Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cálculo II
Cálculo II
Eliezer Batista
Elisa Zunko Toma
Márcio Rodolfo Fernandes
Silvia Martini de Holanda Janesch
2ª Edição
Florianópolis, 2012
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministro de Educação: Aloízio Mercadante
Coordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil: Celso Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica das Licenciaturas à Distância UFSC/CED/CFM
Coordenação Geral: Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Marina Bazzo de Espíndola
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Andréa Brandão Lapa
Núcleo de Criação e Desenvolvimento de Materias: Juliana Cristina Faggion
Bergmann
Design Gráfico
Coordenação: Cíntia Cardoso, Cristiane Barbato Amaral, Talita Ávila Nunes
Projeto Gráfico Original: Diogo Henrique Ropelato, Marta Cristina Goulart
Braga, Natal Anacleto Chicca Junior
Redesenho do Projeto Gráfico: Laura Martins Rodrigues,
Thiago Rocha Oliveira
Diagramação: Cíntia Cardoso, João Paulo Battisti de Abreu, Kallani Bonelli,
Laura Rodrigues, Roberto Colombo Gava, Talita Ávila Nunes
Design Instrucional
Coordenação: Elizandro Maurício Brick
Design Instrucional: Adriano Luiz dos Santos Né, Nicélio José Gesser,
Maria Carolina Machado Magnus
Ficha Catalográfica
C144
Cálculo II/ Eliezer Batista, Elisa Zunko Toma, Márcio Rodolfo
Fernandes, Silvia Martini de Holanda Janesch - 2 ed. - Florianópolis:
UFSC/EAD/CED/CFM, 2012.
308 p.
Inclui bibliografia
UFSC. Licenciatura em Matemática na Modalidade a Distância
ISBN 978-85-8030-022-2
2. Métodos de Integração....................................................... 95
2.1 Integrais envolvendo funções trigonométricas....................... 97
2.1.1 Funções trigonométricas.................................................... 97
2.1.2 Integrais envolvendo potências de senx e cosx............... 99
2.1.3 Integrais de potências de tgx e cotgx..............................102
2.1.4 Integrais de potências de secx e cossecx........................ 104
2.1.5 Integrais de produtos de potências de tgx e secx......... 105
2.1.6 Integrais de funções envolvendo seno e cosseno de arcos
diferentes .......................................................................... 109
2.2 Substituição trigonométrica.....................................................110
2.3 Integração de funções racionais: método das frações
parciais....................................................................................... 120
2.4 Integração de funções racionais de seno e cosseno
(substituição universal).............................................................132
Resumo............................................................................................. 138
Os autores
Capítulo 1
Integrais
Capítulo 1
Integrais
1.1 Introdução
A principal motivação para estudar o conceito de integral está em
encontrar a área de uma região plana qualquer. O problema pode
ser formulado da seguinte forma:
y = f (x)
a b
S = {( x, y) ∈ 2; 0 ≤ y ≤ f ( x) e a ≤ x ≤ b}
Figura 1.1
12
S1 S2
a b a b
S3 S7
a b a b
Figura 1.2
S1 S2
a b a b
S3 S7
a b a b
Figura 1.3
13
A = mint ( S ) = mext ( S ) .
Demonstração.
sup A − ε sup A = b
∃x ∈ A
Figura 1.4
inf A = a inf A + ε
∃x ∈ A
Figura 1.5
i) sup A ≤ sup B e
Demonstração.
Seja f :[a, b] → R uma Solução. A função f é contínua no intervalo [-2, 2], pelo Teorema
função contínua. Então f
de Weierstrass f assume em [-2, 2] valores máximo e mínimo que
assume um valor máximo e
um valor mínimo. Isto é, são 3 e -1, respectivamente. Portanto,
existem x1 , x2 ∈ [a, b] tais
que f ( x1 ) ≤ f ( x) ≤ f ( x2 ) sup{ f ( x) | -2 ≤ x ≤ 2} = 3 e inf{ f ( x) | -2 ≤ x ≤ 2} = -1.
para todo x ∈ [a, b].
Isso também é fácil de ser verificado analisando o gráfico da parábola
y = x 2 - 1.
18
Partição de um intervalo
a = x0 xn = b
x1 x2 xi −1 xi xi +1 xn −1
Figura 1.6
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mn ( xn - xn -1 )
n
= ∑ mi ( xi - xi -1 )
i =1
e
S ( f ; P) = M 1 ( x1 - x0 ) + M 2 ( x2 - x1 ) + + M n ( xn - xn -1 )
n
= ∑ M i ( xi - xi -1 )
i =1
onde
Note que
n n
s( f ; P) = ∑ m (x - x
i =1
i i i -1 )≤ ∑ M (x - x
i =1
i i i -1 ) = S ( f ; P),
y = f ( x) y = f ( x)
a = x0 x1 x2 x3 x4 = b a = x0 x1 x2 x3 x4 = b
Figura 1.7
20
1
Solução. Os intervalos da partição P são [ x0 , x1 ] = 0, e
2
1
[ x1 , x2 ] = ,1 . Temos
2
1 1 1
m1 = inf x 2 ;0 ≤ x ≤ = 0, M 1 = sup x 2 ;0 ≤ x ≤ = ,
2 2 4
1
1 1
m2 = inf x 2 ; ≤ x ≤ 1 = e M 2 = sup x 2 ; ≤ x ≤ 1 = 1.
2 4 2
Segue que
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 )
1 1 1 1
= 0 - 0 + 1 - = ,
2 4 2 8
e
S ( f ; P) = M 1 ( x1 - x0 ) + M 2 ( x2 - x1 )
11 1 5
= - 0 + 1 1 - = .
42 2 8
i) s ( f ; P) ≤ s ( f ; Q) e
ii) S ( f ; Q) ≤ S ( f ; P).
Demonstração.
Temos
s ( f ; Q) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mi -1 ( xi -1 - xi - 2 ) + m '( x - xi -1 ) +
m ''( xi - x ) + mi +1 ( xi +1 - xi ) + + mn ( xn - xn -1 )
e
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mi -1 ( xi -1 - xi - 2 ) + mi ( xi - xi -1 ) +
mi +1 ( xi +1 - xi ) + + mn ( xn - xn -1 ).
Fazendo,
s ( f ; Q) - s ( f ; P) = m '( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - xi -1 )
= m '( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - x + x - xi -1 )
= m '( x - xi -1 ) - mi ( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - x )
= (m '- mi )( x - xi -1 ) + (m ''- mi )( xi - x ).
s ( f ; Q) - s ( f ; P) ≥ 0.
Demonstração.
s ( f ; P ) ≤ s ( f ; P ∪ Q) ≤ S ( f ; P ∪ Q) ≤ S ( f ; Q).
Portanto, s ( f ; P) ≤ S ( f ; Q).
■
b b
Quando ∫ a f ( x) dx = ∫a f ( x) dx, dizemos que f é integrável em
mi = inf{ f ( x); xi -1 ≤ x ≤ xi } = k e
Assim,
s ( f ; P ) = k (b - a ) e S ( f ; P) = k (b - a ).
Dado que P é qualquer, temos
b
∫ a
f ( x) dx = sup s ( f ; P ) = k (b - a ) e
P
b
∫ a
f ( x) dx = inf S ( f , P) = k (b - a ).
P
b
∫ a
f ( x) dx = sup s ( f ; P ) = -(b - a )
P
e
b
∫a
f ( x) dx = inf S ( f ; P) = (b - a ).
P
Como
b b
∫ a
f ( x) dx ≠ ∫ f ( x) dx
a
y = f (x)
a b
Figura 1.8
y
f ( x) = 5
5
2 6 x
Figura 1.9
3
Exemplo 1.10. Calcule a ∫
-3
9 - x 2 dx interpretando-a em termos de
área.
x 2 + y 2 = 9 com y ≥ 0,
1.2.1 Exercícios
1
3) Calcular as somas inferior e superior para função f ( x) = no
x
intervalo [1, 3]. Usar a partição tal que o comprimento de cada
2
5) Avalie a integral ∫0
4 - x 2 dx interpretando-a em termos de
área.
i) f é integrável;
b e b e
∫ a
f ( x) dx -
2
< s( f ; Q) e ∫a
f ( x) dx +
2
> S ( f ; P ).
27
Tome a partição R = P ∪ Q de [a, b]. Então, pelo Teorema 1.2, segue que
s( f ; Q) ≤ s( f ; R) e S ( f ; R) ≤ S ( f ; P).
Portanto, S ( f ; R) - s ( f ; R) < e.
s( f ; P) ≤ S ( f ; Q) .
podemos escrever
S ( f ; R) - s ( f ; R) ≥ inf S ( f ; P) - sup s ( f ; P) = e,
P P
sup s ( f ; P) = inf S ( f ; P) ,
P P
b b
ou seja, ∫ a f ( x) dx = ∫ f ( x) dx . Portanto, f é integrável.
a
■
S ( f ; P) - S ( f ; Q) = M i ( xi - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= M i ( xi - x + x - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= M i ( xi - x ) + M i ( x - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= ( M i - M '')( xi - x ) + ( M i - M ')( x - xi -1 )
≤ 2 M ( xi - x ) + 2 M ( x - xi -1 )
= 2 M ( xi - xi -1 )
≤ 2M | P | .
■
Demonstração. Dado > 0. Temos que mostrar que existe > 0 tal que
b b
0 < | P | < ⇒ - + ∫ f ( x) dx < S ( f ; P) < + ∫ f ( x) dx .
a a
Observe que
b
- + ∫ f ( x) dx < S ( f ; P) para qualquer partição P de [a, b].
a
S ( f ; P) - S ( f ; R) ≤ 2 M (n - 1) | P |.
Segue que
S ( f ; P) ≤ S ( f ; R) + 2 M (n - 1) | P |
< S ( f ; Q) + 2 M (n - 1)
4(n - 1) M
b
< ∫ f ( x) dx + + , sempre que 0 < | P | < .
a 2 2
Portanto,
b
lim S ( f ; P) = ∫ f ( x) dx.
| P| → 0 a
■
b
De forma análoga, mostra-se que ∫ a
f ( x) dx = lim s ( f ; P ).
| P| → 0
30
Soma de Riemann
a = x0 c1 x1 c2 x2 xi −1ci xi xn −1 cn xn = b
Figura 1.10
s ( f ; P) ≤ S n ( f ) ≤ S ( f ; P),
ou seja,
n n n
∑ m (x - x
i =1
i i i -1 ) ≤ ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) ≤ ∑ M i ( xi - xi -1 ),
i =1 i =1
pois mi ≤ f (ci ) ≤ M i .
b-a 2-0 1
= = .
n 4 2
Os subintervalos são
1 1 3 3
0, 2 , 2 ,1 , 1, 2 e 2 , 2 .
1 3
Assim, c1 = , c2 = 1 , c3 = e c4 = 2. Logo, a soma de Riemann é
2 2
4
S 4 ( f ) = ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
i =1
1 1 1 3 1 1
= f ⋅ + f (1) ⋅ + f ⋅ + f (2) ⋅
2 2 2 2 2 2
1 7 1
= + 1 - - 2
2 4 4
1
= .
4
i) f é integrável;
n
ii) Existe o lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ), independentemente da escolha
| P| → 0
i =1 n b
de ci ∈ [ xi -1 , xi ] . Neste caso, lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) = ∫ f ( x) dx .
| P| → 0 a
i =1
Demonstração.
independentemente da escolha de ci ∈ [ xi -1 , xi ].
ou seja,
n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )-
4
< s ( f , P ) . (3)
f (ci ) > M i - , onde M i = sup{ f ( x); x ∈ [ xi -1 , xi ]}.
4n( xi - xi -1 )
Assim,
n n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) > ∑ M i ( xi - xi -1 ) -
i =1 4
= S ( f , P) - ,
4
isto é,
n
∑ f (c ) ( x - x
i =1
i i i -1 )+
4
> S ( f , P ) . (4)
n n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )-
4
< s( f ; P) ≤ S ( f ; P) < ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )+ .
4
33
∑ f (ci )( xi - xi -1 ) e ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )
i =1
estão no intervalo I - , I + . Logo, s ( f ; P) e S ( f ; P) perten-
4 4
cem ao intervalo I - , I + , e assim S ( f ; P) - s ( f ; P) < . Por-
2 2
tanto, f é integrável.
■
(b - a ) (b - a )
temos ci = a + i e f (ci ) = a + i .
n n
A soma de Riemann é
n
Sn ( f ) = ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )
(b - a ) 2 (b - a ) 2
= ab - a 2 + +
2n 2
b 2 - a 2 (b - a ) 2
= + .
2 2n
1.3.1 Exercícios
1) Determine a soma de Riemann S n ( f ) da função f ( x) = 3 x - 2,
onde P = {x0 , x1 , x2 , x3 , x4 } é a partição do intervalo [1,5] em
quatro subintervalos de mesmo comprimento, e:
c) ci é o ponto médio de [ xi -1 , xi ].
respectivamente.
b) f + g é integrável em [a, b] e
b b b
∫a
[ f ( x) + g ( x)] dx = ∫ f ( x)dx + ∫ g ( x)dx ;
a a
b
c) Se f ( x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b], então ∫
a
f ( x) dx ≥ 0;
b b
d) Se f ( x) ≥ g ( x) para todo x ∈ [a, b], então ∫
a
f ( x) dx ≥ ∫ g ( x) dx.
a
∑ k f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) onde ci ∈ [ xi -1 , xi ].
independentemente da escolha de ci em [ xi -1 , xi ], e é
b
∫ f ( x) dx.
a
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) ≥ 0.
5
Exemplo 1.13. Calcule a integral ∫
1
(3 x + 4) dx .
5 5 25 - 1
∫ 1
4dx = 4(5 - 1) = 16 e ∫ 1
x dx =
2
= 12.
= 3 ⋅12 + 16 = 52.
∫ f ( x) dx = lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
a | P| → 0
i =1
l n
= lim ∑ f (ci )(xi - xi -1 ) + ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
| P| → 0
i =1 i =l +1
l n
= lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) + lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) .
| P| → 0 | P| → 0
i =1 i =l +1
b l n
Portanto,
b c b
∫a
f ( x) dx = ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx.
a c
■
2, se 0 ≤ x ≤ 2
Exemplo 1.15. Considere a função f ( x) = .
x, se 2 < x ≤ 5
5
Calcular a integral ∫ f ( x) dx.
0
2 2
∫0
f ( x) dx = ∫ 2dx = 2(2 - 0) = 4.
0
5 5 52 - 22 21
∫2
f ( x) dx = ∫
2
x dx =
2
= .
2
39
21 29
= 4+ = .
2 2
1.4.1 Exercícios
3
1) Calcule a integral ∫
3
x sen x 2 dx.
b
2) Escreva a integral como uma única integral da forma ∫
a
f ( x) dx.
5 7 10
a) ∫
2
f ( x) dx + ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx .
5 7
3 3 7
a) ∫ 2
f ( x) dx - ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx .
5 5
1 4 4
3) Se ∫ 0
f (t ) dt = 1, ∫
0
f (t ) dt = -2 e ∫
3
f (t ) dt = 2.
3
Encontre ∫1
2 f (t ) dt .
Exemplo 1.16.
Como a função H possui derivada nula em todos os pontos de (a, b), Se uma função contínua
segue de um resultado visto no Cálculo I, que H é uma função f :[a, b] → possui
derivada nula em todos os
constante. Portanto, existe c ∈ tal que G ( x) - F ( x) = c, ou seja, pontos c ∈ (a, b) , então f é
G ( x) = F ( x) + c para todo x ∈ [a, b]. constante. (Página 223 do
material de Cálculo I)
■
Seja uma função contínua Temos que F é derivável em [a, b] , e consequentemente F é contí-
em [a, b] e derivável em nua em [a, b] . Segue que F é contínua e derivável em cada intervalo
. Então existe
tal que [ xi -1 , xi ] da partição P. Aplicando o Teorema do Valor Médio em cada
.
intervalo de P, existe ci ∈ ( xi -1 , xi ) tal que
F ( xi ) - F ( xi -1 )
F '(ci ) = para todo i = 1,..., n.
xi - xi -1
F ( xi ) - F ( xi -1 ) = f (ci )( xi - xi -1 ).
