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Atividades Práticas

Supervisionadas Adaptação – Ciclo


Básico
Modelo Atômico

Nome: Carlos Eduardo Simplicio de Moura


RA: T9889D-8 Turma: EM7P
Sumário
Introdução......................................................................................................................................3
Revisão Bibliográfica.......................................................................................................................5
Antiguidade – O Atomismo............................................................................................................5
As Primeiras Teorias Cientificas......................................................................................................6
O Modelo Atômico de Dalton.........................................................................................................6
A Descoberta do Elétron e o Modelo Atômico de Thomson..........................................................7
O modelo Atômico de Rutherford..................................................................................................8
O modelo atômico de Bohr............................................................................................................9
O modelo atômico na Mecânica Quântica...................................................................................10
Aplicações na ciência e na tecnologia...........................................................................................12
Impactos produzidos na Sociedade..............................................................................................14
Efeito do trabalho na formação do Aluno....................................................................................17
Conclusão.....................................................................................................................................18
Introdução

Do que é feito tudo que está à nossa volta? Essa é uma pergunta que intriga a
humanidade desde os primórdios. Hoje sabemos que tudo, inclusive nós, é constituído de
pequenas partículas, denominadas átomos.

Átomos são a unidade básica da matéria, e consistem em um núcleo central, formado


por prótons e nêutrons, envolto por uma nuvem de elétrons.

Tal nome vem da Grécia antiga, berço da civilização Ocidental. Os filósofos e grandes
pensadores gregos foram os primeiros a propor que a matéria só poderia ser continuamente
dividida até certo ponto, e deram esse nome à essas partículas, à menor divisão, de átomos.

Infelizmente, a humanidade passou por um período obscuro para o desenvolvimento


do conhecimento e da ciência durante a Idade Média. Isso fez com que ideias quanto a
possibilidade da existência do átomo só fossem ressurgir no século XIX, quando o estudo da
Química surgiu e a descoberta de novos elementos levou os cientistas ficarem intrigados.

Em 1808, John Dalton voltou a introduzir a ideia destas pequenas partículas, dando
origem a primeira teoria atômica Moderna. Seu objetivo era explicar o porquê de certos gases
se dissolverem melhor na água do que outros e também por quê elementos sempre reagem em
uma pequena razão de números inteiros.

Este primeiro modelo atômico, que hoje sabemos que era bem básico e incorreto, abriu as
portas para que estudos se aprofundassem cada vez mais na busca de explicar como essas
partículas surgiam, interagiam, se comportavam.

No decorrer desse desenvolvimento, vários modelos surgiram e foram propostos, uns


mais corretos que outros. Dentre todos esses, os principais foram os Modelos atômicos de
Thomson, de Rutherford e de Bohr.

Ao longo deste trabalho, será mostrada a evolução e história dos modelos atômicos, e
sua aplicação na ciência e tecnologia bem como os impactos promovidos na sociedade.
Dentre seus benefícios, veremos que o estudo atômico possibilitou grandes avanços
para a sociedade ainda levará a muitos mais. Como exemplo, nos vemos no início de uma
mudança no perfil de geração energética utilizado na sociedade, onde meios de geração
poluentes como combustíveis fosseis vem sendo substituídos por outros mais sustentáveis,
como a energia solar. Tais placas de captação de energia solar só foram possíveis graças ao
conhecimento de como os átomos transportam energia. Além disso, temos também a
energia nuclear, que pode ser uma alternativa mais viável no futuro.

Veremos que até hoje, há muitas coisas que ainda estão sendo descobertas e
necessitam de melhores explicações. Foram muitos estudos ao longo dos anos, com cada nova
teoria corrigindo e aprimorando o pensamento científico dominante e abrindo novos caminhos
para o desenvolvimento da tecnologia e ciências como vemos hoje.
Revisão Bibliográfica

Antiguidade – O Atomismo

O Atomismo se desenvolveu na Grécia do século V a.C. Os seus principais


representantes foram, sucessivamente, Demócrito (cerca de 460/360 a.C.) e Epicuro (341/270
a.C.).

