Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
PROPÓSITO
Demonstrar que a História é um discurso do presente que olha para o passado para entender
melhor as dinâmicas de seu tempo. Com isso, você verá as inovações trazidas por essas
iniciativas, sem perder de vista os desafios de pensar a Educação no contexto da globalização
e das desigualdades sociais.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Tente por um segundo imaginar uma grande inovação tecnológica. No mundo contemporâneo,
o que mais emblematicamente mostraria um mundo em transformação? Durante séculos,
homens usaram seus pés, animais, carroças e barcos para se locomoverem. Até que o
desenvolvimento de sistemas, máquinas com engrenagens, vapor e caldeiras aceleraram o
mundo. A velocidade mudou quando colocamos a máquina a vapor nos caminhos marcados
com ferro e dormente. O mundo ficou menor, mais veloz. A integração entre as pessoas tornou-
se cada vez mais rápida, as trocas de mercadorias e informações aceleraram. Precisávamos
aprender mais, ter novas possibilidades. O trem, que estampa a nossa imagem de abertura, é
um ícone da sociedade contemporânea e seus avanços. Passamos a ser supervelozes, andar
por baixo da terra e até mesmo por baixo do mar. A metáfora do trem serve para toda a Era
Contemporânea, carregada de conhecimentos cada vez maiores, mais velozes e intensos. O
trem da tecnologia é o trem do conhecimento e da Educação, que, sem dúvida alguma, marcou
os séculos XIX, XX e XXI. Sigamos viagem!
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Neste módulo, você será apresentado ao mundo contemporâneo e sua relação com a História
da Educação, para que as discussões não pareçam ter surgido de um momento para o outro.
Este é um dos grandes desafios da disciplina: tirar a face de algo cristalizado para mostrar que
está viva e presente. A História é um exercício de discurso, uma reflexão sobre o presente, só
que o presente não existe sem essa memória, sem a reflexão sobre o passado.
A verdade depende do ponto de vista, das influências que você tem, das escolhas que você
faz, pois a verdade não é uma realidade indiscutível. Em especial, nas Ciências Humanas.
No vídeo a seguir, veremos como a verdade pode ser diferente de acordo com o ponto de
vista de cada pessoa.
A DIVISÃO DO TEMPO
Provavelmente, você já ouviu dizer que determinada pessoa é alguém à frente do seu tempo.
Mas será que existe alguém que viva fora do seu próprio tempo? A resposta é não. Todos nós
somos, sem exceção, frutos da nossa própria época. Talvez você esteja se perguntando: “Eu
aprendi na escola que a Idade Contemporânea começou após a Revolução Francesa, lá no
século XVIII. Como é possível, então, que a gente ainda seja contemporâneo?”.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
A visão de tempo europeia visava exaltar o que eles entendiam como seu auge: do
desenvolvimento da escrita em áreas próximas ao Mediterrâneo – com gregos e romanos,
incluindo as civilizações reconhecidas como poderosas, como os egípcios –, passando por um
período considerado pouco produtivo para o homem – Idade Média –, quando retoma o seu
caminho de crescimento, na Era Moderna, até atingir o ápice, no início da Era Contemporânea.
Maias, astecas, chineses e muçulmanos, por exemplo, têm calendários bem diferentes, em
formato circular ou espiral.
O tempo para a tradição cristã ocidental é sempre linear, com um início e um fim, mas há
culturas marcadas por modelos de tempo circular, em ciclos, principalmente as orientais.
Outra forma de contar o tempo tem relação com o modelo solar, muito usado no ocidente,
e o lunar, que é presente, por exemplo, nas culturas tupi e islâmica.
Imagem: Shutterstock.com
Calendário maia
Imagem: Shutterstock.com
Calendário chinês
Imagem: Shutterstock.com
Calendário asteca
Imagem: Shutterstock.com
Calendário muçulmano
Como vimos, a vitória da visão europeia construiu o conceito de um calendário, uma vivência e,
consequentemente, um mundo ocidental. Dessa forma, em sua divisão do tempo, tudo o que
estava após o seu auge passa a ser chamado de contemporaneidade. Em outras palavras,
essas divisões cronológicas da História foram pautadas pelos acontecimentos ocorridos na
Europa e por sua forma de pensar os acontecimentos históricos, ou seja, a História da
humanidade ficou restrita, durante muito tempo, às definições dos historiadores europeus.
A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
Agora que já entendemos a História como um fenômeno ativo, dinâmico e, sobretudo,
presente, que não é apenas um amontoado de fatos e pessoas do passado, daremos o
próximo passo. Se alguém lhe perguntar em qual século estamos neste momento, a resposta é
simples: século XXI! Se a mesma pessoa disser que nós somos contemporâneos dos homens
e das mulheres que viveram no século XIX, por exemplo, você saberia responder o que isso
significa?
