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Anamnese

Prof. Me. Diego Pessoa


Considerações Iniciais

• Anamnese (ana = trazer de novo; mnese = memória);


• Possibilidades e objetivos da anamnese
• Estabelecer condições para uma adequada relação
profissional – paciente;
• Conhecer, por meio da identificação, os determinantes
epidemiológicos do paciente que influenciaram no seu
processo saúde-doença
• Registrar a história clínica do paciente;
• Conhecer os hábitos de vida do paciente
• Investigar os aspectos pessoais, familiares e ambientais que
interferem no seu processo saúde-doença
Passos para conduzir uma boa anamnese

• Deixar o paciente relatar espontaneamente suas queixas;

• Após o relato do paciente fazer uma investigação objetiva acerca das condições
clínicas;

• Obs. As primeiras fases da anamnese podem ser difíceis

• Em doenças agudas (inicio recente) tempo de anamnese deve ser em torno de 10


minutos;

• Em doenças crônicas (fases de longa duração), o tempo de anamnese deve durar


entre 30 a 60 minutos.
Recomendações importantes para o
primeiro contato com o paciente

• Em relação ao primeiro contato, este é importante, uma


vez que é o primeiro contato entre terapeuta e o paciente
(evitar termos afetivos ou pejorativos);

• Conhecer e compreender as condições socioculturais do


paciente;

• Cuidados com perguntas que possam induzir o paciente a


uma determinada situação clínica;

• Reservar tempo para ouvir o paciente (lembre-se que este


é o fator crucial para uma boa acurácia investigativa);

• Quando compreendido os sinais e sintomas, maiores a


chances de acerto no diagnóstico e conduta terapêutica;

• SOMENTE ANAMNESE PERMITE AO PROFISSIONAL


UMA VISÃO CONJUNTA DO ESTADO DO PACIENTE!!!
Semiotécnica de
investigação

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Elementos básicos em uma ficha de avaliação

Elementos básicos Investigar


Identificação Perfil sociodemográfico
Queixa principal Motivo da consulta
Historia da doença atual Registro cronológico com registro técnico
Interrogatório sintomatológico (Histórico patológico Complementação da HDA (detalhada)
pregresso)
Antecedentes pessoais e familiares Fatores que contribuíram para relação saúde-doença
Hábitos de vida Hábitos determinantes que ocasionaram a condição
patológica
Condições socioeconômicas e culturais Condições que contribuem para predisposição de
doenças
Identificação
• Perfil socio-demográfico

• Nome (Iniciais), por exemplo, R. S. T. A;


• Faixa etária;
• Sexo (gênero);
• Cor (etnia);
• Estado civil;
• Profissão (situação ocupacional);
• Ambiente de trabalho;
• Naturalidade, Procedência e Residência
Queixa principal
• Motivo pelo qual o paciente buscou o atendimento fisioterapêutico;
• OBS. RELATO CONFORME OS TERMOS MENCIONADOS PELO PACIENTE!!!!!!!!!!
Sugestões para o estudante Permitir que o paciente relate sua história;
Qual motivo da sua consulta ?
Descrever os achados minuciosamente;
Por que o (a) senhor (a) está buscando atendimento?
O que o (a) senhora (a) está sentindo ? Verificar se a história tem começo, meio e fim;

O que o (a) está incomodando? Apure exames e tratamentos realizados pelo


paciente;

Ler o relato anotado por você (avaliador) para


que o paciente veja se tem coerência com
seus sintomas.
Esquema fundamental para uma boa historia da
doença atual (historia patológica pregressa)
Como avaliar os sintomas

Início Se foi gradativo ou não Terapeuta “Quando surgiu a dor”; Paciente: “3 dias”;
Fatores desencadeantes ou Terapeuta “Como ela começou”; Paciente: “após
não carregar um saco de cimento”
Características dos Localização, duração, - Onde dói; onde irradia; quanto tempo dura; como é a
sintomas intensidade, frequência dor, etc.
(características da lesão)!
Fatores para melhora ou Repouso ou atividade; - O que melhora a dor; o que piora a dor.
piora segmento anatômico.