Os atomistas teorizaram que a natureza consiste em dois princípios fundamentais:


átomo e vazio. Diferentemente dos conceitos que temos hoje para átomos, os átomos
filosóficos possuíam uma variedade infinita de formas e tamanhos cada uma delas sendo
indestrutíveis, imutáveis e cercadas por um vazio onde colidem com os outros ou se reúnem
formando arranjos. O aglomerado de diferentes formas, arranjos e posições dariam origem às
várias substâncias macroscópicas no mundo.

Apesar de Demócrito ter sido o pioneiro e realmente estar próximo da verdade, suas
ideias foram muito contestadas pelos filósofos de sua época. Alguns destes eram Aristóteles
e Platão. Inclusive os maiores registros que possuímos sobre o trabalho de Demócrito
vêm de registros feitos por Aristóteles sobre as inúmeras discussões que tiveram a respeito do
tema.

No fim das contas, a teoria que venceu e prevaleceu por toda Idade Média foi um
misto do entendimento de Aristóteles, Platão e Empédocles, ou seja, a matéria passou a ser
vista como um todo inteiro e também formada por quatro elementos base, água, terra, fogo e
ar. Platão ainda acrescentava que haveriam formas geométricas básicas para cada um dos
quatro elementos, todas baseadas no triângulo.

Tabela 1 - Corpos geométricos, segundo Platão

Elemento Poliedro Faces Triângulos

Fogo Tetraedro 4 24

Ar Octaedro 8 48
Água Icosaedro 20 120

Terra Cubo 6 24

As Primeiras Teorias Científicas

O entendimento proposto pelos gregos perdurou por muito tempo até o


surgimento da Química. Em 1661, o filósofo naturalista Robert Boyle publicou sua obra “The
Sceptical Chymist”, em que argumentava que a matéria era constituída por várias
combinações de "corpúsculos" ou átomos, em vez dos elementos clássicos da terra, ar, fogo e
água. A obra também forneceu a primeira definição de "elemento químico": um corpo simples
e não misturado que não pode ser feito de outro corpo. Embora esta definição tenha sido
negligenciada ao longo do século seguinte, o trabalho de Boyle é hoje considerado um
marco da história da química por separar a alquimia da química.

Ao longo do século XVIII, foram descobertos diversos elementos químicos,


tais como a platina , o níquel , o magnésio e o oxigénio. Porém, ainda não havia sido
formulada uma teoria que explicasse uma relação inequívoca entre os átomos e os elementos
químicos.

No final do século XVIII, com a sistematização da Lei das proporções definidas por
Joseph Louis Proust e a lei da conservação da massa por Antoine Lavoisier, foi consolidado
o conhecimento que permitiu ao inglês John Dalton explicar em 1803, a partir do
conceito de átomo, o motivo pelo qual os elementos reagem sempre numa pequena razão de
números inteiros e o porquê de certos gases se dissolverem melhor na água do que outros.

O Modelo Atômico de Dalton

Em 1803 Dalton publicou o trabalho Absorption of Gases by Water and Other


Liquids, neste delineou os princípios de seu modelo atômico:

 átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre


si;
 átomos de um mesmo elemento possuem propriedades iguais e de
peso invariável;
 átomo é a menor porção da matéria, e são esferas maciças e indivisíveis;
 nas reações químicas, os átomos permanecem inalterados;
 na formação dos compostos, os átomos entram em
proporções numéricas fixas 1:1, 1:2, 1:3, 2:3, 2:5 etc.;
 o peso total de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos dos
elementos que o constituem.

Em 1808, John Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma
minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem cargas elétricas.
Todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi
chamado de modelo atômico da bola de bilhar.

A Descoberta do Elétron e o Modelo Atômico de Thomson

Em 1897, o físico Joseph John Thomson, através do seu trabalho com raios catódicos
em tubos de Crookes, descobriu o elétron e a sua natureza subatómica, o que destruiu o
conceito de átomos enquanto unidades indivisíveis proposto por Dalton.