A contemporaneidade nada mais é do que a ideia de estar em seu próprio tempo. Estar no seu
tempo é perceber que a História é viva. Alguns dizem que é a recuperação da imagem de
Cronos – dos gregos – e o tempo que engole seus filhos. Mas, aqui, no nosso cronotopo, ele
é constantemente recriado.
O que chamamos de contemporaneidade em História é a junção de dois grandes eventos
europeus:
CRONOS
Titã grego, pai dos deuses gregos, Zeus, Poseidon e Hades. Em grego, cronos significa
tempo.
CRONOTOPO
REVOLUÇÃO FRANCESA
Nome dado ao levante da burguesia contra a nobreza e a Igreja no final do século XVIII. Seu
principal resultado é a mudança dos regimes políticos, com impactos no mundo inteiro.
Imagem: Ferdinand Delacroix (1798-1863) “Liberdade nas barricadas” (1830). Reprodução do
álbum ilustrado “Delacroix”, publicado em Budapeste, Hungria, 1963. / Ferro e Carvão, de
William Bell Scott (1855-60).
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A contemporaneidade é nosso tempo, nossa Era. Ela começa com uma leve aceleração, mas,
ao longo do século XX, a velocidade só aumentou:
As Revoluções Industriais mudam economicamente o mundo, criando novos padrões
comerciais, sedimentando o capitalismo que dominaria o século XX, além da mudança dos
modelos políticos, com a ascensão de repúblicas, democracias e federações.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Após os conflitos mundiais, as guerras não cessaram, mas se tornaram mais locais, dentro de
novas modalidades de comércio e disputa por hegemonia mundial, entre União Soviética
(URSS) e Estados Unidos (EUA).
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Para chamar sua atenção para o fato de que a compreensão europeia da História e da divisão
do tempo também esteve presente de forma marcante na maneira de fazer e pensar a
Educação. Essas ideias não estão soltas ou desconectadas no tempo e espaço.
Imagem: Shutterstock.com
Já reparou como a escola vem mudando?Será? Repare abaixo os modelos que herdamos dos
europeus e como elas modernizam, mas o formato é sempre muito parecido...
Imagens: Shutterstock.com
É claro que o mundo já mudou muito, que não seguimos mais cegamente o modelo europeu,
pois cada país tem buscado desenvolver novas formas de pensar, de educar, de aproximar as
pessoas de sua forma de ver o mundo. Sempre houve sociedades que resistiram mais a essa
influência, como o mundo muçulmano, mas também é inegável que os anos de dominação
econômica europeia, depois expandida pela continuidade da dominação estadunidense,
marcaram o mundo.
PENSAMENTO EUROCÊNTRICO
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Não restam dúvidas de que o eurocentrismo, que marcava isoladamente a nossa cultura nas
últimas décadas, de 1980 em diante, sofreu a influência de novos fenômenos: a globalização,
com maior integração tecnológica, política e econômica, e o encurtamento de distâncias
favoreceu esse movimento. Mas qual é a origem desse modelo?
Podemos dizer que, atualmente, o mundo inteiro tem adotado uma Educação mais técnica.
Esse modelo é bastante antigo, veio do grande movimento das industrializações, quando
precisavam preparar funcionários para assumir cargos e funções técnicas. Os primeiros eram
empiristas, olhavam, tentavam, erravam e acertavam, e, se acertavam mais do que erravam,
viravam grandes técnicos, e passavam a treinar e formar aqueles que os substituiriam.
GLOBALIZAÇÃO
EMPIRISTAS
Toda doutrina (mas esp. as dos ingleses Locke e Hume) para a qual o conhecimento só
pode ser alcançado mediante a experiência sensorial, opondo-se assim a todo
racionalismo e a toda transcendência metafísica.
Imagem: Shutterstock.com
Do lado da URSS e de seus signatários, a Educação também era fomentada. Ali, seu papel era
afastar os jovens dos valores tradicionais da sociedade – entendidos como atrasados – para
que atendessem aos anseios do Partido e da Ideologia norteadora.
Foto: Autor desconhecido/Arquivo Stadtarchiv Nürnberg.
Na Alemanha nazista, os alunos recebiam na escola livros antissemitas.
Uma reflexão interessante é notar que a Educação se tornou vital para os governos como
estratégias políticas. Note que até mesmo regimes bem diferentes tinham uma coisa em
comum: viam a Educação como algo vital. Repare:
Imagem: Shutterstock.com
SOCIALISTAS
Imagem: Shutterstock.com
FASCISTAS/NAZISTAS
CAPITALISTAS
Essas influências se espalharam pelo mundo e não devem ser entendidas de forma fechada,
mas de uma maneira dinâmica e com constantes adaptações.
