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PROPÓSITO
Este tema tem como finalidade a compreensão do processo histórico que fundou a educação pública a
partir do Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, na forma como foi instituída ao
longo de nossa história, torna-se essencial para aquele que quer entender a educação contemporânea.
Somente sobre estas bases é possível assumir uma postura efetivamente crítica e produtiva na ação
docente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 1
REVOLUÇÃO AMERICANA
Também é conhecida como a Independência dos Estados Unidos (na prática das 13
colônias). No final do século XVIII, a Inglaterra, na busca de manter sua balança comercial
favorável, ampliou as suas fontes de renda e, para a manutenção de seus monopólios,
aumentou a taxação dos americanos. Como forma de resistência a esse movimento, a
aristocracia local se uniu com o objetivo de romper com o domínio inglês. Os americanos,
apoiados pelos franceses, iniciaram uma sangrenta batalha que, em 1783, culminou com a
independência das 13 colônias. Essas 13 colônias se associaram e passaram a se chamar
Estados Unidos, no entanto, mantendo o princípio do Federalismo, com autonomia entre
eles.
ABSOLUTISMO
Luís XVI nasceu em Versalhes, França, no dia 23 de agosto de 1754. Em 1765, tornou-se
herdeiro do trono após a morte do seu pai. Casou-se com Maria Antonieta de Habsburgo,
filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria, tendo, com ela, quatro filhos. Luís XVI assumiu o
trono da França em 1774 após a morte de seu avô. Foi o último rei da França antes da
Revolução Francesa.
HUMANISMO
Filosofia que defendia o fim da visão teocêntrica medieval (compreensão do mundo a partir
de pressupostos religiosos) e a instauração de uma visão antropocêntrica (compreensão do
mundo a partir das experiências e necessidades humanas, ainda que não necessariamente,
contrárias à religião).
KANT
Esse documento foi elaborado após a Revolução Francesa e tinha como base os ideais
dessa revolução: liberdade, igualdade e fraternidade. A Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão representou o primeiro passo para a elaboração de uma Constituição da
República Francesa.
Essa declaração foi elaborada por representantes de diferentes países, que eram
especialistas de áreas jurídica e cultural. Ela foi proclamada na Assembleia Geral nas
Nações Unidas em Paris, no dia 10 de dezembro de 1948.
ANTROPOCENTRISMO
LEONARDO DA VINCI
Pintor do período da Renascença, nasceu na aldeia de Vinci, Itália, no dia 15 de abril de
1452. Foi aprendiz de Andrea del Verrocchio, pintor e escultor florentino. Uma das obras
mais conhecidas de Leonardo da Vinci é “Mona Lisa”.
O HOMEM VITRUVIANO
O homem é um ser divino por essência, assim concebido desde sua criação;
O homem é racional por essência, capaz de compreender tal proporção e sua relação
com a natureza;
O homem é divino por ser capaz de transformar, criar, com o seu conhecimento e
interpretação.
RELIGIOSAS CARMELITAS DE COMPIÈGNE
Esse é um trecho do romance da renomada escritora alemã, Gertrud von Le Fort, escrito em
1931. Ela narra o processo de perseguição e execução das religiosas de Compiègne.
CONDORCET
Condorcet (1743-1794), matemático e filósofo que liderou a Revolução Francesa, tinha como
uma de suas bandeiras a inserção dos ideais iluministas no campo da Educação.
JESUÍTAS
Os jesuítas eram o maior símbolo de uma estrutura que Portugal queria superar, pois eles
possuíam muita autonomia (não estavam diretamente ligados ao déspota) e, obviamente,
defendiam um discurso religioso. Eles organizaram um complexo sistema de ensino que se
expandiu largamente por meio das missões de evangelização.
COMPANHIA DE JESUS
Fundada por Santo Inácio de Loyola (1491-1556), a Companhia de Jesus era uma ordem
religiosa que tinha como objetivo construir regras disciplinares para a vida religiosa e
difundi-las em missões de evangelização.
AULAS RÉGIAS
Regia vem de regida, ou seja, na estrutura das aulas régias havia a presença de um regente,
que deveria implementar aquilo que era determinado pela estrutura governamental. As
pessoas que tinham acesso às aulas régias eram provenientes da classe média, que
atuariam como funcionários públicos e agentes do governo. As aulas régias também
poderiam ser frequentadas por filhos da elite, com o objetivo de prepará-los para seguir
com os estudos na Europa.
