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BRASILEIRA ISO
50004
Primeira edição
29.03.2016
Número de referência
ABNT NBR ISO 50004:2016
55 páginas
© ISO 2014
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
© ABNT 2016
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
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Fax: + 55 21 3974-2346
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www.abnt.org.br
Sumário Página
Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos, definições e termos abreviados..........................................................................1
3.1 Termos e definições............................................................................................................1
3.2 Termos abreviados..............................................................................................................2
4 Requisitos do sistema de gestão da energia...................................................................2
4.1 Requisitos gerais................................................................................................................2
4.2 Responsabilidade da direção.............................................................................................3
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Figuras
Figura B.1 – Consumo de energia elétrica da instalação versus produção.................................41
Figura B.2 – Eletricidade do compressor de ar do processo versus produção..........................41
Tabelas
Tabela B.1 – Uso e consumo de energia elétrica............................................................................40
Tabela B.2 – Uso e consumo de vapor.............................................................................................40
Tabela B.3 – USE................................................................................................................................42
Tabela B.4 – Consumo elétrico da instalação previsto para 2014 – 2015.....................................43
Tabela B.5 – Consumo previsto de eletricidade do compressor de ar de processo
para 2014 – 2015................................................................................................................43
Tabela B.6 – Classificação dos critérios de oportunidade.............................................................44
Tabela B.7 – Registro de oportunidades..........................................................................................44
Tabela B.8 – Classificação das oportunidades................................................................................45
Tabela D.1 – Plano de medição exemplo 1.......................................................................................48
Tabela D.2 – Recursos de medição...................................................................................................48
Tabela D.3 – Parâmetros críticos de operação................................................................................49
Tabela E.1 – Relação entre a energia, objetivos, metas e requisitos associados........................50
Tabela E.2 – Exemplo de relações entre os USE e os requisitos associados..............................52
Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR ISO 50004 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia
(ABNT/CB-116), pela Comissão de Estudo de Gestão de Energia (CE-116:000.001). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 14.12.2015 a 12.01.2016.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 50004:2014,
que foi elaborada pelo Technical Committee Energy Management (ISO/TC 242), Working Group 1
Energy Management (WG 01), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Standard provides practical guidance and examples for establishing, implementing, maintaining
and improving an energy management system (EnMS) in accordance with the systematic approach of
ABNT NBR ISO 50001. The guidance in this International Standard is applicable to any organization,
regardless of its size, type, location or level of maturity.
This Standard does not provide guidance on how to develop an integrated management system.
While the guidance in this International Standard is consistent with the ABNT NBR ISO 50001 energy
management system model, it is not intended to provide interpretations of the requirements of
ABNT NBR ISO 50001.
Introdução
Esta Norma fornece orientação para a implementação dos requisitos de um sistema de gestão da
energia (SGE) com base na ABNT NBR ISO 50001, e guia a organização para adoção de uma
abordagem sistemática para alcançar melhoria contínua na gestão da energia e no desempenho
energético. Esta Norma não é prescritiva e cada organização determina qual a melhor abordagem
para atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 50001.
Esta Norma fornece orientação aos usuários com diferentes níveis de gestão da energia e experiência
com SGE, incluindo aqueles:
—— que realizam projetos de eficiência energética, mas possuem pouca ou nenhuma experiência
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em SGE;
—— que possuem um SGE implantado, não necessariamente baseado na ABNT NBR ISO 50001;
—— que possuem experiência com a ABNT NBR ISO 50001 e buscam outras ideias ou sugestões
para melhoria.
A gestão da energia será sustentável e mais eficiente quando integrada com a totalidade dos
processos do negócio de uma organização (por exemplo operações, financeiro, qualidade,
manutenção, recursos humanos, compras, saúde e segurança e meio ambiente).
A ABNT NBR ISO 50001 pode ser integrada a outras normas de sistema de gestão, como as
ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 14001 e OHSAS 18001. A integração pode ter um impacto
positivo na: cultura corporativa, prática corporativa, incorporando a gestão da energia à prática diária,
eficiência operacional e custo operacional do sistema de gestão.
Os exemplos e abordagens apresentados nesta Norma são para fins ilustrativos. Eles não têm o
objetivo de representar as únicas possibilidades, nem são necessariamente adequados para todas
as organizações. Na implementação, manutenção ou melhoria de um SGE, é importante que as
organizações selecionem abordagens adequadas às suas próprias circunstâncias.
Esta Norma inclui “caixas de ajuda” destinadas a oferecer ideias, exemplos e estratégias para a imple-
mentação de um SGE para os usuários.
Os compromisso e engajamento contínuos da alta direção são essenciais para a efetiva implemen-
tação, manutenção e melhoria de um SGE, a fim de alcançar os benefícios na melhoria do desem-
penho energético. A alta direção demonstra esse comprometimento por meio de ações de liderança
e ações de envolvimento no SGE, assegurando uma permanente alocação de recursos, incluindo
pessoas para implementar e sustentar o SGE ao longo do tempo.
1 Escopo
Esta Norma fornece orientação prática e exemplos para estabelecer, implementar, manter e
aperfeiçoar um sistema de gestão de energia (SGE), de acordo com a abordagem sistemática da
ABNT NBR ISO 50001. As diretrizes desta Norma aplicam-se a qualquer organização,
independentemente do seu tamanho, tipo, local ou nível de maturidade.
Esta Norma não fornece orientação sobre como desenvolver um sistema de gestão integrado.