Podemos escrever
n
S n ( f ) = ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) ( ci escolhido como acima)
i =1
n
= ∑ [ F ( xi ) - F ( xi -1 )]
i =1
= F (b) - F (a ) .
Assim,
lim S n ( f ) = F (b) - F (a ).
| P| → 0
b
É comum expressar a diferença F (b) - F (a ) por F ( x) .
a
1
b) ∫ (2 x3 + 3) dx ;
-1
c) ∫ (sen x + x) dx.
2
0
42
Solução.
x3
a) A função F ( x) = é uma primitiva da função f ( x) = x 2. Logo,
3
2 x 2
3
∫1 x dx = 3 1
2
23 13 7
= - = .
3 3 3
x4 1 1
=2 + 3x
4 -1 -1
14 (-1) 4
= 2 - + 3[1 - (-1)]
4 4
= 6.
c) ∫ (sen x + x) dx = ∫ sen x dx + ∫ x dx
2 2 2
0 0 0
2 x 2 2
= - cos x +
0 2 0
2
1
= - cos - (- cos 0) + ⋅
2 2 2
2 2 + 8
= 1+ = .
8 8
2
Exemplo 1.18. Calcule ∫ -2
| x | dx.
- x, se - 2 ≤ x ≤ 0
f ( x) = .
x, se 0 < x ≤ 2
Das propriedades da integral e o Teorema Fundamental do Cálculo,
temos
2 0 2
∫ |
-2
x | dx = ∫ - x dx
-2
+ ∫ x dx 0
x2 0 x2 2
=- +
2 -2 2 0
= 2+2 = 4.
43
c c+h c
= ∫ f (t ) dt + ∫ f (t ) dt - ∫ f (t ) dt
a c a
c+h
=∫ f (t ) dt .
c
c+h
Como h > 0 e ∫c
f (t ) dt = G (c + h) - G (c), temos
G (c + h ) - G (c )
f ( x1 ) ≤ ≤ f ( x2 ). (5)
h
Note que se h → 0+ então x1 → c + e x2 → c +, pois x1 e x2 estão
entre c e c + h . Da continuidade de f podemos escrever
G (c + h ) - G (c )
lim+ = f ( c ),
h →0 h
ou seja, para c tal que c ∈ [a, b) , temos
De forma análoga, mostra-se que G-' (c) = f (c) para c ∈ (a, b] e assim
G ' (c) = f (c). Observe que, para a e b, temos apenas G+' (a ) = f (a )
e G-' (b) = f (b). Segue que G é derivável e G '( x) = f ( x) para todo
x ∈ [a, b].
■
x
Exemplo 1.19. Encontre a derivada da função G ( x) = ∫ sen t 2 dt.
0
d x2 t
dx ∫1
Exemplo 1.20. Calcule e dt .
d x2 t d u
∫
dx 1
e dt = ∫ et dt
dx 1
d u t du
du ∫1
= e dt ⋅
dx
= eu ⋅ 2 x
2
= 2 xe x .
45
1.5.1 Exercícios
1) Calcular as integrais abaixo:
2 1
∫ ∫ 3e
2x
a) (2 x + x 4 ) dx ; c) dx;
-2 0
1
b) ∫ cos 2 x dx ; d) ∫ 3 dt.
t
0 0
a) ;
3 3 x
b) F ( x) = ∫ ln t 2 dt ; (Sugestão. Escreva ∫ ln t 2 dt = - ∫ ln t 2 dt )
x x 3
-x
e
c) H ( x) = ∫ cos t dt .
2
6
3) Calcule a integral definida ∫
-3
| x - 4 | dx.
∫ f ( x) dx = F ( x) + c ⇔ F '( x) = f ( x).
a) ∫ k f ( x) dx = k ∫ f ( x) dx;
b) ∫ [ f ( x) + g ( x)] dx = ∫ f ( x) dx + ∫ g ( x) dx .
Demonstração.
Portanto,
∫ k f ( x) dx = k F ( x) + c
c
= k F ( x) +
k
= k [ F ( x) + c1 ]
= k ∫ f ( x) dx.
Exemplo 1.21.
x4 x 4 ′
a) ∫ x dx = + c, pois = x3.
3
4 4
e2 x e 2 x ′
b) ∫ e 2 x dx = + c, pois 2x
=e .
2 2
1) ∫ dx = x + c
x +1
2) ∫ x dx = + c, ( é constante e ≠ -1)
+1
1
3) ∫ x dx = ln | x | +c
4) ∫ e x dx = e x + c
ax
5) ∫ a x dx = + c, a > 0 e a ≠ 1
ln a
6) ∫ sen x dx = - cos x + c
7) ∫ cos x dx = sen x + c
8) ∫ sec 2 x dx = tg x + c
9) ∫ cossec 2 x dx = - cotg x + c
1
12) ∫x 2
+1
dx = arc tg x + c
1
13) ∫ 1 - x2
dx = arcsen x + c
1
14) ∫x x2 -1
dx = arc sec | x | +c.
48
1
Exemplo 1.22. Calcular a integral indefinida ∫ + sen x dx.
x
Solução.
1 1
∫ x + sen x dx = ∫ x dx + ∫ sen x dx (propriedade da integral)
= ln | x | - cos x + c (c = c1 + c2).
x3 + 3x 2 + 4
Exemplo 1.23. Calcular a integral indefinida ∫ dx.
x
Solução.
x3 + 3x 2 + 4 4
∫ x
dx = ∫ x 2 + 3 x + dx
x
1
= ∫ x 2 dx + 3∫ x dx + 4 ∫ dx (propriedades da integral)
x
3 2
x x
= + c1 + 3 + c2 + 4 ln | x | + c3
3 2
3 2
x x
= + 3 + 4 ln | x | +c ( c = c1 + c2 + c3 ).
3 2
sen x 2
Exemplo 1.24. Calcule a integral indefinida ∫ 2
+ 3 dx.
cos x x
Solução.
sen x 2 sen x 1
∫ cos
2
+ 3 dx = ∫
x x 2
cos x
dx + 2 ∫ 3 dx
x
= ∫ tg x sec x dx + 2 ∫ x -3 dx
2 x -2
= sec x + +c
-2
1
= sec x - 2 + c.
x
1 2
Exemplo 1.25. Calcule a integral definida ∫0 2
x +1
dx .
49
Solução.
1 2dx 1 dx
∫
0 2
x +1
= 2∫ 2
0 x +1
1
= 2 arc tg x (tabela - item 12 e TFC)
0
= 2 - 0 = .
4 2
1.6.1 Exercícios
1) Calcule as integrais indefinidas:
x 2 ln x
a) ∫ (3 x 2 + x 4 + 1) dx; d) ∫ ln x 2 dx;
t3 + 9 sen x
b) ∫
t2
dt ; e) ∫ 1 - sen 2
x
dx;
4
c) ∫ e - x dx; f) ∫ dx.
1- x 2
x 1
a) ∫ 2
dx = ln(1 + x 2 ) + c;
1+ x 2
b) ∫ x 2 e x dx = e x ( x 2 - 2 x + 2) + c;
1 x
c) ∫ dx = + c.
2 3
(4 - x ) 4 4 - x2
b) ∫ 2 (3cos + 2) d .
0
50
[ F ( g ( x))]′ = F ′( g ( x)) ⋅ g ′( x)
= f ( g ( x)) ⋅ g ′( x).
∫ f ( g ( x)) ⋅ g ′( x) dx = F ( g ( x)) + c.
Se fizermos a mudança de variável u = g ( x) e substituirmos g '( x) dx Diferenciais foram vistas
no Cálculo 1. Se u = g ( x) é
pela diferencial du, então
uma função diferenciável,
então du = g ′( x) dx .
∫ f ( g ( x)).g ′( x) dx = ∫ f (u ) du = F (u ) + c.
A técnica da mudança de variável é uma ferramenta poderosa para
calcular integrais indefinidas, que permite substituir uma integral
relativamente complicada por uma mais simples. Vejamos alguns
exemplos.
51
a) ∫ 2 x e x dx;
2
b) ∫ cos (3 x + 2) dx ;
c) ∫ 3 x 2 ( x 3 + 2)10 dx .
Solução.
∫ 2x e
x2
a) Para calcular a integral dx, faremos a mudança de
variável
u = x 2 e obtemos du = 2 x dx.
Logo,
∫ 2x e dx = ∫ eu du
x2
∫ 3x ( x + 2)10 dx = ∫ u10 du
2 3
u11
= +c
11
( x 3 + 2)11
= + c.
11
52
∫ tg x dx = ln | sec x | +c.
Solução.
sen x
∫ tg x dx = ∫ cos x dx.
Fazendo u = cos x obtemos du = - sen x dx.
Assim,
du
∫ tg x dx = -∫ u
= - ln | u | +c
1
= ln +c
cos x
= ln | sec x | +c.
∫x
2
Exemplo 1.28. Calcule a integral indefinida 1+ x dx.
∫x 1 + x dx = ∫ (t 2 - 1) 2 ⋅ t ⋅ 2t dt
2
= 2 ∫ (t 2 - 1) 2 ⋅ t 2 dt
= 2 ∫ (t 4 - 2t 2 + 1) ⋅ t 2 dt
= 2 ∫ (t 6 - 2t 4 + t 2 ) dt
t 7 2t 5 t 3
= 2 - + +c
7 5 3
t 4 2t 2 1
= 2t 3 - + +c
7 5 3
(1 + x) 2 2(1 + x) 1
= 2(1 + x) (1 + x) - + + c.
7 5 3
dx
Exemplo 1.29. Calcule a integral ∫x 2
- 2x + 5
.
Solução.
dx dx
∫x 2
- 2x + 5
=∫
( x - 1) 2 + 4
53
dx 1
∫x 2
- 2x + 5
=∫ 2
u +4
du
1
= ∫ 2 4 du
u +4
4
1 du
= ∫
4 u 2
+1
2
1 2dt u
= ∫ 2
4 t +1
(fazendo t = obtemos 2dt = du )
2
1 dt
2 ∫ t2 +1
= (tabela)
1
= arc tg t + c
2
1 u
= arc tg + c
2 2
1 ( x - 1)
= arc tg + c.
2 2
2 4x
Exemplo 1.30. Calcule a integral definida ∫ 0 2
x +1
dx.
se x = 0 então u = 1;
se x = 2 então u = 5.
Assim,
2 4x 5 du
∫
0 x +12
dx = 2 ∫
1 u
5
= 2 ln | u |
1
= 2 ln 5 - 2 ln1
= 2 ln 5.
4x du
∫x 2
+1
dx = 2 ∫
u
(u = x 2 + 1, temos du = 2 x dx)
= 2 ln | u | +c
= 2 ln( x 2 + 1) + c.
= 2 ln 5 - 2 ln1
= 2 ln 5.
1
S
0 π π
4 2
Figura 1.11
55
Como f ( x) ≥ 0 para todo x ∈ 0, , a área da região S (ver definição
2
na Seção 1.2) é dada por
Área S = ∫ sen 2 x dx
2
1
2 ∫0
= sen u du
1
= - cos u
2 0
1
= - (cos - cos 0)
2
= 1u.a.
1.7.1 Exercícios
1) Calcular as integrais indefinidas.
ln x
a) ∫ 3 3 x - 1 dx; d) ∫ x
dx ;
2 3dx 3
b) ∫ ∫
2
; d) 2 x 3x dx .
1 x ln 2 3 x 0
56
dx 1 x
4) Mostre que ∫x 2
+a 2
= arc tg + c, onde a ≠ 0.
a a
∫ [ f ′( x) ⋅ g ( x) + f ( x) ⋅ g ′( x)] dx = f ( x) ⋅ g ( x) + c ,
1
ou ainda
∫ f ( x) ⋅ g ′( x) dx = f ( x) ⋅ g ( x) - ∫ f ′( x) ⋅ g ( x) dx + c . 1
∫ f ( x) ⋅ g ′( x) dx = f ( x) ⋅ g ( x) - ∫ f ′( x) ⋅ g ( x) dx,
∫ u dv = u v - ∫ v du.
57
du = dx e v = sen x.
Solução. Fazendo
u = ln x e dv = dx , temos
1
du = dx e v = x.
x
Logo,
1
∫ ln x dx = x ln x - ∫ x x dx
= x ln x - ∫ dx
= x ln x - x + c.
Solução. Fazendo
u = arcsen x e dv = dx , obtemos
1
du = dx e v = x.
1 - x2
Assim,
x 1 1
∫ 1- x 2
=-
2 ∫ t2
1 dt
1
1 t2
=- + c1
2 1
2
= - 1 - x 2 + c1 .
Portanto,
∫x
2
Exemplo 1.35. Calcular a integral cos 2 x dx .
Solução. Fazendo
u = x 2 e dv = cos 2 x dx obtemos
1
du = 2 x dx e v = ∫ cos 2 x dx = sen2 x.
2
Assim,
x2
∫ x cos 2 x dx = sen 2 x - ∫ x sen 2 x dx .
2
Fazendo
Solução. Fazendo
u = e3 x e dv = cos x dx temos
du = 3e3 x dx e v = sen x .
Assim,
u = e3 x e dv = sen x dx temos
du = 3e3 x dx e v = - cos x.
Segue que
Logo,
ou seja,
1 3x
I= [e sen x + 3e3 x cos x].
10
Portanto,
e3 x
∫ e cos x dx =
3x
[sen x + 3cos x] + c.
10
2
Exemplo 1.37. Avalie a integral ∫
1
x ln x dx.
Solução. Fazendo
u = f ( x) = ln x e dv = g '( x) dx = x dx obtemos
1 x2
du = f '( x) dx = dx e v = g ( x) = .
x 2
22 12 x2 2
= ln 2 - ln1 -
2 2 4 1
22 1
= 2 ln 2 - -
4 4
3
= 2 ln 2 - .
4
1.7.2 Exercícios
1) Calcule as integrais indefinidas:
a) ∫ x 2 e x dx ;
b) ∫ ( x - 3) sec 2 x dx;
c) ∫ x 4 ln x dx;
d) ∫ arc tg x dx;
e) ∫ ln ( x 2 + 1) dx;
f) ∫ sec3 x dx ;
2 ln x
b) ∫ ( x + 1) cos 2 x dx; ∫ dx.
2
d)
0 1 x2
y = f ( x)
a b
Figura 1.12
a b
y = f (x)
S = {( x, y ) ∈ 2 ; a ≤ x ≤ b e f ( x) ≤ y ≤ 0}
Figura 1.13
a c d b
S é o conjunto hachurado
Figura 1.14
y = f ( x)
S
y = g (x )
a b x
S = {( x, y ) ∈ 2 ; a ≤ x ≤ b e g ( x) ≤ y ≤ f ( x)}
Figura 1.15
63
a b a b
e
k é constante
Figura 1.16
x4 2
= + 2x
4 1
23
= u.a.
4
64
y = x3 + 2
2
S
1 2
Figura 1.17
x3 x 2 1
= - + - 2x
3 2 -2
9 9
= - - = u.a.
2 2
y = x2 + x − 2
−2 S 1
Figura 1.18
65
1
Exemplo 1.40. Calcular a área da região S limitada pelas retas x =
2
e y = - x + 2 e pela curva x = y .
x2 x3 1
= - + 2 x - 1
2 3 2
1
= u.a.
3
2
x= y
S
y = −x + 2
1 2
Figura 1.19
0 0 4 4 1 1
x2 2 3 2 3
= + 3x + 2 x - x 2 - x 2 + x
2 -3 -3 0
3 0 3 0 0
15
= u.a.
2
66
y = x+2
y2 = x
2
−3 −2 S
1 4
−1
Figura 1.20
1.8.1 Exercícios
1) Esboce a região limitada pelas curvas dadas e encontre a área
da região:
3
a) y = x e y = x ;
x
b) y = 6 + x, y = x3 e y = - ;
2
1
c) y = , y = x , x = 2 e y = 0;
x
1
d) y = 2 , x = 1, x = 2 e y = 0;
x
e) y = cos x, y = sen 2 x e x = 0 no primeiro quadrante;
f) y = x - 1 e y 2 = 2 x + 6.
a) S = {( x, y ) ∈ 2 ; 0 ≤ x ≤ 1, x 2 ≤ y ≤ x };
b) S = {( x, y ) ∈ 2 ; 1 ≤ x ≤ 2, x ≤ y ≤ x 2 };
c) S = {( x, y ) ∈ 2 ; x ≥ 0 , x 3 - x ≤ y ≤ - x 2 + 5 x}.