Em outras palavras, será que isso é engessado e cada um faz de um jeito? Claro que não.
Percebemos que a Educação se tornou um bem, um objeto governamental, parte do mundo
do trabalho, uma marca do mundo contemporâneo.
VEJAMOS A OPINIÃO DO ESPECIALISTA
PARA ENTENDERMOS MELHOR A
EDUCAÇÃO EM TRANSFORMAÇÃO COM
FOCO NO BRASIL.
Professor doutor da UFRJ, Francisco Carlos Teixeira, fala do valor da Educação na história
recente do Brasil.
Vídeo com libras
Com a Guerra Fria, eclodiram uma série de guerras locais na África, Ásia e América Latina.
Entre as décadas de 1950 e 1960, o mundo assistiu ao surgimento de movimentos de
contestação da ordem política. Toda essa efervescência também se fez sentir no campo
educacional.
Vamos conhecer alguns desses movimentos:
GUERRA FRIA
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, duas grandes potências passaram a
disputar a hegemonia política, econômica e militar do mundo. De um lado, Estados
Unidos representando os interesses do capitalismo. De outro, a socialista União
Soviética. Entre os anos 1947, início da Guerra Fria, e 1989, fim da guerra, com a queda
do Muro de Berlim, o mundo se viu numa constante polarização ideológica entre as duas
potências.
LEVANTE DE PARIS
Um dos movimentos mais famosos é o Levante de Paris. Em maio de 1968, os estudantes
parisienses se levantaram contra as formas tradicionais de ensino. Os temas abordados eram,
em especial, o modo como as academias de Ciências Sociais e Economia davam base a novas
formas de pensar, visando uma nova forma de fazer a Educação.
Foto: Tangopaso/Wikimedia Commons/Domínio Público.
Barricadas em Bordeaux, em maio de 1968.
O movimento também recebeu apoio dos trabalhadores e teve como marco a proposta de uma
Universidade popular para abrir espaço para novos segmentos na Educação universitária.
Provavelmente você já deve ter assistido a algum filme em que as pessoas negras, nos
Estados Unidos, não podiam frequentar os mesmos espaços públicos que as pessoas brancas.
As chamadas leis de segregação racial deixaram marcas que são sentidas até hoje na
sociedade norte-americana. Mas, sobretudo após os anos 1950, foram muitos os ativistas que
lutaram e se insurgiram contra essas leis.
O pastor protestante Martin Luther King foi uma dessas personalidades que passaram a
denunciar os graves crimes que atingiam a população negra. Além dele, destacam-se Malcom
X, líder da luta contra opressão e racismo, e a resistente e silenciosa luta de Rosa Parks.
A Educação também foi atingida em cheio pelas leis de segregação racial, já que existiam
escolas separadas para pessoas negras e brancas. Todos esses líderes foram formados em
tais espaços.
Sobre a relação entre o Direitos Civis e a Educação, também podemos falar de Linda Brown.
Pastor protestante e ferrenho ativista político contra a discriminação racial nos Estados
Unidos nas décadas de 1950 e 1960. Ele defendia a paz, a luta pacífica e o amor ao
próximo. Em função da atuação de King e de outros ativistas, a população negra nos
Estados Unidos passou a ter o direito de frequentar lugares públicos, como lanchonetes e
bibliotecas. Em janeiro, nos EUA, é celebrado o Dia de Martin Luther King.
MALCOM X
Ativista dos direitos dos negros, defendia que as máculas construídas ao longo de
séculos de escravidão tornaram a relação entre negros e brancos inconciliável. Sendo
assim, a proposta de Malcom X incluía a reivindicação de território independente para os
grupos afrodescendentes. Sua posição em relação ao cristianismo era, na mesma
medida, irrevogável, pelo fato de a religião cristã – de qualquer vertente – legitimar a
escravização de seus ancestrais.
ROSA PARKS
Em um ônibus durante o regime de segregação nos Estados Unidos, brancos se
sentavam na frente, e “coloridos” ficavam em cadeiras piores no fundo do transporte.
Rosa se sentou em um lugar vazio, na frente, e exigiram que se levantasse. Ela não se
levantou, acabou presa e virou símbolo da resistência.
LINDA BROWN
Linda é reconhecida como uma importante ativista que lutou pela igualdade na Educação
desde criança. Quando estava na terceira série, ela não conseguiu se matricular na
Sumner School em Topeka, no Kansas, devido a sua raça. Seu pai, um reverendo
protestante, entrou na justiça para que ela tivesse o direito de se matricular nessa escola
que era mais perto de casa. Venceram e isso foi um marco para derrubar a doutrina
segregadora.
Foto: NYWT&S staff photo by Al Ravenna/Wikimedia Commons/Domínio Público.