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Embora as orientações desta Norma estejam alinhadas com o modelo do sistema de gestão de energia
da ABNT NBR ISO 50001, elas não têm o objetivo de fornecer interpretações sobre os requisitos
da ABNT NBR ISO 50001.
2 Referências normativas
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 50001:2011, Sistemas de gestão da energia – Requisitos com orientações para uso
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 50001 e os
seguintes.
3.1.1
comissionamento
processo pelo qual o equipamento, um sistema, instalação ou planta que está instalada, finalizada
ou perto da finalização, é testado para verificar se seu funcionamento está de acordo com a especifi-
cação do seu projeto e aplicação pretendida.
3.1.2
balanço energético
contabilidade de entradas e/ou de geração de suprimento de energia, versus as saídas de energia
com base no consumo de energia devido ao uso de energia.
NOTA Quando existir, energia armazenada pode ser considerada como fornecimento de energia ou uso
de energia.
[FONTE: ABNT NBR ISO 50002: 2014, 3.6, modificada - Excluídas as Notas originais 1 e 2; adicionada
nova Nota].
É uma boa prática manter o SGE o mais simples e fácil de entender possível e, ao mesmo tempo,
atendendo aos requisitos da ABNT NBR ISO 50001. Por exemplo, convém que os objetivos
organizacionais para gestão da energia e desempenho energético sejam razoáveis, alcançáveis
e alinhados com as prioridades organizacionais ou corporativas do momento. Convém que a
documentação seja direta e corresponda às necessidades organizacionais, além de ser fácil de
atualizar e manter. Como o sistema se desenvolve baseado em melhoria contínua, convém manter
a simplicidade.
A definição do escopo e das fronteiras do SGE permite que a organização concentre seus esforços
e recursos voltados para a melhoria da gestão da energia e do desempenho energético. Ao definir o
escopo e as fronteiras, convém que uma organização não divida ou exclua equipamentos ou sistemas
que utilizem energia, a menos que sejam medidos separadamente ou um cálculo confiável possa
ser feito. Com o tempo, o escopo e as fronteiras podem mudar devido à melhoria do desempenho
energético, mudança organizacional ou outras circunstâncias, e convém que o SGE seja revisto
e atualizado conforme necessário para refletir as mudanças.
A documentação do escopo e das fronteiras do SGE pode ser feita em qualquer formato. Por exemplo,
pode ser uma simples lista ou um mapa ou um desenho simples (croquis) indicando o que está
incluído no SGE.
Convém que a alta direção entenda que um requisito fundamental para demonstrar seu comprometimento
é a alocação contínua de recursos - o que inclui pessoas para implementar, manter e aprimorar o SGE
e o desempenho energético ao longo do tempo. Uma área de recurso que é geralmente subestimada
e precisa ser abordada especificamente são os meios de coletar dados e reportá-los para dar apoio
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Convém que, no início do processo de implementação do SGE, a alta direção inicie comunicações
permanentes em todos os níveis da organização sobre a importância do desempenho energético e da
gestão da energia. Uma abordagem de comunicação que já tenha sido utilizada com sucesso dentro
da organização e da cultura organizacional tem mais chance de ser efetiva. A comunicação inicial
pode ser feita por meio de um anúncio da alta direção informando sobre a nomeação do representante
da direção, estabelecimento da equipe de energia, e apresentando a política energética e a decisão
de implementar um SGE, diretamente aos funcionários.
Convém que a gestão da energia e a melhoria do desempenho energético estejam alinhados com
as estratégias de negócios da organização e planejamento de longo prazo e processos de alocação
de recursos.
Se o representante da direção for interno ou externo à organização, a alta direção precisa garantir que
o representante tenha a autoridade necessária para cumprir suas atribuições. Outros comunicados da
alta direção com os funcionários podem ser necessários para estabelecer com clareza a autoridade
de um representante da direção externo.
As maneiras do representante da direção garantir que tanto a operação quanto o controle do SGE
sejam efetivos, podem incluir:
Uma boa prática é ter uma equipe de gerenciamento de energia multifuncional de mais de uma pessoa,
incluindo representantes de áreas que podem impactar o desempenho energético. Essa abordagem
proporciona um mecanismo eficiente para envolver partes diferentes da organização no planejamento,
implementação e manutenção do SGE. Os membros da equipe podem mudar ao longo do tempo
e convém que seus postos sejam baseados em funções definidas, em vez de pessoas nomeadas.
Caixa de Ajuda 3 – Considerações sobre a escolha dos membros da equipe de gestão da energia
Convém que a seleção dos membros da equipe de gestão da energia (adequados ao tamanho
e complexidade da organização) considere o seguinte:
—— pessoas que representam uma combinação de habilidades e funções para lidar tanto com
os componentes técnicos quanto os organizacionais do SGE;
—— pessoal de compras;
—— pessoal operacional, particularmente aqueles que realizam tarefas associadas aos USE;
—— pessoal que pode não trabalhar diretamente com os usos de energia, mas podem ser
importantes, por exemplo, no acesso aos dados críticos (contas de energia das utilidades, a
dados de gerenciamento de edifícios, a dados financeiros etc.), fazer alterações em práticas
de trabalho, aumentando a conscientização.
A política energética pode ser desenvolvida tanto antes quanto após a revisão energética inicial. Em
qualquer dos casos, convém que a política energética seja revisada para garantir que seja adequada
à natureza e escala do uso e consumo de energia da organização. Desenvolver a política energética
antes da revisão energética inicial pode proporcionar uma plataforma sólida de comprometimento
da direção sobre a qual se constrói a revisão energética inicial. Desenvolvê-la depois da revisão
energética pode proporcionar dados e informações sólidos sobre os quais construir uma política forte.