67
c
c) Sejam f : (a, b) → uma função e c ∈ (a, b). Se
b
∫a
f ( x) dx e
∫c
f ( x) dx existem então definimos a integral imprópria de f
b c b
em (a, b) por ∫ a
f ( x) dx = ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx.
a c
Observações:
b
b) Costuma-se chamar a expressão ∫a
f ( x) dx de integral, mes-
b
Quando a integral ∫
a
f ( x) dx existe, dizemos que essa integral é con-
vergente. Caso contrário, dizemos que é divergente.
1 1
c) ∫ 0 xp
dx, onde p > 0.
Solução.
1
a) A função f ( x) = é contínua em [0, t ] para 0 < t < 2. Logo,
2- x
f é integrável em [0, t ] para todo t ∈ (0, 2). Da Definição 1.6, temos:
2 1 t 1
∫0
2- x
dx = lim- ∫
t → 2 0
2- x
dx
t
= lim- - 2 2 - x
t →2 0
= lim- (-2 2 - t + 2 2)
t →2
= 2 2.
t 1 2 1
Como lim- ∫ dx = 2 2 , a integral ∫ dx é con-
t →2 0
2- x 0
2- x
vergente.
1
b) A função f ( x) = é contínua em [t ,1] para todo 0 < t < 1. Logo, f
x
é integrável em [t ,1] para todo 0 < t < 1. Assim,
69
11 11
∫0 x t →0+ ∫t x dx
dx = lim
1
= lim+ ln x
t →0 t
1 1 1
1
Como lim+ ∫t dx não existe, a integral ∫ dx é divergente.
t →0 x 0 x
1
c) A função f ( x) = é contínua em [t ,1] para todo t ∈ (0,1). Note
xp 11
que, para p = 1, a integral é ∫0 dx , que é divergente (item (b)).
x
Vamos analisar a convergência da integral para p ≠ 1. Neste caso,
1 1 1 1
∫
0 x p
dx = lim+ ∫ p dx
t →0 t x
1
= lim+ ∫ x - p dx
t →0 t
1
x - p +1
= lim+
t →0 - p + 1
t
1 t - p +1
= lim+ - .
t →0
1- p 1- p
1 1
Logo, a integral ∫0 p dx com p > 1 é divergente.
x
Se 0 < p < 1, então - p + 1 > 0, e, quando t → 0+, temos t - p +1 → 0
Logo,
1 1 1 1 1
lim+ ∫
t →0 t x p
dx =
1- p
, isto é, a integral ∫
0 xp
dx é
convergente.
1 1
Portanto, a integral ∫ 0 xp
dx é convergente para 0 < p < 1 e diver-
gente para p ≥ 1.
70
1
Exemplo 1.43. Avalie a integral ∫
0
x ln x dx .
1
Para obter ∫ t
x ln x dx , vamos usar integração por partes. Fazendo
u = ln x e dv = x dx , obtemos
1 x2
du = dx e v= .
x 2
Temos
1
1 x2 1 1
∫t
x ln x dx = ln x - ∫ x dx
2 2 t
t
1
t2 1
= - ln t - x 2
2 4 t
t2 1 t2
=- ln t - + .
2 4 4
Assim,
1 t2 1 t2
∫0 x ln x dx = lim
t → 0+
-
2
ln t - +
4 4
.
t3
t2
= lim+ = 0.
t →0 4
1 1
Portanto, ∫0
x ln x dx = - .
4
71
1 x
Exemplo 1.44. Calcule a integral ∫ -1
1 - x2
dx.
x
Solução. A função f ( x) = está definida em (-1,1) e é contí-
1 - x2
nua nos intervalos [t , 0] para todo -1 < t < 0 e [0, s ] para todo 0 < s < 1.
Assim,
1 x 0 x 1 x
∫-1 1 - x 2 dx = ∫-1 1 - x 2 dx + ∫0 1 - x 2 dx ,
desde que as integrais do segundo membro sejam convergentes.
Vamos calcular
0 x 0 x
∫-1
1 - x2
dx = lim+ ∫
t →-1 t
1 - x2
dx.
0 x
Para obter ∫t
1- x 2
dx , aplicaremos o método da substituição.
= -1 + 1 - t 2 .
Logo,
0 x
∫ dx = lim+ -1 + 1 - t 2
2t → -1
-1
1- x
= -1.
Agora,
1 x t x
∫ 0
1- x 2
dx = lim- ∫
t →1 0
1 - x2
dx .
1-t 2
= lim- - u
t →1 1
= lim- - 1 - t 2 + 1
t →1
= 1.
Portanto,
1 x
∫-1
1 - x2
dx = -1 + 1 = 0.
72
1 1
Exemplo 1.45. Calcule a integral ∫
-1 2
x -1
dx .
1
Solução. A função f ( x) = está definida em (-1,1), e é con-
2
x -1
tínua nos intervalos [t , 0] para todo -1 < t < 0 e [0, s ] para todo
0 < s < 1. Assim,
1 1 0 1 1 1
∫-1 x - 1
dx = ∫ 2 dx + ∫ 2 dx ,
2 -1 x - 1 0 x -1
1
A função f ( x) = 2
pode ser escrita como
x -1
1 1 1 1
f ( x) = ⋅ - ⋅ .
2 x -1 2 x +1
Então
0 1 1 0 1 1 0 1
∫
t x2 -1
dx =
2 ∫t x - 1
dx -
2 ∫t x + 1
dx
1 0 1 0
= ln x - 1 t - ln x + 1 t
2 2
1 1
= - ln t - 1 + ln t + 1 .
2 2
Segue que
0 1 1 1
∫-1 x - 1
dx = lim+ - ln t - 1 + ln t + 1
2
t → -1 2 2
= -∞.
01 11
Como a integral ∫
-1 x - 1
dx é divergente, concluímos que
2 ∫
-1 x - 12
dx
é divergente.
b
Se a integral ∫ f ( x) dx existir e f é não negativa no seu domínio [a, b),
a
(a, b] ou (a, b), então esta integral pode ser interpretada como a área
da região plana S sob gráfico de f e acima do eixo x, e entre retas
x = a e x = b (ver Figura 1.21).
73
y y y
S S S
a b x a b x a b x
Figura 1.21
Observações:
+∞ b
a) Costuma-se chamar as expressões ∫a
f ( x) dx , ∫
-∞
f ( x) dx e
∞ +∞
∫-∞
f ( x) dx de integrais. E escreve-se a integral ∫ a
f ( x) dx,
b ∞
∫-∞
f ( x) dx ou ∫-∞
f ( x) dx igual ao limite correspondente, mes-
mo antes de calcular o limite. Deixando subentendido que a
integral só existe quando o limite existe.
74
+∞
Quando a integral ∫ a
f ( x) dx existe dizemos que esta integral é
convergente. Caso contrário, dizemos que é divergente. O mesmo
b +∞
vale para as integrais ∫-∞
f ( x) dx e ∫-∞
f ( x) dx.
+∞ 1
b) ∫ dx;
1 x
+∞ 1
c) ∫1 xp
dx, onde p > 0.
Solução.
t
= lim - e - x
t →+∞ 0
= lim (-e - t + e0 )
t →+∞
1
= lim - t + 1
t →+∞
e
= 1.
t +∞
Como lim ∫ e - x dx = 1, a integral
t →+∞ 0 ∫
0
e - x dx é convergente.
+∞ 1 t 1
b) ∫1 x
dx = lim ∫ dx
t →+∞ 1 x
t
= lim ln x
t →+∞ 1
75
= lim ln t = +∞ .
t →+∞
+∞ 1
Como o limite não existe, a integral ∫
1 x
dx é divergente.
+∞ 1
c) Para analisar a convergência da integral ∫ dx, estudaremos os
1 xp
casos em que p = 1 e p ≠ 1.
+∞ 1
Se p = 1 então a integral ∫1 dx é divergente (item (b)).
x
Para p ≠ 1 , temos
+∞ 1 t
∫1 x p
dx = lim ∫ x - p dx
t →+∞ 1
t
x - p +1
= lim
t →+∞ - p + 1
1
t1- p 1
= lim - .
t →+∞ 1 - p 1 - p
1 +∞
e assim a integral
xp ∫
dx com p < 1 é divergente.
1
+∞ 1
Portanto, a integral ∫ dx é convergente para p > 1 e diver-
1 xp
gente para 0 < p ≤ 1.
+∞
Exemplo 1.47. Calcule ∫ 0
e - x sen x dx .
t
∫e
-x
Para calcular a integral sen x dx aplicaremos a integração por
0
partes. Fazendo
du = -e - x dx e v = - cos x.
Assim,
t t t
∫0
e - x sen x dx = -e - x cos x - ∫ e - x cos x dx .
0 0
t
∫e
-x
Para calcular cos x dx , aplicamos novamente a integração por
0
partes. Fazendo
du = -e - x dx e v = sen x.
Logo,
t -x t
t
∫0 + ∫ e - x sen x dx
-x -t
e sen x dx = ( - e cos t + cos 0) - e sen x
0
0
ou seja,
t 1
∫0 e sen x dx = 2 [-e cos t + 1 - e sen t ] .
-x -t -t
+∞ 1
Exemplo 1.48. Calcule ∫
-∞ 2
x +9
dx.
+∞ 1 t 1
∫0 2
x +9
=
t
lim
→+∞ ∫0 2
x +9
dx
t
1 x
= lim arc tg (Seção 1.7.2 – Exercício 4)
t →+∞ 3 30
77
1 t 1
= lim arc tg - arc tg 0
t →+∞ 3 3 3
1 t
= lim arc tg
t →+∞ 3 3
= .
6
0 1
De forma análoga, mostra-se que ∫-∞ 2
= .
x +9 6
Como ambas as integrais são convergentes, a integral dada é conver-
+∞ 1
gente e ∫ dx = .
-∞ x 2 + 9 3
S
a x
Figura 1.22
e determine a área de S .
1
Área S = ∫ e x dx
-∞
1
= lim ∫ e x dx
t →-∞ t
78
1
= lim e x
t →-∞ t
= lim (e - et )
t →-∞
= e u.a .
y y = ex
1 x
Figura 1.23
Observações:
Calculando
1 1 1 1
∫ 0
g ( x) dx = ∫ dx = lim+ ∫ dx = lim+ x t = lim(1
0 t →0 t +
- t) = 1
t →0 t →0
e
1 -1 1 11 1
∫0
f ( x) dx = ∫
0 x
dx = lim+ - ∫ dx = lim+ - ln x t = lim+ - (ln1 - ln t ) = -∞.
t →0 t x t →0 t →0
1 -1 1 11 1
∫
0
f ( x) dx = ∫
0 x
dx = lim+ - ∫ dx = lim+ - ln x t = lim+ - (ln1 - ln t ) = -∞.
t →0 t x t →0 t →0
Logo,
1 1
∫0
g ( x) dx converge, mas ∫
0
f ( x) dx diverge.
+∞ x
Exemplo 1.50. Verifique que a integral imprópria ∫
1 4
x +1
dx é
convergente.
+∞ 1 + e- x
Exemplo 1.51. Mostre que a integral ∫1 x
dx é divergente.
+∞ cos 2 x
Exemplo 1.52. Verifique que ∫
0 x2 + 9
dx é convergente.
1.9.1 Exercícios
1) Verifique se a integral é convergente ou divergente e avalie
aquelas que são convergentes.
+∞ x +∞
∫
2
a) ∫ 2
dx ; e) x e - x dx ;
1 x +1 -∞
81
+∞ 2 1
b) ∫
-∞ 1 + 4t 2
dt ; f) ∫ ln z dz;
0
+∞ 1 +∞ 1
c) ∫ ( x - 2)
3 2
dx ; g) ∫ 0 2
x + 5x + 6
dx;
+∞ dx +∞
d) ∫ 0 x + a2
2
, ( a > 0 ); h) ∫ 0
e - x cos 2 x dx .
+∞ dx +∞ sen 2 x
a) ∫
1 x (1 + e x )
3
; d) ∫ 0 x2 + 1
dx ;
1 e- x +∞ 1
b) ∫0 dx; e) ∫ dx;
x 1
x5 + 1
1 1 1 1+ x
c) ∫
0 2
x -x
dx ; f) ∫0 x
dx .
a) f (t ) = 1; c) f (t ) = e at;
b) f (t ) = cos t ; d) f (t ) = t .
integrate(3*x + 4, x,1, 5)
83
integrate(f(x), x).
Repare que agora ele só tem dois argumentos: o primeiro que deve
ser trocado pela respectiva função a ser integrada e o segundo que
representa a variável de integração. Em
b) integrate(3*exp(3*x),x);
c) integrate(sin(x),x) e em
d) integrate(x^4,x).
Ao realizar esses testes, note que aos resultados podem ser adicio-
nadas constantes de integração para representar toda a família de
primitivas.
y
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
x
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x
Figura 1.25: Esboço do gráfico de f ( x) = e
2
x +1
determinação de área no intervalo [0,1].
integrate((x^2+1)^(1/2) , x).
y
1
0,5
−0,5
−1
x
−0,5 0 0,5 1 1,5
2 2
Figura 1.26: Esboço dos gráficos de y1 = x e y2 = 2 x - x
e determinação de área em [0,1] .
∫e
-x
Exemplo 1.58. Calcular dx.
-∞
∫e →-∞ ∫
-x
dx = blim e - x dx = lim F (b).
b →-∞
-∞ b
integrate(exp(-x), x,0,b)
∫e
-x
Exemplo 1.59. Calcular dx.
-∞
0
Solução. Agora, temos que calcular lim ∫ e - x dx = lim F (b).
b →-∞ b →-∞
O comando b
integrate(exp(-x), x,b,0)
1.10.1 Exercícios
2
∫
2
1) Calcule a integral e - x dx .
2
1
sen , se x ≠ 0
f ( x) = x .
0, se x = 0
4) Considere as integrais
2 5 5
∫0
f (t ) dt = 3, ∫ 0
f ( s ) ds = 8 e ∫ 3
f (u ) du = -1.
3
Encontre ∫
2
f ( x) dx .
b b
5) Se f é contínua em [a, b], mostre que ∫ a
f ( x) dx ≤ ∫
a
f ( x) dx .
1 1
6) Encontre uma função f tal que f ′( x) - - 2 = 0 e f (1) = 1.
x x
87
x3
10) Encontre a derivada da função G ( x) = ∫ cos t dt .
2
x-2 6 x-2
a) ∫ x +1
dx = 2 x - 2 -
3
arc tg
3
+ c;
dx 1 x+a
b) ∫a 2
-x 2
= ln
2a x - a
+ c;
x2 1 2 x2 + 4 + x
c) ∫3 x2 + 4
dx =
6
x x 2 + 4 - ln
3 2
+ c.
f) ∫ tg x dx;
88
∫ cos x dx, ∫e
2x
l) 2
o) ⋅ sen 3 x dx ;
1 + cos 2 x
Sugestão. Use cos 2 x = .
∫x
2
2 p) ⋅ cos x dx ;
m) ∫ log x dx ; q) ∫x
2
⋅ e x dx ;
sen 2 x
∫x
2
⋅ ln x dx.
n) ∫ cos x
dx ; r)
2
x + 1, se | x | ≤ 1
f ( x) = x .
2 , se 1 < x ≤ 2
2
Determine ∫
-1
f ( x) dx.
ln 3 x
2 π
1 1 3
b) ∫
0 1+ t2
dt ; f) ∫
-2
| x 2 - 1| dx;
2 1
1 0
1 π
d) ∫
0
( x - x 2 ) dx ; h) ∫ -π
(sen x + | cos x |) dx .
1 n -1
a) ∫ cos n x dx = cos n-1 x sen x +
n ∫
cos n-2 x dx.
n
y2
19) Calcule a área entre as curvas x = y + 1 e x = - 3.
2
20) Esboce a região limitada pelas curvas dadas e encontre a área
da região.
a) y = x + 6, y = x 3 e y = - x ;
b) x = y 2 - 2, x = e y, y = 1 e y = -1.
+∞ dx +∞ 1
b) ∫ ; d) ∫ dx .