CADEIRAS DE RETÓRICA
Dessas cadeiras, quatro foram estabelecidas em Lisboa, duas em Coimbra, duas em Évora,
duas no Porto e uma em cada cidade e vila que eram cabeça de comarca.
Também conhecido como sistema monitorial, foi desenvolvido por Andrew Bell e Joseph
Lancaster, na Inglaterra, no final do século XVIII.
Para isso, eram selecionados os melhores alunos (decurião) das turmas para que atuassem
como monitores dos demais (decúria). Garantia-se, assim, a formação do maior número de
operários com menos recursos.
O PENSAMENTO ILUMINISTA
A Idade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem ser
resumidos nas revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial Inglesa,
Revolução Francesa e Revolução Americana. Mas, além dessas, outra revolução foi fundamental
naquele momento e afetou diretamente a Educação: o Iluminismo!
No século XVI, período conhecido como Antigo Regime, um acordo de governo foi estabelecido
entre a burguesia e a nobreza. Nesse acordo, a Igreja era a base ideológica, responsável por
legitimar o poder do rei e por educar os burgueses sobre a ordem natural do mundo. Nesse
contexto, por um lado, o rei era visto como uma figura divina e ungida por Deus; por outro, era
responsável pela manutenção da ordem e da lei, fazendo justiça e guerra, quando necessário.
A ilustração de Luís XVI e Maria Antonieta com o povo de Paris ilustra essa visão da divindade do
rei. Observe que, à frente deles, está o povo junto com anjos ajoelhados e, por trás de Luís XVI e
Maria Antonieta, há uma cruz, caracterizando o poder divino concedido ao rei.
Imagem: Shutterstock.com
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Um exemplo concreto ocorreu na França, que passava por uma grande crise política, inflamando
o povo contra o absolutismo do rei Luiz XVI, que foi deposto durante a Revolução Francesa e
executado no ano seguinte. Observe, na ilustração, uma representação do momento em que Luís
XVI foi preso.
Como vimos, o Iluminismo atingiu seu apogeu na luta contra a monarquia absolutista durante a
Revolução Francesa, que tinha como lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nesse contexto
dois elementos se destacam:
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Kant, filósofo alemão, contemporâneo àquele movimento, chega a afirmar que, até aquele
momento, as pessoas viviam como que em uma “infância da racionalidade”. Ou seja, não haviam
chegado à maturidade do conhecimento humano.
ILUMINISMO
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Caracteriza a fundação das ideias iluministas, pois acreditava estabelecer leis gerais que
protegeriam todo homem de qualquer forma de exploração social; especialmente de um governo
absolutista, como aquele que seria destituído pela Revolução Francesa. Essa declaração
inspirará a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada na ONU, em 1948.
O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o pensamento religioso
era equivocado e obscuro. Por isso, o século XVIII ficou conhecido como o Século das Luzes. Foi
nesse período que ocorreu o apogeu da razão, que combatia o teocentrismo da Idade Média.
Nesse sentido, cabia à razão – e somente a ela – responder as indagações humanas. Qualquer
outra concepção, inclusive advinda da Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade.
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O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO
ILUMINISMO
O Iluminismo influenciou diversas pessoas, que passaram a agir de acordo com as ideias e
motivações dessa forma de pensamento. Dentre elas, destacam-se Voltaire e Jean-Jacques
Rousseau. Vamos conhecê-los, a seguir.
VÍDEO COM LIBRAS.
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O rei Luiz XVI e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados em praça pública em 1793.
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Dezesseis religiosas carmelitas de Compiègne foram guilhotinadas em 1794.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O Iluminismo buscava reafirmar o poder da monarquia à medida que, por meio de técnicas de
ensino, buscava esclarecer os homens sobre a necessidade da manutenção da estrutura social
da época
B) O Iluminismo tinha como objetivo iluminar a razão humana, com o objetivo de conduzir o
homem à conformação social, por meio de métodos de coação.
C) O Iluminismo combatia a religião em certa medida, pois considerava que o homem somente
seria completo uma vez que estivesse em contato direto com Deus, por meio da igreja.
