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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ALEXSANDRO LUIZ LIMA DE OLIVEIRA


ANDERSON CORREA
PAULO HENRIQUE ALVES
RAFAEL LUIS OCHOA PINHEIRO

TIPOS DE CONHECIMENTO

CRICIUMA, ABRIL 2007.


UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ALEXSANDRO LUIZ LIMA DE OLIVEIRA


ANDERSON CORREA
PAULO HENRIQUE ALVES
RAFAEL LUIS OCHOA PINHEIRO

TIPOS DE CONHECIMENTO

Trabalho de pesquisa, apresentado


disciplina de Metodologia Cientifica da
Pesquisa curso de Engenharia Civil, da
Universidade do Extremo Sul
catarinense UNESC, solicitado pela
prof. Cleusa Ribeiro dos Santos.

CRICIUMA, ABRIL 2007.

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO......................................................................................................04
2 - O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTO...05
2.1 - Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico........05
2.2 - Características do Conhecimento Popular....................................................05
3 - CONHECIMENTO POPULAR OU EMPIRICO.....................................................07
4 - CONHECIMENTO FILOSÓFICO..........................................................................08
5 - CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO...............................................09
6 - CONHECIMENTO CIENTÍFICO...........................................................................10

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1 - INTRODUCAO

Ao estudar o homem, pode-se tirar uma série de conclusões sobre a sua


atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana; pode-
se analisá-lo como um ser biológico, verificando através de investigação
experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções;
pode-se questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua
liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua
imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento
popular, filosófico, religioso e científico, estas formas de conhecimento podem
coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física,
pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema
filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos
provenientes do senso comum.
Para melhor entender cada um desses tipos de conhecimento, vamos
inicialmente traçar um paralelo entre o conhecimento científico e o conhecimento
popular, para depois sinteticamente identificar o que caracteriza cada um deles.

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2 - O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento

Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em


diferenciá-lo de outros tipos de conhecimentos existentes. Para tal, analisemos uma
situação muito presente no nosso cotidiano.
O parto no âmbito popular e o parto no âmbito da ciência da medicina.
Tipos de conhecimentos que se encontram mesclados neste exemplo:
Empírico, popular, vulgar, transmitido de geração em geração por meio da
educação informal e baseado na imitação e na experiência pessoal.
O conhecimento Científico é obtido de modo racional, conduzido por meio
de procedimentos científicos. Visa explicar "por que" e "como" os fenômenos
ocorrem.

2.1 - Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico

O conhecimento vulgar ou popular, também chamado de senso comum,


não se distingue do conhecimento nem pela veracidade, nem pela natureza do
objeto conhecido. O que diferencia é a forma, o modo ou o método e os
instrumentos do conhecer.
Aspectos a considerar:
A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade.
Um objeto ou um fenômeno pode ser matéria de observação tanto para o
cientista quanto para o homem comum. O que leva um ao conhecimento científico e
outro ao vulgar ou popular é a forma de observação.
Tanto o "bom senso", quanto à "ciência" almejam ser racionais e objetivos.

2.2 – Características do Conhecimento Popular

Se o "bom senso", apesar de sua aspiração à racionalidade e objetivo, só


consegue atingir essa condição de forma muito limitada, pode-se dizer que o
conhecimento vulgar, popular, latu sensu, é o modo comum, corrente e espontâneo
de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos.

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"É o saber que preenche a nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido
sobre algo". (Babini, 1957:21).
Verificamos que o conhecimento científico diferencia-se do popular muito
mais no que se refere ao seu contexto metodológico do que propriamente ao seu
conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e
religioso (teológico).
Apresentamos abaixo, em linhas gerais, as características principais dos
quatro tipos de conhecimento: popular, filosófico, teológico e científico.

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3 - CONHECIMENTO POPULAR OU EMPÍRICO

Conhecimentos empíricos: são conhecimentos que adquirimos através


dos nossos sentidos empíricos (visão, audição, etc.), ou seja, a cor do céu, da casa
do vizinho, por exemplo. Todos os conhecimentos que ganhamos através de
deduções indutivas também pertenceriam a esta forma de conhecimento. Que
corvos são negros eu sei porque ví (empiria) vários corvos até hoje, e todos eram
pretos. São os conhecimentos a posteriori (ganhos através da experiência).
Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode
comprovar simplesmente estando junto das coisas.
Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida
diária.
Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e
conhecimentos.
Assistemático - a organização da experiência não visa a uma
sistematização das idéias, nem da forma de adquirí-las nem na tentativa de validá-
las.
Acrítico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o
sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

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4 - CONHECIMENTO FILOSÓFICO

Segundo o Dr. phil Guido Imaguire são conhecimentos que trazemos


"embutidos" na nossa razão. Todo ser racional, independente de qualquer
experiência sensível com o mundo, tem de ter esta forma de conhecimento desce
seu nascimento. Também são chamados de conhecimentos a priori (independentes
da experiência).
Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão
ser submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e
não na experimentação.
Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser
confirmados nem refutados.
Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente
correlacionados.
Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação
coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao
decisivo teste da observação, experimentação.
A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral,
interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do
universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano,
buscando até leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da
ciência.

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5 - CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO

E a forma mais especulativa de todas, por conseguinte, rejeitada pela


maioria dos filósofos contemporâneos. Trata-se de conhecimento por revelação
divina, experiência religiosa ou mística. Algumas pessoas afirmam "saber" algo que
Deus diretamente o revelou (assim, por exemplo, os escritores da bíblia e livros
religiosos).
Apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas, valorativas,
por terem sido reveladas pelo sobrenatural, inspiracional e, por esse motivo, tais
verdades são consideradas infalíveis, indiscutíveis e exatas. É um conhecimento
sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um
criador divino. Suas evidências não são verificadas. Está sempre implícita uma
atitude de fé perante um conhecimento revelado.
O conhecimento religioso ou teológico parte do preceito de que as
verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da
divindade, do sobrenatural.

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6 - CONHECIMENTO CIENTÍFICO

São conhecimentos que obtemos através da informação mais ou menos


segura de outros sujeitos, que estão em condição epistemológica superior a nossa
no tocante à informação dada. Que Napoleão era um general francês não é um
conhecimento nem inato (ninguém nasceu sabendo isto) nem empírico (nós não
vimos Napoleão nascendo numa cidade francesa). Como sabemos então que ele
era francês? Porque ouvimos isto do nosso professor de história, que por sua vez
ficou sabendo do seu professor de história, e assim por diante, numa corrente que
só deve terminar com as pessoas imediatamente conhecidas de Napoleão. Também
é a posteriori.
Real, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de existência
que se manifesta de algum modo.
Contingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou
falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão, como ocorre no
conhecimento filosófico.
Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema de
idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.
Verificável - as hipóteses que não podem ser comprovadas não
pertencem ao âmbito da ciência.
Falível - em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final.
Aproximadamente exato - novas proposições e o desenvolvimento de
novas técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e


Documentação: referências. Rio de Janeiro, 2002.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia Cientifica. 2.


ed. São Paulo, SP: Atlas, 1995. Cap 1, p.13-37.

GALLIANO, A. Guilherme. O Método Cientifico: teoria e pratica. 1. ed. São Paulo,


SP: Editora Harbra ltda.1986. Cap 2-3, p.17-31.

Disponível em:
http://www.unifa.aer.mil.br/ecemar/pesquisa/conhecimento%20cientifico.htm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei22.htm
Acessado em 14/04/2007.

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