-∞ 2
x + 2x + 2 3 x(ln x) 4
+∞ | sen x | +∞ 1 +∞ 1 + e- x
a) ∫ dx; b) ∫ 2
dx; c) ∫ dx.
1 x3 -∞ x + 10 1 x
+∞
24) a) Mostre que ∫ -∞
x dx é divergente.
+t +∞ t
b) Verifique que lim ∫ x dx = 0 . Note que
t →+∞ - t ∫
-∞
x dx ≠ lim ∫ x dx.
t →+∞ - t
Resumo
Os principais assuntos estudados neste capítulo foram:
• Método da Substituição;
57 77
3) ; .
60 60
4) Sim, é limitada em [0, 4] e descontínua somente no ponto 2.
5) .
1.3.1 Exercícios
1) 34; 22; 28 . 2) .
1.4.1 Exercícios
1) 0.
10 7
2) a) ∫ 2
f ( x) dx ; b) ∫
2
f ( x) dx .
91
3) -10.
1.5.1 Exercícios
3 2
1) a) ; c) (e - 1) ;
2
b) 0; d) ;
2) a) ;
b) - ln x 2;
c) -e - x cos e - x.
3) .
1.6.1 Exercícios
3 x5 1 3
1) a) x + + x + c ; d) x + c;
5 6
t2 9
b) - + c; e) sec x + c ;
2 t
c) -e - x + c; f) .
1 2
3) 3cos x + + 7.
x x
3e 4 + 13 π2
4) a) ; b) 3 + .
6 4
1.7.1 Exercícios
1 ln 2 x
1) a) 3 (3 x - 1) 4 + c ; d) + c;
4 2
1 e) ln | sen x | +c;
b) sen (5 x + 2) + c ;
5
1 x -1
c) x 2 + 4 + c ; f) arc tg + c;
2 2
1
2) a) ; c) [e12 - e3 ] ;
6
3 3 39 - 1
b) - + ; d) .
ln 6 ln 3 ln 3
92
3) ln | sec x + tg x | + c.
1.7.2 Exercícios
1
1) a) e x ( x 2 - 2 x + 2) + c ; d) x arc tg x - ln (1 + x 2 ) + c ;
2
b) ( x - 3) tg x + ln | cos x | +c ; 2
e) x ln ( x + 1) - 2 x + 2 arc tg x + c ;
x5 1 1
c) ln x - + c ; f) [sec x tg x + ln | sec x + tg x |] + c .
5 5 2
2) a) e 2; c) ;
1 1 1
b) - ; d) - ln 2.
2 2 2
1.8.1 Exercícios
1 1
1) a) u.a. d) u.a.
2 2
b) 1
e) u.a.
4
1
c) ln 2 + u.a. f) 18 u.a.
2
2) a)
b)
16
c) u.a.
3
1.9.1 Exercícios
1) a) Diverge; e) 0;
b) π ; f) -1;
2
c) 1; g) - ln ;
3
1
d) ; h) .
2a 5
2) a) Converge; b) Converge;
93
c) Diverge; d) Converge;
e) Converge; f) Diverge.
1
3) a) , s > 0;
s
s
b) 2
, s > 0;
s +1
1
c) , s > a;
s-a
1
d) , s > 0.
s2
1.10.1 Exercícios
1) 0.
4) 6.
1
6) f ( x) = ln x - + 2 .
x
10) 3 x 2 cos x 3.
x3 1 x -1
12) a) - cos x + c; j) arc tg + c;
3 2 2
x4 x2 1
b) - 9 3 x + 2ln | x | +c; k) + tg 5 x + c;
4 2 5
1 1 1
c) x - + c; l) x + sen 2 x + c;
x 2 4
d) ; m) x log x - x log e + c;
e) ; n) -2cos x + c;
e2 x
f) ln | sen x | +c ; o) (2sen 3 x - 3cos 3 x) + c ;
13
g) -ecos x + c; p) x 2 sen x + 2 x cos x - 2sen x + c;
h) - cos (sen x) + c ; q) x 2e x - 2 xe x + 2e x + c;
94
1 x3 x3
i) ln x 2 - 2 x + 5 + c; r) ln - + c;
2 3 9
8 2
14) + .
3 ln 2
1
15) a) ; e) ;
384
π 28
b) ; f) ;
4 3
π 3
c) 2ln 2 - 1 ; g) + -1;
12 2
d) ; h) 4.
17)
18)
19) 18 u.a.
20) a) 19
10
b) e - e -1 + u.a.
3
2 +1
21) ln u.a.
2 - 1
23) a) Converge ;
b) Converge ;
c) Diverge.
Capítulo 2
Métodos de Integração
Capítulo 2
Métodos de Integração
a) ∫ tg x dx = ln | sec x | +c ;
b) ∫ sec x dx = ln | sec x + tg x | +c .
98
Solução.
sen x
a) ∫ tg x dx = ∫ cos x dx .
Aplicando o método da substituição, fazemos
u = cos x . Então du = - sen xdx .
Assim,
du
∫ tg x dx = -∫ u
= - ln | u | +c
= - ln | cos x | +c
= ln | sec x | + c .
(sec x + tg x)
sec x = sec x
(sec x + tg x)
e aplicaremos o método da substituição. Temos,
(sec x + tg x)
∫ sec x dx = ∫ sec x (sec x + tg x) dx
sec 2 x + sec x ⋅ tg x
=∫ dx .
sec x + tg x
= ln | sec x + tg x | +c .
a) ∫ x tg x 2 dx ;
3x + 1
b) ∫ sec dx .
2
99
Solução.
2 1
a) Fazendo u = x temos du = x dx . Assim,
2
1
∫ x tg x dx = 2 ∫ tg u du
2
1
= ln | sec x 2 | +c .
2
3x + 1 2
b) Fazendo u = temos dx = du . Então
2 3
3x + 1 2
∫ sec 2 dx = 3 ∫ sec u du
2
= ln | sec u + tg u | +c
3
2 3x + 1 3x + 1
= ln sec + tg +c.
3 2 2
2 x + cos 2 x = 1
sen (1)
1 - cos 2 x
sen 2 x = (2)
2
1 + cos 2 x
cos 2 x = , (3)
2
a) ∫ sen 3 x dx ; b) ∫ cos x dx .
4
100
Solução.
= (1 - cos 2 x) sen x
u = cos x e du = - sen x dx .
Portanto,
∫ sen x dx = - cos x + ∫ u
3 2
du
u3
= - cos x + + c
3
cos3 x
= - cos x + +c.
3
O mesmo raciocínio aplicado para resolver este exemplo é válido
para obter as integrais ∫ sen n x dx ou ∫ cos n x dx , quando n é ímpar.
Note, a ideia é escrever o integrando de forma que apareça somen-
te um fator seno (e o resto da expressão em termos de cosseno) ou
apenas um fator cosseno (e o resto da expressão em termos de seno).
1 1 1 1 + cos 4 x
= + cos 2 x +
4 2 4 2
101
1 1 1 1
= + cos 2 x + + cos 4 x
4 2 8 8
3 1 1
= + cos 2 x + cos 4 x .
8 2 8
Assim,
3 1 1
∫ cos x dx = ∫ 8 + 2 cos 2 x + 8 cos 4 x dx
4
3 1 1
= ∫ dx + ∫ cos 2 x dx + ∫ cos 4 x dx
8 2 8
3 1 1
= x + sen 2 x + sen 4 x + c .
8 4 32
a) ∫ sen 2 x ⋅ cos5 x dx ;
∫ sen
2
b) x ⋅ cos 2 x dx .
Solução.
= ∫ u 2 du - 2 ∫ u 4 du + ∫ u 6 du
1 2 1
= sen 3 x - sen 5 x + sen 7 x + c .
3 5 7
b) Neste exemplo m e n são números pares. Então vamos reescrever
o integrando usando as identidades (2) e (3).
1 - cos 2 x 1 + cos 2 x
sen 2 x ⋅ cos 2 x = ⋅
2 2
1
= (1 - cos 2 2 x)
4
1 1 + cos 4 x
= 1-
4 2
1 1
= - cos 4 x .
8 8
Portanto,
1 1
∫ sen x ⋅ cos 2 x dx = ∫ dx - ∫ cos 4 x dx
2
8 8
1 1
= x - sen 4 x + c .
8 32
sec 2 x - tg 2 x = 1 (4)
103
a) ∫ tg 4 x dx ;
b) ∫ cotg 3 x dx .
Solução.
tg 4 x = tg 2 x ⋅ tg 2 x
= tg 2 x(-1 + sec 2 x)
= - tg 2 x + tg 2 x ⋅ sec 2 x
= tg 2 x ⋅ sec 2 x - sec 2 x + 1 .
Assim,
∫ tg x dx = ∫ tg x ⋅ sec x dx - ∫ sec x dx + ∫ dx .
4 2 2 2
u = tg x e du = sec 2 x dx .
Portanto,
∫ tg x dx = ∫ u
4 2
du - tg x + x
tg 3 x
= - tg x + x + c .
3
b) Preparando o integrando temos,
Assim,
u = cotg x e du = - cossec 2 x dx .
Portanto,
∫ cotg x dx = -∫ u du - ln | sen x |
3
- cotg 2 x
= + ln | cossec x | +c .
2
a) ∫ sec 4 x dx ;
b) ∫ cossec3 x dx .
Solução.
= sec 2 x (tg 2 x + 1)
= sec 2 x ⋅ tg 2 x + sec 2 x .
Assim,
∫ sec x dx = ∫ u
4 2
du + tg x
tg 3 x
= + tg x + c .
3
b) Temos,
Fazendo
u = cossec x e dv = cossec 2 x dx , temos
du = - cossec x ⋅ cotg x dx e v = - cotg x .
Assim,
Usando a identidade
cotg 2 x = -1 + cossec 2 x
temos,
Portanto,
1
∫ cossec x dx = 2 (- cossec x ⋅ cotg x + ln | cossec x - cotg x |) + c .
3
∫ tg
m
Vamos considerar integral da forma x ⋅ sec n xdx , onde m, n são
inteiros positivos.
a) ∫ tg 6 x ⋅ sec 4 x dx ;
b) ∫ tg 3 x ⋅ sec5 x dx .
Solução.
= tg 6 x (tg 2 x + 1) sec 2 x
Fazendo
u = tg x temos du = sec 2 x dx .
Portanto,
∫ tg x ⋅ sec x dx = ∫ u 8 du + ∫ u 6 du
6 4
tg 9 x tg 7 x
= + +c.
9 7
b) O expoente da tg x é ímpar. Neste caso, vamos preparar o inte-
grando usando a identidade (4) de modo a ter um fator tg x ⋅ sec x .
Assim,
Portanto,
= ∫ u 6 du - ∫ u 4 du
sec7 x sec5 x
- = +c,
7 5
pois se u = sec x então du = sec x ⋅ tg xdx .
∫ tg xdx = ∫ tg 2 x ⋅ tg n - 2 xdx
n
u = tg x e du = sec 2 xdx .
Logo,
∫ tg xdx = ∫ u n - 2 du - ∫ tg n - 2 xdx
n
u n -1
= - ∫ tg n - 2 xdx , (n ≠ 1)
n -1
1
= tg n -1 x - ∫ tg n - 2 xdx .
n -1
u = sec n - 2 x dv = sec 2 x dx
du = (n - 2) sec n - 2 x ⋅ tg x dx v = tg x .
Logo,
I = sec n - 2 x ⋅ tg x - (n - 2) ∫ sec n - 2 x ⋅ tg 2 x dx .
Usando a identidade
tg 2 x = -1 + sec 2 x ,
segue que
Assim,
= sec n - 2 x ⋅ tg x - (n - 2) I + (n - 2) ∫ sec n - 2 x dx ,
ou seja,
(n - 1) I = sec n - 2 x ⋅ tg x + (n - 2) ∫ sec n - 2 x dx .
Portanto,
1 n-2
I =
n -1
sec n - 2 x ⋅ tg x +
n -1 ∫ sec n - 2 x dx , n ≠ 1 .
■
109
Solução.
1 1
∫ sec x dx = 2 sec x ⋅ tg x + 2 ∫ sec x dx
3
1
= (sec x ⋅ tg x + ln | tg x + sec x |) + c .
2
1
sen ax ⋅ cos bx = [sen(a - b) x + sen(a + b) x ] ; (6)
2
1
sen ax ⋅ sen bx = [ cos(a - b) x - cos(a + b) x ] ; (7)
2
1
cos ax ⋅ cos bx = [ cos(a - b) x + cos(a + b) x ] . (8)
2
1
∫ sen 5 x ⋅ cos 2 x dx = 2 ∫ (sen 3x + sen 7 x) dx
1 cos 3 x cos 7 x
=- + +c.
2 3 7
2.1.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
c) ∫ e x ⋅ tg 4 e x dx ; d) ∫ sec3 ( x + 2) dx ;
e) ∫ sen 3 2 x ⋅ cos 4 2 x dx ; f) ∫ tg x ⋅ sec
3 4
x dx ;
cos3 x
g) ∫ sen 4 x ⋅ cos 5 x dx ; h) ∫ sen 4 x dx .
2) Mostre que
-1 n-2
∫ cossec x dx = n -1 ∫
n
cossec n - 2 x ⋅ cotg x + cossec n - 2 xdx,
n -1
onde n é um inteiro positivo e n ≠ 1 .
3) Verifique que ∫-
sen mx ⋅ cos nx dx = 0 , para m, n ∈ Z .
a2 - x2 , x 2 + a 2 ou x 2 - a 2 , com a > 0 ,
Temos,
a 2 - x 2 = a 2 - (a sen ) 2
= a 2 (1 - sen 2 )
= a 2 cos 2
= a cos 2
= a | cos | .
111
a
x
a2 − x2
Figura 2.1
-
Para facilitar os cálculos, vamos supor ∈ , . Dessa forma,
2 2
cos ≥ 0 e | cos | = cos , logo a 2 - x 2 = a cos .
4 - x2
Exemplo 2.10. Calcular ∫ x2
dx .
= ∫ (cossec 2 - 1) d
= - cotg - + c .
Agora, devemos retornar à variável original x . Temos x = 2sen com
-
∈ , . Nesse intervalo a função seno é inversível, então
2 2
x
= arcsen .
2
Para expressar a cotg em termos da variável x , basta observar a
Figura 2.2. Logo,
cos 4 - x2
cotg = = .
sen x
112
2
x
22 − x 2
Figura 2.2
Portanto,
4 - x2 4 - x2 x
∫ x 2
dx = -
x
- arcsen + c .
2
1
Exemplo 2.11. Calcular ∫x 2
9 - x2
dx .
Solução. Fazendo x = 3sen com - ≤ ≤ então
2 2
dx = 3cos d e 9 - x 2 = 3cos .
Assim,
1 3cos
∫x 2
9 - x2
dx = ∫
9sen 2 ⋅ 3cos
d
1 d
= ∫
9 sen 2
1
= ∫ cossec 2 d
9
1
= - cotg + c .
9
9 - x2
Temos x = 3sen e 2
9 - x = 3cos então, cotg = .
x
Portanto,
1 9 - x2
∫x 2
9 - x2
dx = -
9x
+c.
a
Exemplo 2.12. Calcular ∫0
a 2 - x 2 dx , a > 0 .
Solução. Fazendo x = a sen com - ≤ ≤ . Então
2 2
dx = a cos d e a 2 - x 2 = a cos .
113
∫
2
=a 2
cos 2 d
0
1 + cos 2
∫
2
=a 2
d
0 2
a 2 2
= ∫ d + ∫ 2 cos 2 d
2 0 0
a2 1
= 2 + sen 2 2
2 2
0 0
a2 1
= + (sen - sen 0)
2 2 2
a2
= .
4
Observe que, nesse exemplo, foi calculado um quarto da área do cír-
culo de raio a .
x2 + a2
x
θ
a
Figura 2.3
114
Vamos supor que - < < . Note que com neste intervalo, a
2 2
função tangente é inversível e a função secante é positiva. Então
x 2 + a 2 = a 2 tg 2 + a 2
= a 2 (tg 2 + 1)
= a 2 sec 2
= a | sec |
= a sec .
x2 + 4
Exemplo 2.13. Calcular ∫ 4
dx .
Solução. Fazendo x = 2 tg com - < < , temos
2 2
dx = 2sec 2 d e 2
x + 4 = 2sec .