C) A importância de se iluminar a razão humana por meio de métodos de repetição e análise para
que o homem seja capaz de reconhecer como natural as relações de poder que eram
estabelecidas.
GABARITO
Rousseau foi um dos principais teóricos do Iluminismo. Ele escreveu várias obras que
estabeleceram as bases da Educação proposta pelo Século das Luzes, mas também
possibilitaram a organização social que se estabelecia naquele momento. A Educação, assim,
constitui-se em um importante elemento da formação política do cidadão.
MÓDULO 2
Para compreender esse processo de mudança, trouxemos o modelo de ensino proposto por
marquês de Pombal. Mas, antes, vamos entender em qual contexto essa mudança se
desencadeou.
Estamos em Portugal, país que também foi alcançado pelos ideais iluministas.
Como em outras monarquias, o rei D. José I temia perder o seu trono em decorrência do grande
avanço do Iluminismo.
Como forma de evitar a perda do trono, D. José I nomeou Sebastião José de Carvalho e Melo, o
marquês de Pombal (defensor das ideias iluministas), como o seu primeiro ministro,
desenvolvendo, assim, o chamado Despotismo Esclarecido. A principal missão de Pombal era
reformar o governo português e adequá-lo aos ideais iluministas.
Pombal, como defensor do Iluminismo, era contrário aos Jesuítas. Assim, traçou um plano para
acabar com a Companhia de Jesus e expulsá-los de Portugal. Como estratégia, convenceu o rei
D. José I de que o atentado que o mesmo havia sofrido teria sido planejado pela família da
marquesa e pelos jesuítas.
O rei, então, elaborou o decreto régio de setembro de 1759, ordenando a expulsão dos religiosos
da Companhia de Jesus que estivessem em seus domínios continentais e ultramarinos.
Clique no objeto acima. Objeto com interação.
Conta a história que o rei José I sofreu um atentado quando voltava da casa da marquesa de
Távora, com quem mantinha uma relação amorosa. Quando a família Távora tomou
conhecimento da relação dos dois, uniu-se ao Duque de Aveiro para planejar um atentado a D.
José I, que não foi bem sucedido. O processo de investigação transcorreu em sigilo até que em
uma madrugada de dezembro os Távoras foram presos. No dia 12 de janeiro de 1759 saiu a
sentença que os condenava pelo crime de traição e rebelião contra o rei. Todos foram
executados.
COM A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS, O QUE
MUDOU?
Com a expulsão dos jesuítas, não só em Portugal, mas em todas as suas colônias, inclusive no
Brasil, houve mudanças significativas, principalmente no campo da Educação. Isso, em
decorrência do fato de que todo o sistema de ensino da época era jesuíta. Elencamos, a seguir,
as principais consequências da expulsão dos jesuítas no campo da Educação:
Grandes prejuízos para os aldeamentos indígenas
No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das escolas
jesuíticas de Portugal e de todas as colônias. Também criou as aulas régias ou avulsas de Latim,
Grego, Filosofia e Retórica, oferecendo um esquema completamente diferente do que era
oferecido pela pedagogia jesuítica. Estabelece-se, assim, a Educação Pública, que, vale destacar,
naquele momento, não correspondia a uma educação direcionada a todas as pessoas, mas a
uma educação que é mantida pelo governo, ou seja, marquês de Pombal estruturou um modelo
de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA
EDUCACIONAL DE MARQUÊS DE POMBAL?
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, se
baseou nos seguintes aspectos:
Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, Grego e Retórica, junto com o
decreto que expulsou os jesuítas.
Centralização do ensino com a criação do cargo de diretor-geral dos estudos, que tinha a
função de fazer cumprir as disposições do diploma, ficando a ele subordinados todos os
professores régios das disciplinas citadas.
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Ensino feito exclusivamente em português, mesmo para os índios, aos quais era oferecido
na língua tupy pelos jesuítas.
Instituição do subsídio literário, uma espécie de imposto, para gerar recursos para o
pagamento dos professores.