Desenvolver a política energética antes da análise energética e depois revisitá-la para garantir a sua
adequação ao uso e consumo de energia posteriores é uma boa prática.
A disponibilização da política energética para o público é uma decisão da organização, consistente com
as suas próprias prioridades e necessidades. Uma vez que o SGE esteja totalmente implementado e
começe a amadurecer, a política poderia ser publicada como parte de uma melhoria para o sistema
(por exemplo, a política energética poderia ser incluída em sustentabilidade, responsabilidade social
corporativa e outros relatórios anuais, website da organização etc.).
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Durante a implementação inicial do SGE, convém que a definição da política energética seja focada
nos compromissos explicitamente requeridos. Esses compromissos podem ser estabelecidos usando
terminologia consistente com a cultura da organização. Recomenda-se evitar declarações muito longas
da política que possam ser difíceis de entender e aplicar. A implementação de políticas extensas
pode consumir recursos significativos de treinamento e comunicação. Convém que a organização
evite duplicar na política outras partes do SGE (por exemplo, escopo e fronteiras). A declaração
da política não necessita incluir o fato que está documentada, comunicada, e é regularmente
analisada e atualizada quando necessário, entretanto ela inclui compromissos requeridos
na ABNT NBR ISO 50001.
Em geral, a política energética não muda com frequência. As decisões sobre as mudanças da política
são feitas como parte do processo de análise crítica. Os motivos possíveis para mudar a política
incluem mudanças na propriedade organizacional, estrutura, requisitos legais e outros requisitos
de energia, e grandes mudanças no uso da energia, fontes, operações ou condições de negócios,
ou como parte da melhoria contínua.
4.4.1 Geral
Exemplos da relação entre objetivos, metas de energia relacionadas, planos de ação, IDE, controle
operacional, monitoramento e medição são mostrados na Tabela E.1. Exemplos do relacionamento
entre usos significativos da energia (USE), controles operacionais, competência e treinamento,
aquisições, indicadores associados IDE, monitoramento e medição e calibração são dados
na Tabela E.2.
Outros requisitos podem referir-se aos acordos voluntários, disposições contratuais ou requisitos
corporativos subscritos pela organização relacionados com o uso de energia, consumo de energia e
eficiência energética.
Informações sobre os requisitos legais e outros requisitos podem ser obtidas de várias fontes, como:
departamentos jurídicos internos, websites do governo ou outros oficiais, consultores, entidades
profissionais e diversas agências regulatórias. Se a organização já tiver um processo para determinar
os requisitos legais, esse processo pode ser usado para identificar e acessar requisitos legais
relacionados à energia. Convém que o processo utilizado para avaliar o atendimento aos requisitos
legais seja claro e inclua uma descrição de como o atendimento é avaliado. Além disso, convém que
ele estabeleça as responsabilidades pelo monitoramento, a revisão e a garantia do atendimento.
Além de analisar os requisitos legais e outros requisitos, em intervalos definidos, exemplos de situações
quando uma avaliação adicional pode ser necessária, incluem:
b) mudanças nas operações da organização que podem afetar os requisitos aplicáveis.
Antecipar considerações sobre os requisitos legais e outros requisitos pode auxiliar a organização em
identificar dados requeridos relacionados, para a revisão energética. Pode ser útil estabelecer uma
lista de requisitos legais e outros requisitos de modo que suas implicações possam ser consideradas
para outras partes do SGE incluindo SEU, controles operacionais, registros e comunicação.
Ao implementar uma revisão energética pela primeira vez, o ponto de partida é a disponibilidade
de dados. A revisão energética pode ser melhorada na medida em que a organização ganha mais
experiência com gerenciamento dos dados e tomadas de decisão baseadas na análise dos dados
de energia.
Uma boa prática é utilizar os resultados de qualquer diagnóstico energético ou estudos de engenharia
disponíveis como parte da revisão energética.
NOTA A ABNT NBR ISO 50002 fornece informações sobre diagnóstico energético.
As fontes de energia podem incluir, entre outras: eletricidade, gás natural, óleo combustível, propano,
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A identificação de fontes de energia pode ser realizada por meio de revisão de registros existentes
(isto é, contas de energia, recibos de entrega de combustível, registros de compras etc.). É uma boa
prática examinar os fluxos de energia e usos finais para garantir que todas as fontes de energia sejam
identificadas. Estes resultados formam a base para o restante da revisão energética.
O próximo passo na revisão energética é relacionar essas fontes aos usos de energia. Uma única
fonte pode ser associada a múltiplos usos. Entrevistas com profissionais responsáveis pela operação
de equipamentos, sistemas e processos podem ser úteis na identificação de usos de energia. Outras
possíveis fontes para identificar informações de uso e de dados de consumo de energia podem ser
encontradas na Caixa de Ajuda 5.
Uma vez que os usos de energia forem identificados, avaliam-se o uso e o consumo de energia passados
e presentes. Um período adequado (por exemplo, um, três, seis ou doze meses) é estabelecido para
avaliar o histórico do consumo de energia e identificar tendências. Convém que o período, ou períodos,
escolhido seja representativo da variação nas operações organizacionais (por exemplo, produção sazonal,
níveis de ocupação). É uma boa prática para levar em conta os efeitos sazonais e outras variáveis,
analisar dados de um período de ao menos um ano.
Além disso, convém que os dados representem uma frequência adequada para entender a variabilidade
no desempenho energético e qualquer anomalia no consumo de energia. Convém que a frequência da
coleta de dados seja de ao menos um mês, para permitir a identificação de tendências no uso e consumo
de energia. Para algumas operações, uma coleta de dados mais frequente pode ser apropriada.
