romana, a "coroa" de louro usada por um vencedor nunca poderá ser sacudida por rai
os,
recebendo sua proteção. O louro foi concedido pelo Deus Apolo, patrocinador dos triu
nfos,
das belas artes e da medicina. Os atletas e os guerreiros com ele eram coroados.
Modo de usar:
Colocar meia colherinha de chá de pó de casca de louro preto em um pouco de água.
Beber
3 vezes ao dia.
Uso interno
Decocção: Em 1 litro de água. Ferver 20 g de casca de louro. Tomar 1 copo após as
refeições.
Infusão: Em 1 litro de água quente colocar 15 g de folhas de louro, deixando des
cansar por
10 min. Filtrar e beber lentamente em duas vezes - para má digestão.
Estomáquico, aromático e calmante: uso externo: aplicações de óleo de louro ou de
pomada de folhas secas pulverizadas sobre as articulações dolorosas nos casos de reu
matismo
crônico.
<145>
Milho - Estigma de Milho
Nome científico: Zea mays L.
Partes usadas: estilete ou estiquia ( cabelo de milho) e sementes.
Família: Gramineae.
Características: Conhecido como estígmas ou estiletes, deve ser colhido tão logo a
pareçam
na espiga, ainda claros e macios, herbácea anual, que atinge até 3 metros de altura.
Seu caule
é ereto sem ramificações, de caules cilíndricos cheios. As flores reúnem-se em uma espiga
cilíndrica. Planta cultivada quase universalmente como colheita de alimento, o mil
ho é nativo
dos Andes e da América Central.
Planta sub-arbustiva de colmo nodoso e raízes adventícias, com folhas grandes,
invaginantes, linearlanceoladas, com flores unissexuais, amarelas, com polpa ácida
. Possui
muitas sementes.
Habitat: é originária do México e Peru.
Propriedades químicas: flavonóides (marsin), saponina, ácidos málico, tartárico,
maizênico, alantoína, albumina, hordenina, vitaminas A, B 1, B 2, K e C, sais minera
is
potássio.
Propriedades terapêuticas: cistite, nefrite, diurético, ácido úrico, litíase, albuminúr
a,
antiinflamatória, hipertensão e é estimulante da secreção da bile.
Indicações: o chá dos cabelos de milho é um excelente desinfetante das vias urinárias
devido às suas propriedades antiinflamatórias, sendo indicado no tratamento de cisti
te
com resultado excelente, regredindo e desaparecendo com o seu uso.
<146>
Os que tem problemas com o ácido úrico encontram melhoras com o chá das estígmas, qu
e
ajuda também a baixar a pressão alta.
Modo de usar
Chá em infusão - 20 g num litro de água. Tomar um copo, 4 vezes ao dia.
<149>
Marapuama ou Muirapuama
Nome científico: Ptychopetalum olacoídes Benth
Sinonímia: Muirapuam, marapuama, muitatam
Partes usadas: raiz
Família: Olacaceae
Características: Arbusto atingindo até 2 metros de altura, de haste ereta e coro
ada por
pequenos e raros galhos, flores em rácemos e frutos drupáceos. As raízes e as hastes são
de
coloração parda-avermelhada, suas folhas são pequenas e verdes pela parte superior, e
cinza
azuladas pela parte inferior, pendentes em ramos longos e finos. Suas raízes possu
em
estimulante sexual, dando resultado positivo no caso de disfunção erétil.
Habitat: Arbusto originário do Amazonas, ocorre em lugares gumosos da mata de
terra-
firme.
Propriedades químicas: óleo essencial, tanino, alcalóide, marapuamina, lupeol, est
eróis,
álcool triterpênico.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, ataxia locomotora, estimulante sexual
, alopecia,
tônico, antidepressívo. Emprega-se como estimulante sexual para ambos os sexos.
Causa excitação sobre o sistema nervoso central, justificando a sua indicação em cas
os de
depressão, esgotamento e outras doenças de nível neurológico.
Indicações: Paralisia facial, astenia circulatória. Nos casos de impotência sexual,
tem a
propriedade de restaurar a força sexual, ativando o mecanismo neurovascular que at
ua na
ereção. Em clínicas, obtém-se resultados de até 70%. É um excelente antidepressivo. Para
queda de cabelos, o chá em infusão dá bons resultados.
<150>
Modo de usar:
Uso interno - decocção: 20 g da raiz para 1 litro de água. Ferver durante 10 minut
os.
Tomar 4 copos ao dia.
Para aumentar a potência sexual:
Infusão - colocar em 1 litro de vinho moscatel, 10 g de muirapuama e 10 g de c
atuaba.
Deixar em repouso e tomar um cálice às refeições.
Uso externo
Reumatismo - 20 g de muirapuama com 20 g de gengibre. Colocar em infusão em um
litro
de álcool, deixando em repouso por uma semana. Massagear a parte afetada 2 a 3 vez
es ao
dia.
<153>
Mulungu
Nome científico: Erythrina mulungu Benth
Sinonímia: Corticeira, marrequeira, bico-de-papagaio, murungu, sapatinho-de ju
deu e
muchocho.
Partes usadas: Casca, folhas.
Família: Leguminosae - Papilionoideae
Características: Árvore espinhosa que pode medir de 6 a 10 metros de altura, cuj
a casca é
de cor avermelhada, suas flores também são vermelhas e de tamanho grande, e suas sem
entes
são vermelhas e pretas, as suas folhas são compostas trifolioladas.
Habitat: Adapta-se bem em clima quente, sendo a região de Minas Gerais, Matogr
osso do
Sul até o Rio Grande do Sul, onde mais se encontram estas árvores.
Propriedades químicas: Esteróides, alcalóides, erisodina, eritratina, eritrina, er
itramina,
erisopina.
Propriedades terapêuticas: Sedativa, tranqüilizante, calmante, age contra a asma
, insônia,
tosse, obstruções do fígado e baço, hepatite, histeria, alterações do sistema nervoso, agit
hipertensão, prisão de ventre, hemorróidas, dor de dente, contusões, palpitações, coqueluch
,
reumatismos (dores).
Indicações: Utilizado para todos os casos de excitação nervosa e suas conseqüências.
Alivia as dores, age no combate às hemorróidas, tosse nervosa e asma. Sendo purgativ
a,
auxilia nos casos de prisão de ventre.
<154>
Os alcalóides atuam sobre o sistema nervoso central, agindo como depressores e
são
absorvidos lentamente pelo tubo gastro-intestinal e excretados pelos rins.
Modo de usar:
Casca: Chá por decocção, um copo de água fria, com 2 a 4 g de cascas de mulungu.
Tampar e deixar ferver por 5 min. Beber algumas vezes durante o dia. Atua nos ca
sos de
hepatite, como analgésico, e para combater a insônia.
Folhas: O suco extraído das folhas melhoram a dor de dente.
Pode-se usar 4 a 5 folhas num copo de água e bater no liquidificador.
<157>
Nim ou Margosa
Nome científico: Azadirachta indica - A juss, Synantelara azadirachta ou Melia
azadirachta
Sinonímia: Neem
Família: Meliaceae
Partes usadas: toda a planta, folhas, sementes (óleo), frutos, cascas e raízes.
Habitat: é uma planta de origem asiática, natural de Burma e das regiões áridas do
subcontinente indiano.
Características: Tem crescimento rápido, atinge normalmente 15 metros de altura.
As
folhas são verdes escuras, compostas e imparipinadas. Com flores esbranquiçadas, per
fume
peculiar, reunidas em inflorescências densas. O fruto é uma baga ovalada com 1 a 2 c
m de
comprimento. A polpa é amarelada, quando madura. Sua casca é branca, dura, e sua sem
ente
contém óleo essencial, com coloração marrom. Resiste a solos secos e pobres em nutriente
s,
mas prefere clima tropical, não tolerando temperaturas abaixo de 8° C.