Linda Brown
Esse movimento, apesar de ter sido registrado pelas câmeras do mundo inteiro, foi negado
pela China em diversos momentos de sua história. Isso mostra que, mesmo em regimes
diversos, como o chinês, a Educação e os estudantes são vistos como uma forma de negação
ao poder estabelecido.
TIAN'ANMEN
IMAGENS EMBLEMÁTICAS
Algumas imagens ficaram marcadas na História como símbolos dos importantes movimentos
que influenciaram a Educação, como estas:
A pequena Ruby Bridges, em 1960, em Nova Orleans, foi escoltada por oficiais para ter o
direito de frequentar uma escola, por meio de mandado judicial.
Protestante resistindo aos tanques enviados pelo governo para debelar os protestos na praça
Tian'anmen (praça da Paz Celestial), em Pequim, em 4 de junho de 1989.
Inspirados pelo movimento dos Panteras Negras, atletas que ganharam a medalha de ouro e
bronze nas Olimpíadas do México, em 1968, foram punidos e perderam suas medalhas pelo
gesto de punho cerrado.
D) Da luta pelo fim da segregação e ação na justiça movida por Linda Brown.
GABARITO
2. História da Educação serve para perceber que não existe um passado inquestionável.
Por exemplo: a Educação estadunidense era apresentada como modelo no Brasil pelo
ideal tecnicista. No entanto, aparece como algo atrasado e crítico durante a crise dos
Direitos Civis. A relação entre Direitos Civis e História da Educação pode ser
compreendida a partir:
Todas as opções têm relação com o contexto, mas a referência específica à História da
Educação pela ruptura que representa no sistema americano está representada por Linda
Brown.
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Ao nos debruçarmos sobre os modelos e as estratégias pedagógicas adotadas no Brasil e no
mundo nas últimas décadas, notamos que muita coisa mudou para melhor. Isso significa que o
trabalho está terminado e que o Brasil pode ser considerado um modelo quando o assunto é
Educação?
Provavelmente, não. Apesar da Constituição de 1988 determinar que se trata de um direito
inalienável, o Brasil ainda conta com altas taxas de analfabetismo, evasão escolar, falta de
infraestrutura etc. Precisamos caminhar bastante para chegar a um patamar em que a
Educação de qualidade seja considerada um direito de todos.
Imagem: Shutterstock.com
O Brasil está inserido no contexto mundial, ou seja, todas as principais mudanças que
acontecem no mundo, de alguma forma, chegam até nós.
Brasil
1889
Torna-se República
1910
1930
1942
1945
1964
Ditadura civil-militar
1985
1990
Mundo
1789
Revolução Francesa
1850 – 1900
1914 – 1918
Crise de 1929
1939
1945
1989
1991
CONCEITOS
Qual é o grande ícone de “mundialização” da Educação Contemporânea? Sem dúvida,
podemos indicar dois documentos, a saber:
Imagem: Shutterstock.com
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
No ano de 1948, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial, foi aprovada a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Naquele momento, o mundo teve conhecimento dos campos
de concentração (nazistas e soviéticos), responsáveis pela morte de milhões de pessoas.
Assim, essa declaração nasceu como uma forma de negar a guerra e todas as formas de
violência. Outro ponto de destaque presente na declaração é justamente a ideia que “toda
pessoa tem direito à Educação”.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Além de outros documentos que pensavam a formação do professor, estrutura das escolas,
entre outros. Mas qual é o resultado? Como podemos pensar a contemporaneidade em termos
de Educação?
Como é possível imaginar, os desafios para melhorar os índices educacionais estão presentes
no mundo inteiro, não apenas no Brasil. Dessa forma, com o aprofundamento do processo de
globalização, cada vez mais presenciamos a necessidade de uma reflexão conjunta sobre
como alcançar a justiça social e a convivência harmoniosa entre os povos.
Imagem: Shutterstock.com
A solução para tornar a Educação uma linguagem universal pode ser a cooperação
internacional entre os países, já que é um problema de todos.
Imagem: Shutterstock.com
As ações praticadas pela Unesco, por exemplo, têm essa perspectiva: contribuir para o
estabelecimento da paz entre os povos, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento de
políticas públicas para a Educação, o estímulo à diversidade cultural etc.
Podemos perceber até aqui que desafio é a palavra-chave para todos aqueles que assumem a
Educação, profissionalmente ou não, como algo com grande relevância na vida das pessoas. É
neste mesmo contexto de desafios a serem enfrentados que somos levados a percebê-los
também como perspectivas e oportunidades.
Imagem: Shutterstock.com
UNESCO
A Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (Unesco) foi criada em
1945 e conta com 195 países membros.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
“EDUCAÇÃO: UM TESOURO A
DESCOBRIR”
Tomemos como ponto de partida o documento Educação: um tesouro a descobrir, relatório
para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Esse relatório,
publicado em 1996, foi solicitado à equipe de educadores de várias parte do mundo, liderada
por Jacques Delors, para que pudesse refletir os caminhos da Educação nos países ligados à
ONU.