Relação com outras Relações com os aspectos - Como sua dor se agrava.
queixas funcionais e dinâmicos.

Evolução Comportamento do sintoma Essa dor modificou nestes 3 dias

Situação atual Relação da condição em E hoje o senhor encontra-se com dor


virtude da entrevista.
Antecedentes pessoais e familiares

• Antecedentes pessoais fisiológicos (gestação; desenvolvimento neuromotor;


desenvolvimento sexual);

• Antecedentes pessoais patológicos (Doenças sofridas pelo cliente; alergia; cirurgias;


traumatismos; vacinas e medicações);

• Antecedentes familiares (investigar doenças patológicas pregressas)


Hábitos de vida

• Alimentação

• Ocupação atual e ocupação anteriores;

• Atividade física

• Uso de cigarro, álcool, anabolizantes e drogas ilícitas


Condições
socioeconômicas e
culturais
• Habitação;

• Condições socio-econômicas;

• Condições culturais;

• Vida conjugal ou relacionamento


familiar
INTRODUÇÃO AO EXAME FÍSICO

Prof. Me. Diego Rodrigues Pessoa


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

01 02 03
Fase posterior É necessário o É fundamental
à anamnese; conhecimento treino para
de anatomia, aperfeiçoamento
fisiologia, da conduta de
biomecânica e avaliação.
cinesiologia;
CLASSIFICAÇÃO DO EXAME FÍSICO
Inspeção

Ausculta
Exame Palpação

físico
Percussão
INSPEÇÃO
• É a exploração a partir do sistema visual;

• Pode ser classificada em panorâmica e/ou localizada;

• A técnica mais utilizada é a investigação por segmentos corporais.


SEMIOTÉCNICA
DE INSPEÇÃO
• Iluminação adequada;

• A técnica deve acontecer segmento por segmento


(desnudamento);

• Conhecimento das ciências básicas da fisioterapia;

• Adequar o posicionamento do terapeuta;

• Climatizar o ambiente de tratamento;

o
• Informar o paciente de cada passo do exame de
;
avaliaçã

• Observar as expressões faciais do paciente;

• Manter a privacidade do exame.


PALPAÇÃO
• Confirma pontos encontrados na
inspeção;

• A técnica de palpação deve ser


tranquila e gentil;

• Recomenda-se aquecer as mãos


antes do protocolo de exame.
PRECAUÇÕES PARA
O EXAME DE
PALPAÇÃO
• Ansiedade por parte dos iniciantes;

• Cuidados acerca das unhas;

• Cuidado com regiões dolorosas;

• Treinar o tato para condução do exame


PERCUSSÃO
• A percussão pode ser classificada de dois tipos:

• Percussão direta;

• Percussão digitodigital

• Punho - percussão

• Percussão com palma da mão

• Percussão por piparote


INSTRUÇÕES PARA CONDUÇÃO
DA SEMIOTÉCNICA
• Treinar a percussão em um livro;

• Treinar flexão e extensão do punho

• Na técnica de digito-digital bater na borda ungueal;


SONS ENCONTRADOS NA PERCUSSÃO
Produzido quando se percute umaregião
Maciço sólida, desprovido de liquido.