Thomson percebeu que os raios catódicos são afetados por campos elétricos e
magnéticos, e deduziu que a deflexão dos raios catódicos por estes campos são desvios de
trajetória de partículas muito pequenas de carga negativa, que ficaram denominadas como
elétrons. Thomson acreditava que os elétrons se
encontravam distribuídos pelo átomo, com a respetiva carga elétrica equilibrada pela presença
de uma carga positiva.

Thomson então propôs seu modelo atômico, que consistia de um núcleo positivo, com
elétrons distribuídos por ele. Como os elétrons eram de carga negativa, se repeliam
mutuamente, ficando separados um do outro dentro do átomo.
Figura 1 - Modelo Atômico de Thomson, que também ficou conhecido como
"pudim de passas"

O modelo Atômico de Rutherford

Em 1909, um grupo de investigadores sob a orientação do físico Ernest Rutherford


bombardeou uma folha de outro com íons de hélio e descobriu que uma pequena percentagem
era defletida com ângulos muito maiores do que aqueles que eram previsíveis segundo o
modelo de Thomson.

Rutherford interpretou estes resultados como uma sugestão de que a carga positiva
de um átomo e a maioria da sua massa estavam concentradas num núcleo no centro do
átomo, enquanto os elétrons orbitavam à sua volta de forma semelhante aos planetas à volta
do sol.

Rutherford, inspirando-se no sistema solar, propôs seu modelo de átomo, consistindo


em um núcleo pequeno e positivo, que conteria quase toda a massa do elétron, cercado por
elétrons de carga negativa, que o orbitavam a altas velocidades.

Figura 2 - Modelo Atômico de


Rutherford
No entanto, o modelo de Rutherford apresentava problemas para tentar explicar o
eletromagnetismo. Segundo um de seus conceitos, toda partícula eletricamente carregada que
é submetida a uma aceleração acaba emitindo uma onda eletromagnética, o mesmo ocorre
para o elétron. Segundo o Princípio da conservação de energia, isto deveria fazer com que o
elétron perdesse energia cinética, caindo progressivamente sobre o núcleo. Entretanto, isto
não ocorre na prática.

Quem aperfeiçoou o modelo de Rutherford a fim de explicar tais fenômenos foi seu
aluno, Niels Bohr.

O modelo atômico de Bohr

Em 1913, Niels Bohr, buscando explicar a emissão de radiação constante presente em


um átomo, propôs um novo modelo.

Para isso, Bohr uniu o modelo atômico de Rutherford às recentes teorias da mecânica
Quântica de Max Planck e Albert Einstein.

Seu modelo foi elaborado baseando-se em quatro postulados:

 Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em órbitas que têm


níveis de energia quantizados.
 A energia total do elétron não pode apresentar um valor qualquer e sim,
valores múltiplos de um quantum.
 Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a diferença de energia é
emitida (ou suprida) por um fóton, que tem energia exatamente igual à
diferença de energia entre as órbitas em questão.
 As órbitas permitidas dependem de valores quantizados (bem
definidos) de momento angular orbital.
Figura 3 - Modelo Atômico de Bohr

O modelo atômico na Mecânica Quântica

O surgimento da Mecânica Quântica mudou todo o entendimento que os físicos


tinham sobre o mundo natural. Foi percebido que a Mecânica Clássica não explicava
corretamente muitos dos fenômenos e comportamentos dos átomos.

Novos experimentos mostraram um efeito chamado Dualidade Onda- Corpúsculo, o


que levou cientistas como De Broglie, Schroedinger, e Heisenberg a propor o conceito de que
um átomo se comporta como partícula e como onda. Daí surgiram as ideias principais da
Mecânica Quântica, como:

 A função onda, que constitui uma superposição de todas os possíveis estados


de um átomo
 O princípio da Incerteza de Heisenberg, onde é impossível determinar com
precisão a posição e o momento de uma partícula em um mesmo instante. Ao
se aumentar a precisão da posição, diminui-se a do momento, e vice-versa.

Essas novas ideias levaram o Modelo de Bohr, com suas orbitas, a ficar
desconexo, já que não é possível determinar a localização exata do elétron.