Imagem: Shutterstock.com
Foi pensada na esteira da LDB/96, dos PCN e das DCNEB, portanto faz sentido pensar todos
esses documentos conjuntamente, como se um auxiliasse e completasse o outro.
É mais do que um documento que estabelece como, quando e por que determinados
conteúdos serão ensinados. Assim, o que importa é construir um projeto educacional que
contemple todas as dimensões do desenvolvimento humano, como os aspectos cognitivo e
socioemocional, o desenvolvimento físico, cultural etc. A ideia é que o aluno consiga aplicar o
conhecimento aprendido no seu cotidiano. O objetivo é formar o indivíduo para a vida cidadã,
por meio da transmissão de valores que permitam a boa convivência social.
Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico de cada escola ganha destaque no cenário, pois
será preciso que toda comunidade seja reunida para discutir, refletir e planejar os rumos do
processo de ensino-aprendizagem. Os professores também terão a incumbência de elaborar
seus planos de aula de acordo com a BNCC. Outro ponto importante a ser destacado é que a
BNCC não é uma medida vinculada a determinado governo ou partido. Ela é uma política de
Estado, prevista no Plano Nacional de Educação, na LDB/96 e na Constituição de 1988.
COMPETÊNCIAS NA BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Percebeu que aqui aparecem novamente, assim como está nos PCN, a importância das três
dimensões da condição humana: estudo, cidadania e trabalho?
CONHECIMENTO
Para
Para
Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
SENSO ESTÉTICO
Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais
Para
COMUNICAÇÃO
Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica.
Para
ARGUMENTAÇÃO
Para
CULTURA DIGITAL
Para
AUTOGESTÃO
Para
Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
8
AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO
Para
EMPATIA E COOPERAÇÃO
Para
Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10
AUTONOMIA
Para
Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários.
Agora veja quais são as cinco Áreas de Conhecimento, de acordo com o Parecer CNE/CEB nº
11/201025:
As competências previstas devem ser desenvolvidas nas atividades que serão realizadas nas
salas de aula. Dessa forma, haverá uma sintonia entre o que se espera alcançar a longo prazo
e a curto prazo. Por isso, a BNCC aponta os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as
competências gerais da Educação Básica.
O professor Francisco Carlos nos convida a pensar sobre a tradição curricular brasileira e os
desafios que estão sendo propostos pela BNCC.
Vídeo com libras
Para entendermos melhor, veremos uma linha do tempo começando na Lei de Diretrizes e
Bases (Lei n° 9394/96) e finalizando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
1996
1997
1999
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, definidos pelas áreas de linguagens,
códigos e suas tecnologias.
2001
2003
Lei nº 10639 – Obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira. Além disso, entra
para o calendário escolar o dia 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência
Negra.
2004
2005
2006
2007
2008
2012
2017
A proposta das competências do BNCC já estava sendo gestada e aplicada em outros países.
Talvez o caso mais emblemático seja o Common Core (Currículo Comum) dos Estados Unidos.
Lançado em 2010, chegou a receber apoio de 90% da população e de 80% dos professores.
Hoje, uma década após sua implantação, este índice caiu pela metade nos dois casos. Uma
reflexão sobre isso pode nos ajudar a olhar de forma perspectiva para a situação nacional.
O exemplo americano é importante para que tenhamos uma compreensão clara do que
significa uma Base Comum, seus limites e suas perspectivas positivas.
Imagem: Shutterstock.com
EUA
BRASIL
FRANÇA
FINLÂNDIA
JAPÃO
EUA
Nos EUA e em outras partes do Mundo, algumas expressões assumiram um papel bastante
emblemático, como, por exemplo, “Educação centrada no aluno”. Talvez essa seja, atualmente,
a grande perspectiva da Educação Contemporânea. EUA, México, Espanha, entre outros
países, têm assumido uma postura reflexiva, que busca caminhos para inserir o aluno de forma
mais efetiva no processo de aprendizagem.
É importante perceber que isso faz parte não somente de projetos oficiais desses países, mas
de organismos e fundações que buscam auxiliar a Educação no mundo. Um exemplo é o
Google For Education .
BRASIL
No Brasil, de forma muito mais sutil, parece que o interesse pela chamada Educação Clássica
está aumentando. Seja porque percebemos os fracassos sucessivos do país nas avaliações
internacionais, seja a revolução midiática já apontada, que permite o contato e acesso – na
maioria das vezes de forma gratuita – a uma literatura específica sobre o tema. Por esses ou
outros motivos, acreditamos que a Educação está viva na História, e não podemos negligenciar
a oportunidade de entender esse processo e o quanto isso poderá beneficiar, ou não, a
Educação no país.