A plantação é feita através de mudas, após o plantio das sementes. O sucesso do planti
o
está relacionado ao início da estação chuvosa da região.
Propriedades químicas: gedunine, taninos, meliacinas (triternos oxigenados), n
eemola,
glicosídeos, ácido nítico, ácido oléico, ácido tetradecóico e ácido D (do nim). As sementes
possuem óleos: nimbim, nimbinim e nímbidim. Nas flores há minerais como sódio, potássio,
cálcio, ferro e cloro, além de dióxido de carbono CO 2, e derivados do enxofre SO 4 e
SI O 2.
Outros componentes como o nimbosterol, glicosídeos, nimbosterim, flavonóides: nimbic
etim
e sesquiterpenos, solamina e azaridactim.
<158>
O azadiractim (assemelha-se a um esteróide) é o componente mais importante da se
mente
do nim, estudado durante quase 20 anos. É o mais empregado no controle de pragas,
pois não
possui ação fitotóxica, não agredindo o meio ambiente e é praticamente atóxica ao homem.
Propriedades terapêuticas: ação anti-malária, antifúngica, anti-hemorróica, anti-diabét
,
dermatites, cistites, antidiarréica, vermífuga, antiespermaticida, antibacteriana, a
ntiviral,
fertilizante utilizado como adubo orgânico, além de combater úlceras, eczemas e psoríase
.
Indicações: é uma planta extraordinária com ação múltipla em diversas enfermidades. O
óleo da semente de nim tem feito maravilhas no tratamento de psoríase, reduzindo a c
oceira,
a escamação e a vermelhidão da parte lesionada.
O uso oral do extrato das folhas do nim tem reduzido nos diabéticos insulínicos
(tipo I), a
necessidade de insulina na proporção de 30 a 50%.
O que dizer do câncer e da Aids? O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unido
s, tem
experimentado em cobaias, extrato de nim, que tem ação surpreendente na aniquilação do
vírus HIV.
Os elementos ativos polissacarídeos e limonóides encontrados na casca, folhas e
sementes
tem reduzido certos tumores cancerosos. Até nas doenças coronárias, há diminuição da
coagulação sangüínea e pressão arterial.
É interessante que na índia, existe um lubrificante vaginal feito com óleo de nim,
que evita
a gravidez melhor do que os preservativos (camisinha) usados pelos homens.
<159>
Possui ação repelente de insetos, melhor que os produtos químicos conhecidos.
Modo de usar
Infusão das folhas - 10 g num litro de água, tomar durante o dia.
Cápsula de óleo - 300 mg, 3 cápsulas ao dia.
Pó - 5 gramas em meio litro de água. Tomar 2 copos ao dia.
<161>
Nogueira
Nome científico: Juglans regia L.
Sinonímia: noz pecam
Partes usadas: cascas, folhas, nozes.
Família: Juglandaceae
Características: árvore enorme, cresce até 30 metros de altura, régia como seu nome
indica,
prefere terrenos arenosos. Suas folhas tem um largo pecíolo, é hermafrodita e seu fr
uto é uma
drupa contendo em seu interior a noz pecan.
Habitat: originária da Ásia central, Europa, China e Himalaia, adaptou-se bem no
Brasil.
Propriedades químicas: juglona, menadiona, nogalina, inositol, flavonóides, ácidos
graxos
(linolêico, linólico e olêico) caroteno, taninos e minerais como: cálcio, ferro, fósforo,
zinco,
além de vitaminas B 1, B 5 e C.
Propriedades terapêuticas: vermífuga, antidiarréica, hipoglicemiante, anti-séptica,
anti-
caspa, dermatites, gota, anti-queda de cabelos, litíase renal, antimicrobiana, ant
iinflamatória e
anti-colite.
Indicações: contra pedras nos rins, litíase renal, onde os pacientes que usam o óleo
de
nogueira eliminam ou dissolvem seus cálculos em média em 48 horas.
As dermatites, como eczema seborrêica, tem um resultado excelente com a aplicação
local
do óleo.
Muitas pessoas que tem diabetes do tipo II, experimentaram o decoto das casc
as ou o chá
das suas folhas e tiveram normalizada sua hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue).
<162>
O extrato tem ação antimicrobiana, de largo aspecto, incluindo Cândida albicans,
Mycobacterium smegmatis, Escherichia colf e Staphylococcus aureus, devido aos se
us
elementos ativos, juglona e menadiona.
As nozes, apresentam um grande valor nutritivo, com um conteúdo protéico melhor
do que
a carne bovina, superando-a devido a quantidade de seus óleos, minerais e vitamina
s.
É também excelente no combate à diarréia e colites, devido a nogalina encontrada em
suas
folhas, além de ser preciso no tratamento de uretrite (inflamação da uretra ou conduto
da
urina).
Tem ação adstringente, cicatrizante,e antiinflamatória contra eczema, impetigo, fo
liculite,
tinea, úlceras e hemorróidas.
Modo de usar
Uso interno - geral - infusão : 20 g de folhas em 1000 ml de água fervente, toma
r durante o
dia.
Tintura - 25 ml, 2 vezes ao dia.
Uso externo - decocção da casca, 50 g das cascas em 1 litro de água. Ferver durant
e 20
minutos, esfriar e aplicar em banho no local afetado.
Cápsulas - uso interno - tomar 6 cápsulas ao dia, 2 cápsulas de manhã, 2 à tarde e 2 à
oite.
<165>
Nós-moscada
Nome científico: Myristica fragans Houtt
Partes usadas: sementes (óleo e pó)
Família: Miristicaceae
Características: possui folhas muito verdes, de configuração piramidal, flores ama
relo-
claro, com suave perfume, podendo ser flores masculinas (reunidas em corimbos) e
femininas
(solitárias). O fruto quando maduro, abre-se expondo sua semente, e são amarelos a
avermelhados, grandes e carnosos. Alojam sementes duras, oleaginosas, ovaladas e
de cor
parda com cerca de 4 cm de comprimento, vezes 2 de largura, que é a nos moscada.
Habitat: Originária da Indonésia, Ilhas moluscas, Antilhas e Samatra.
Propriedades químicas: lipídios, óleos essenciais, safrol, linalol, geraneol, born
eol,
miristicina, elemicina, trimiristina.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, eczema; estimulante, afrodisíaco, carmi
nativo,
auxilia na digestão, gazes, vômitos e cólicas intestinais.
Indicações: O gel feito do óleo da noz moscada é utilizado em dores reumáticas,
friccionando-o nos locais doloridos. A medicina chinesa emprega a noz moscada pa
ra casos
de diarréias. Massageia-se locais com dores e gota. Resolve o problema de circulação p
ara
pernas inchadas e, na homeopatia é usada nos distúrbios mentais e de memória.
Recomenda-se para quaisquer casos de problemas digestivos, reduzindo as náusea
s,
vômitos e diarréias. É também utilizada como tempero para sopas.
<166>
A miristicina e a elemicina possuem ação moderada inibidora da monoamino-oxidase
, e
potencializa a ação da triptamina. A administração desta erva não é antidepressiva e sim
sedativa.
Modo de usar:
Decocção: Para gripes, males pulmonares, asma: colocar em 1 copo
de água, 1 nos moscada bem picada e ferver por 3 minutos. Tomar ainda morno, antes
de
deitar. Tomar uma xícara por 3 dias.
Xarope caseiro:
Para pernas cansadas e inchadas: xarope de nos moscada. Para infecção na gargant
a: 2
colheres de azeite, mel, 1 nos moscada ralada, misturar bem. Tomar 1 colherinha
pela manhã
e 1 à tarde.
Infusão: 2 g de pó de nos moscada para 1 copo de água quente.