O que tomou lugar foi um modelo que substituiu a órbita por uma nuvem eletrônica,
onde estão presentes as probabilidades dos elétrons serem encontrados.
Figura 4 - Nuvens eletrônicas para o átomo de hidrogênio a diferentes níveis de
energia, as regiões mais escuras são onde há maior probabilidade de se encontrar
os elétrons.
Aplicações na ciência e na tecnologia

O modelo atômico evoluiu, indo em um enorme salto de Rutherford para as ideias de


Bohr, concepções complementadas mais tarde pelas de Sommerfield.
O elétron torna-se uma entidade que ora comporta-se ora como partícula ora como
onda, e os trabalhos de Pauli, Heisenberg, Dirac, Schroedinger e muitos outros acabaram
tornando quase indefinível a nuvem eletrônica dos átomos.
Mas não importa o que realmente sejam os elétrons e de que maneira eles se disponham
no átomo.
Em certo momento, os conhecimentos sobre o comportamento dos elétrons
transferiram-se dos laboratórios para as fábricas, e o que era antes uma curiosidade de
laboratório transformou-se em instrumento de tecnologia.
O fato fundamental do modelo de Bohr, a quantização, implica na absorção ou
emissão de energia pelos elétrons, conforme eles saltem de uma órbita de energia mais baixa
para outra mais elevada, ou vice-versa, retornando a orbitas de menor energia e emitindo
radiação eletromagnética – luz de determinada frequência, isto é, monocromática.
A cor (frequência) da luz emitida depende dos átomos cujos elétrons são excitados.
Essa é a essência do colorido dos fogos de artifício, já conhecidos pelos chineses há
séculos. No século XIX, a descoberta das descargas elétricas em gases rarefeitos levou à
observações de que os gases se iluminavam com cores cariadas. Imediatamente, a tecnologia
desenvolveu as fontes de luzes emitidas por lâmpadas contendo gases rarefeitos, excitados pela
eletricidade.
Estas últimas emitem luz intensa e são usadas, por exemplo, em faróis de automóveis e
na iluminação de aeroportos, edifícios, monumentos, etc.
A excitação dos elétrons de certas substâncias produz emissão de luz por fluorescência
ou por fosforescência.
São as substâncias usadas no revestimento interno dos tubos de vidro das lâmpadas
chamadas fluorescentes, ou adicionadas a plásticos usados na confecção de interruptores e
tomadas elétricas.
A pesquisa de dispositivos especiais para excitação elétrica em cristais ou gases levou à
produção da luz laser. Uma tecnologia que até pouco tempo atrás era limitada a universidades e
centros de pesquisa, o laser hoje é comum, usado em aparelhos de CD, por exemplo. Esse
sistema de leitura de dados armazenados por meio de um feixe de luz laser já avançou para a
informática (CDROM), a medicina, a indústria, etc.
Mas não é só luz que pode ser produzida pelos “saltos” dos elétrons. Se um feixe de
elétrons acelerado por um intenso campo elétrico incidir sobre átomos de metais pesados
(multieletrônicos), a decorrente excitação pode dar origem aos raios X, descobertos por
Roentgen, hoje com aplicações inestimáveis na indústria e sobretudo, na medicina. Neste
caso, a versão mais avançada desta técnica de diagnóstico é a chamada tomografia, que
consiste na obtenção de várias imagens radiográficas, melhoradas posteriormente por
técnicas de computação.
O uso de raios X em laboratórios de pesquisa de materiais levou à construção das
microssondas eletrônicas, cuja essência de funcionamento consiste na emissão de raios X
típicos (frequência específica) por átomos de materiais. A análise das frequências dos raios X
emitidos permite identificar os elementos existentes no material.
Por outro lado, a difração de raios X provocada por substâncias cristalinas é um
método rotineiro para a análise de minerais, ligas metálicas e materiais em geral.
Por fim, os elétrons existentes nos metais, quando excitados por energia de alta
frequência, emitem radiação eletromagnética na faixa das onipresentes ondas de rádio,
portadoras dos sinais de radiotelegrafia, radiotelefonia (telefones celulares e sem fio, por
exemplo), rádio e televisão.
Impactos produzidos na Sociedade