Claro Sons Produzido em regiões com


Som normal
pulmonar encontrados submaciço quantidade restrita de ar.

timpânico O som timpânico é identificado quando


percutimos estruturas repletas de ar.
AUSCULTA
• Ambiente de ausculta;

• Posição do paciente e do avaliador;

• Instruções aos pacientes

• Escolha do aparelho de ausculta

• Aplicação dos recursos audíveis


INSTRUÇÕES PARA CONDUÇÃO
DA AVALIAÇÃO
• Climatizar o ambiente;

• Ajustar as olivas do estetoscópio;

• Não auscultar sobre as roupas do paciente;

• Realizar auscultas comparativas entre os estruturas audíveis


Avaliação cinético-funcional –

Testes ortopédicos

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Para completar uma avaliação musculoesquelética de um


paciente, é
• necessária a realização de um exame sistemático, adequado e
detalhado;

• A finalidade da avaliação deve ser compreendertotal e


claramente os
• problemas do paciente.
ANAMNESE ORTOPÉDICA
• Investigar os pontos relevantes da investigação clínica do paciente;

• Investigar os aspectos relacionados a historia da doença atual e/ou historia da


lesão atual;

• IMPORTANTE: Correlacionar os achados de antecedentes mórbidos e de vida;

• OBS: não utilizar termos que possam induzir ou influenciar a resposta do paciente.
PRINCIPAIS PONTOS A SEREM INVESTIGADOS
Idade do paciente; A Intensidade, duração e frequência dos
sintomas estão aumentando;
Ocupação do paciente;
A dor é periódica, episódica ou ocasional
Traumas desencadeantes e/ou atividade
repetitiva; A dor aumenta durante o repouso ou ao
A lesão foi lenta ou súbita; Localização movimento;

álgica por parte do Qual tipo de dor (Nervosa; óssea, vascular e/ou
muscular)

paciente;
Presença de bloqueios, frouxidão, pinçamento,
instabilidade ou falseio
Por quanto tempo o (a) senhor (a) sente
essa dor
Uso de medicamentos;
EXAMES COMPLEMENTARES
AP-VERDADEIRO
1. Avaliação radiológica AXILAR
TÚNEL DO SUPRA-
ESPINHAL

2. R.N.M
3. Ultrassonografia
4. Termografia

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EXAME CLÍNICO
INSPEÇÃO SEMIOLOGICA

• Coletar informações sobre debilidades visíveis, funcionais e anormalidades posturais;

• Inspeção em mulheres (Top e short curto) e em homens (despido MMSS e calção);

• Realizar um exame global identificando as possíveis causas de lesões nos pacientes.


GONIOMETRIA
• Método para medir os ângulos articulares do corpo;

• É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a limitação dos ângulos


articulares

• Vantagens: é um instrumento barato, de fácil manuseio e as medidas são


coletadas rapidamente
ATIVA X PASSIVA

Maior amplitude obtida apenas Maior amplitude obtida usando-se


através da contração de forças externas
agonistas e alongamento de
antagonistas
TABELA DE HOPPENFELD
ARTICULAÇÃO MOVIMENTO A.D.M

FLEXÃO 0 a 180
EXTENSÃO 0 a 50
OMBRO
ABDUÇÃO 0 a 180
ROTAÇÃO MEDIAL 0 a 90
ROTAÇÃO 0 a 90
LATERAL
ARTICULAÇÃO MOVIMENTO A.D.M

COTOVELO FLEXÃO 0 a 145

PRONAÇÃO 0 a 90
ANTEBRAÇO
SUPINAÇÃO 0 a 90

FLEXÃO 0 a 90

EXTENSÃO 0 a 70
PUNHO
DESVIO RADIAL 0 a 20

DESVIO ULNAR 0 a 35
ARTICULAÇÃO MOVIMENTO A.D.M

FLEXÃO 0 a 125

EXTENSÃO 0 a 10

QUADRIL ABDUÇÃO 0 a 45

ADUÇÃO 0 a 10

ROTAÇÃO 0 a 45
LATERAL
ROTAÇÃO MEDIAL 0 a 45
ARTICULAÇÃO MOVIMENTO A.D.M

JOELHO FLEXÃO 0 a 140

DORSIFLEXÃO 0 a 20
TORNOZELO
PLANTIFLEXÃO 0 a 45

EVERSÃO 0 a 20
INTERTÁRSICA
INVERSÃO 0 a 35
PROVAS DE FUNÇÃO MUSCULAR
• Parte integrante da avaliação fisioterapêutica;