Convém que informações sobre uso e consumo de energia sejam apresentadas por gráficos, quadros,
tabelas, planilhas, mapas de processo e modelos de simulação.
—— contas de energia compiladas de cada fonte de energia para o período de análise, incluindo
itens de linha individuais para cargas de energia:
—— convém sempre que possível, que a precisão das informações das contas seja verificada
comparando-a com as leituras dos medidores, e não se baseando em estimativas de
utilidades;
sistemas e processos;
—— faturas ou outros registros de compra de outras fontes de energia, tais como, óleo combustível,
carvão, bio combustível, que podem ser entregues periodicamente e armazenadas
na instalação;
Convém que a escolha do número de USE considere os recursos disponíveis, porque para cada USE
existem requisitos de competência e treinamento, compras, controles operacionais e monitoramento e
medição. Organizações que começam implementando o SGE podem considerar útil limitar o número
de USE com um plano para desenvolver os USE adicionais na medida em que os recursos estiverem
disponíveis.
Com base na definição de USE, a organização tem a flexibilidade para determinar os USE baseados
no consumo de energia, oportunidade de melhoria em energia ou a combinação dos dois. Estabelecer
um processo para determinação de USE envolve a decisão de critérios para:
—— “consumo substancial de energia”, que pode incluir o uso de um balanço energético para
determinar os usos de energia que contabilizem ao menos um certo percentual do consumo de
energia total da organização (alternativamente, uma análise de Pareto pode ser usada para este
propósito);
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Caixa de Ajuda 6 – Possíveis métodos para auxiliar na identificação dos USE de uma
organização
Os possíveis métodos para auxiliar na identificação dos USEs de uma organização incluem:
—— diagnósticos energéticos (por exemplo, ABNT NBR ISO 50002 e outras normas de avaliação
energética);
—— mapas de processo;
—— gráficos e quadros;
—— planilhas ou tabelas;
—— diagramas Sankey;
Análises de usos de energia resultarão em uma lista para ser considerada como USE. Na ausência
de dados medidos, convém que o consumo de energia seja estimado. A determinação final de USE
considerará se o consumo de energias destes usos de energia é significativo ou se representa uma
considerável oportunidade para melhoria, ou ambos. Convém que qualquer uso com significativo
consumo de energia receba consideração como um USE.
O consumo de energia é afetado por diversas variáveis. Convém que os dados sejam coletados e
analisados para determinar os efeitos de relevantes variáveis no USE. Se forem feitas estimativas de
consumo de energia de USE, então uma análise adicional é necessária para determinar os efeitos das
variáveis relevantes.
A submedição dos USE representa uma boa prática para estabelecer o atual desempenho energético
dos USE e rastrear melhorias futuras nos seus desempenhos energéticos. Convém que se dê atenção
especial à submedição do USE e o seu uso potencial no SGE. Convém que a equipe de gerenciamento
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A ABNT NBR ISO 50001 requer que os dados de energia sejam monitorados para preencher os
requisitos de diversos itens da norma, incluindo as linhas de base energéticas, IDE, monitoramento e
medição e análise. Quando apropriado, normalizar os dados de energia para os níveis de produção,
clima ou outras variáveis relevantes que afetem o consumo de energia.
NOTA A ABNT NBR ISO 50006 apresenta informações adicionais sobre normalização de dados de energia.
—— horas de operação;
—— variação na disponibilidade ou conteúdo energético das fontes de energia (por exemplo, teor
de umidade, valor calorífico).
Convém que o atual desempenho energético dos USE seja estabelecido utilizando-se dados
de consumo de energia disponíveis e informações sobre as variáveis relevantes identificadas.
Após a coleta e análise dos dados de consumo e uso de energia e variáveis relevantes para o período
adequado, estimar os futuros uso e consumo de energia para um período de tempo equivalente.
Convém que a estimativa considere cada USE, variável relevante e mudanças previstas nas
instalações, equipamentos, sistemas e processos durante esse período futuro. Algumas organizações
optam por completar a estimativa futura depois das decisões concorrentes ao plano de ação terem
sido finalizadas para o próximo período.
Os resultados dessa parte de revisão energética incluem uma lista de potenciais USE, baseada em
substancial consumo de energia; as variáveis relevantes que afetem os USE identificados, uma análise
do desempenho atual dos USE e uma estimativa futura dos usos e consumo de energia.
c) Identificar, priorizar e avaliar oportunidades para melhoria do desempenho energético
A identificação de oportunidades para a melhoria do desempenho energético dos usos de energia e o
desenvolvimento de uma lista priorizada dessas oportunidades de melhoria é um resultado da revisão
energética. A coleta e análise dos dados formam a base para priorizar oportunidades de melhoria.
—— Identificação de oportunidades
As oportunidades para melhorias começam com ideias que podem ser geradas da análise do uso e
consumo de energia, determinação de USE ou de diversas outras fontes. O envolvimento de diversas
pessoas no processo, como grupo operacional e de manutenção, podem auxiliar a revelar uma
gama completa de ideias. Estas ideias tornam-se oportunidades por meio de exames e refinamento,
utilizando análises de dados para determinar o potencial de melhoria do desempenho energético
e a sua viabilidade.
—— sugestões de funcionários;
—— revisão da medição;
—— Priorização de oportunidades
—— facilidade de implementação;
Convém que as organizações analisem a lista de oportunidades priorizadas para determinar quais
oportunidades podem receber uma investigação detalhada.