A constituição da matéria é motivo de muita curiosidade entre os povos antigos. Filósofos


buscam há tempos a constituição dos materiais. Resultado dessa curiosidade implicou na
descoberta do fogo, o que permitiu cozinhar os alimentos, e consequentemente implicou em
grandes desenvolvimentos para a sociedade. A partir dessa descoberta pôde-se verificar,
ainda, que o minério de cobre (conhecido na época como pedras azuis), quando submetido ao
aquecimento, produzia cobre metálico, ou aquecido na presença de estanho, formava o
bronze.
A passagem do homem pelas “idades” da pedra, do bronze e do ferro, foi, portanto, de
muito aprendizado para o homem, conseguindo produzir materiais que lhe fossem úteis.
E a partir destas, várias tecnologias foram inventadas de acordo com as descobertas do
modelo atômico.
Sabe-se que os metais possuem uma estrutura singular formada por íons dispostos
numa rede cristalina ( ou retículo cristalino). Nos espações vazios dessa rede agitavam-se os
elétrons periféricos que abandonaram os átomos e que passam a constituir um verdadeiro gás
de elétrons.
Alguns efeitos de importância tecnológica resultam da existência desse gás de
elétrons: de um fio metálico é aquecido, a intensa agitação dos elétrons faz com que eles
escapem da rede cristalina e formem uma nuvem de elétrons ao redor do fio. Esse efeito
chamado termiônico, é tão mais intenso quanto mais alta for a temperatura do metal. Assim,
só certos metais de alto ponto de fusão (platina, tungstênio, etc.) são usados para esse tipo de
filamento.
Essa excitação múltipla dos elétrons determina a emissão de luz branca ( isto é,
policromático), como ocorre nas lâmpadas incandescentes.
Nas lâmpadas elétricas comuns, o filamento é geralmente constituído de tungstênio,
sendo o sistema mantido dentro de uma ampola de vidro que contém um gás raro (geralmente
Argônio) sob pressão reduzida.
O efeito termiônico permitiu que um físico americano, Lee de Forest, inventasse em
1906 um dispositivo chamado válvula eletrônica, posteriormente muito aperfeiçoada. Essas
válvulas permitiram o desenvolvimento da radiotelegrafia e da radiofonia, sendo ainda hoje
usadas na retificação de corrente elétrica
(passagem de corrente alternada e contínua) em fornos de micro-ondas, em emissoras de
rádio e televisão etc.

O efeito termiônico deu origem ainda a outras aplicações tecnológicas, como os


cinescópios. Neles, feixes de elétrons oriundos de um filamento aquecido são modulados por
campos elétricos ou magnéticos. Quando esses feixes atingem um anteparo de vidro revestido
de material fluorescente, produzem o desenho de símbolos e imagens movimentadas.
Descendentes dos antigos tubos de raios catódicos, esses dispositivos constituem o
equipamento essencial de aparelhos de televisão, monitores de computadores, osciloscópios
etc.

Feixes de elétrons também gerados por efeito termiônico podem ser refratados por
campos eletromagnéticos (enrolamentos ou bobinas, funcionam como verdadeiras lentes) e,
ao incidir sobre materiais devidamente preparados, geram imagens muito ampliadas, milhares
de vezes mais do que as produzidas por um microscópio óptico.

Esse dispositivo é o microscópio eletrônico, que existem versões altamente


sofisticadas.

Outro fenômeno associado aos elétrons de certos metais (alcalinos, alumínio,


etc.) é o chamado efeito fotoelétrico, que consiste na expulsão de elétrons de certos metais
quando sua superfície é atingida por fótons de frequência muito elevada (geralmente luz
ultravioleta). Esse efeito é usado na construção de células fotoelétricas, nas quais os elétrons
são acelerados por campos elétricos, dando origem a correntes elétricas que podem acionar
alarmes, motores, campainhas, etc.

