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AO JUÍZO DA _ VARA / JUIZADO DA COMARCA DE ...

MÁRCIO ANTÔNIO SOARES, já devidamente qualificado


nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com relação à r. sentença, com fulcro no
artigo 1.022 a 1.026 do Código de Processo Civil, opor os presentes EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO em face da sentença de evento n°. x dos autos, pelos seguintes
motivos:
I – DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
A sentença foi proferida em XX/XX/XXXX, iniciando o prazo
em XX/XX/XXXX e cujo término se dá em XX/XX/XXXX, portanto tempestivo com o
protocolo desta.
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DOS
EMBARGOS
Inicialmente, transcrevemos os dispositivos que fundamentam
os presentes, verbis:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra
qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissão a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento
de casos repetitivos ou em incidente de assunção de
competência aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489,
§ 1º (Grifo Nosso)”.
Ademais, é necessária a reprodução do artigo do artigo 489 do
CPC, como segue, verbis:
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: III –
invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
outra decisão;
IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;”
Assim, há que se exigir que o juízo reforme a sentença, uma vez
que conforme pode-se observar pela simples leitura da decisão, vê-se que há
contradição, haja vista, que o embargante não realizou nenhum contrato que era
necessário a quitação, devendo, portanto, ser sanda.
Deste modo, não restou alternativa ao embargante senão a
oposição dos presentes embargos declaratórios.
III – DAS RAZÕES DOS PRESENTES EMBARGOS
A) DA CONTRADIÇÃO
A contradição ocorre quando estamos diante de proposições
inconciliáveis entre si, ou seja, toda narrativa fática conduz à conclusão que a tutela de
urgência requerida era para que o embargado apresentasse o contrato firmado entre as
partes, mas a decisão traz conclusão de improcedência pois alega que não houve
apresentação de documentos que provassem o perigo de dano e probabilidade do direito.
Contudo, contrariamente a esta fundamentação, a conclusão foi
pelo desprovimento nos seguintes termos:
“A antecipação dos efeitos da tutela de urgência exige a
demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo, conforme dispõe o artigo 300, do CPC.
Desta forma, o pedido não merece acolhida, uma vez que, ao
que se verifica, o autor não demonstrou a quitação do
contrato em discussão, bem como não requereu a
consignação do valor que entende correto, a fim de ilidir a
mora.
Com efeito, a simples discussão judicial da dívida não
impede a negativação nos bancos de dados conforme
entendimento pacificado na jurisprudência dominante do
STJ e STF.
DIANTE DO EXPOSTO, não configurados os requisitos de
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo, conforme exigido pelo art. 300, do
CPC, INDEFIRO o pedido de antecipação de tutela”.
Portanto, deve ser revista a decisão embargada de forma que
seja sanada tal inconsistência para o correto deslinde do processo.
IV – DOS PEDIDOS
Portanto, requer seja sanada a contradição com o recebimento
do presente embargo de declaração, para fins de que haja o aclaramento da sentença
para o fim de atender o princípio da adstrição do julgamento ao pedido.

Termos em que,

pede deferimento.

Vitória, data.

ADVOGADA
OAB

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