Assim,
x 2 + 4 dx 1
∫ 4
= ∫ (2sec )(2sec 2 ) d
4
= ∫ sec3 d .
1 1
= sec ⋅ tg + ln | sec + tg | +c .
2 2
x x2 + 4
tg = e sec = .
2 2
Portanto,
x2 + 4 1 1 x + x2 + 4
∫ 4
dx = x x 2 + 4 + ln
8 2 2
+ c1
1 1 1 1
= x x 2 + 4 + ln x + x 2 + 4 + ln + c1
8 2 2 2
1 1 1 1
= x x 2 + 4 + ln x + x 2 + 4 + c onde c = ln + c1 .
8 2 2 2
115
Exemplo 2.14.
dx
a) Mostre que ∫ 2
a +x 2
= ln x + x 2 + a 2 + c , com a > 0 ;
dx
b) Use o item a) para calcular ∫ x 2 + 2 x + 10
.
Solução.
dx
a) Para calcular a integral ∫ a2 + x2
, vamos fazer a mudança de
variável
x = a tg com - << .
2 2
Então
dx = a sec 2 d e a 2 + x 2 = a sec .
Assim,
dx a sec 2
∫ a2 + x2
=∫
a sec
d
= ∫ sec d
= ln | tg + sec | +c1 .
x = a tg e a 2 + x 2 = a sec então
x x2 + a2
tg = e sec = .
a a
Portanto,
dx x x2 + a2
∫ a2 + x2
= ln
a
+
a
+ c1
1
= ln x + x 2 + a 2 + ln + c1
a
1
= ln x + x 2 + a 2 + c , onde c = ln + c1 .
a
dx
b) Para calcular ∫ x 2 + 2 x + 10
, vamos completar quadrados.
Escrevemos
dx dx
∫ x 2 + 2 x + 10
=∫
( x + 1) 2 + 9
.
116
dx dt
∫ ( x + 1) + 9 2
=∫
t2 + 9
= ln ( x + 1) + ( x + 1) 2 + 9 + c .
Portanto,
dx
∫ 2
x + 2 x + 10
= ln ( x + 1) + x 2 + 2 x + 10 + c .
du
Exemplo 2.15. Calcule ∫u 9 + 4u 2
.
du
Solução. Para calcular a integral ∫u 9 + 4u 2
faremos a substituição
x = 2u e obtemos dx = 2du .
Assim,
du 1 dx
∫u9 + 4u
∫ =
2 x 9 + x2
2
2
dx
=∫ .
x 9 + x2
Agora, fazendo
x = 3 tg com - < < então
2 2
dx = 3sec 2 d e 9 + x 2 = 3sec .
Segue que
dx 3sec 2
∫x 9 + x2
=∫
3 tg ⋅ 3sec
d
1 sec
3 ∫ tg
= d
1
3∫
= cossec d
1
= ln cossec - cotg + c1 .
3
Devemos escrever este resultado em termos da variável original u .
Inicialmente, escrevemos em termos da variável x e em seguida de
u . Como
117
x 9 + x2
tg = e sec = então
3 3
3 9 + x2
cotg = e cossec = .
x x
Portanto,
du 1
∫u = ln cossec - cotg + c1
9 + 4u 2 3
1 9 + x2 3
= ln - + c1
3 x x
1 9 + 4u 2 - 3
= ln + c1
3 2u
1 9 + 4u 2 - 3 1 1
= ln + c , onde c = ln + c1 .
3 u 3 2
x 2 - a 2 = a 2 sec 2 - a 2
= a 2 (sec 2 - 1)
= a tg 2
= a | tg | .
x
x2 − a2
θ
a
Figura 2.4
Assim,
x 2 - a 2 = a | tg |
= a tg .
dx
a) ∫ x2 - a2
com a > 0 ;
dx
b) ∫ .
4 x2 - 5
Solução.
dx
a) Para calcular a integral ∫ x2 - a2
faremos a mudança de variável
3
x = a sec onde ∈ 0, , . Então
2 2
dx = a tg ⋅ sec d e x 2 - a 2 = a tg .
Assim,
dx a tg ⋅ sec d
∫ 2
x -a 2
=∫
a tg
= ∫ sec d
= ln | tg + sec | +c1 .
x = a sec e x 2 - a 2 = a tg então
x x2 - a2
sec = e tg = .
a a
Portanto,
dx x2 - a2 x
∫ x2 - a2
= ln
a
+ + c1
a
1
= ln x 2 - a 2 + x + c , onde c = ln + c1 .
a
dx
b) Para calcular a integral ∫ 4x2 - 5
faremos a mudança de variável
t = 2 x e obtemos dt = 2dx .
119
Assim,
dx 1 dt
∫ 2
4x - 5
=
2 ∫ t2 - 5
1
= ln t 2 - 5 + t + c (pelo item a))
2
1
= ln 4x2 - 5 + 2 x + c .
2
dx
Exemplo 2.17. Calcular ∫x 2
x 2 - 16
.
Assim,
dx 4 tg ⋅ sec
∫x 2 2
x - 16
=∫
16sec 2 ⋅ 4 tg
d
1 1
= ∫
16 sec
d
1
16 ∫
= cos d
1
= sen + c .
16
Vamos retornar à variável original x . Como,
x 2 - 16 x tg x 2 - 16
tg = e sec = então sen = = .
4 4 sec x
Portanto:
dx x 2 - 16
∫x 2
x 2 - 16
=
16 x
+c.
2.2.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
9 - x2 x2
a) ∫ x2
dx ; b) ∫3 x2 + 4
dx ;
120
x2 9 - 4x 2 .
c) ∫ x2 - 4
dx ; d) ∫ x
dx
x3 + x 2
= ( x 2 + x + 2) + .
x -1 x -1
Para calcular a integral da função f ( x) , devemos verificar inicial-
mente se f ( x) é própria ou imprópria. Se f ( x) é própria, então
devemos escrever a função como soma de frações parciais mais sim-
ples (um resultado da álgebra garante que sempre é possível fazer
isso), e a partir desta soma encontramos a integral da função f ( x) .
Se f ( x) é imprópria, então devemos dividir p ( x) por q ( x) e tere-
mos f ( x) escrita como soma de um polinômio e uma função racio-
nal própria. Neste caso para obter a integral da f ( x) , basta encon-
trar a integral do polinômio (que se obtém facilmente) e a integral
da função racional própria.
121
p( x) A1 A2 An
= + + + ,
q( x) a1 x + b1 a2 x + b2 an x + bn
onde A1 , A2 , , An são constantes que devem ser determinadas me-
diante a técnica de coeficientes indeterminados ou a de substituição
de valores.
x +8
Exemplo 2.18. Calcular ∫x 2
+ x-2
dx .
x +8
Solução. A função racional f ( x) = 2
é própria.
x + x-2
Decompondo o polinômio do denominador temos
q ( x) = x 2 + x - 2 = ( x - 1) ( x + 2) .
x +8 A A
2
= 1 + 2 .
x + x - 2 x -1 x + 2
Para determinar A1 e A2 , vamos multiplicar ambos os lados da equa-
ção acima por ( x - 1) ( x + 2) , e assim obtemos
x + 8 = A1 ( x + 2) + A2 ( x - 1)
= ( A1 + A2 ) x + (2 A1 - A2 ) .
A1 + A2 = 1
.
2 A1 - A2 = 8
Resolvendo o sistema temos
A1 = 3 e A2 = -2 .
x +8 3 2
2
= - .
x + x - 2 x -1 x + 2
Portanto,
x+8 3 -2
∫ 2
x + x-2
dx = ∫
x -1
dx + ∫
x+2
dx
= 3ln | x - 1| -2 ln | x + 2 | +c .
Logo,
A1 = 3 e A2 = -2 .
x -1
Exemplo 2.19. Calcular ∫x 3
+ x2 - 4x - 4
dx .
x - 1 = A1 ( x + 1) ( x + 2) + A2 ( x - 2) ( x + 2) + A3 ( x - 2) ( x + 1) .
ou seja,
1 2 3
A1 = , A2 = e A3 = - .
12 3 4
Logo, a decomposição em frações parciais é
x -1 1 2 3
32
= + - .
x + x - 4 x - 4 12( x - 2) 3( x + 1) 4( x + 2)
Portanto,
x -1 1 dx 2 dx 3 dx
∫x 3 2
+ x - 4x - x
dx = ∫
12 x - 2 3 x + 1 4 ∫ x + 2
+ ∫ -
1 2 3
= ln | x - 2 | + ln | x + 1| - ln | x + 2 | + c.
12 3 4
x 4 - x3 - 3x 2 - 2 x + 2
Exemplo 2.20. Calcular I = ∫ dx .
x3 + x 2 - 2 x
124
x 4 - x3 - 3x 2 - 2 x + 2 x2 - 6x + 2
= ( x - 2) + .
x3 + x 2 - 2 x x3 + x 2 - 2 x
Assim,
x2 - 6x + 2
I = ∫ ( x - 2) dx + ∫ dx .
x3 + x 2 - 2 x
A primeira integral não apresenta dificuldade. Precisamos calcular a
segunda integral, para isso vamos decompor o integrando em frações
parciais. Temos,
x 2 - 6 x + 2 A1 A A
3 2
= + 2 + 3 .
x + x - 2x x x -1 x + 2
x 2 - 6 x + 2 = A1 ( x - 1) ( x + 2) + A2 x ( x + 2) + A3 x( x - 1) .
Agora,
para x = 0 temos 2 = -2A1 ,
para x = 1 temos - 3 = 3A2 ,
para x = -2 temos 18 = 6A3 ,
ou seja,
A1 = -1 , A2 = -1 e A3 = 3 .
Logo,
dx dx dx
I = ∫ ( x - 2) dx - ∫ -∫ + 3∫
x x -1 x+2
x2
= - 2 x - ln | x | - ln | x - 1| +3ln | x + 2 | +c .
2
x2 + x + 1
Exemplo 2.21. Calcular ∫ x3 - 3x 2 + 3x - 1 dx .
125
x 2 + x + 1 = ( x - 1) 2 A1 + ( x - 1) A2 + A3 .
ou seja,
A1 = 1, A2 = 3 e A3 = 3 .
Portanto,
x2 + x + 1 dx dx dx
∫ x3 - 3x 2 + 3x - 1 dx = ∫ x - 1 + 3∫ ( x - 1)2 + 3∫ ( x - 1)3
3 3
= ln | x - 1| - - +c .
( x - 1) 2( x - 1) 2
x +1
Exemplo 2.22. Calcular ∫x 3
+ 4x2 + 4x
dx .
x + 1 = A1 ( x + 2) 2 + A2 x ( x + 2) + A3 x .
4 A1 = 1
-2 A3 = -1 .
A - A - A = 0
1 2 3
Ax + B
2
,
ax + bx + c
onde A e B são constantes a determinar.
x2 - 2 x - 3
Exemplo 2.23. Calcular ∫ x3 + x 2 - 2 dx .
Solução. A equação q ( x) = x 3 + x 2 - 2 = 0 tem somente uma raiz
real, x = 1 . Assim, o polinômio q ( x) é decomposto como
q ( x) = ( x - 1) ( x 2 + 2 x + 2) , ( x 2 + 2 x + 2 é fator irredutível)
x 2 - 2 x - 3 = A( x 2 + 2 x + 2) + ( Bx + C ) ( x - 1)
= ( A + B ) x 2 + (2 A - B + C ) x + (2 A - C ) .
127
4 9 x +1 2 dx
= - ln | x - 1| + ∫ 2 dx - ∫ 2 .
5 5 x + 2x + 2 5 x + 2x + 2
u = x 2 + 2 x + 2 então du = (2 x + 2)dx .
Assim,
x +1 1 du
∫x 2
+ 2x + 2
dx = ∫
2 u
1
= ln | x 2 + 2 x + 2 | +c1 .
2
Na segunda integral completamos o quadrado no denominador e ob-
temos
dx dx
∫ x 2 + 2 x + 2 = ∫ ( x + 1)2 + 1
= arctg( x + 1) + c2 .
Portanto,
x2 - 2 x - 3 4 9 2
∫ x3 + x 2 - 2 dx = - 5 ln | x - 1| + 10 ln | x + 2 x + 2 | - 5 arctg( x + 1) + c.
2
x 2 - x - 21
Exemplo 2.24. Calcular ∫ 3 dx .
2 x - x2 + 8x - 4
Solução. O polinômio q ( x) = 2 x 3 - x 2 + 8 x - 4 pode ser escrito como
q ( x) = (2 x - 1) ( x 2 + 4) .
128
x 2 - x - 21 A Bx + C
3 2
= + 2 .
2 x - x + 8x - 4 2 x -1 x + 4
Multiplicando a equação por (2 x - 1) ( x 2 + 4) , temos
x 2 - x - 21 = A( x 2 + 4) + ( Bx + C ) (2 x - 1)
= ( A + 2 B ) x 2 + (- B + 2C ) x + (4 A - C )
A + 2B = 1
- B + 2C = -1 ,
4 A - C = -21
ou seja,
A = -5, B=3 e C = 1.
Portanto,
x 2 - x - 21 dx 3x + 1
∫ 2 x3 - x 2 + 8 x - 4 dx = -5∫ 2 x - 1 + ∫ x 2 + 4 dx
5 x dx
= - ln | 2 x - 1| +3∫ 2 dx + ∫ 2
2 x +4 x + 22
5 3 1 x
= - ln | 2 x - 1| + ln( x 2 + 4) + arctg + c.
2 2 2 2
5 x3 - 3x 2 + 7 x - 3
Exemplo 2.25. Calcular ∫ x 4 + 2 x 2 + 1 dx .
Solução. Decompondo o polinômio do denominador, temos
q ( x) = x 4 + 2 x 2 + 1 = ( x 2 + 1) ( x 2 + 1) .
129
5 x3 - 3 x 2 + 7 x - 3 = ( A1 x + B1 ) ( x 2 + 1) + ( A2 x + B2 )
= A1 x 3 + B1 x 2 + ( A1 + A2 ) x + ( B1 + B2 ) .
A1 = 5, B1 = -3, A2 = 2 e B2 = 0 .
Portanto,
5 x3 - 3x 2 + 7 x - 3 5x - 3 2x
∫ x 4 + 2 x + 1 dx = ∫ x 2 + 1 dx + ∫ ( x 2 + 1)2 dx
x dx x
= 5∫ 2 dx - 3∫ 2 + 2∫ 2 dx
x +1 x +1 ( x + 1) 2
5 1
= ln( x 2 + 1) - 3arctg x - 2 +c.
2 x +1
2 x3 - 5 x + 7
Exemplo 2.26. Calcular ∫ dx .
( x 2 + 4) 2
Solução. O integrando é uma função racional própria. O polinômio
do denominador envolve um fator quadrático irredutível com multi-
plicidade 2. Assim, o integrando pode ser escrito na forma
2 x 3 - 5 x + 7 A1 x + B1 A2 x + B2
= 2 + .
( x 2 + 4) 2 x + 4 ( x 2 + 4) 2
Multiplicando por ( x 2 + 4) 2 a equação acima, temos
2 x 3 - 5 x + 7 = ( A1 x + B1 )( x 2 + 4) + ( A2 x + B2 )
= A1 x 3 + B1 x 2 + (4 A1 + A2 ) x + (4 B1 + B2 ).
130
ou seja,
A1 = 2, B1 = 0, A2 = -13 e B2 = 7 .
Logo,
2 x3 - 5 x + 7 2x -13 x + 7
∫ ( x 2 + 4)2 dx = ∫ x 2 + 4 dx + ∫ ( x 2 + 4)2 dx
2x x 1
=∫ 2
dx - 13∫ 2 2
dx + 7 ∫ 2 dx.
x +4 ( x + 4) ( x + 4) 2
Para calcular as duas primeiras integrais, faremos a mudança de va-
riável
u = x 2 + 4 e obtemos du = 2 x dx .
Assim,
2x du
∫x 2
+4
dx = ∫
u
= ln( x 2 + 4) + c1 ,
e
x 1 1
∫ (x 2
+ 4) 2
dx = ∫ 2 du
2 u
1
=- 2
+ c2 .
2( x + 4)
dx
Para obter a integral ∫ (x 2
+ 4) 2
vamos recorrer a uma substituição
trigonométrica.
