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Durante a idade média, a Peste Bubônica dizimou mais de 75 milhões de pessoas,

levando muitos a acreditarem que a praga fosse um castigo divino, quando na verdade era um
problema sanitário. Analogamente, devido a má administração governamental, a sociedade
brasileira vem enfrentando dificuldades para tornar as condições básicas de higiene de comum
acesso a toda a população. Nesse seguimento, torna-se vital o debate sobre os impactos
oriundos da falta de saneamento básico gerados pelo descaso do Estado para com a situação.

Em primeira análise, faz-se essencial destacar a ineficiência do sistema público em


levar o saneamento básico a todos os brasileiros, segundo os dados mais atuais do SNIS
(Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), cerca de 46,8 por cento da população
brasileira não tem acesso a coleta de lixo. Nesse cenário, o problema não atinge apenas as
camadas mais abaixo na pirâmide social, pois, infelizmente, a proliferação de doenças oriundas
da má administração da sanidade publica é um problema para todo o país. Nesse viés, “Cada
R$ 1 investido por governos em saneamento básico economiza R$ 4 em custos no sistema de
saúde” tal informação propagada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), demonstra a real
importância representada pela área supracitada.

Em segunda análise, a falta de investimentos por parte do governo e de seus órgãos


responsáveis na manutenção da salubridade no brasil, tem agravado ainda mais a falta de
higiene, pois os municípios não podem sustentar projetos para esse nicho com as parcas
verbas disponibilizadas. Nesse contexto, obras inacabadas e projetos engavetados tem sido
alguns dos sinais que evidenciam o descaso do poder público para com a situação desastrosa
em todo o território.

Depreende-se, portanto, a necessidade de sanar os problemas debatidos. Em visão


disso, o Ministério da Saúde em parceria com os órgãos de infraestrutura municipais, deve agir
em prol do desenvolvimento do saneamento local, através da disponibilização de recursos e
mão de obra capacitada. Por conseguinte, cabe a Polícia Civil fiscalizar tais obras, para que não
haja desvio de verba ou qualquer outro tipo de corrupção. Com esse pensamento, a realidade
medieval será apenas uma lembrança distante, a qual cimentará o progresso brasileiro rumo a
um país, de fato, limpo e saudável para todos.

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