Para diarréia: A diarréia de início abrupto na pessoa sadia, está mais freqüentemente
relacionada com algum processo infeccioso e 1/2 nos moscada em pó, misturada à uma
colher de sobremesa de rum, tomada 2 a 4 vezes diárias, acaba com a infecção e recuper
a as
funções intestinais em 2 ou 3 dias.
Óleos: Para dores reumáticas: O óleo de noz moscada, devido aos óleos essenciais,
aplicado com massagens nas partes doloridas, tem resultados excelentes, desde qu
e aplicado
2 vezes ao dia.
<167>
Contra-indicação: não deve ser usada por gestantes, pois pode haver contração uterina,
levando ao aborto.
<169>
Pimenta-de-Caiena
Nome científico: Capsicum annuum L.
Partes usadas: Fruto e folhas
Família: Solanaceae
Características: herbácea anual, com altura variável de 30 cm a 1 m de altura, fol
has
alternas, pontiagudas, lisas e pecioladas. As flores são pequenas e brancas. Seus
frutos tanto
podem ser pequenos como grandes, alongados ou estreitos, redondos ou cônicos, de
coloração amarela, verde ou vermelha, de sabor doce ou picante, contendo sementes. E
xistem
diversas variedades do gênero capsicum.
Habitat: América tropical. Deve-se escolher regiões tropicais e sub-tropicais pa
ra seu
melhor cultivo, porque não resistem às geadas. Necessitam de solos argilosos ricos e
m
matéria orgânica, drenados e pouco ácidos.
Propriedades químicas: Vitaminas A, B 1, B 2, C, PP, K, E, ferro, óleo essencial
,
capsicinóides, carotenóides, açúcares, ácidos orgânicos, cobalto, fósforo, manganês,
alumínio, potássio, zinco, avenina, pigmentos flavonóides como apiina, hesperidina,
euteolina, saponina esteroidal (somente nas sementes), e resinas.
Propriedades terapêuticas: Combate hemorróidas, gastrites, reumatismos, pleurisi
as,
nevralgias, gota, lombalgias, diarréias, disenterias, hemorragias uterinas, é estimu
lante da
digestão e da circulação sangüínea, antiinflamatória e antiespasmódica.
Indicações: ingerido como alimento, ele desinfeta a mucosa bucal e gástrica, e por
sua vez,
elimina os germes intestinais sem contudo destruir a flora intestinal. Atua com
eficácia como
estimulante gástrico, além de ser também poderoso depurativo e adstringente. Elimina
toxinas e pus dos processos infecciosos e é ótimo para tirar dores nas pernas e braços
.
<170>
A pimenta-de-caiena é usada como componente ativo nos problemas de disfunção erétil
(impotência sexual).
A pimenta malagueta é quente e estimulante, podendo ser usada em medicamentos,
para
resfriados, dores reumáticas, má circulação e bronquite. A pimenta é muito picante e tem q
ue
ser utilizada com cuidado.
É indicada também para queda de cabelos.
Modo de usar:
Como saladas, vinagretes, refogados, cozidos e assados. Os de sabor picante
são usados no
lugar da pimenta.
Uso interno
Contra alcoolismo - Colocar um pimentão verde dentro de uma garrafa de cachaça,
durante
5 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à noite.
Uso interno
<171>
Para cabelos sem vida: Suco de pimentão com cenoura e salsinha. Tomar 2 vezes
ao dia.
Uso externo - coloque 10 g do suco picado em um copo de álcool de cereais, col
ocando
uma colher de sopa de glicerina. Deixar durante uma semana macerando. Coe. Aplic
ar no
couro cabeludo, massageando durante 10 minutos. Faça o tratamento pelo menos duran
te um
mês.
Para artrite e reumatismo: Colocar 6 pimentões vermelhos para 100 g de álcool, 1
00 g de
álcool à 60 graus, por infusão, durante 2 dias. Coar e pincelar as áreas doloridas, faze
ndo uma
pequena massagem, que logo passa a dor. Age como antibiótico devido às saponinas.
<173>
Porangaba
Nome científico: Cordia salicifolia
Sinonímia: chá-do-mato, chá-de-bugre, chá-de-frade, louro-salgueiro.
Partes usadas: folhas, frutos e cascas
Família: Boraginaceae
Características: é uma árvore que pode atingir até 8 metros de altura, possui folhas
alongadas, estreitas e pontiagudas; flores brancas e frutos pequenos, vermelhos,
semelhantes
aos grãos de café, o qual é conhecido no norte do Brasil como café-do-mato, e que uma ve
z
torrado e moído, pode substituir o café, tendo a vantagem de possuir menos cafeína. Qu
ando
os frutos estão maduros, até as aves e animais silvestres se beneficiam de suas baga
s
suculentas.
Habitat: originária de nosso país (Brasil). É comum nos Estados de Minas Gerais, G
oiás,
Paraná e Santa Catarina.
Propriedades químicas: alcalóides (cafeína), alantoína, minerais como potássio e outro
s.
Propriedades terapêuticas: anti-obesidade, diurética, cardiotônica, febrífuga, antiv
iral,
antibiótica natural.
Indicações: é indicada para perda de peso, reduz a gordura localizada, além de ser
estimulante do aparelho circulatório. É béquica e é usada para combater a herpes. No Japão
, é
utilizada com sucesso como antiviral.
<174>
No caso de emagrecimento, estimula o metabolismo e os processos de eliminação de
substâncias em excesso no organismo, favorecendo a perda de peso e a função intestinal
.
Promove o aumento da circulação e degradação das gorduras localizadas, também auxiliando
na regeneração do tecido conjuntivo, elimiliado a celulite.
A maneira convencional de lidar com infecções é tomar antibióticos, o que raramente
justifica seu uso. Os antibióticos destróem as bactérias do corpo, tanto as benéficas qu
anto as
nocivas, e uma vez que as gripes são causadas por vírus, os antibióticos são inadequados
,
tendem a abatê-los, abrindo caminho para infecções posteriores. Isso não acontece com o
uso
da porangaba, pois os seus princípios ativos fortalecem o sistema imunológico, energ
izando,
melhorando o humor e a sensação de bem estar, equilibrando os sistemas corporais.
O produto porangaba tem ajudado milhares de pessoas a perder peso e está sendo
comercializada, em folhas secas, tinturas e cápsulas, esta com melhor resultado, s
egundo o
Dr. C. L. Cruz, em seu livro "Dicionário de Plantas Usadas no Brasil", recomenda a
porangaba como um excelente diurético, ajudando a perder peso e com ação tônica geral pa
ra
o coração, podendo ainda estimular a circulação. No Haiti, o chá é usado para combater a
tosse, e em nosso país, como um produto natural e popular, é usado em clínicas de pesq
uisas.
Os pesquisados japoneses tem descoberto mais alguns usos do chá-de-bugre. Em 1
990,
eles demonstraram que 2, 5 mcg/ml do extrato alcoólico das folhas tem reduzido o vír
us da
herpes tipo I em até 99%, quando foi penetrado o extrato nas células.
Modo de usar
<175>
Uso geral - infusão das folhas - 10 g para 1/2 litro de água fervente. Abafar po
r 10 minutos,
esfriar e tomar durante o dia.
<177>
Psyllium
Nome científico: Plantago psyllium L. Sinonímia: Psylla-grego
Família: Plantaginaceae Partes usadas: sementes
Características: É uma erva com pouco mais de 40 cm, que produz flores brancas,
agrupadas em espigas. Cresce nos solos áridos e arenosos do Mediterrâneo. Suas semen
tes
parecem pulguinhas, daí a explicação, pois psylla em grego significa pulga. Suas flore
s
brancas se agrupam em espigas na ponta de pequenas hastes. Na casca da semente r
eside a
graciosa riqueza das fibras.
Habitat: Foi ao advento dos árabes que esta planta se popularizou no Oriente,
e dos persas
na Índia, sendo trazida para a Europa no início do séc. XIX, existindo em toda a região
costeira na África e na Ásia. Também está presente no Brasil.