Uma vez que a organização tenha aplicado seus critérios para estabelecer oportunidades priorizadas,
o representante da direção normalmente compila as recomendações para a melhoria e se é
recomendado que as oportunidades sejam submetidas a novas investigações ou sejam implementadas
ou não. Convém que o representante da direção comunique à alta direção os resultados da revisão
energética juntamente com as recomendações de melhoria.
Os intervalos definidos para a atualização da revisão energética podem ser diferentes para cada
elemento da revisão energética. Efetiva mudança no gerenciamento e robustos processos
de comunicação suportam uma oportuna atualização da revisão energética em resposta às grandes
mudanças em instalações, equipamentos, sistemas e processos.
Gerentes com autoridade para alocar os recursos necessários decidem se as oportunidades são
consideradas prioritárias para implementação, sujeitas a uma investigação mais aprofundada, ou não
ser implementadas. Convém que as razões para a não implementação das oportunidades sejam
registradas. Ao estabelecer estas prioridades, a gestão assegura que os recursos necessários serão
disponibilizados.
A revisão energética fornece as informações e os dados necessários para estabelecer a linha de base
energética.
lecida no nível da instalação, sistema, processo ou equipamento. A linha de base energética pode ser:
—— expressa como uma relação matemática do consumo de energia como uma função de variáveis
relevantes;
—— um modelo de engenharia;
Uma vez estabelecido para fins comparativos, convém que o período de tempo da linha de base
seja representativo das alterações em operações da organização (por exemplo, a produção sazonal,
ocupação etc.). Ao determinar a melhoria de desempenho energético, os dados precisam representar
o mesmo período que a linha de base.
Em quase todos os casos, o consumo de energia é afetado por variáveis relevantes. Convém que
dados da linha de base energética sejam normalizados por variáveis relevantes que afetam o consumo
de energia. Para a normalização, pode-se utilizar a análise de regressão do consumo de energia
contra variáveis relevantes ou outros métodos aplicáveis.
Exemplos de mudança da linha de base de acordo com um método predeterminado, como estabele-
cido na ABNT NBR ISO 50001, podem incluir:
—— redefinir a linha de base energética usando uma linha de base móvel ou em um intervalo definido;
Em alguns casos, a linha de base pode ter a necessidade de ser modificada, onde os atuais IDE, as
correspondentes fronteiras, e as linhas de base energéticas não sejam mais adequadas e eficazes
na medição do desempenho energético. A ABNT NBR ISO 50001 fornece os critérios para essa
modificação.
Convém que a revisão energética forneça as informações e os dados necessários para estabelecer
os IDE.
Os IDE e suas correspondentes linhas de base energéticas são métricas definidas pela organização
para medir o desempenho energético. Um IDE pode estar em nível de uma instalação, sistema,
processo ou equipamento e convém que tenha uma linha de base apropriada ao mesmo nível para
fins comparativos. Tipos e exemplos de IDE incluem o seguinte:
—— consumo de energia (total ou discriminado por uso de energia) (por exemplo: kWh, GJ);
—— relação simples, como o consumo de energia por unidade de produto (por exemplo: kWh/tonelada,
kWh/homem hora trabalhada);
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NOTA 1 O consumo de energia também pode ser referido como valor energético, se medido com ou sem
um fator de conversão. A ABNT NBR ISO 50006 fornece mais informações.
NOTA 2 É importante que as métricas ou relações simples sejam utilizadas com cautela. Métricas ou
relações simples podem ser indicativas das áreas que precisam de mais análise.
Convém que o(s) IDE permitam que vários grupos dentro da organização entendam o desempenho
energético para os quais são responsáveis, informar os esforços de melhoria contínua e tomar
as ações necessárias.
O(s) IDE são normalmente estabelecidos em níveis operacionais e gerenciais. IDE de nível gerencial
IDE geralmente serão relacionados ao nível das instalações, tais como o controle total dos USE
e padrões no desempenho energético organizacional. O IDE de nível operacional pode estar
relacionado a processos específicos, sistemas ou equipamentos.
A análise de dados e outras saídas de informações a partir da revisão energética são utilizadas para
desenvolver os objetivos e metas energéticos. Os objetivos e metas energéticos geralmente são
utilizados para, entre outros, melhorar o desempenho dos USE e buscar as oportunidades priorizadas
que foram desenvolvidas como parte da revisão energética.
4.4.6.2.1 Objetivos e metas de melhoria de desempenho energético somente podem ser alcançados
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353578# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
se pessoas e recursos são fornecidos, para permitir que os planos de ação sejam eficazes. Convém
que os objetivos, metas e planos de ação sejam apresentados para aprovação pela alta direção por
meio do representante da direção, com o apoio da equipe de gerenciamento de energia ou outros,
como apropriado.
Convém que um plano de ação de gestão da energia eficaz inclua, mas não seja limitado, ao seguinte:
a) alocação de responsabilidade das tarefas do plano de ação para gestão da energia;
d) alocação de recursos (humanos, técnicos e financeiros) para a implementação do plano de ação;
e) métodos para verificar a melhoria do desempenho energético alcançado por meio da execução
do plano de ação para uma oportunidade de melhoria energética;
f) métodos para verificar a efetividade do plano de ação para todas as atividades no plano de ação
(ou seja, todas as atividades do plano de ação e se funcionaram);
Caixa de Ajuda 11: Ações e estratégias alternativas para implementar planos de ação
Exemplos de ações pelas quais as metas podem ser alcançadas:
A revisão dos objetivos e o progresso obtido para alcançá-los não ficam limitados à análise da alta
direção e auditoria interna.