Para atender a essa nova demanda, diversos professores foram nomeados. Aqueles que foram
direcionados para atuar no Brasil provavelmente não tinham a formação específica para lecionar
na área a qual foram designados. Apesar do esforço de marquês de Pombal, houve inúmeras
perdas com o desmantelamento de um aparato educativo que já funcionava há mais de duzentos
anos, que era o modelo de educação jesuíta. Um exemplo que ilustra essa perda é o fato de que
as aulas régias, isoladamente, não conseguiram suprir o conjunto de aulas e disciplinas que
eram aplicadas pelos jesuítas. Sobre isso, reflita:
Para ajudá-lo nessa reflexão, assista ao vídeo no qual o professor Antônio Giacomo explica a
tradição da educação jesuítica e como ela se transformou ao longo do tempo.
B) Definição do português como língua padrão para se lecionar as aulas, podendo, em casos
específicos, ocorrer a utilização de outras línguas.
GABARITO
1. Um dos principais pontos da Reforma Educacional de marquês de Pombal foi a criação das
aulas régias. Analise as alternativas a seguir e marque a que apresenta as disciplinas que
compõem essa proposta de ensino:
2. Sabemos que, com a expulsão dos jesuítas, Pombal precisou criar um novo modelo de ensino.
Marque a alternativa que apresenta um dos aspectos da Reforma Pombalina:
Como forma de quebrar a influência da religião no ensino, marquês de Pombal criou a educação
laica, colocando-a sob a responsabilidade do governo e, iniciando, assim, a educação pública.
MÓDULO 3
A MODERNIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
A estrutura educacional instituída pelo marquês de Pombal, posteriormente, foi modernizada
com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Mas, antes de abordarmos essa mudança na
Educação, vamos entender o que motivou a vinda da família real ao território brasileiro.
O ANO É 1799
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A tradição de coroação dos imperadores determinava que o imperador deveria se ajoelhar diante
do representante da igreja, que colocaria a coroa em sua cabeça. Essa ação, mostrava que o
imperador estava em uma posição de submissão ao poder religioso. Napoleão Bonaparte, em sua
coroação, mudou essa tradição. Não permitiu que o papa Pio VII colocasse a coroa sobre a sua
cabeça. Antes, decidiu que se coroaria imperador da França. Com essa atitude, Napoleão,
influenciado pelos ideais iluministas, estava dizendo que o seu poder estava acima da Igreja.
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A primeira medida de D. João VI ao chegar ao Brasil foi a abertura dos portos às nações amigas.
Essa atitude foi de crucial importância para reverter a condição do Brasil de colônia de Portugal,
pois rompeu com o monopólio comercial da metrópole portuguesa até então existente. A partir
de então, todos os países poderiam negociar livremente em portos brasileiros. Ao retornar a
Portugal em 1821, D. João deixa seu filho D. Pedro no comando do Brasil. Em 1822, D. Pedro
assume o governo brasileiro, agora como D. Pedro I. Sua breve administração se encerra em
1831, quando abdica do trono. Como sucessor, ele deixou seu filho, D. Pedro II, que ainda era
uma criança. Inicia-se, assim, o Período Regencial no Brasil. Considerando esses três períodos –
Período Joanino (1808 - 1821), Primeiro Reinado (D. Pedro I) e Período Regencial (1831 - 1840) -
elencamos, a seguir, algumas mudanças implementadas nos âmbitos social, político e
econômico, e na Educação.
PERÍODO JOANINO
PRIMEIRO REINADO
CONSTITUINTE DE 1823 É DISSOLVIDA
O imperador decidiu dissolver a constituinte de 1823, entre outras razões, por apresentar um
projeto de constituição em que as ideias liberais eram predominantes, o que limitava o poder do
imperador.
PERÍODO REGENCIAL
ATO ADICIONAL
Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na
Educação. O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o secundário e a formação de
professores seriam responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do poder
central. Oficializou-se a descentralização do ensino.
SAIBA MAIS
Como você percebeu, mesmo depois da Abdicação de D. Pedro I (1834), o Período Regencial
continuou realizando mudanças no cenário educacional brasileiro. No entanto, apesar dessas
medidas terem representado uma modernização da estrutura educacional implementada por
Pombal, as mudanças ocorridas não atenderam às reais necessidades da população brasileira.
Mesmo no Segundo Reinado (1840-1889), governado pelo Imperador D. Pedro II, as medidas no
campo educacional foram inexpressivas. Isso mostra que, em quase 400 anos de história, não
havia sido criada no país uma estrutura escolar sólida que permitisse à população plena
formação e, consequentemente, fornecesse condições de um desenvolvimento que atendesse a
todos os cidadãos.