FRANÇA
Esta é uma situação no mínimo curiosa. Seu histórico, inclusive filosófico, de um perfil
revolucionário e de abandono das raízes que constituíram a Europa, permite que, ao menos,
estranhemos tais medidas.
FINLÂNDIA
A Finlândia tem seu modelo educacional reconhecido mundialmente, e, cada vez mais, há
pesquisadores e políticos do mundo todo buscando fazer intercâmbios para compreender como
uma escola com curta jornada de estudo, quase ausência total de tarefas escolares para casa,
pouquíssimas provas e preocupação mínima com ranking internacional (o que contraria a
maioria das tendências educacionais atuais) pode ter tanto sucesso.
JAPÃO
Parte da Ásia tem mantido as primeiras posições no ranking internacional por vários anos
seguidos, assumindo uma posição mais centrada na disciplina e em longas horas de estudo.
Historicamente, o Japão se destaca de forma emblemática.
Imagem: Shutterstock.com
Embora a proposta da “Educação centrada no aluno” não tenha sido aceita de forma unânime
no exterior (como o caso da pedagoga sueca Inger Enkvist), no Brasil, esse pensamento tem
crescido e confunde-se com a utilização das tecnologias digitais na Educação por meio das
chamadas metodologias ativas.
INGER ENKVIST
Fonte: Ecclesiae.
Imagem: Shutterstock.com
TENDÊNCIAS
Para que não percamos a percepção do que isso significa, levantamos um questionamento
simples:
De acordo com publicação do jornal O Globo, os países nórdicos e asiáticos possuem altas
taxas de suicídio. Isso nos leva a perguntar por que, nos locais onde a Educação é mais bem-
sucedida e nos países que possuem as maiores rendas per capta do mundo, as pessoas se
matam? Essa reflexão é relevante para que busquemos um modelo educacional que, além da
formação técnica do indivíduo, possa formá-lo de forma integral.
IMAGENS EMBLEMÁTICAS
Vejamos algumas imagens representativas de importantes acontecimentos relacionados à
Educação.
Malala Yousafzai foi baleada na cabeça por Talibãs ao sair da escola. Ela lutava para que as
meninas paquistanesas tivessem o direito de estudar.
Massacres cometidos por estudantes que retornam à escola em que estudaram têm se
multiplicado. Isso mostra como o ambiente escolar pode ser marcado pela exclusão e violência.
Casos famosos, como Columbine, nos Estados Unidos, e Suzano, em São Paulo, mostram a
continuidade do problema.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) A Educação no século XXI precisa refletir sobre si e o papel que deve assumir para atingir
as demandas sociais do mundo contemporâneo.
B) Constituição de 1988.
C) Declaração Universal do Direito dos Homens.
GABARITO
Os pilares organizados por Delors devem ser tratados como um documento histórico, sendo
mais uma das reflexões necessárias sobre os desafios da Educação. Porém, tendo em vista
que não existe uma fórmula mágica, definitiva. Por isso, seu papel lida, ainda, com demandas
sociais em que o sujeito está inserido, não em demandas focadas exclusivamente no sujeito.
MÓDULO 3
Reconhecer como a História da Educação nos prepara para os desafios da sociedade
tecnológica
INTRODUÇÃO
A partir das diversas leis, medidas e dos decretos estruturados para o âmbito educacional, é
possível entender que uma das grandes inovações nas últimas décadas é a ampliação dos
currículos escolares para além do desenvolvimento das habilidades cognitivas. Isso significa
que o espaço escolar não tem como finalidade apenas transmitir conhecimento, mas
proporcionar instrumentos para que as potencialidades dos alunos sejam exploradas.
Foto: Shutterstock.com
ANTES
Foto: Shutterstock.com
DEPOIS
O século XXI é marcado por muitas contradições. Imaginamos, de forma geral, o futuro do
mundo e da Educação da seguinte forma:
Foto: Shutterstock.com
Mas na prática o mundo ainda é marcado por:
Foto: Shutterstock.com
DESIGUALDADES
CONSUMO ACELERADO
Essa nova ordem mundial causou e ainda causa impactos profundos no ambiente escolar. Uma
das dúvidas colocadas para os educadores é como lidar com os chamados “novos desafios
do mundo contemporâneo”, que envolvem o conhecimento de tecnologias e a crescente
competitividade no mercado de trabalho.
Nas bases legais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, temos a
reafirmação constante de que a Educação não deve ser estruturada a partir do acúmulo de
conhecimentos, mas a partir da preparação do aluno para o desenvolvimento da capacidade
de lidar com os desafios da sociedade tecnológica.