Propriedades químicas: Possui L-arabinose, D-xilose, ácido galacturônico, fibras,
mucilagens e óleos, além de conter sais de potássio e oligoelementos.
Propriedades terapêuticas: laxativa suave, prisão-deventre, colites e diverticul
ites. Reduz o
colesterol sérico total, reduzindo o LDL-colesterol e aumentando o HDL (o bom cole
sterol),
é antiinflamatório e anti-obesidade.
Indicações: obstipação crônica, colites e diverticulites, é coadjuvante da evacuação
intestinal, pois seus óleos tem propriedades laxativas, favorecendo o amolecimento
das fezes
e reduzindo a necessidade de esforço para quem sofre de hemorróidas e prisão-de-ventre
.
<178>
Tem uma ação calmante e antiinflamatória sobre as mucosas digestivas, principalmen
te em
casos de gastrites, úlceras gástricas ou duodenais e colites. Acalma a acidez estoma
cal
(piroses), dores no estômago e cólicas. É cicatrizante, quando se aplica em casos de
queimaduras, feridas ou úlceras varicosas.
As fibras da psyllium regularizam o aparelho digestivo, tendo efeito marcant
e como
auxiliar nas dietas para emagrecer, como moderador brando do apetite. Devido à sua
quantidade de fibras, que ajudam a eliminar toxinas e resíduos de gordura, pode se
r usada
adicionando um copo de água, suco de frutas ou ainda à sopas, saladas e massas.
Segundo a nutricionista Maria Luiza Ctenas, da Faculdade de Nutrição São Carmino,
SP;
as fibras de origem vegetal, uma vez ingeridas, não sofrem digestão no intestino del
gado.
Quando passam do intestino grosso, a flora ali presente quebra-os através da ferme
ntação,
produzindo ácidos graxos de cadeia curta (voláteis), gases, água e energia.
Enquanto os ácidos graxos são absorvidos pelo organismo, os gases e a água contrib
uem
para aumentar o volume e a unidade do alimento digerido, facilitando assim, a el
iminação de
resíduos.
Muitas pessoas descobriram que uma colher de sopa cheia de fibra de psyllium
dissolvida
em água ou suco de laranja, e ingerida 30 minutos antes das refeições, tem dado ótimos
resultados na perda de peso.
O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, recomenda uma dieta rica em
fibras e
pobre em gorduras para ajudar a prevenir algumas espécies de câncer. Em suma, o aume
nto
do consumo de fibras insolúveis, tipo psyllium, pode ajudar a livrar o organismo r
apidamente
de substâncias cancerígenas que fatalmente estão presentes na mesa do consumidor.
<179>
Modo de usar:
Cápsulas - as cascas transformadas em pó, são ótimas para atenuar e mesmo para curar
hemorróidas, colites e diverticulites - 200 mg de cada vez, e 3 vezes ao dia.
Hemorróidas - sementes: as sementes devem ser socadas na água, para prisão- de-ven
tre -
20 g de sementes em 200 ml de água emergidas por 10 horas. Aplique a pasta 3 vezes
ao dia,
na região anal.
Cápsulas - para prisão de ventre - ingerir 4 cápsulas com um copo de água à noite.
<181>
Sene
Nome científico: Cássia angust folia Vahl
Sinonímia: Sene-da-Índia, sene-de-palta
Partes usadas: folhas e sementes
Família: Leguminosae - Cesalpineacea
Características: As folhas chamadas comumente de "Sene" são importadas das costa
s do
mar vermelho, na Ásia e na índia. Trata-se de um arbusto pequeno, glabro ou ligeiram
ente
piloso, com numerosos ramos, formando um anglo bem aberto. Suas folhas compõe-se d
e
pares de folíolos e suas flores são de cor amarela, regulares, com sépalas livres. Seu
s frutos
são ovais e possuem sete sementes.
Habitat: Arábia, costas do mar vermelho, África e atualmente é cultiva, através do
continente. É cultivada no Egito, que exporta para as outras partes do mundo. Prec
oce do
Sudão, chegando até a África Ocidental e América do Sul, principalmente no Brasil.
Propriedades químicas: antraquinonas (aloe-emodina, reína), resina, catartina, m
ucilagem,
hytoxianthracene, glicosídeos, vitamina A, B, C e D, heterósidos antrasênicos, flavonóid
es
(caempferol) e ácido salicílico.
Propriedades terapêuticas: A sene é usada geralmente para tratar de prisão-de-vent
re, tanto
emocional como crônica. Na medicina Ayurvédica, é usada para problemas de pele,
bronquite, anemia, assim como também para prisão-de-ventre. É laxativa e purgativa. Pa
ra
quem tem o intestino preso, a sene é a melhor erva indicada para um restabelecimen
to
peristáltico. Por sua ação estimulante sobre os órgão abdominais, recobertos de fibras
musculares lisas (útero e bexiga), torna-se absortiva, portanto seu uso não é recomend
ado
durante a gravidez.
<182>
Indicações: Estimula a mobilidade do intestino grosso, aumentando o movimento
peristáltico. É laxante, facilitando a emissão das fezes brandas sem dores ou cólicas, e
purgante, provocando a evacuação de fezes liquidas e diarréicas em 6 horas após o uso.
Modo de usar:
Uso interno
Infusão - Colocar 15 g de folhas de sene-do-campo, filtrar o líquido e bebê-lo à noi
te, antes
de deitar. Uma colher de suco das folhas tomar 3 vezes ao dia.
Infusão 2 - 10 g de folhas de sene com 150 ml de água fervente. Deixar o ingredi
ente em
infusão na água por 10 min, filtrar e tomar durante o dia.
OBS: lactantes - pode modificar e passar para o leite materno, tornando-o am
argo.
Contra- indicação: pacientes idosos e debilitados.
<185>
Sete Sangrias
Nome científico: Cuphea balsamona C.
Sinonímia: erva-de-sangue
Partes usadas: toda a planta
Família: Lythraceae
Características: Considerada erva daninha pela facilidade com que cresce, atin
gindo até 60
cm de altura, possui caule avermelhado, coberto por pilosidade glandulosa, suas
folhas
possuem coloração diferenciada em suas faces, e tem flores vermelhas ou violáceas
(rosáceas).
O fruto é uma cápsula pequena com sementes. Seu nome significa que vale por sete
sangrias. As folhas não possuem pubescência do lado superior e são peludas no lado int
erior.
Habitat: Cresce preferencialmente em terrenos úmidos e arenosos com bastante f
acilidade.
É oriunda da América Central. No Brasil, é comum encontrá-la em Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina, São Paulo e Goiás.
Propriedades químicas: mucilagens, resina, óleo essencial, pigmentos flavonóides.
Propriedades terapêuticas: sudorífera, diurética, hipertensora, anti-sifilica, ant
iinflamatória
das mucosas, colesterol, obesidade, arritmia cardíaca, fortalece e alivia o coração, é
depurativo do sangue, disenterias e diarréias, ácido úrico. É anti-reumática, anti-
arteriosclerótica, afecções da pele (eczemas, psoríases, úlceras), problemas cardíacos.
<186>
Indicações: arritmia cardíaca, depurativo do sangue, limpa o estômago, e intestinos
e rins.
Combate o aumento de colesterol. É muito bom para arteriosclerose.
Nos Estados Unidos, cerca de 400 mil pessoas entre 20 e 60 anos, morrem anua
lmente de
morte súbita e no Brasil, os Óbitos chegam a 300 mil anualmente.
Cerca de 80% das mortes súbitas são causadas por arritmias cardíacas, uma espécie de
curto circuito que faz com que o coração bata de forma desorganizada e acabe fibrila
ndo,
impedindo o bombeamento de sangue e provocando a morte cerebral e a falência de ou
tros
órgãos, como os pulmões e os rins. Quando ocorre este problema muito pouco pode se faz
er.