Fazendo
x = 2 tg , para - < < , obtemos dx = 2sec 2 d .
2 2
Segue que,
dx 2sec 2
∫ ( x 2 + 4)2 ∫ (4 tg 2 + 4)2 d
=
2 sec 2
16 ∫ sec 4
= d
131
1
=
8 ∫ cos 2 d
1 1 + cos 2
8∫
= d
2
1 1
= + sen 2 + c3
16 2
1
= [ + sen ⋅ cos ] + c3 .
16
x2 + 4
x
θ
2
Figura 2.5
Logo,
dx 1 x 2x
∫ (x 2 2
= arc tg + 2
+ 4) 16 2 x + 4
+ c3 .
Portanto,
2 x3 - 5 x + 7 13 7 x 2x
∫ ( x 2 + 4)2 dx = ln( x + 4) + 2( x 2 + 4) + 16 arc tg 2 + x 2 + 4 + c.
2
2.3.1 Exercícios
1) Escreva as formas de decomposição em frações parciais das
funções abaixo:
2x +1 x +1
a) ; c) ;
x - 2 x2 - 5x + 6
3
x( x + 2 x + 3) 2
2
2x2 - x + 4 2x2
b) ; d) 3 .
x3 + 4 x x - x2 + x + 3
132
2) Calcule as integrais.
x +1 x3 + x 2 + x + 2
a) ∫ x3 + x 2 - 6 x dx ; d) ∫ x 4 + 3x 2 + 2 dx ;
2 x3 + x 2x2 + 3
b) ∫ dx ; e) ∫ 2 dx .
x -1 ( x + 1) 2
1
c) ∫ 2
dx ;
x( x + x + 1)
Sugestão. Veja o Exemplo 2.26.
dx
Exemplo 2.27. Calcular ∫ 1 + sen x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
2u 2
sen x = 2
e dx = 2
du .
u +1 u +1
Assim, 2
dx 2
∫ 1 + sen x = ∫ u +2u du
1
1+ 2
u +1
2 u2 +1
=∫ 2 ⋅ 2 du
u + 1 u + 2u + 1
2
=∫ 2
du
u + 2u + 1
du
= 2∫
(u + 1) 2
-2
= +c (Voltando à variável original)
(u + 1)
-2
= +c.
x
tg + 1
2
dx
Exemplo 2.28. Calcular ∫ 7 - 2 cos x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
1- u2 2
cos x = 2 e dx = 2 du .
u +1 u +1
Portanto: 2
dx 2
∫ 7 - 2 cos x = ∫ u 1+- u 2 du
1
7 - 2⋅ 2
u +1
2 u2 +1
=∫ 2 ⋅ du
u + 1 9u 2 + 5
2
=∫ 2
du
9u + 5
134
2 1
= ∫
9 u2 + 5
du
9
2 3 3u
= ⋅ ⋅ arc tg +c
9 5 5
2 5 3 5
= arctg u+c (Voltando à variável original)
15 5
2 5 3 5 x
= arctg tg + c .
15 5 2
dx
Exemplo 2.29. Calcular ∫ 1 + sen x - cos x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
2u 1- u2 2
sen x = 2
, cos x = 2 e dx = 2
du .
u +1 u +1 u +1
Assim, 2
dx 2
2
=∫ 2
du
2u + 2u
du
=∫
u (u + 1)
du du
=∫ -∫
u u +1
= ln | u | - ln | u + 1| +c
x x
= ln tg - ln 1 + tg + c
2 2
x
tg
= ln 2 +c.
x
1 + tg
2
135
2.4.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
1 + sen x dx
a) ∫ 1 + cos x dx ; b) ∫ 4sen x - 3cos x .
dx x
2) Mostre que ∫ sen x = ln tg
2
+ c.
Exercícios de fixação
1) Calcular as integrais abaixo:
1 - sen x
∫ sen ∫
2
a) x ⋅ cos3 x dx ; h) dx ;
cos x
∫ cotg x dx ; ∫ sec x dx ;
4
b) i)
∫ cossec x dx ; ∫ tg
3
c) j) x ⋅ sec x dx ;
sec 2 x
∫ cos x ⋅ sen x dx ; ∫ cotg x dx ;
5 4
d) k)
1 - tg 2 x
∫ sen x ⋅ cos xdx ; ∫ sec2 x dx ;
3
f) m)
x
∫ cos x ⋅ tg x dx ; n) ∫
2 3
g) tg 3 x 2 - 1 dx .
2
x -1
2) Calcule as integrais:
2
∫ cotg 2 x dx ∫ cos3 x dx
2
a) b)
0
6
0, se m ≠ n
6) Mostre que ∫- sen mx sen nx dx = , onde m e n são
, se m = n
inteiros positivos.
7) Calcular as integrais.
dx dx
a) ∫x 2
4 + x2
; e) ∫ b2 x2 - a 2
, onde a, b > 0 ;
dx a2 - x2
b) ∫ 3 - x2
; f) ∫ x2
dx , onde a > 0 ;
dx x2
c) ∫ 16 - 9 x 2
; g) ∫ x2 - 4
dx ;
ex x
d) ∫ e2 x + 1
dx ; h) ∫ x2 + 4 x - 5
dx ,
Sugestão. Escreva x 2 + 4 x - 5 = ( x + 2) 2 - 9 .
x2 y 2
8) Encontre a área limitada pela elipse 2 + 2 = 1 .
a b
dx
a) ∫ x +a 2 2
= ln x + x 2 + a 2 + c , onde a > 0 ;
dx 1 x+a
b) ∫a 2
-x 2
= ln
2a x - a
+ c , onde a > 0 .
2x -1 1 x3
a) ∫ ( x - 1) ( x - 2)dx ; e) ∫ 0 x2 + 1
dx ;
3x - 7 x2 + 1
b) ∫ x3 + x 2 + 4 x + 4 dx ; f) ∫ x 2 - x dx ;
dx dx
c) ∫ (x 2
- x) ( x 2 - x + 1) 2
; g) ∫ 3x 2
+ 7x + 2
;
4x4 dx
d) ∫ 4 dx ; h) ∫ 2x .
x - x3 - 6 x 2 + 4 x + 8 3
+ x2 + 2x + 1
137
4x2 - 2x + 7
11) Decomponha a função f ( x) =
( x - 2)3 (2 x + 3) (2 x 2 + 5 x + 7) 2
numa soma de frações parciais. Não é necessário determinar
os valores numéricos dos coeficientes.
x
14) Use a substituição u = tgpara transformar o integrando em
2
uma função racional de u e calcule a integral.
dx cos x
a) ∫ 2 + cos x ; c) ∫ 1 + cos x dx ;
1 sen x
b) ∫ 3sen x - 4 cos x dx ; d) ∫ 1 + cos x dx .
∫ ln ( x + 1 + x 2 ) dx ; ∫ ln ( x
2
a) b) - x + 2) dx .
Resumo
Neste capítulo estudamos métodos para calcular integrais cujos in-
tegrandos envolvem:
1) Funções trigonométricas
Tabelas
Sejam u e v funções deriváveis de x e n constante.
Tabela de derivadas
u u 'v - v 'u
3) y = ⇒ y'= .
v v2
4) y = a u ⇒ y ' = a u (ln a ) u ', (a > 0, a ≠ 1) .
5) y = eu ⇒ y ' = eu ⋅ u ' .
u'
6) y = log a u ⇒ y' = log a e .
u
u'
7) y = ln u ⇒ y' = .
u
8) y = u v ⇒ y ' = v u v -1 u '+ u v (ln u ) v ' (u > 0) .
u'
15) y = arcsen u ⇒ y'= .
1- u2
-u '
16) y = arccos u ⇒ y' = .
1- u2
u'
17) y = arctg u ⇒ y' = .
1+ u2
-u '
18) y = arc cotg u ⇒ y' = .
1+ u2
u'
19) y = arc sec u , ⇒ y' = , u > 1.
u u2 -1
-u '
20) y = arc cossec u , ⇒ y' = , u > 1.
u u2 -1
Tabela de integrais
1) ∫ du = u + c .
u n +1
2) ∫ u n du = + c, n ≠ -1 .
n +1
du
3) ∫u
= ln u + c .
au
4) ∫ a u du = + c, a > 0, a ≠ 1 .
ln a
5) ∫ eu du = eu + c .
6) ∫ sen u du = - cos u + c .
141
7) ∫ cos u du = sen u + c .
8) ∫ tg u du = ln sec u + c .
9) ∫ cotg u du = ln sen u + c .
14) ∫ sec 2 u du = tg u + c .
du 1 u
16) ∫u 2
+a 2
= arctg + c .
a a
du 1 u-a
17) ∫ 2 2
= ln + c. .
u -a 2a u + a
du
18) ∫ u +a2 2
= ln u + u 2 + a 2 + c .
du
19) ∫ u -a2 2
= ln u + u 2 - a 2 + c .
du u
20) ∫ a -u2 2
= arcsen
a
+ c, u 2 < a 2 .
du 1 u
21) ∫u u2 - a2
=
a
arc sec + c .
a
Fórmulas de recorrência
sen u ⋅ cos n -1 u n - 1
2) ∫ cos u du =
n
+ ∫ cos n - 2 u du .
n n
n -1
tg u
3) ∫ tg nu du =
(n - 1) ∫
- tg n - 2u du .
cotg n -1u
4) ∫ cotg nu du = - - ∫ cotg n - 2u du
(n - 1)
sec n - 2 u ⋅ tg u n - 2
5) ∫ sec n u du = + ∫ sec n - 2 u du
(n - 1) n -1
cossec n - 2 u ⋅ cotg u n - 2
6) ∫ cossec n u du = - + ∫ cossec n - 2 u du
(n - 1) n -1
du u (u 2 + a 2 )1- n 2n - 3 du
7) ∫ 2 n
= + 2 ∫ ,
2
(u + a ) 2
2a (n - 1) 2a (n - 1) (u + a 2 ) n -1
2
onde a ∈ * e n ∈ , n > 1 .
Identidades trigonométricas
1) sen 2 x + cos 2 x = 1 .
2) 1 + tg 2 x = sec 2 x .
3) 1 + cotg 2 x = cossec 2 x .
1 - cos 2 x
4) sen 2 x = .
2
1 + cos 2 x
5) cos 2 x = .
2
6) sen 2 x = 2 sen x cos x .
1 3 x
c) tg e - tg e x + e x + c ;
3
1
d) [tg( x + 2) ⋅ sec( x + 2) + ln | sec( x + 2) + tg( x + 2) |] + c
2
1 - cos5 2 x cos 7 2 x
e) + +c;
2 5 7
tg 6 x tg 4 x
f) + +c;
6 4
1 1
g) cos x - cos 9 x + c ;
2 9
-1 1
h) 3
+ +c.
3sen x sen x
2.2.1 Exercícios
9 - x2 x
1) a) - - arcsen + c ;
x 3
1 2
b) x x 2 + 4 - ln( x 2 + 4 + x) + c ;
6 3
1
c) x x 2 - 4 + 2 ln( x 2 + x 2 - 4) + c ;
2
3 - 9 - 4x2
d) 3ln + 9 - 4x2 + c .
x
2) a) ln(1 + 2) ; b) ;
6
144
2.3.1 Exercícios
1 7 1
1) a) - + - ;
2( x - 1) 10( x - 3) 5( x + 2)
1 x -1
b) + ;
x x2 + 4
1 1- x x+2
c) + 2 2
- 2
;
9 x 3( x + 2 x + 3) 9( x + 2 x + 3)
1 5x - 3
d) + 2
.
3( x + 1) 3( x - 2 x + 3)
1 3 2
2) a) - ln | x | + ln | x - 2 | - ln | x + 3 | +c ;
6 10 15
2 3
b) x + x 2 + 3 x + 3ln | x - 1| +c ;
3
1 x2 1 2x +1
c) ln 2 - arctg +c;
2 x + x +1 3 3
1
d) arctg x + ln( x 2 + 2) + c ;
2
1 1 x
e) 2 arctg x + arctg x + +c.
2 2 x2 + 1
2.4.1 Exercícios
x 1
tg -
x x 1
1) a) tg + ln tg 2 + 1 + c b) ln 2 3 + c .
2 2 5 tg x + 3
2
Exercícios de fixação
sen 3 x sen 5 x
1) a) - +c;
3 5
b) ln | sen x | +c ;
c) ln | cossec x - cotg x | +c ;
1 2 1
d) sen 5 x - sen 7 x + sen 9 x + c ;
5 7 9
3x 1
e) + cos 2 x - sen 4 x + c ;
2 8
145
2 2
f) cos3 x - cos x cos x + c ;
7 3
1
g) cos 2 x - ln | cos x | +c ;
2
h) ln(1 + sen x) + c ;
1
i) tg x + tg 3 x + c ;
3
1
j) sec3 x - sec x + c ;
3
1
k) tg 2 x + c ;
2
1 1 1
l) sen 3 x - sen 7 x + c ;
2 3 7
1
m) sen 2 x + c ;
2
1
n) tg 2 x 2 - 1 + ln cos x 2 - 1 + c .
2
2) a) 3- ; b) 0.
3
4 1
3) u.a. 4) 1u.a. 5) u.a.
3 3
- 4 + x2
7) a) + c ;
4x
x
b) arcsen +c;
3
1 3x
c) arc sec + c ;
3 4
d) ln ( e 2 x + 1 + e x ) + c ;
1
e) ln bx + b 2 x 2 - a 2 + c ;
b
- a2 - x2 x
f) - arcsen + c ;
x a
146
1
g) x x 2 - 4 + 2 ln ( x + x 2 - 4) + c ;
2
h) x 2 + 4 x - 5 - 2 ln x 2 + 4 x - 5 + ( x + 2) + c .
8) A = ab
( x - 2)3
10) a) ln + c ;
x -1
x2 + 4 1 x
b) ln 2
+ arctg + c ;
( x + 1) 2 2
x - 1 10 2x -1 2x -1
c) ln - arctg - 2
+c;
x 3 3 3 3( x - x + 1)
4 68 16
d) 4 x + ln | x + 1| -4 ln | x + 2 | + ln | x - 2 | - +c ;
9 9 3( x - 2)
(1 - ln 2)
e) ;
2
( x - 1) 2
f) x + ln +c.
x
12) a) 2 x + 3 3 x + 6 6 x + 6 ln 6
x -1 + c .
4
13) ln 2 u.a.
3
2 3 3 1
14) a) arctg tg x + c ;
3 3 2
1 x x
b) ln 2 tg - 1 - ln tg + 2 + c ;
5 2 2
x
c) x - tg + c ;
2
x
d) ln 1 + tg 2 + c .
2
15) a) x ln ( x + 1 + x 2 ) - 1 + x 2 - c ;
1 2x -1
b) x ln x 2 - x + 2 - 2 x - ln x 2 - x + 2 + 7 arctg +c.
2 7
Capítulo 3
Aplicações de Integral
Capítulo 3
Aplicações de Integral
F (t , y, y´) = 0 . (3.1)
N ′(t ) = .N (t ) ,
M0
= M 0 .exp(- t ) ,
2
obtendo, assim
1
- t = 1n = -1n2 ,
2
e, portanto:
1n2
= ,
T
onde a função ln x significa o logaritmo na base e de um número,
ou seja, o seu logaritmo natural .
f ( y ) y´= g ( x ) . (3.2).
153
f ( y ) y´= g ( x ) .
∫
x0
f ( y ( )) y′( )d = ∫ g ( )d .
x0
154
∫
y0
f (u ) = ∫ g ( )d .
x0
Seja F a função real, tal que F ´(u ) = f (u ) e G a função real tal que
G´(t ) = g (t ) , então, pelo teorema fundamental do cálculo, podemos
ainda escrever
F ( y ( x )) - F ( y0 ) = G ( x ) - G ( x0 ) ,
ou, ainda,
F ( y ( x )) = G ( x ) + K , (*)
A(1 - u ) + Bu = 1 ,
ou seja,
ln y ( x ) - ln y0 - ln(1 - y ( x )) + ln(1 - y0 ) = x - x0 .
y( x) y
ln = x - x0 + ln 0 = x + K ,
1 - y( x) 1 - y0
ou, ainda,
y( x)
= e x + K = Ce x .