NOTA 1 Um exemplo da relação entre os objetivos energéticos, as metas energéticas, planos de ação para
a gestão da energia e outros processos do SGE são fornecidos na Tabela E.1.
4.5.1 Geral
Esta é a parte do sistema de gestão em que a organização está gerenciando os USE e implementando
os planos de ação. Implementação e operação envolvem estabelecimento de conexões que permitem
que a gestão da energia (ou seja, o USE) e a melhoria de desempenho energético (ou seja, planos de
ação) sejam conectados aos processos do negócio da organização ( isto é, competência, treinamento,
comunicação, controles operacionais etc.).
Convém que uma organização reveja a sua abordagem de treinamento existente para garantir que
ela é adequada para atender às necessidades do pessoal que trabalha em seu nome como
relacionado aos USE identificados. A adequação do treinamento depende do tamanho da organização
e complexidade, a natureza e a escala de suas atividades e USE.
EXEMPLO O sistema de água gelada é identificado como um SEU. É importante que o operador
o entenda e seja suficientemente treinado na operação eficiente do sistema de água gelada em relação
ao seu desempenho energético.
O profissional precisa estar ciente de como suas atividades estão relacionadas com o uso e consumo de
energia, e também compreender as consequências quando suas atividades desviarem dos processos
definidos, ou dos controles operacionais e de manutenção, objetivos e metas. A conscientização das
pessoas auxilia as organizações na promoção e manutenção de uma cultura consciente de energia.
A efetividade do processo que apoia o andamento da consciência da energia pode ser continuamente
melhorada por uma variedade de meios. O uso de técnicas de comunicação atualizadas e novos materiais
de conscientização podem ajudar a sustentar o programa de sensibilização.
—— boletins ou informativos;
—— reuniões de turno;
—— pôsteres;
—— políticas de compras;
4.5.3 Comunicação
—— e-mails e boletins;
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—— placas de aviso aos funcionários, revistas corporativas, monitores de energia incluindo os IDE;
—— pôsteres;
Convém que a comunicação seja uma atividade multidirecional. Convém que os funcionários,
contratados ou aqueles que trabalham em nome da organização sejam incentivados a contribuir
com comentários e sugestões de melhorias para o desempenho energético e para o SGE. Incentivos
e outras recompensas para sugestões que são implementadas podem ajudar a estimular o interesse
e participação no processo de sugestão.
4.5.3.2.1 Existem muitas razões pelas quais uma organização pode decidir por comunicação externa
sobre seu desempenho energético ou de seu SGE. Por exemplo, elas podem:
—— quem, para cada tipo de parte interessada externa, está autorizado a receber e responder
solicitações de comunicação relacionadas à energia;
—— melhorias de custo/rentabilidade;
—— relatórios de sustentabilidade.
4.5.4 Documentação
4.5.4.1 Geral
A documentação SGE inclui documentos e registros que a organização determinou serem necessá-
rios para o seu SGE. Ao tomar essas decisões, convém que a organização leve em conta a necessi-
dade de modificar a documentação existente para incluir a gestão da energia.
Os elementos essenciais do SGE e a sua interação podem ser descritos por inúmeras maneiras.
Abordagens comuns incluem a preparação e uso de um manual de energia, uma representação gráfica
do modelo PDCA, que mapeia os processos do SGE da organização ou uma matriz ou hierarquia que
identifica a documentação específica relevante para cada um dos elementos essenciais das SGE.
Recomenda-se enfaticamente manter os documentos e registros simples, para que possam ser enten-
didos e mantidos com facilidade.
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—— procedimentos documentados;
—— instruções de operação;
—— manutenção;
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—— pessoal licenciado;
—— manutenção preventiva;
—— outros princípios podem ser aplicados, como “fazer certo da primeira vez” (ou seja, com
o objetivo de assegurar que o resultado desejado seja alcançado na primeira tentativa);
4.5.6 Projeto
Identificar oportunidades de melhoria do desempenho energético nos estágios iniciais do projeto e ao
longo de todo o processo do projeto geralmente proporciona os melhores resultados. Esta abordagem
pode evitar barreiras frequentes ao desempenho energético adequado, como equipamento
superdimensionado, sistemas superdimensionados e o uso de tecnologia ineficiente. A oportunidade
para superar essas barreiras diminui à medida que o projeto progride. Convém que o processo de
projeto busque a otimização do desempenho energético por meio da avaliação de uma gama de opções
que minimize o consumo energético, e atenda às necessidades do sistema. Convém que a medição
do consumo energético e as variáveis do processo sejam levadas em conta durante o processo de
projeto, para permitir um melhor monitoramento do desempenho energético durante as operações.
Normalmente, o custo de instalação de medição adequada após a construção é significativamente
maior do que o custo de incorporá-la na fase de projeto.
A adoção de uma abordagem de sistemas que considere as interações resultantes dos fluxos
de energia e de materiais entre os processos permitirá que as soluções mais eficientes em termos
de energia sejam identificadas por toda a instalação, e previna a ocorrência de falhas comuns.
—— falta de consideração de abordagens inovadoras, por exemplo, ventilação natural, uso de luz
solar e recuperação de calor;
—— o projeto não leva em conta o desempenho energético com a flutuação de cargas variáveis;
c) construção;
d) comissionamento;
O comissionamento pode ser usado para ajudar a garantir que o novo projeto tenha sido implemen-
tado com efetividade. Comissionamento é realizado por pessoas devidamente qualificadas para
novas instalações, equipamentos, utensílios e acessórios” e os registros são mantidos. As fases
de comissionamento e de entrega são importantes, pois são uma oportunidade para os operadores
e a gestão para desenvolver as melhores práticas operacionais.