Desta forma a prevenção continua a ser a alternativa para se evitar a morte repe
ntina, e
consiste na moderação alimentar e no uso periódico de sete sangrias, que devido aos se
us
elementos, ajuda as pessoas a não terem arritmia cardíaca.
Contra-indicações: não deve ser tomado por crianças.
Modo de usar
Uso interno - chá por infusão - 30 g para 1/2 litro de água quente. Abafe por 10 m
inutos e
tome 2 copos por dia.
Uso externo - infusão - problemas de pele (psoríase, cczemas) - coloque 20 g da
planta em
um copo com leite em fervura. Depois de esfriar, com um algodão, aplique na parte
afetada
várias vezes ao dia.
<189>
Soja
Nome científico: Gtycine max jL) merr.
Partes usadas: grão, broto e sementes fermentadas
Família: leguminosae
Características : possuo caule ramoso e pubescente, de acordo com a espécie, as
flores são
brancas, amarelas ou violáceas. Seu fruto mede cerca de 8 cm de comprimento, tipo
vagem,
lembrando grão de feijão. Sua coloração também é variável, de acordo com a espécie, do
pardo ao esverdeado ou enegrecido.
Habitat: originária da China, desenvolve-se em solos férteis e silico-argilosos,
com baixa
acidez e pouca umidade. É comum em todo mundo.
Propriedades químicas: proteínas, carboidratos, gorduras, cálcio, fósforo, potássio,
magnésio, ferro, cloro, vitaminas hidrosolúveis e lipossolúveis, minerais, fosfato, am
ido
(vestígios), vitaminas A, B e D, tiamina, miacina, riboflavina, fatores do complex
o B,
indispensáveis ao sistema nervoso e para a pele. Contém também mitríonína, treanina,
histidina, triptofano, valina, fenilalanina, arginina, leucina, lísina, soja sapon
inas e
isoflavonas (daidzeína, genisteína).
Propriedades terapêuticas: hipertensão, arteriosclerose, fraquezas. diabetes, do
enças da
pele, nutrientes, calmantes, mineralizante, energética, tônica, anticancerígena, repos
itora
hormonal, e para colesterol alto.
Indicações: utilizada nas dietas dos diabéticos por não ter amido, substitui o leite
animal,
podendo ser produzidos queijos, requeijão, margarina, molhos, farinhas, salsichas,
bifes, e a
chamada carne vegetal ou glúten. Impede que pequenos tumores, conectem aos nossos
vasos
capilares, que transportam oxigênio e nutrientes, desenvolvam-se.
<190>
Os grãos são utilizados como alimentos na forma de farinha de leite, brotos de a
lto padrão
nutritivo, praticamente isento de colesterol, razão pela qual se extrai o seu óleo.
Por ser rica em hidrogênio, substitui a margarina. O leite, por ser de fácil dig
estão, é
recomendado às crianças. Quando congelado, forma pequenos coágulos, diferente do leite
animal.
Contém fitosterol e pode perfeitamente substituir o hormônio sintético no caso de
menopausa, age da mesma maneira que o estrógeno, porém sem efeitos colaterais.
Modo de usar
Uso interno
<191>
O óleo é recomendado para combater a prisão-de-ventre, normalizando as funções
intestinais, mudando a flora intestinal e reduzindo o índice de colesterol. Indica
do também
para queimaduras, convalescenças, infecções e fortalecimento em geral. Usar 1 colher d
e chá,
2 vezes ao dia.
Grãos - cozidos (alimento) ou com leite, queijo, farinha e brotos.
Leite de soja - nos casos de convalescenças, não se deve tomar mais de 2 copos p
or dia,
por ser um alimento forte, pode provocar diarréias, em especial nas crianças. Deve s
er
consumido para combater males como: angina, asma e bronquite crônica. Hoje, existe
nos
supermercados o leite de soja Ades em caixa tipo longa vida.
Do leite, poderá ser feito o iogurte que, acrescentado ao mel, frutas e passas
, torna-se
bastante agradável. É indicado aos que sofrem de alergias, problemas respiratórios,
amigdalites, e inclusive as crianças, devem consumir uma maior quantidade maior de
soja.
O óleo de soja é encontrado nas prateleiras de todos os supermercados, sendo uti
lizado
para cozinhar alimentos. A soja sob forma de farinha, cura tumores, hérnias e outr
os, se
aplica como cataplasma.
Uso externo
Óleo - para problemas cutâneos, aplicar na região afetada. Contra-indicações: durante
a
amamentação, pois a soja tem ação ressecante, podendo reduzir ou secar o leite.
<193>
Stévia
Nome científico: Steuia rebaudiana
Família: Compositae
Partes usadas: folhas
Características: é uma planta originária da serra do Amambaí, na fronteira do Brasil
com o
Paraguai. Ostenta folhas membranosas, ovaladas, oblongas e obtusas, com tomentos
na face
inferior, de até 6 cm. de comprimento. Suas flores pálidas com escamas pardo-esverde
adas,
agrupam-se em capítulos. A planta chega a 1 metro de altura e é cultivada através de
sementes.
Habitat: nativa do Paraguai, aparece também em Minas Gerais, Mato Grosso e São P
aulo,
é cultivada nas regiões fronteiriças ao Paraguai, como Ponta-Porã (Mato Grosso) e Foz do
Iguaçu no Paraná.
Propriedades químicas: steviosídeo e oligosídeo; óleo essencial, B. cariofileno, tra
ns - B-
farneno, A- humuleno, cardieno, linalol, terpino, rebaudiosídeo, janol, triterpeno
, acetato de
amirina, e vários glicosídeos flavônicos.
Propriedades terapêuticas: atua como calmante, agindo no sistema nervoso, é indi
cada para
pressão alta, insônia, depressão, fadiga cerebral, estimula as funções digestivas, favorec
e a
eliminação de toxinas.
Indicações: atua como tonificante do sistema vascular, ajuda a normalizar a pres
são alta.
Favorece a eliminação das toxinas do organismo.
Analizada em laboratório, verificou-se que ela é até 300 vezes mais doce do que a
cana de
açúcar. Como é um açúcar natural, sem calorias, é indicada para diabéticos insulínicos e nã
insulínicos pois substitui o açúcar, sem alterar o nível normal de glicemia.
<194>
Assim, também favorece as pessoas obesas que fazem dietas para emagrecer, devi
do a
baixa quantidade de calorias presentes em sua composição. Por isso também é indicada par
a
hipertensos.
Segundo alguns indianistas, as indígenas usavam-na como adoçante e também para evi
tar a
gravidez, como um anticoncepcional natural.
A stévia é um adoçante natural que não fermenta, não é oxidante e evita as cáries dentá
Algumas espécies de adoçantes de stévia na realidade, tem maior quantidade de elemento
s
cancerígenos como aspartame, sacarina e ciclamatos. Existe porém, stévia sem estes adi
tivos
químicos.
A stévia é uma planta indígena, conhecida pelos índios pelo nome de kaá-heê que signifi
a
erva doce. É justamente esta capacidade edulcorante, 300 vezes maior que o açúcar comu
m, a
maior qualidade da stévia.
Em 1979, um docente da Universidade Estadual de Maringá, trouxe à Maringá folhas d
e
stévia e uma pequena amostra de steviosídeo, um princípio adoçante concentrado nas folha
s
da planta. O prof. Mauro Alvarez, doutor em bioquímica, sentiu todo o potencial ap
resentado
pelo material, e passou a pesquisar intensamente. Juntamente, o Dr. Amaury Cesar
Couto,
engenheiro químico e estudioso da planta, e depois, o Dr. Adelar Bracht e sua equi
pe do
departamento de farmácia bioquímica da Universidade Estadual de Maringá, estudaram a
planta.