1 - y( x)
x2
Exercício resolvido 3.2. Resolva a EDO y´= .
1 + y2
Solução: Novamente, temos que colocar a EDO na forma separada,
obtendo
(1 + y 2 ) y´= x 2 .
x0 x0
y ( x )3 y 3 x3 x 3
y( x) + - y0 + 0 = - 0 .
3 3 3 3
Agrupando todas as constantes, finalmente temos
y ( x )3 x 3
y( x) + = +K,
3 3
que é a solução na forma implícita. Deixamos para o leitor a tarefa de
verificar se é possível escrever a solução na forma explícita em algum
subconjunto de e, caso seja possível, escrevê-la.
y( x)
du y( x)
∫
2
u
= ln y ( x ) - ln 2 = ln
2
= -x .
y ( x ) = 2e - x .
3.1.1 Exercícios
1) Resolva as seguintes EDOs separáveis:
a) yy´= x 2 ;
x2
b) y´= ;
y (1 + x 2 )
c) y´+ y 2senx = 0 ;
d) y´= 1 + x + y 2 + xy 2 ;
x - e- x
g) y´= ;
y + ey
ax + b
h) y´= , onde a, b, c, d são constantes;
cx + d
ay + b
i) y´= , onde a, b, c, d são constantes.
cy + d
2x
c) y´= , com y (0) = -2 ;
y + x2 y
2x
d) y´= , com y (2) = 0 .
1+ 2y
158
y = y( x) ,
a = t0 t1 t2 t3 . . . tn −1 b = tn x
Figura 3.1. Aproximação de uma curva por uma poligonal definida pela partição P ,
do intervalo [a , b] .
N
L( , P ) = ∑ (ti - ti -1 ) 2 + ( y ( i ) - y (ti -1 )) 2 .
i =1
A existência desta integral está garantida pelo fato de y '( x) ser uma
função contínua. Essa fórmula pode ser considerada como a defini-
ção do comprimento de arco de uma curva.
tg
Efetuando a substituição x = , teremos os limites de integra-
2
sec 2
ção entre = 0 e = arctg2X ′
, temos também x () = e
2
1 + 4 x 2 = 1 + tg 2 = sec . Assim, a integral L acima pode ser es-
crita como
arctg 2 X
1
L=
2 0 ∫ sec3 ⋅ d .
1
b b
∫a θ θ θ ∫ sec θ ⋅ dθ .
3 b
sec = sec tg |a +
2 a
L=
1
4 (
2 X 1 + 4 X 2 + ln 2 X + 1 + 4 X 2 ( )) .
161
x x
y1´= - , e y 2 ´= .
2 2
r -x r - x2
2
1 ( 1 + e 2 - 1)( 2 + 1)
L = 1 + e 2 - 2 + ln ,
2 ( 1 + e 2 + 1)( 2 - 1)
que ainda pode ser escrito na forma abaixo, conforme o leitor poderá
verificar facilmente com uma simples manipulação algébrica:
L = 1 + e 2 - 2 + ln( 1 + e 2 - 1) - 1 - ln( 2 - 1) .
3.2.1 Exercícios
1) Calcule os comprimentos de arco das seguintes curvas nos in-
tervalos indicados:
x3 1
a) y = + , para 1 ≤ x ≤ 2 .
6 2x
x 2 ln x
b) y = - , para 2 ≤ x ≤ 4 .
2 4
π
c) y = ln(cos x ) , para 0 ≤ x ≤ .
4
e x + e- x
d) y = cosh x = , para 0 ≤ x ≤ 1 .
2
e) y = x , para 0 ≤ x ≤ 4 (Dica: Tente fazer x = x ( y ) ).
y = f ( x)
a b x
ti −1 ti
Figura 3.4: Aproximação do volume do sólido de revolução pela soma dos volumes dos cilin-
dros determinados pela partição P : t0 = a < t1 < t2 < < t N = b .
165
Vi = ⋅ f (ti ) 2 ⋅ (ti - ti -1 ) ,
x2 + y 2 + z 2 ≤ r 2 ,
x2 + y 2 + z 2 = r 2
y = f ( x) = r 2 - x2 ,
r r x
2 2 2 2
Figura 3.7: Esfera sólida, cuja superfície é a esfera x + y + z = r , gerada pela rotação do
gráfico acima ao redor do eixo x .
r y = f ( x)
h x
r
Figura 3.8: Região do plano x, y , sob o gráfico da função y = f ( x ) = - x + r
entre x = 0 e x = h . h
x
h
Figura 3.9: Sólido de revolução delimitado pelo cone de base circular de raio r e de
altura h .
h
r 2 x3 r 2 x 2 2 r 2 h
2 - + r x = .
3h h 0 3
h x
Figura 3.11: Paraboloide de revolução gerado pela região acima entre os pontos x = 0 e x = h .
170
3.3.1 Exercícios
1) Calcule o volume do elipsoide de revolução gerado pela elipse
x2 y2
+ = 1 , rodada ao redor do eixo x . (Obs: note que você só
a 2 b2
precisa rotacionar, de fato, a parte superior da elipse, que é o
gráfico de uma função.)
y
y = f ( x)
a b x
y = f ( x)
x
a b
z
Figura 3.13: Sólido de revolução gerado pelo gráfico de y = f ( x ) , girado ao redor do eixo y .
172
Figura 3.14: Cascas cilíndricas para o sólido de revolução gerado pela rotação da região no
plano x, y sob o gráfico de y = f ( x ) , girado ao redor do eixo y .
ti + ti -1
2
pode ser aproximada pelo valor ti . Assim, obtemos a integral
b N
V (Ω) = 2 ∫ xf ( x)dx = 2 ⋅ lim ∑ ti f (ti )(ti - ti -1 ) .
P →0
a i =1
normalmente. 0 0 5 4 3 0 15
Note que a função f 2 é Exercício resolvido 3.11. Calcular o volume do toro, obtido ao ro-
negativa, então o volume
tacionarmos ao redor do eixo y o círculo cuja circunferência é
do sólido de revolução
obtido pela rotação da ( x - R ) 2 + y 2 = r 2 , com 0 < r < R .
região compreendida entre
seu gráfico e o eixo x é
igual ao volume gerado
Solução. Essa Circunferência pode ser vista como a união dos gráficos das
pela função que a cada funções y = f1 ( x) = r 2 - ( x - R) 2 e y = f 2 ( x) = - r 2 - ( x - R) 2 ,
x ∈ [ R - r , R + r ] associa o assim, podemos utilizar a simetria da figura e calcular o volume do
valor - y , ou seja, o volume
determinado a partir da toro como sendo o dobro do volume do sólido de revolução gerado
função f1 . pelo gráfico mostrado na figura 3.15 a seguir
174
R−r R R+r
Seja a integral
R+r
I = 4 ∫
R-r
R r 2 - ( x - R) 2 dx .
∫ ( x - R) ∫
2 2
V = 4 r - ( x - R) dx + 4 R r 2 - ( x - R) 2 dx .
R-r R-r
x
− x0 x0
2 2
Figura 3.16: Região delimitada pelas parábolas y = x e y = 1 - x .
2 2 2
2 2 2
V = 2 ∫ x((1 - x 2 ) - x 2 )dx = 2 ∫ x(1 - 2 x 2 )dx = 2 ∫ ( x - 2 x3 )dx ,
0 0 0
de onde resulta
2
x x
2
4 2
V = 2 - 2 = .
2 4 0 4
176
3.3.2 Exercícios
1) Calcule o volume da esfera de centro na origem e raio r , utili-
zando o método das cascas cilíndricas.
Figura 3.18: Uma superfície de revolução aproximada por troncos de cones determinados pela
partição P do segmento [a , b] .
O
θ
2π r
r
1 1 2 r
A = l 2 = l 2 = rl .
2 2 l
Agora, considere um tronco de cone de raio menor r1 , raio maior r2
e geratriz l . Esse tronco pode ser visto como a diferença entre um
cone de raio r2 e geratriz l + l1 e um cone menor de raio r1 e geratriz
l1 , conforme ilustrado na figura 3.20.
1
r1 r2
1 +
l1 l + l1
= ⇒ ( r2 - r1 )l1 = rl
1 .
r1 r2
Substituindo na expressão da área, temos finalmente que a área de
um tronco de cone é dada por
A = (r1 + r2 )l = 2 rl .
r1 + r2
onde r = é o raio médio.
2
Utilizando a expressão obtida, podemos escrever a soma das
áreas laterais dos troncos de cones determinados pela partição
P do intervalo [a, b] e pelo gráfico da função y = f ( x ) . A ge-
ratriz l é dada pelo comprimento do segmento unindo os pon-
tos pi -1 = ( xi -1 , f ( xi -1 ) ) e pi = ( xi , f ( xi ) ) , e o raio médio é dado por
1 1
ri = ( yi -1 + yi ) = ( f ( xi -1 ) + f ( xi )) . Assim, a área total relativa à
2 2
partição P será dada por
b
A = 2 ∫ f ( x) 1 + ( f ′( x)) 2 dx .
a
x2 r2
1 + ( f ´( x )) 2 = 1 + = ,
r2 - x2 r2 - x2
-y y
f1´( y ) = e f 2 ´( y ) = .
2 2
r -y r - y2
2
( ) ( )
r r
r r
A = 2 ∫ R + r - y 2 2
dy + 2 ∫ R - r 2 - y 2 dy = t
2 2
-r r -y -r r - y2
2
r r
dy dy 2
r cos dd
rcos
2 2 2
= 4=4Rr ∫- r ∫r 2 -2y 2 =2 44RrRr
Rr ∫ ∫r 2 -2r 2 sin2 2 2= 44Rr
Rr∫ d∫ d =
4 42Rr
2
Rr
−r r −y - r −
− r sen -
−
2 2 2 2
3.3.3 Exercícios
1) Na fórmula (3.6), consideramos somente o caso f ( x ) ≥ 0 , mos-
tre que, quando f não é, necessariamente positiva, a fórmula
correta para a área de superfícies de revolução fica
b
A = 2 ∫ f ( x) 1 + ( f ′( x)) 2 dx .
a
m1 x1 + + mn xn m y + + mn yn
x= e y= 1 1 .
m1 + + mn m1 + + mn
Nosso objetivo nesta seção é estabelecer fórmulas para o cálculo das
coordenadas do centro de massa de certas regiões planas delimita-
das por curvas contínuas. O centro de massa dessas regiões tam-
bém será o centro de gravidade, ou de equilíbrio, dessas figuras, ou
seja, se pendurarmos a figura plana exatamente por este ponto, a
figura permanecerá em equilíbrio. Uma outra forma de ver o cen-
tro de massa é ainda dizer que toda reta que passe pelo centro de
massa divide a figura em duas figuras de mesma massa. Tendo em
vista as ferramentas matemáticas disponíveis ao leitor até o momen-
to, vamos delimitar um pouco mais o problema: vamos considerar
apenas regiões delimitadas por curvas que sejam gráficos de fun-
ções reais contínuas de uma variável y = f ( x ) para x em algum
intervalo [a, b] .
y = f ( x)
y = g ( x)
a b x
Figura 3.21: Região plana da qual serão calculadas as coordenadas do centro de massa, ou
centroide.
a ti1 ti b x
1 N ti + ti -1
xp = ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 ) =
∑ mi i=1 2
i
N ti + ti -1
1
= ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 )
∑ Ai i =1 2
i
1 N f (ti ) + g (ti )
yp = ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 ) =
∑ mi i =1
i
2
1 N ( f (ti )) 2 - ( g (ti )) 2
= ∑ (ti - ti -1 ) =
∑ mii
i =1
2
1N
∑ ( f (ti )) - ( g (ti )) (ti - ti -1 )
2 2
=
2∑ Ai i =1
i
-1 3 -1 3
1 1
x2 x3 1
A = ∫ ( x - x )dx = - = .
2
0 2 3 0 6
0 0 3 4 0 2
e
1 1
x3 x5 2
y = 3∫ ( x - x ) dx = 3 - = .
2 4
0 3 5 0 5
3.4.1 Exercícios
1) Encontre as coordenadas do centro de massa da região no
primeiro quadrante, compreendida entre a circunferência
x 2 + y 2 = r 2 , e os eixos coordenados.
P = ( r, 0)
θ
0
Figura 3.23: Representação de um ponto do plano em coordenadas polares. Na figura, a letra
o representa o polo e a semirreta horizontal representa o eixo polar. As coordenadas polares
são dadas pelo par ordenado .
( r ,θ )
π θ
( −r ,θ ) = ( r ,θ + π )
Figura 3.24: Coordenadas polares com raio negativo.
x
( r, 0)
r y
0 x
y
r = x 2 + y 2 e θ = arc tg . (3.9)
x
2π θ
B
C A
(1,0) (2,0)
0
θ
D F
E
2π θ
Figura 3.28: Gráfico da função f () = 1 + cos no plano com coordenadas cartesianas (, r ) .
Este nome deve-se ao fato
de o formato da curva
lembrar a forma de um Com o auxílio deste gráfico, podemos desenhar a curva, que é deno-
coração. minada Cardioide, como nos mostra a figura 3.29.
2 x
Em 1694, o matemático
suíço Jacob Bernoulli
(1654-1705) publicou na
revista Acta Eruditorum
um artigo introduzindo
uma nova curva que levou
originalmente o nome de Figura 3.29: Cardioide r = 1 + cos .
Lemniscus. Na verdade, a
Lemniscata também pode
ser vista como um elemento Exemplo 3.3. A Lemniscata de Bernoulli é o lugar geométrico dos
de uma família infinita de
pontos cujo produto das distâncias a dois pontos fixos é uma cons-
curvas chamadas Ovais
de Cassini, introduzidas tante. Para fixarmos um exemplo, considere os pontos ( a,0) e ( -a,0)
pelo matemático italiano (em coordenadas cartesianas) e todos os pontos do plano cujo pro-
Giovanni Domenico Cassini
(1625-1712) no ano de duto das distâncias a estes dois pontos dados seja igual a a 2 . Assim,
1680. teremos
(( x - a) 2
+ y 2 )( ( x + a ) 2 + y 2 ) = a 4 ,
194
r 2 = 2a 2 cos2 .
-1 1 x
3.5.1 Exercícios
1) Esboce a curva r = 2sen , conhecida como rosácea de quatro
pétalas. Encontre sua equação em coordenadas cartesianas.
a) r = 2sen .
1
b) r = .
1 - cos
5
c) r = .
3 - 4sen
d) r 2 θ .
195
a) 2 xy = 1 .
Nicomedes foi um
matemático grego do século b) x 2 = 4 y .
III a.C. A Conchoide é uma
curva especial construída c) x 2 - y 2 = 1 .
para auxiliar na solução de
dois problemas clássicos de d) y = x + 1 .
construções geométricas,
a saber, a trissecção de
ângulos e a duplicação do 4) Esboce a curva r = 4 + 2sec , conhecida como Conchoide de
cubo. Nicomedes. (Sugestão: verifique que a reta vertical x = 2 é
uma assíntota da curva, isto é, verifique que lim x = 2 .)
r →±∞
Diocles foi um matemático 5) Esboce a curva r = sen ⋅ tg , conhecida como Cissoide de Dio-
grego que viveu
cles. (Sugestão: verifique que a reta x = 1 é assíntota vertical
aproximadamente no
período de 240 a.C a 180 dessa curva. Verifique também que a curva fica restrita à re-
a.C. Diocles também tratou gião do plano definida por 0 ≤ x < 1 .)
do problema clássico
de duplicação do cubo
e propôs uma solução Finalmente, como aplicação de integral, vamos calcular a área da
através da curva especial região compreendida por uma curva em coordenadas polares. Con-
denominada Cissoide, que
tem esse nome em alusão sidere uma curva dada pela equação r = f () . O objetivo é calcular
ao nome grego da folha da a área da região radial delimitada pela curva entre as retas e
planta hera.
= b , isto é, as semirretas a partir da origem com inclinações dadas
pelos ângulos e = b . Suponha, sem perda de generalidade,
que b > a conforme ilustrado na figura 3.31 abaixo:
θ =b
r = f (θ )
θ =a
0
x
Figura 3.31: Área em coordenadas polares.
196
N
1
AP = ∑ ( f (*i )) 2 (i - i -1 ) .
i =1 2
3.5.2 Exercícios
1) Encontre a área da região delimitada por um laço da curva
r = 2cos4 .