É possível que o equipamento e os sistemas operem em cargas parciais ou variáveis para períodos
significativos de tempo. Convém que isso seja levado em conta durante as fases de projeto,
de aquisição e de comissionamento do projeto. Isto é porque as cargas parciais e variáveis são
muitas vezes menos eficientes energeticamente, dependendo do sistema, do que cargas completas
ou otimizadas. Convém que equipamentos e sistemas sejam os mais eficientes possível como
esperado em cargas operacionais. É importante para o comissionamento a ser conduzido durante
as variações de carga que ocorrem, para garantir que a eficiência energética também seja alcançada
ao longo dos pontos de carga, em vez de apenas a carga plena.
O processo de entrega pelo pessoal do projeto para o pessoal de operação envolve a validação
de objetivos de projeto ou especificações relacionados à energia. Convém que as organizações
estabeleçam padrões ou especificações relativos ao desempenho energético antes da transferência
para as operações, e forneçam treinamento e informação necessários para o pessoal operacional,
de manutenção ou de gestão.
Depois do processo de entrega, é importante otimizar a operação para além das especificações do
projeto. As condições de funcionamento podem variar desde o projeto inicial e, embora as especificações
do projeto possam estar sendo atendidas, as operações podem não ser tão eficientes quanto possível.
Pode haver pequenos ajustes para definir pontos, esquemas de manutenção, estratégias de controle
que poderiam fornecer melhor desempenho energético. Otimização é parte de uma boa estratégia
de melhoria contínua.
4.5.7.1 Geral
Convém que a política de compras inclua um requisito que considere as implicações energéticas
das decisões de compra. Convém que as decisões de compra que afetem os USE comecem com
a avaliação das necessidades. Convém que as especificações de compra, cotação e documentação
contratual incluam critérios de desempenho energético, quando apropriado e requisitos para analisar
os custos do ciclo de vida das compras.
—— produtos, equipamentos e serviços que podem ter um impacto significativo sobre o desempenho
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energético da organização;
—— critérios definidos para avaliar o uso, consumo e eficiência de energia ao longo do tempo de vida
de compras que podem ter um impacto significativo no desempenho energético da organização;
—— o perfil das tarifas de energia, como o preço de tempo de uso, preço no horário de ponta e
cobranças de prestação de serviços;
4.5.7.2.1 Serviços de energia podem ser adquiridos para apoiar os objetivos e as metas de energia.
Estes fornecedores de serviços podem incluir:
—— consultoria em energia;
—— treinamento;
—— diagnóstico energético.
4.5.7.2.2 Existem diversos serviços contratados pelas organizações que têm o potencial de impactar
no desempenho energético, como os seguintes:
É importante considerar o efeito das compras que podem ter impacto no desempenho energético.
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Exemplos de critérios para avaliar o uso, consumo e eficiência energética na compra de produtos e
equipamentos podem incluir:
—— impacto esperado sobre o desempenho energético global do sistema (por exemplo, a eficiência
energética de um sistema de bombeamento para as condições planejadas de operação
do sistema).
Quando da aquisição de matérias-primas, é uma boa prática considerar seu impacto sobre
o desempenho energético (composição de material, teor de umidade, a forma material etc.)
O custo do ciclo de vida de qualquer produto ou equipamento é o custo de vida útil total a comprar,
instalar, operar, manter e dispor do produto ou equipamento. Os custos operacionais incluem os custos
de energia.
EXEMPLO Motores eficientes energeticamente podem ter um custo inicial de compra mais elevado
em comparação com motores menos eficientes em termos energéticos, mas a economia de energia ao longo
do tempo, geralmente excede os custos adicionais de capital com base no custo do ciclo de vida.
Em mercados competitivos, pode haver oportunidades para redução de custos na compra de energia
elétrica e combustíveis. É preciso cuidado ao comparar orçamentos para a compra de energia para
garantir que um custo mais baixo não resulte em maior consumo de energia ao longo do tempo
(por exemplo, o aumento do consumo de combustível devido à baixa qualidade do combustível).
—— entrega (por exemplo, redução de custo por meio de armazenamento local de energia; taxas
de ininterruptibilidade do suprimento de energia);
—— preço ou taxas, por exemplo, estrutura tarifária ou descontos, períodos de contrato flexíveis;
—— período do contrato (por exemplo, taxas reduzidas para um período de contrato fixo);
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Quando as organizações tiverem múltiplas opções de fornecimento de utilidades, atentar tanto o lado
do fornecimento quanto o da demanda de energia pode facilitar a otimização do gerenciamento de
energia.
Convém que haja comunicação interna entre a equipe de compra de energia e a equipe que gerencia
as atividades de eficiência energética (por exemplo, atividades do lado da demanda) para atingir
diversas metas:
—— mudanças potenciais no perfil de carga são testadas em comparação às estruturas das taxas
atuais;
—— o impacto das taxas e tarifas de energia é entendido por toda a equipe de gerenciamento
de energia;
Como resultado da comunicação interna, podem ser feitas alterações no modo como a energia
é comprada, e estas seriam transmitidas externamente ao fornecedor de energia.
Na maioria dos casos, penalidades de preço relacionadas às tarifas podem ser evitadas, apesar
de isso poder não impactar o uso de energia, consumo de energia ou eficiência energética.
4.6 Verificação
A organização pode considerar a integração desses requisitos com um sistema de gestão existente.