Hoje, a UEM é um dos maiores centros de pesquisas da stévia no Brasil, e ela já oc
upa um
lugar de destaque entre as culturas medicinais do país, sendo industrializada e ex
portada. No
Sudeste Asiático, estão os maiores plantadores de stévia do mundo, sendo o Japão o princ
ipal
país a consumir toda a produção. Mas foi aqui, na fronteira do Mato
Grosso com o Paraguai que eles vieram buscar a erva doce dos índios guaranis.
<195>
Modo de usar
Uso interno - infusão de 20 g de folhas para 1/2 litro de água fervente.
Envelopes de 1 g - 1 envelope para cada xícara de chá ou café.
<197>
Sucupira
Nome científico: Bowdichia nítida S.
Sinonímia: sepepira e sicupira
Família: Leguminosae
Partes usadas: sementes
Características: É uma árvore silvestre, pequena, ornamental, do Amazonas e Mato G
rosso,
podendo chegar a 6 metros de altura. Suas folhas são imparipinadas, constituem-se
de 5 a 7
folíolos. Possui flores dispostas em partículas e frutos em forma de vagem.
Nos estados de SP, MG, GO, MS e PA, há outra espécie que é Bowdichia uirgilióides,
popularmente denominada do Sucupira-açu. Apresenta folhas com 9 a 21 folíolos oblanj
os e
revestidos de pêlos, suas flores são enormes de coloração roxa, avermelhada ou parda.
Porém, a sua composição e propriedades terapêuticas são semelhantes.
Habitat: Original do Brasil, predomina no Amazonas, Mato Grosso ë Nordeste.
Propriedades terapêuticas: Apariente, anti-reumática, adstringente, antiinflamatór
ia,
antidiabética, anti-hemorróica, eczemas, úlceras, gotas e cistite.
Propriedades químicas: Contém alcalóides, sucupirina, tanino, resinas, amido e gom
a.
Indicações: Considerada energética, depurativa e antisifilítica, o óleo da sucupira pr
oduz
bons resultados no tratamento de feridas e úlceras.
<198>
No tratamento de problemas respiratórios, principalmente bronquite, tem dado r
esultados
incríveis, devido à ação da sucupirina, que tem agido como antiinflamatória e
anticongestionante pulmonar.
Modo de usar:
Uso interno: Infusão ou decocção das sementes.
Xarope: para fraqueza, infecção pulmonar e tuberculose. Coadjuvante do combate a
o
câncer pulmonar, bronquite e asma.
10 sementes esmagadas, 2 copos de água. Ferver durante 10 minutos. Depois de f
rio,
acrescentar 250 g de mel. Dosagem diária: 1 colher, 3 vezes ao dia.
<201>
Taiuiá
Nome científico: Cayaponia tayuya Mart
Partes usadas: raízes
Sinonímia: Tomba (MG) cabeça-de-negro, raiz-de-tigre, Qua-pinta-caiapó.
Família: Curcubitaceae
Características: O taiuiá, cuja raiz é um remédio usado contra muitas doenças, tem 5
espécies diferentes desta trepadeira, todas medicinais. É uma trepadeira alta de cau
le julcado,
com raiz tuberosa, esponjosa e amarela, cresce até 2 metros de altura normalmente
e 20 cm
de diâmetro.
Habitat: É natural do Brasil, distribuindo-se da Bahia ao Rio de Janeiro e por
Minas
Gerais, existe também em muitos estados brasileiros.
Propriedades químicas: trianospermina, taivina, óleos gordurosos, resinas, gomas
,
substâncias albuminóides e amidos.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, antinevrálgica, tem efeito energético con
tra as
impurezas do sangue. A raiz drástica enquanto fresca é purgativa, antisifilítica.
Indicações: Os taiuiás têm efeitos energéticos contra impurezas do sangue e é
recomendado no tratamento da sífilis, no reumatismo, nas dermatoses, tornando-os e
xcelentes
remédios. Tem ação calmante nas dores e é indicado nas nevralgias diversas e ciáticas, ass
im
como nos casos de eczemas e herpes. As raízes são ricas em amido e tem sabor amargo
como
fel, são tuberosas, amarelas, purgativas, são usadas na hidropisia, opilação, amenorréia,
sífilis, lepra, epilepsia e problemas de estômago.
<202>
Modo de usar:
Uso interno:
Chá por decocção: colocar 10 g de raízes de taiuiá em um litro de água e ferver tudo po
cerca de 20 metros. Beber quatro xícaras do líquido filtrado por dia.
Uso externo
Óleo de taiuiá - usar como massagem nas dores ciáticas.
Eczema - chá por decocção: banhar com o chá, a parte afetada, e usar o óleo em seguida
.
<205>
Ulmária
Nome científico: Spiraea ulmária L.
Sinonímia: rainha-dos-prados, filipendula ulmária
Partes usadas: toda a planta florida
Família: Rosaceae (na década de 1890, aparece a primeira especialidade farmacêutic
a, a
"aspirina", que se tornou o nome da Spirea ulmária)
Características: erva perene, alcança até mais de um metro, a raiz é subterrânea e her
bácea,
as folhas são pecioladas, irregulares, os folíolos são sensíveis, pequenos e de cor bran
ca. De
porte majestoso, as suas flores foram objeto de numerosas análises. Contém uma essênci
a
especial, o tanino espireína.
Habitat: originária da Europa e Ásia, encontra condições ideais para se desenvolver
em
solos úmidos, ricos em substâncias nutricionais, mas não muito ácidos, arenosos ou argil
osos.
É encontrada principalmente em prados úmidos, bosques e nas margens dos rios e lagos
, dos
Estados Unidos.
Propriedades químicas: óleos essencial 6,2%. Composto de solicina, gualterina (s
olicilato
de metila). Ácido salicílico, flavonóides, vanilina, ésteres, ácido cítrico, taninos (10%
antociacilino e sais minerais), Fe, Ca, S, vitamina C.
Propriedades terapêuticas: age protegendo e suavizando a mucosa do trato diges
tivo,
reduzindo a acidez excessiva e náuseas. A presença de compostos semelhantes à aspirina
, dá
a esta planta uma ação antitérmica e analgésica nas dores reumáticas. Pelo efeito diurético
favorece a eliminação de cloretos, uréia e ácido. É eficaz para curar os rins e a bexiga.
<206>
Indicações: é fitoterápico, diurético, gota, reumatismo, edemas, hidropisia, oligúrias,
celulite, artrite,. insuficiência biliar, diarréia, hemorróidas, gripes, febres, hiper
acidez gástrica
e úlceras pépticas.
Externamente, atua como cicatrizante e anti-séptico em queimaduras leves. O co
zimento
da raiz é diurético. Alivia a tristeza e a depressão.
Modo de usar
Nos casos de hidropisia, aconselha-se o uso de ulmária que é preparado da seguin
te forma -
500 g de flor de ulmária reduzida a pó, 2 litros de vinho branco. Tomar pela manhã em
jejum,
na medida de 200 ml de cada vez.
Infusão da planta tomada após as refeições - útil em casos de arteriosclerose.
Para a redução das taxas de uréia, assim como em casos de reumatismo - brotos de u
lmária
em forma de xarope, na proporção de 250 g em 2 litros de água fervente. Quando a
temperatura da água descer a menos de 90°, despejá-la sobre a planta. Adicionar uma po
rção
de açúcar equivalente ao dobro do seu peso. Tomar de 100 a 200 g por dia. Obtém-se ain
da
maior eficácia como emprego da seguinte infusão 25 g brotos floridos de ulmária, 25 g
de
folhas de freixo, 50 g de folhas de cássia. A ulmária pode prestar bons resultados.
mas não
convém aumentar as doses, porque isso poderá acarretar inconvenientes (perturbações
cardíacas e hemetírias).
Para sangue na urina - emprega-se em doses menores, pois é rica em salicilato
de metila,
sem os riscos apontados.