O VOLUME DE INFORMAÇÕES, PRODUZIDO EM
DECORRÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS, É
CONSTANTEMENTE SUPERADO, COLOCANDO
NOVOS PARÂMETROS PARA A FORMAÇÃO DOS
CIDADÃOS. NÃO SE TRATA DE ACUMULAR
CONHECIMENTOS. A FORMAÇÃO DO ALUNO DEVE
TER COMO ALVO PRINCIPAL A AQUISIÇÃO DE
CONHECIMENTOS BÁSICOS, A PREPARAÇÃO
CIENTÍFICA E A CAPACIDADE DE UTILIZAR AS
DIFERENTES TECNOLOGIAS REATIVAS ÀS ÁREAS DE
ATUAÇÃO.
Qual é o papel da História da Educação na observação do mundo contemporâneo em
permanente processo de mudança?
Será que a História não deve observar isso?
Devemos esperar esses movimentos ficarem mais velhos para analisá-los?
A História é uma ciência humana que estuda a relação de homens e sociedade, utilizando o
tempo como seu objeto de referência. Mas isso não a transforma em uma ciência do passado,
pois seu objeto e suas práticas estão no presente. Usamos o passado para refletir sobre nossa
própria sociedade, com o passado nos iluminando, permitindo debates. Se imergíssemos na
contemporaneidade, poderíamos nos afastar dessas reflexões.
Imagem: Shutterstock.com
OS PERSONAGENS DA EDUCAÇÃO NO
SÉCULO XXI
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que todos os modelos e as experiências
pedagógicas que vimos até agora são fundamentais para compreender o papel da Educação
atualmente. O desafio é pensar como o ambiente escolar e os profissionais que nele atuam
estão respondendo a tantas mudanças estruturais e éticas.
Imagem: Shutterstock.com
PROFESSOR
O detentor do conhecimento, que passava o conteúdo para os alunos sem muita crítica ou
embasamento.
ALUNO
Absorvia o conteúdo sem questionamento sobre o que era transmitido pelo docente.
Precisamos provocar o olhar sobre esses personagens presentes na escola e avaliar nossa
responsabilidade como educadores. A professora Nilda Alves é doutora em Educação, e um de
seus objetivos é fazer a escola reconhecer os conhecimentos do mundo.
Imagem: Shutterstock.com
Ainda assim, muitos educadores olham para as transformações com certa desconfiança. De
fato, sair da zona de conforto e se abrir para novas possibilidades não é tarefa fácil. O uso de
tecnologias em sala de aula, por exemplo, depara-se com a falta de habilidade do professor em
dominar as tecnologias e suas linguagens: web, podcast, software, armazenar na nuvem,
Google, Facebook etc. Ou seja, é cada vez mais difícil supor que o docente em sala de aula
seja o único detentor do conhecimento. Com a explosão tecnológica, a um clique de
distância, o aluno tem acesso a uma quantidade infinita de informações de todos os tipos
possíveis. Ao mesmo tempo, sabemos que, na Era da Informação, não faltam conteúdos falsos
ou notícias com fontes desconhecidas. São as famosas fake news!
No âmbito das novas propostas pedagógicas adotadas pela legislação brasileira, a ideia é
que a Educação forneça instrumentos para que o aluno construa seu próprio conhecimento e
tenha curiosidade sobre tudo aquilo que o rodeia. A formação de um indivíduo para a vida
cidadã parte, em primeiro lugar, da sua atuação como sujeito ativo.
CONHECER NÃO É O ATO ATRAVÉS DO QUAL UM
SUJEITO TRANSFORMADO EM OBJETO RECEBE
DÓCIL E PASSIVAMENTE OS CONTEÚDOS QUE O
OUTRO LHE DÁ OU LHE IMPÕE. O CONHECIMENTO,
PELO CONTRÁRIO, EXIGE UMA PRESENÇA CURIOSA
DO SUJEITO EM FACE DO MUNDO. REQUER SUA
AÇÃO TRANSFORMADORA SOBRE A REALIDADE.
DEMANDA UMA BUSCA CONSTANTE. IMPLICA
INVENÇÃO E REINVENÇÃO.
(FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação?
São Paulo: Paz e Terra, 1985, p. 7)
Como já vimos, uma das propostas presentes na BNCC é a formação por competências. A
ideia é que o aluno tenha autonomia para decodificar determinada informação, pesquisar
outras referências, comparar fontes e saber estabelecer conexões entre o passado e o
presente.
A Educação do futuro tem como pressuposto incentivar o aluno a construir seu próprio
conhecimento, associando o conteúdo ensinado na escola à sua trajetória de vida. Nesse
sentido, a tecnologia, quando usada de modo correto, é um instrumento bastante eficaz na
democratização da informação e do conhecimento. O importante é capacitar o educador para
que conheça as potencialidades e os limites dos recursos virtuais.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Os espaços de discussão não eram incentivados, quase não havia dinamismo nas aulas, e era
muito comum que o corpo docente não entendesse por que os alunos pareciam tão pouco
interessados em prestar atenção no conteúdo.
