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Problemas éticos na interrupção da

vida humana – a eutanásia.

Escola Básica e Secundária Quinta das Flores

Carolina Brioso Reis

10ºA Nº10

Filosofia

2020/2021
O problema discutido neste ensaio filosófico é em que medida prolongar a vida
não é condenar uma pessoa humana ao sofrimento? Teremos nós esse direito? Será uma
obrigação moral, ou o seu contrário?

Este problema é bastante importante, pois questiona a eutanásia, ato intencional


de proporcionar a alguém uma morte rápida e indolor para aliviar o sofrimento causado
por uma doença incurável e que provoca uma enorme dor. Pode ser classificada em
voluntária e involuntária. Na eutanásia voluntária é a própria pessoa doente que, de
forma consciente e dentro dos parâmetros necessários, pede para ser morto. Na
eutanásia involuntária a pessoa encontra-se incapaz de expressar o desejo de morrer e
essa decisão é tomada por outrem, geralmente cumprindo o desejo anteriormente
expresso pelo próprio nesse sentido. A eutanásia pode também ser classificada em ativa
e passiva. A eutanásia ativa é o ato de intervir de forma direta e deliberada para terminar
a vida do doente, a eutanásia passiva consiste em não realizar, ou interromper, o
tratamento necessário à sua sobrevivência. Esta última poderia eventualmente
confundir-se com não praticar distanásia, mas a diferença é que o tratamento
abandonado poderia ser eficaz na doença em causa, enquanto na segunda se procura
apenas arrastar a vida sem outro objetivo.

Sobre este problema, existem duas teorias de perspetivas diferentes em


confronto: uma que defende que a eutanásia deve ser moralmente aceite e legalizada; e
outra que defende que esta é moralmente inaceitável e que não deve, por isso, ser
permitida por lei.

A tese defendida é a teoria a favor da prática da eutanásia sendo esta moralmente


aceitável.

A teoria que defende a eutanásia tem comos alguns argumentos a favor esta
fazer parte da liberdade individual e de ser inerente à autonomia de escolha que deve ser
permitida a todas as pessoas numa sociedade livre. Numa sociedade verdadeiramente
livre, tudo o que não afete adversamente outras pessoas, deve ser permitido.

No entanto, a teoria concorrente que defende que a eutanásia é moralmente


inaceitável fundamenta-se em razões que se prendem com a vontade de Deus, ou falta
de respeito pela inviolabilidade da vida, e pelo seu valor, ou considerações éticas sobre
a função do médico, que é tratar e não matar.
Como resposta ao argumento contra a eutanásia acima mencionado, sendo este
método considerado uma falta de respeito pela vida, a eutanásia entende-se como o
adiamento da morte de um doente que se encontra em fase terminal, sem esperança de
cura e em sofrimento, condicionando-lhe uma morte lenta e dolorosa, com o recurso a
tratamentos médicos considerados desproporcionados.

Concluindo, sendo a tese defendida a favor da eutanásia, esta pretende acabar


com a vida de um doente que está a sofrer, e esta decisão é tomada ponderadamente
pelo sujeito em questão, e não de forma precipitada, devendo, dessa forma e na minha
opinião, ser moralmente aceitável.

Bibliografia:

https://observador.pt/opiniao/um-argumento-a-favor-da-eutanasia/

https://criticanarede.com/eticaeutanasia.html

https://ordemdosmedicos.pt/a-eutanasia/

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