<207>
Infusão - ótimo sedativo, tomada pela manhã e após as refeições, é útil na arterioscler
Certos autores assinalam que a fricção com folhas verdes da ulmária é sedativa. Na
furunculose, a infusão é igualmente recomendada.
<209>
Unha-de-Gato
Nome científico: Uncaria tomentosa (willd) D.C. e Uncaria guianensis (Aubl) Gm
el.
Sinoníma: Unha-de-água, unha-de-gavião, unha-de-cigana (garra-virada).
Família: Rubiaceae
Partes usadas: cascas
Características: Cipó lenhoso, com folhas opostas, ovais, com espinhos semelhant
es à unha
de gato. Possuem sementes pequenas de cor marrom escura e marrom clara. Existem
duas
espécies,a unha-de-gato com garra virada (encontra-se na várzea) e a unha-de-gato de
garra
reta que encontra-se em terra firme.
Habitat: Peru e Amazônia
Propriedades químicas: Alcalóides oxindólicos, compostos glicosídeos do ácido quinóvico
(todas contidas na casca).
Propriedades terapêuticas: Antiinflamatória, anticancerígena, reumatismo, artrite,
amigdalite.
Indicações: Os Incas foram os pioneiros a usar " la una del gato" passando seus
conhecimentos para os índios que a utilizavam nos tratamentos de reumatismo e artr
ite.
Pesquisas realizadas no Peru, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália e Brasil com
provam a
atuação dos princípios ativos desta planta como excelente antiinflamatória.
<210>
Certamente, muitos cientistas e pesquisadores, estão trabalhando para descobri
r
medicamentos ou imunoestimulantes que fortaleçam nossas defesas naturais contra os
agentes infecciosos, e doenças como o câncer. Mas já está sendo amplamente usado, um
remédio natural com todas estas potencialidades, que além de serbarato, não causará dano
s
enquanto você o estiver usando. Se você tiver uma infecção, poderá tentar curá-la tomando
algo que faça três coisas: reduzir os sintomas, incapacitar ou destruir determinado
microorganismo causador da infecção e fortalecer e seu sistema imunilógico para vencer
os
agentes infecciosos. de forma que os sintomas, acabaram desaparecendo.
Para ativar nosso sistema imunilógico, deve-se experimentar a unha-de-gato, qu
e já está
sendo utilizada em portadores do vírus HIV, sendo notado o aumento dos linfócitos T
4
(células de defesa do organismo), com a diminuição das infecções no organismo do aidético.
Pesquisas atestam que a planta tem ação sobre infecções no fígado, e por isso têm sido
usada no tratamento do câncer hepático.
Modo de usar
Decocção: 20 g da casca em 500 ml de água. Ferver por 20 minutos, esfriar e coar.
Tomar
durante o dia.
Cápsulas: usar de 4 a 6 cápsulas ao dia.
Obs.: Nas fotos você observa as duas espécies de unhade-gato.
1 - A Uncaria tormentosa, com unhas retas. É a principal pois contém todos os princíp
ios
ativos, é mais estudada e receitada.
2 - É a Uncária guianenses. É a comum, contem menos princípios ativos, tem as unhas
viradas.
<213>
Urtiga
Nome científico: Urtiga dióica L.
Sinonímia: Urtiga, queimadeira
Família: Urticaceae.
Partes usadas: Raízes, folhas e frutos. É mais comum usar os ramos contidos. A c
erca de
10 cm do solo, no verão, devem ser secas à sombra.
Características: Planta herbácea, armadas de pêlos urentes, possui caule lenhoso,
chegando
a 80 cm de altura, folhas alternas longo-pecioladas, desenvolve-se em terras ped
regosas e não
cultivadas, com flores rosas ou brancas.
Habitat: Origem européia, existe em toda a América do Sul, sendo comum no Brasil
,
encontrada na beira de estradas.
Propriedades químicas: ácido álico, fórmico, taninos, heterosídeos, clorofila, ácido
salicílico, vitaminas: A, E, C, B 2, B 5, sais minerais: Ca, Fe, S, K, Si, acetilc
olina, histamina,
fitositonol, carotenóides, flavonóides, goma, resina, óleo essencial.
Propriedades terapêuticas: ácido úrico, hemostática, vaso-constritora, anti-reumática,
hipertensora, erisipela, hipoglicemiente, remineralizante e anti-artrítica.
Indicações: É indicada para asmas, bronquite, falta de apetite, insuficiência digest
iva,
irritações na mucosa nasal e incontinência urinária infantil. É depurativa do sangue,
melhorando a circulação, aumenta a excreção renal, é tonificante capilar e cura a queda de
cabelos, devido à ação do ácido fórmico. Também é usada com grande resultados na queda
de cabelos. A loção, de aplicação tópica, externa e usual tem sucesso em tratamentos de
úlceras e feridas.
<214>
Modo de usar:
Para erisipela, urticária, e outras dermatites: uso externo - Infusão das folhas
frescas e
decocção das raízes): 15 g para 30 ml de água.
Para reumatismo, hemorragias, dosagem, membros e diabetes: uso interno - Inf
usão das
folhas - 15 g de folhas secas para 100 ml de água quente. Tampar, deixar descansar
por 10
minutos e tomar 2 copos durante o dia.
Queda de cabelos - uso externo - decocção das raízes 200 g em meio litro de vinagr
e de
vinho, por 5 minutos. Usar em fricções no couro cabeludo, à noite.
OBS: Não ingerir mais de 100 ml por dia. A urtiga possui pequenos pêlos urticant
es nas
folhas, que injetam uma substância que irrita a pele. O ácido fórmico e a histamina são
os
responsáveis por essa substância irritante, encontrada nas plantas recém-colhidas, não s
ecas.
Porém, com a decocção, elas desaparecem. É uma das fontes mais ricas de vitamina E, que é
estimulante da umidade e protetora do sistema nervoso.
<217>
Urucu
Nome científico: Bixa orellana L.
Sinonímia: Açafroa-indígena, bixé, açafroa, urucucolorau, urucumba, arrote,anoto,
urucum.
Partes usadas: raízes, folhas e sementes, polpa.
Família: Bixaceae.
Características: O urucuzeiro é proveniente da América tropical, alcançando até 5 metr
os
de altura, tronco reto, farta ramificação, folhas simples, pecioladas e flores grand
es de cor
vermelho-claro, seus frutos são pequenas cápsulas de cor marrom-avermelhada, pardace
nto
ou roxo escuro, contendo muitas sementes.
Habitat: é uma árvore tipicamente de clima quente, desenvolvendo-se em especial
na
Amazônia, é conhecida como o urucum do Brasil, das Guianas, Venezuela, até a Bahia. O
nome urucum vem do tupi: uruku, que significa vermelho.
Propriedades Químicas: Sementes: óleos: essencial e fixo, flavonóides (enteolina e
apigenina) e 8-Bissulfato de hipolactina, betacaroteno, celulose, pigmentos (car
otenóides
corelina-amarelo, bixina-vermelho).
Ácidos graxos saturados e insaturados, açúcares, proteínas, vitamina C. Folhas: óleos
com
sesquiterpenos e monoterpenos.
Propriedades terapêuticas: anti-brônquica, anticoqueluche, prisão-de-ventre, males
estomacais e intestinais, queimaduras (não deixa formar bolhas), béquica, gripe, ant
i
lepra, anti-cardite, constipação intestinal, intoxicação, antipericardite e afrodisíaco,
<218>
Indicações: fornece betacaroteno, e age também contra hemorragias, afecções renais, fe
bre.
Suas folhas acalmam enjôos da gravidez, suas raízes são digestivas, suas sementes são
expectorantes e laxativas. A polpa reduz a febre e refresca. Os brotos tem a cap
acidade de
desinflamar olhos (deverá ser feito um chá por infusão e colocado como compressa). É ótimo
contra aftas, faringites e amigdalites.