• Permite estabelecer um diagnóstico funcional;

• O teste muscular manual é um método barato e utilizável em qualquer


consultório.
PERIMETRIA
• A perimetria mede a dimensão dos membros (superiores ou inferiores) para verificar a
presença (ou não) de atrofia muscular ou de edema;
• Para medir o membro superior existem 3 pontos de referência: prega axilar,
prega do cotovelo e prega do punho;

• Se a distância entre os dois pontos for de 21 cm então 7 em 7 cm terá de


realizar uma linha
• Para iniciar a medição do membro inferior é necessário ter dois pontos de referência;

• Estabelecer entre a borda superior e inferior da patela;

• Prossegue-se a medição no 1/3 proximal, médio e distal da coxa da bordo superior


da patela) e no 1/3 proximal, médio e distal da perna
TESTES ORTOPÉDICOS ESPECIAIS

Teste de coçar de Apley Teste de Lippman /Ludington(bb)


Sinal do arco doloroso e teste da queda do braço Teste de gaveta anterior e posterior
Teste de Jobe Sinal do sulco
Teste de Neer Manobra de Adson/Manobra à Halsted
Teste de kennedy-Hawkins Teste do impacto/alivio
Teste de Gerber Teste de Allen
Teste de Speed Teste de Rockwood
Teste de Yergason Teste de sobressalto(teste do labrum)-abd ,DA
Teste de Roos Teste da síndrome costoclavicular
Teste de tensão do MS. Manobra de Wright
Teste de Booth e Marvel Teste de coçar de Apley
TESTES
CLÍNICOS
ESPECIAIS
Teste de stress varo e valgo COTOVELO
Sinal de Tinel
Teste de preensão em pinça Teste de Cozen e Mill

Teste do pronador redondo Teste de epicondilite lateral

Teste de epicondilite medial


Teste de apreensão do cotovelo com desvio póstero-lateral do pivô.
Teste de apreensão do cotovelo com desvio póstero-lateral do pivô.
Teste do cotovelo de golfista

Teste do cotovelo de tenista


TESTES
CLÍNICOS
ESPECIAIS
PUNHO E
Teste de finkelstein
MÃO
Sinal de Froment
Sinal de tinel
Teste de Phalen e Phalen reverso Teste de Allen da mão

Teste mandril três dentes/sinal de Murphy/ teste de Brunnel-Littler.


Watson/teste de lev. Em sup(cartilagem)
Teste do rechaço semilunar-piramidal( teste de Reagan)
TESTES CLÍNICOS ESPECIAIS
QUADRIL
Teste de Patrick ou FABER/CRAIG/QUADRANTE Teste de laceração labial anterior/posterior
Teste de Tomas Teste de Ober Teste de Ely
Linha de Nelaton/Triângulo de Bryant
Teste do Piriforme Sinal de Tredelenburg
Teste de Patrick ou FABER
Teste de compressão de Noble Teste de Thomas
Elevação 90-90; sinal da nádega. Teste de ober
Teste do
Piriforme Sinal de
Tredelenburg
TESTES
CLÍNICOS
ESPECIAIS
Sinal de Clarke;Waldron;Frund JOELHO
Teste de falseio
Teste de apley compressão; teste de Payr
(MM) Teste de apley decoaptação

Teste de lachman
Teste de gaveta anterior e posterior.
Teste de estresse varo e valgo Teste de
flutuação patelar
TESTES
CLÍNICOS
ESPECIAIS
TORNOZELO E
• TESTE DE STRESS VARO
• TESTE DE STRESS VALGO

• TESTE DE GAVETA ANTERIOR
• SINAL DE HOMANS
• SINAL DE TINEL DO TARSO
• TESTE DE GAVETA ANTERIOR
• SINAL DE HOMANS

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