A História da Educação está atenta a esse debate e, hoje, nota que tem se discutido a
possibilidade de que muitos desses problemas poderiam ser resolvidos a partir da adoção de
modelos pedagógicos ativos. Ou seja, colocar o aluno como agente central no processo de
aprendizagem.
FEIRAS DE TALENTOS
Foto: Shutterstock.com
MOSTRAS ARTÍSTICAS
Foto: Shutterstock.com
RODAS DE LEITURA
A ideia é que cada vez mais os projetos educacionais adotem a chamada metodologia ativa
de aprendizagem.
Como aprendemos
WILLIAM GLASSER
Psiquiatra norte americano conhecido por diversos estudos a respeito de saúde mental e
comportamento humano.
Essa metodologia parte da ideia de que o aluno é o principal responsável pela sua própria
aprendizagem. O ideal é que ele seja estimulado a aprender a partir de exemplos concretos,
que tenham correspondência com seu cotidiano.
Imagem: Shutterstock.com
TEMAS TRANVERSAIS
Os chamados temas transversais não são disciplinas curriculares, mas debates de cunho
social e político presentes na sociedade contemporânea, como meio ambiente, ética, consumo
etc. A função dos temas transversais é conduzir o professor, em sua ação educativa, a
sintonizar o cotidiano do aluno com a aprendizagem cognitiva.
Imagem: Shutterstock.com
IMAGENS EMBLEMÁTICAS
Conheça algumas das escolas mais inovadoras da atualidade.
Consegue pensar em uma escola sem salas, sem séries, sem separações, sem turmas, com
aulas sendo pensadas e trocadas por projetos feitos pelos próprios alunos? Leia sobre a
Escola da Ponte.
Foto: Shutterstock.com
E se as atividades da escola fossem feitas a partir de jogos? O tempo todo, os alunos estão
praticando, trocando e construindo com base em jogos e níveis de interações diferentes.
Duvida? Conheça a Quest to Learn, em Nova York.
Foto: Shutterstock.com
Escolas para recuperação de alunos, ou, ainda, para jovens infratores, crianças em condição
de rua. É preciso muita disciplina para controlar os alunos, certo? Não! Você precisa conhecer
a Escola Meninos e Meninas do Parque...
“Em locais pobres, é impossível desenvolver centros de tecnologia”. Sugata Mitra discorda
dessa afirmação e, a partir da tecnologia, desenvolveu na Índia a busca de um novo modelo.
Sua proposta consiste em leitura de livre aprendizagem, sem a presença de uma autoridade, e
pelo computador...
Foto: TED Conference / licença(CC BY-NC 2.0).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Valorização da individualidade.
GABARITO
Os temas transversais estão inseridos num movimento maior (incluindo a LDB/96, os PCN e a
BNCC) de renovação das práticas pedagógicas, que valoriza a participação ativa dos alunos no
processo de aprendizagem, cabendo ao professor atuar como mediador nesse contexto. O
aluno é compreendido como um indivíduo complexo e dotado de habilidades e competências.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Contemporânea dialoga com a História Contemporânea. Quer dizer, a partir do
momento em que foi identificada a ascensão do mundo capitalista, a Educação passou por
profundas transformações. Ao longo do século XX, o mundo começou a defender uma
Educação mais popular, mais disseminada. Os motivos são muitos: industrialização,
crescimento das cidades, desenvolvimentos dos estados – olhando pelo prisma do governo –,
mas que geram linhas de resistência, isto é, Educação que liberte, Educação que fortaleça
disputas, Educação como um bem individual.
Diante dessas transformações, chegamos ao século XXI ricos em debates, mas sem conseguir
resolver muitas de nossas mazelas históricas. Ainda que países como o Brasil tenham se
fortalecido em termos legislativos e de sistema de Educação, trata-se de uma discussão que
não cessa, como aponta a BNCC no Brasil, e ainda existem divergências profundas mundo
afora.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B.; VALENTE, J. A. Tecnologias Digitais, Linguagens e Currículo:
investigação, construção de conhecimento e produção de narrativas. São Paulo: Coleção
Agrinho, 2012.
FERACINE, Luiz. O professor como agente de mudança social. São Paulo: EPU, 1990.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 10. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
FREITAS, Lourival C. de. Mudanças e inovações na educação. 2. ed. São Paulo: EDICON,
2005.
EXPLORE+
Busque as seguintes sugestões de texto:
Assista aos filmes Forest Gump, Desafio de Titãs e Ray para saber mais sobre os
movimentos sociais nos Estados Unidos.
CONTEUDISTA
Pamela de Almeida Resende
CURRÍCULO LATTES