Convém que a efetividade do processo existente seja verificada conforme apropriado para o SGE.
c) como é medido (isto é, dispositivo, método, frequência, precisão e repetitividade, calibração);
i) se qualquer medida ou parâmetro é especialmente crítico para o processo ou para segurança;
Convém que as frequências definidas para monitoramento e medição levem em conta a análise de
apropriadas tendências (por exemplo, diferenças causadas pelas diferentes maneiras do pessoal
operar as instalações, as flutuações de consumo de energia devido às variações dos equipamentos
na produção, ou sinais de falha de equipamento e níveis de ocupação). Ao justificar a pertinência da
frequência de medição adotada em relação ao uso de energia identificado, pode ser utilizada uma
simples análise de benefícios ou de risco.
Existem dois tipos de medições que normalmente são abordados no plano de medição. Um é para
aqueles itens necessários para um IDE e outra para medidas de desempenho energético (como
a eficácia dos planos de ação). Outra é com parâmetros críticos necessários para a operação
ou manutenção eficaz.
NOTA 2 A ISO 50015 fornece um guia para medição e verificação, incluindo planos de medição.
e de resultados de desempenho energético são muitas vezes utilizados para comunicar informações
importantes para os operadores, a alta direção e outras partes interessadas.
Onde as condições operacionais forem alteradas, o plano de consumo de energia esperado e de
medição podem necessitar ser alterados.
A organização determina quando um desvio é significativo. Um desvio é um afastamento de um nível
de desempenho energético definido ou aceitável. Os desvios podem ser positivos ou negativos.
Um desvio positivo ocorre quando o desempenho energético é melhor do que o esperado ou planejado.
O desvio negativo é aquele que é pior do que o esperado ou planejado. Em ambos os casos, um
desvio significativo requer uma investigação do que está registrado. Investigação de desvios positivos
podem identificar as boas práticas, ou resultar em descobertas para melhorar o controle operacional.
Convém que uma organização ao investigar desvios negativos considere se os controles operacionais
melhorados são apropriados ou se é necessária uma ação corretiva.
É uma boa prática a utilização do processo de ação corretiva para investigar e responder aos desvios
significativos.
—— monitorar o progresso dos objetivos e metas em energia por meio de cartas de controle
de processo ou outras ferramentas;
—— monitorar os desvios entre IDE e metas associadas (por exemplo: carta de controle de soma
cumulativa).
Um princípio importante de medição e seus resultados é que convém que estes sejam cada vez mais
integrados no processo de gestão do negócio para permitir tomada de decisão baseada em fatos.
4.6.3.1 Uma auditoria interna de um SGE é um objetivo, uma revisão sistemática de todo ou parte
do SGE de uma organização. O objetivo da auditoria é:
4.6.3.2 Isso é realizado pelo processo de auditoria interna, que é documentado (consultar
ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.20), e convém que inclua o seguinte:
e) um cronograma de auditoria e planos de auditoria individuais não baseados em cláusulas isoladas,
mas nos processos do SGE, levando em consideração as instalações, equipamentos, sistemas e
processos da organização;
f) abordagens definidas de acordo com os escopos das auditorias do SGE e seus objetivos;
i) responsabilidades e requisitos definidos com clareza para tomar e completar ações corretivas
sobre as não conformidades auditadas;
4.6.3.3 Convém que as auditorias internas do SGE sejam priorizadas e conduzidas com mais
frequência para:
—— áreas que influenciam o desempenho energético, como os objetivos, metas, USE, controles
operacionais, desvios significativos, medição, monitoramento e análise, e revisão energética;
—— outras áreas onde não conformidades importantes tenham sido identificadas em auditorias
anteriores;
—— áreas que tenham passado por mudança de equipamentos, sistemas, processos e funcionários
desde a última auditoria SGE;
4.6.3.4 Auditorias internas do SGE podem ser realizadas com menos frequência para:
a) áreas que não impactem significativamente o desempenho energético, como controle de
documentos; ou
Isso assegura que o processo de auditoria seja focado nas áreas e processos que ajudam a orga-
nização a melhorar o desempenho energético e a eficácia do seu SGE.
4.6.3.5 Convém que a organização mantenha evidências de que todos os requisitos do SGE foram
auditados dentro de um período de tempo definido especificado pelo cronograma de auditoria.
Isto pode ser feito de várias maneiras:
—— uma matriz com os processos/áreas e os requisitos aplicados a eles durante a(s) auditoria(s);
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4.6.4.1 Correção e ação corretiva são os meios pelos quais os desvios aos requisitos do SGE podem
ser corrigidos e suas causas eliminadas para evitar a recorrência. A organização pode encontrar valor
em integrar o processo de ação corretiva com os sistemas existentes.
Quando uma não conformidade for detectada, o primeiro passo é tomar as medidas adequadas para
resolver de imediato a situação (correção), por exemplo, redução da pressão de ar comprimido devido
ao filtro sujo – substituir o filtro. Utilizando este exemplo, uma ação corretiva poderia ser: determinar
por que o filtro estava sujo e identificar a causa raiz para evitar a recorrência.
A ação preventiva é a ação para eliminar a causa de uma não conformidade potencial.
Questões que precisam ser levantadas na correção, no processo de ações corretivas e preventivas
podem ser identificadas a partir de várias fontes no EnMS, incluindo o seguinte:
4.6.4.2 Fontes externas podem ser utilizadas na identificação de potenciais ações preventivas.
Estas podem incluir:
4.6.4.3 É importante administrar as correções, ações corretivas e ações preventivas para garantir
que as info