Outros dispositivos podem gerar energia elétrica pela excitação de elétrons


provocada pela incidência de luz. Esses geradores ou pilhas fotovoltaicas representam uma
maneira interessante de se aproveitar a energia da luz solar para o acionamento de
aparelhos elétricos ou eletrônicos. Seu uso já é comum em satélites artificiais e sondas
espaciais. O conhecimento da estrutura dos metais e da natureza dos elétrons livres no interior
do retículo (arranjo ordenado dos átomos do metal) permitiu atender a corrente elétrica: um
fluxo de elétrons dentro da rede cristalina metálica, provocado pela ação de um campo
elétrico ou magnético.
Não é preciso entrar em grandes detalhes para perceber o valor tecnológico da
corrente elétrica. Os condutores elétricos estão presentes em todos os equipamentos
eletrodomésticos, residências, casas de comércio, edifícios industriais, etc. Isto permite que
haja iluminação artificial, que sejam acionados os motores elétricos que impulsionam
máquinas, ônibus e trens, que funcionem os dispositivos de comunicação e toda a parafernália
elétrica, desde brinquedos até aparelhos médicos.

Em 1934, o casal Irene e Frédéric Curie, bombardeando lâminas finas de alumínio


com partículas alfa, conseguiu produzir átomos radioativos de fósforo 30. No ano seguinte,
ganharam o Prêmio Nobel de Química por sua “síntese de novos elementos radioativos”.
Seguiu-se uma longa série de experimentos que levariam à produção de radioisótopos de
novos elementos, isto é, com número atômico acima de 92.

Atualmente, grande número de isótopos radioativos é produzido em reatores


nucleares, expondo os elementos ao bombardeio de intensos feixes de nêutrons.

A princípio mera curiosidade científica, os radioisótopos logo passaram a ser usados


pela indústria, pela medicina e pela própria pesquisa científica. Na indústria, são usados
radioisótopos emissores de radiação gama de alta energia que em muitas ocasiões substituem
os raios X. São, então, empregados para examinar junções e soldas de estruturas metálicas
(gamagrafia), controlar a espessura de chapas metálicas em laminadores da indústria
metalúrgica etc. Radioisótopos gasosos podem ser usados na detecção de vazamentos em
tubulações subterrâneas, cabos condutores de eletricidade, gasodutos, etc.
Efeito do trabalho na formação do Aluno

O objetivo da aprendizagem proposto que conduz o estudante através de uma viagem


no tempo, durante a qual ele pode interagir com textos e figuras, realizando atividades que lhe
permitam conhecer como foram feitas as experiências que propiciaram as descobertas dos
cientistas da época. As conclusões de cada experiência são utilizadas, em uma perspectiva de
construção interacionista do conhecimento, para a formulação de um modelo mais refinado,
seguindo-se o processo histórico das descobertas científicas, até se chegar ao modelo atômico
quântico atual. A ênfase do objeto está na integração entre conceitos de química e física, bem
como na abordagem histórica do tema, em uma perspectiva construtiva.
Na perspectiva histórica e interdisciplinar, o mateiral elaborado caracteriza-se pela
integração entre áreas da física e química analítica com a perspectiva histórica, na medida em
que resgata o papel fundamental que a marcha analítica clássica.
Curie aos minérios de urânio teve na descoberta de dois novos elementos químicos
Conclusão

Os átomos estão presentes em todo corpo existente, é muito importante o estudo desde.
Cada vez mais há uma nova descoberta, e assim as teses do modelo atômico vão se
aperfeiçoando.
Os conhecimentos científicos estão intimamente ligados ao grande desenvolvimento
tecnológico da nossa sociedade atual. Assim pode-se dizer que o desenvolvimento dos
modelos atômicos foi um dos responsáveis pelo avanço no ramo médio que vai desde
medicamentos até os modernos aparelhos de ressonância magnética.
São muitas teorias da estrutura de um átomo, e é por isso que vemos a explicação de
cada modelo, cada versão do átomo passada por cada cientista com Dlaton, Thomson,
Rutherford, Bohr, entre outros até chegarmos ao modelo atual.
Neste trabalho vimos os modelos atômicos, eles foram sugeridos desde a antiguidade
por gregos com Demécrito, que afirmava que a matéria era composta por pequenas
partículas.

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