O pigmento bixina age como protetor solar dos raios ultra-violeta na pele, p
rotegendo-a da
formação de bolhas, nos casos de queimaduras, combate as afecções respiratórias juntamente
com a febre, bem como as afecções intestinais como: prisão de ventre, constipação intestin
al
e estomacal, e combate também as hemorragias. Os indígenas usavam-no para colorir
cerâmicas e seus corpos e protegê-los para a guerra e contra picadas de insetos. Na
indústria,
é utilizado para colorir a manteiga, o queijo, a cera e a seda. Age no combate ao ác
ido
prússico (veneno da mandioca brava), bebendo-se a tinta extraída das sementes.
A semente do urucum é composta por 90% de bixina, carotenóide que acelera as funções
hepáticas, reduzindo as taxas de colesterol e triglicerídeos. Emprega-se no tratamen
to contra
a lepra, desde os tempos dos maias e dos astecas.
Os corantes são utilizados na produção de colorau, usados nos embutidos (lingüiça,
salsicha).
OBS: A casca da semente deve ser evitada pois é tóxico hepático e pancreático.
Modo de usar:
Uso geral: Chá por infusão: Em 1 litro de água fervente, acrescenta-se 10 a 15 g d
e
sementes. Tampa-se e deixa-se por 15 min. Coar e beber durante o dia. Até 3 xícaras
<219>
Chá das sementes: Digestivo e expectorante, para 1 xícara de chá de água, 10 g de
sementes.
Infusão - uso interno
Chá das folhas: faringite e bronquites 30 g para 1 litro de água.
Decocção - uso interno
Chá da raiz (decocção), cicatrizante, antiinflamatório, digestivo e para higiene de
feridas.
Para 1 xícara de água, 10 g da raiz.
Xarope: sarampo (quando complicado) e faringite. Faz-se uma massa de urucu c
om mel de
abelhas.
Uso externo : repelente de insetos: Passar no corpo a polpa da fruta que env
olve as
sementes. Afugenta os insetos.
Também pode-se elaborar óleo da seguinte forma: Misturar 1 colher de sopa de pó da
de
semente à 100 g de azeite de oliva e aplicar na forma de fino cataplasma sobre o l
ocal da
queimadura.
Pó das sementes: É usado como afrodisíaco pelos indígenas. Com o pó faz-se aplicações
como cataplasma.
OBS: As pessoas que são sensíveis aos componentes desta planta, deverão abster-se
de
ingeri-la. A casca da semente poderá causar efeitos tóxicos no fígado e no pâncreas e po
de
ser absortivo.
<221>
Algas
Nome científico: Macrocystis pyrfera Sinonímia: algas
Partes usadas: toda a alga Família: Phaeophyta
Características: essa espécie de alga é a que mais rapidamente cresce, chegando a
30 cm
por dia, com isso, alcançando vários metros de comprimento, podendo ser encontrada s
ob a
superfície marinha.
Habitat: águas marinha (em todos os oceanos), águas doces.
Propriedades químicas: proteínas iodadas, cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloreto-síl
,
manganês, ferro, zinco, magnésio, iodo, pigmentos, polissacarídeos, poligalactosídeos,
sulfatados, alginatos, pró-vitaminas B 1, B 2, B 12, B 6, K, esgosterol e caroteno
. Contém
também vitaminas A, B, C, F, K, PP e aminoácidos.
Propriedades terapêuticas: antiviral, antitérmico, remineralizante, combate a an
emia, males
hepáticos, e ajuda na reconstituição dos tecidos. É recomendado também no combate às
rugas, celulite, flacidez da pele, queda dos cabelos, bem como ajuda a conservar
a cor natural
dos mesmos.
Indicações: as algas marinhas não são plantas pertencentes ao reino dos protozoários.
A
alga marinha, embora se pareça com uma planta, é mais primitiva do que elas, não possu
i
folha, caule nem raiz.
<222>
Na alimentação pode ser ingerida com cereais crus ou cozidos, bolos, no chá, como
recheio
nos pães ou em forma de pasta. São vários os tipos de algas marrons: hijiki, kelp, wak
ame
(esta para sopa). Os tipos de algas vermelhas usadas como alimento são: agar-agar,
dulse,
musgo irlandês.
Principais Algas e suas Funções:
Chlorella
A chlorella, Chlorella pyrenoidosa, possui como princípios ativos, proteínas (65
%),
lipídeos (9%), fibras (2%), carboidratos (13%), cinzas, vitaminas e sais minerais
e outros
componentes como: xantofila, ferro, vitamina E, sódio, vitamina B 1, clorofila, fósf
oro, ácido
fálico, cálcio, vitamina C, ácido pantotênico, vitamina B 12, B 2, ácido nicotínico, carote
o,
potássio, magnésio.
A chlorella é uma alga unicelular microscópica, encontrada em tanques e lagos, c
om grade
habilidade de realizar fotossíntese. É uma alga de fácil digestibilidade, possui uma p
arede
celular rica em fibras, que regulam o intestino e promove as funções digestivas. Sua
parede
celular combate também vírus danosos, aglutina poluentes, mantendo o organismo livre
de
toxinas. Estimula os glóbulos brancos a produzir interferon, substância que luta con
tra vírus e
bactérias. Ajuda a suprir as deficiências e atua no fígado estimulando suas funções. As
proteínas são integralmente aproveitadas pelo organismo em seu metabolismo, bem como
a
clorofila e o magnésio que são transformados em elementos fundamentais para o sangue
. A
presença de cálcio indica que é auxiliar no tratamento de fraturas, enfraquecimento ósse
o e
osteoporose. O alto teor de fósforo proporciona uma maior e melhor atividade cereb
ral. Rica
em vitaminas do complexo B, principalmente B 12, vital na formação e regeneração de
células sangüíneas que juntamente com o ferro, fazem desta alga um produto indicado co
mo
coadjuvante no tratamento e prevenção da anemia.
<223>
Devido à riqueza de propriedades contidas em sua composição, é indicado como auxilia
r
no tratamento da obesidade, fornecendo elementos normalmente ausentes em regimes
de
emagrecimento, além de provocar sensação de saciedade quando ingerido antes das refeições.
Ela é uma alga microscópica de água doce do Japão, conhecida como super alga, e inge
rida
em grande quantidade através de cápsulas comprimidos e pós, é indicada para tratamento e
prevenção de diversos males, devido aos seus aminoácidos (22), vitaminas e sais minera
is.
Ela promove pele, cabelos e unhas saudáveis, devido ao beta-caroteno e a vitamina
E, que
melhoram a aparência, as vitaminas B e os minerais.
Recomendamos a chlorella em cápsulas da linha Biohs, na proporção de 2 a 4 cápsulas
de
manhã, à tarde e à noite.
Alginato
Açúcares compostos e complexos derivados das algas marrons. São recomendados para
os
casos de azia e esofagite, além de ser usadas nos alimentos como espessantes, na i
ndústria de
comércio e de drogas. Como pomada, tem sido utilizada para ferimentos de diversas
espécies,
até os exsudativos (pessoas que ficam doentes muito tempo deitadas), incluindo que
imaduras.
<224>
Agar-agar
Retirada das algas vermelhas, o pó branco é uma das substâncias mais utilizadas na
s
indústrias farmacêuticas e alimentícias. Com o contato da alga com o estômago, tem o seu
volume aumentado, protegendo-o contra irritações causadas por outros agentes químicos.
Devido a esse processo, seu uso é indicado para a redução do apetite, nos casos de obe
sidade.
Por não possuir muitos nutrientes, o produto deve ser consumido juntamente com ali
mentos
que facilitam a digestão.
O agar-agar pode ser encontrado em cápsulas, da linha Bihos.
Fucoilina
Ainda em estudos, porém testados em animais, comprovou-se a interrupção ou o
retardamento do crescimento das células tumorais e obteve-se um efeito inibidor na