QUAIS FORAM AS INSTITUIÇÕES CRIADAS NESSES
PERÍODOS QUE RESISTIRAM A TODAS ESSAS
MUDANÇAS DE GOVERNO, DURANDO ATÉ OS DIAS
DE HOJE?
Convidamos você a um passeio histórico pelo Jardim Botânico, pela Biblioteca Nacional, pelo
Museu Nacional e Colégio Pedro II, instituições que resistiram ao tempo e guardam as memórias
dos períodos Joanino, Primeiro Reinado e Período Regencial.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A PARTIR DE 1808, DIVERSAS MEDIDAS FORAM IMPLEMENTADAS POR D.
JOÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO. UMA DELAS MARCOU O INÍCIO DO
DESENVOLVIMENTO DE UMA IDENTIDADE PRÓPRIA DO BRASIL. MARQUE A
ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE A ESSA MEDIDA:
C) Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios.
B) O Ato Adicional implementou as aulas régias no Ensino Primário e definiu que a formação de
professores seria responsabilidade das províncias.
D) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar seria responsabilidade da metrópole e incluiu
nesse nível de instrução as disciplinas régias.
GABARITO
1. A partir de 1808, diversas medidas foram implementadas por D. João no campo da Educação.
Uma delas marcou o início do desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. Marque a
alternativa que corresponde a essa medida:
De fato, com a chegada da Família Real, em 1808, as transformações ocorridas na Colônia foram
contrastantes com aquela realidade encontrada. Uma colônia, por exemplo, não poderia ter
escolas de ensino superior, pois somente a metrópole poderia fornecer esse nível de instrução. O
príncipe regente, D. João, quis que estas mudanças pudessem dar condições à Corte de se sentir
menos impactada por viver longe de seu país, Portugal. Por isso, criou as escolas de ensino
superior na Bahia e no Rio de Janeiro, com o objetivo de atender às necessidades de instrução
dos filhos da nobreza e da aristocracia brasileira. Inicia-se, assim, o processo de independência
do Brasil, ainda que, obviamente, não fosse o interesse da monarquia.
2. Em 1834, durante o período regencial, foi criado o Ato Adicional, medida que afetou
diretamente a Educação. Em que consistia essa medida?
O Ato Adicional correspondeu a uma reforma na constituição que deixou marcas na Educação.
Essas medidas oficializaram o processo de descentralização do ensino.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, o projeto de educação iluminista nasceu no contexto das transformações
ideológicas (Iluminismo), econômicas e de produção (Revolução Industrial), políticas e sociais
(Revolução Francesa), que marcaram o fim do século XVIII, dando origem à Idade
Contemporânea. Tendo como principal objetivo o combate ao modelo educacional anterior,
baseado na autoridade religiosa e sob tutela da monarquia, esse projeto trouxe uma proposta de
educação laica e pública.
O Estado, a partir de então, assumiria a responsabilidade de educar o cidadão, tendo como base
a chamada “razão iluminista”. Eles tinham como objetivo formar plenamente o homem
contemporâneo a partir da construção de um conhecimento baseado fortemente em princípios
científicos e longe de qualquer influência religiosa. Esse projeto de Educação, no entanto, não
conseguiu oferecer à população brasileira a educação necessária para uma formação efetiva. Foi
necessário esperar um pouco mais para que essa proposta de uma educação efetiva começasse
a ser delineada.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Fernando. O sentido da educação colonial. In: A cultura brasileira. Rio de Janeiro:
Serviço Gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1943.
FERRARI, Márcio. Condorcet, a luz da Revolução Francesa na escola. https ://novaescola .org .br
/conteudo /1734 /condorcet -a -luz -da -revolucao -francesa -na -escola. Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Immanuel Kant. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /immanuel_kant /.
Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Leonardo da Vinci. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /leonardo_vinci /.
Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Luís XVI da França. Disponível em: https ://www .ebiografia .com
/luis_xvi_da_franca /. Acesso em: 30 jan. 2020.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é o Iluminismo. In: KANT, I. A paz perpétua e outros
opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1995.
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CONTEUDISTA
Joana Darc Venancio
CURRÍCULO LATTES
Antonio Sergio Giacomo Macedo
CURRÍCULO LATTES