1
e) tan 2 y = x + sen2 x + K .
2
f) .
y2 x2
g) + ey = + e- x + K .
2 2
a 1 ad
h) y = x + b - ln cx + d + K .
c c c
c 1 cb
i) y + d - ln ay + b = x + K .
a a a
2)
1 1
a) sin 3 y = (cos 2 x + 1) = cos2 x .
3 2
y2 1
b) = ( x + 1)e - x - .
2 2
2
y
c) = ln(1 + x 2 ) - 1 .
2
d) y + y 2 = x 2 - 4 .
3.2.1 Exercícios
1)
17
a) L = .
12
1
b) L = 2 + ln 2 .
4
c) L = ln(1 + 2) .
e - e -1
d) L = .
2
1
e) L =
4
(2 + ln(1 + 2) . )
199
3.3.1 Exercícios
4 ab 2
1) V = .
3
2) V = 2 2 ab 2 .
8
3) V = .
15
8
4) V = .
15
5) V = .
2
6) V = .
2
7) A = .
4
3.3.2 Exercícios
3) Os dois sólidos têm o mesmo volume.
4) V = 2 .
5) V = .
240
6) V = 2 .
7) V = 2 2 .
3.3.3 Exercícios
2) A = .
4
4) A = (145 45 - 10 10) .
27
5 5 +1
5) A = 2 + ln .
4 2
200
3.4.1 Exercícios
4r 4r
1) , .
3 3
1 1
2) 2 + 1 , .
2 -1 4 4( 2 - 1)
3.5.1 Exercícios
y
1)
-1 1 x
y
2) a) x1 + ( y - 1) 2 = 1 .b) y 2 = 1 + 2 x .c) x 2 + y 2 = arctan .
x
3) a) .
b) rcos 2 = 4sen .
c) r 2 cos2 = 1 .
d) .
4)
x
201
5)
x
3.5.2 Exercícios
1) A = .
4
9 3
2) A = - .
8 4
3) A = 2 2 .
1 1
4) A = - .
2 4 2
4 3
5) A = .
3
Capítulo 4
Séries Numéricas
Capítulo 4
Séries Numéricas
4.1 Introdução
O primeiro significado de infinito que encontramos no dicionário é
‘não finito’ e, entre outras definições, encontramos “ter um tama-
nho ou valor absoluto que é maior que qualquer número natural,
grandeza cujo módulo é arbitrariamente grande”. Podemos pen-
sar que o homem “encontrou” o infinito sob a forma de distâncias
grandes demais para serem medidas e números grandes demais
para serem contados, e a ideia de “somar” infinitos números reais
é bem antiga. Pelo menos quatro dos paradoxos de Zenão de Eleia
(490-425 a.C.) sobre o movimento envolvem a “soma” de infinitos
termos positivos a um número finito. Arquimedes (287-212 a.C.),
para suas demonstrações rigorosas das fórmulas de certas áreas e
volumes, encontrou várias “somas” que contêm infinitos termos.
Ele também utilizou o método de exaustão (argumento sequen-
cial) de Zenão e tentou explicar como somas infinitas poderiam
ter resultados finitos, inventando argumentos muito engenhosos
que incorporam alguns detalhes técnicos do que hoje chama-
mos de limite. Durante séculos as séries intrigaram matemáticos
e muitos contribuíram para seu desenvolvimento. Não possuindo
o conceito de limite, propriamente dito, para alcançar resultados
esses matemáticos inventavam técnicas, desenvolviam esquemas
algébricos complicados ou apelavam para intuição geométrica ou
filosófica, em algum ponto crítico. Nicole d’Oresme (1325-1382)
realizou estudos usando aproximação sequencial e inventou um
206
1 1 1 1 11 1 1 1
+ . + + ... = + 2 + 3 + ... = 1 .
2 2 2 2 22 2 2 2
1
Na matemática elementar aprendemos que = 0,3333 , um
3
decimal infinito que pode ser escrito como a série numérica
3 3 3 3 1
0,333 = + 2 + 3 + ... + n + ... = .
10 10 10 10 3
1 –1 + 1 –1 + 1 –1 +…
4.2 Definições
Comecemos analisando as seguintes “somas” de infinitos termos.
1 1 1 1
A) Para dar um significado à igualdade + + + + ... = 1 é
2 4 8 16
preciso dar um sentido para o primeiro membro da igualda-
de. Como não podemos somar todas as parcelas do primei-
ro membro da igualdade de uma vez, comecemos somando
os dois primeiros números e, a cada passo, adicionaremos o
próximo termo ao resultado obtido. Denotemos por Si a soma
1 1 1
das primeiras i parcelas da sequência: , , ,... , sendo i ∈ :
2 4 8
1 1 3
S2 = + = ;
2 4 4
1 1 1 1 1 1 3 1 7
S3 = + + = + + = + = ;
2 4 8 2 4 8 4 8 8
1 1 1 1 1 1 1 1 7 1 15
S4 = + + + = + + + = + = .
2 4 8 16 2 4 8 16 8 16 16
Observe que os números envolvidos nas somas possuem uma
característica: o numerador é sempre 1 e no denominador
temos 2n . Assim, Indução matemática é
1 1 1 1 um método de prova
S n = + 2 + 3 + ... + n . matemático, usado para
2 2 2 2 demonstrar a verdade
de infinitas, porém
As somas, encontradas acima, também têm uma característica: enumeráveis proposições.
A forma mais simples e
2n - 1 1 mais comum de indução
S n = n ou S n = 1 - n . matemática para provar que
2 2 uma propriedade vale para
Assim, todos os números naturais
1 1 1 1 1 n e consiste de dois passos:
Sn = + 2 + 3 + ... + n = 1 - n . 1) A base: mostrar que o
2 2 2 2 2 enunciado vale para n = 1.
2) O passo indutivo:
Antes de prosseguirmos, vamos provar que a fórmula encon- mostrar que, se o enunciado
vale para n = k, então, o
trada para Sn vale para qualquer número natural n, usando o mesmo enunciado valerá
Princípio de Indução Matemática. para n = k + 1.
1
a) Observe que é o valor de S n para n = 1 , o que prova
2
que a fórmula vale para n = 1 e assim temos o primeiro
passo da prova.
1
8 1
1 16
1
2
1
4
Figura 4.1
n(1 + n)
Note que S n = é muito grande quando n é grande e,
2
quanto maior n, maior é a soma.
Definição 4.1. Seja (an ) uma sequência de números reais. Uma ex-
pressão da forma a1 + a2 + + an + é denominada série numérica
ou simplesmente série. O número an é denominado o enésimo termo
ou termo geral da série.
∞ ∞
Outras notações: ∑a , ∑a
k =1
k
i =1
i etc., ou simplesmente ∑a
n , quando
1 2 3
Exemplo 4.1. Seja a série + + + . Para escrever a série
2.3 3.4 4.5
usando a notação sigma precisamos da expressão do termo geral.
Observe que
1 1
=
2.3 (1 + 1)(1 + 2)
2 2
=
3.4 (2 + 1)(2 + 2)
3 3 .
=
4.5 (3 + 1)(3 + 2)
n
Concluímos que an = , e escrevemos
(n + 1)(n + 2)
1 2 3 ∞
n
+ + + = ∑ .
2.3 3.4 4.5 n =1 ( n + 1)( n + 2)
∞
1
Exemplo 4.3. A série ∑ é convergente e sua soma é fácil de
n =1 n( n + 1)
e a soma parcial S n é
1 1 1 1
S n = S n -1 + an = 1 - + - = 1- .
n n n +1 n +1
Note que a expressão encontrada vale para todo n . (Por quê?)
1 ∞
1
Como o lim S n = lim 1 -
n →∞ n →∞
n +1
= 1 , temos, então, que ∑
n =1 n( n + 1)
= 1.
∞
Exemplo 4.4. A série ∑ (-1)
n =1
n +1
= 1 - 1 + 1 - 1 + é divergente.
S n = a + ar + ar 2 + + ar n -1 .
rS n = ar + ar 2 + + ar n -1 + ar n .
Subtraindo-se rS n de S n obtemos:
S n - rS n = a + ar + ar 2 + + ar n -1 - ar - ar 2 - - ar n -1 - ar n = a - ar n ,
ou (1 - r ) S n = a (1 - r n ) .
215
a (1 - r n )
Para r ≠ 1 (Por quê?) temos: S n = .
1- r
a (1 - r n ) a
i) Se – 1 < r < 1 , então lim S n = lim = .
n →∞ n →∞ 1- r 1- r
métrica é divergente.
Exercícios resolvidos
1) Verifique se cada série é convergente ou divergente. No caso de
ser convergente, encontre a soma da série.
n -1
∞
2 2
a) ∑ 3 é uma série geométrica de razão r = e a = 3 .
n =1 5 5
Sendo 0 < r < 1 , a série é convergente e, pela fórmula da soma,
n -1
3 2 ∞
S= = 5 . Assim, ∑ 3 =5.
2 n =1 5
1-
5
216
n n
∞
1 1 1 1 1
b) ∑ - = 1 - + - + + - + , do Exemplo 4.2
n =0 2 2 4 8 2
1
anterior, é uma série geométrica. Como a = 1 e r = - que
2
está no intervalo de convergência, temos:
n
1
∞
1 2
∑ - =
n =0 2 1 3
= .
1- -
2
(Note que a potência é n e a série começa em a0 ).
n
2 3 ∞
c) + + + = ∑ é uma série divergente, pois é
2 4 8 n =1 2
4.2.1 Exercícios
1) Qual o termo geral das séries a seguir?
3 3 3 3
a) + + + + ;
5 25 125 625
x3 x4
b) x + x 2 + + + , x ∈ ;
1.2 1.2.3
r2 r3 r4
c) r + 10 + 10 + 10 + , r ∈ .
2 3 4
a) an = (-1) n -1 3n -1 ;
cos(n )
b) an = .
n2
7 7 7 7
a) 7 + + + + + n-1 +
2 4 8 2
b) 1 - 2 + 4 - 8 + + (-1) n -1 2n -1 +
5 5 5 5
c) + + + + +
2.3 3.4 4.5 (n + 1)(n + 2)
∞
7
b) ∑3
n =1
n -1
;
∞
5n
c) ∑
n =0 4
n
;
∞
d) ∑ (-1)
n =0
n
n .
218
∞
b) ∑x
n =0
2n
;
n
∞
x +1
c) ∑ ;
n =0 2
∞
d) ∑5
n =0
n
xn .
ar
ar 2
ar 3
Figura 4.2:
1+ r
a) Mostre que S = a .
1- r
b) Calcule S se a = 4m e ar = 3m .
219
a) igual a 1;
b) igual a –3;
c) igual a zero.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
S 2k = 1 + + + ... + k = 1 + + + + + + + + ... + k -1 + ... + k >
2 3 2 2 3 4 5 6 7 8 2 +1 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
> 1 + + + + + + + + ... + k + ... + k
2 4 4 8 8 8 8 2 2
1 2 4 2k -1 1 1 1
Assim, S 2k > 1 + + + + ... + k = 1 + + + ... +
2 4 8 2 2 2 2
1
ou seja, S 2k > 1 + k .
2
existe;
∞
n2 n2 1
b) ∑ 2
n =1 2n + 5
é divergente, pois o lim 2
n →∞ 2n + 5
= ≠ 0;
2
∞
1- n 1- n
c) ∑
n =1 n
é divergente porque lim
n →∞ n
= -1 .
4.3.1 Exercícios
1) Analise, justificando, quais séries são convergentes e quais são
divergentes.
1 1 1 1 ∞
1
a) - + -
10 100 1000 10000
+ ; e) ∑2
n =1
2n
;
∞
1
b) 1 + 2 + 3 + + n + ; f) ∑ ln n ;
n =1
∞
n
∑ n +1 ; 1
∞
c)
n =1
g) ∑ cos(nx) .
n =1
n
1
∞
d) ∑ ;
n =0 2
222
então:
∞
i) a série ∑ (a
n =1
n + bn ) é convergente e
∞ ∞ ∞
∑ ka
n =1
n = k ∑ an = kA (Regra da multiplicação por constante).
n =1
∑ (a
n =1
n - bn ) .
Demonstração:
∞
ii) As somas parciais de ∑ ka
n =1
n são:
S n = (ka1 ) + (ka2 ) + + (kan )
= k (a1 + a2 + + an )
= kAn
Assim, o lim S n = kA .
n →∞ ■
223
Exercício resolvido
1) Encontre a soma das seguintes séries:
∞
1 (-1) n
a) ∑ n+ n .
n =0 2 5
∞
1 1
Solução: Observe que ∑2
n =0
n
é a série geométrica de razão
2
e a = 1.
n
1 ∞
1 (-1) n ∞
-1 1
∞
5
Então, ∑ n =
1
= 2 . Também, ∑
n =0 5
n
= ∑ =
n =0 5
= ,
1 6
n =0 2 1+
1-
2 5
-1 ∞
1 (-1) 17
n
pois é a série geométrica de razão . Assim, ∑ n + n = .
5 n =0 2 5 6
n n
2n +1 ∞ 2.2n
∞ ∞
2 1 ∞
2
b) ∑ n = ∑ n = ∑ 2 = 2
n =0 3 n =0 3 n =0 3
2
= 6 , porque ∑ éa
n =0 3
1-
2 3
serie geométrica de razão .
3
∑ (-1)
n =1
n -1
= 1 - 1 + 1 - 1 + é divergente, ∑ (-1)
n =1
n
= -1 + 1 - 1 + 1 - 1 +
∑ [(-1)
n =1
n -1
+ (-1) n ] = 0 + 0 + 0 + será convergente.
∞ ∞
i’) Se uma das séries, ∑ an ou ∑ bn , é convergente e a outra é diver-
n =1 n =1
∞ ∞
gente, então as séries ∑ (a
n =1
n + bn ) e ∑ (a n - bn ) são divergentes.
n =1
∞ ∞
ii’) Se a série ∑ an é divergente, então a série
n =1
∑ ka
n =1
n é divergente,
para todo k ∈ .
224
∞
Proposição 4.1. Uma série ∑a
n =1
n é convergente se, e somente se,
∞
∑a
n = n0
n for convergente para n0 ∈ qualquer, porém fixo. Nesse caso,
∞ ∞
∑a
n =1
n = a1 + a2 + + an0 -1 + ∑ an .
n = n0
∞
A prova é fácil. Basta notarmos que, se as somas parciais de ∑a
n =1
n
∞
são S n , as somas parciais de ∑a
n = n0
n são Tn = S n – S n0 -1 .
Reindexação
Podemos re-indexar qualquer série, na notação sigma, sem alterar
sua convergência, desde que a ordem de seus termos seja mantida.
∑ an =
n =1
∑a
n =1+ h
n-h = a1 + a2 + + an + .
∑ an =
n =1
∑a
n =1- h
n+h = a1 + a2 + + an + .
n n
1 ∞
1 ∞
No Exemplo 4.5 visto anteriormente, ∑ ≠ ∑ ,
n =1 2 n =0 2
n n +1 n n -1
∞
1 ∞
1 ∞
1 ∞
1
∑ ∑
n =1 2
=
n =0 2
e ∑ = ∑
n =0 2 n =1 2
.
n n -5 n+2
∞
1 ∞
1 ∞
1
Também, ∑ ∑
n =0 2
=
n =5 2
= ∑
n =-2 2
.
4.4.1 Exercícios
1) Encontre a soma das seguintes séries:
∞
2 1
a) ∑ 5
n =0
n
- ;
2n
∞
1 (-1) n
b) ∑ n + n ;
n =0 3 4
∞
1 1
c) ∑
n =1 n
- .
n +1
Sugestão para c): Calcule a enésima soma parcial e use-a para calcu-
lar a soma.
∞
Teorema 4.5. Seja an ≥ 0 para todo n ∈ . A série ∑a
n =1
n será conver-
Teste da integral
Antes de enunciarmos o teste, vejamos o seguinte exemplo:
Exemplo 4.9. ∞
1 1 1 1 1
Considere a série de termos positivos ∑n
n =1
2
= + + + + ... .
12 22 32 42
227
1
É fácil vermos que o lim = 0 , mas isso não nos garante que a série
n →∞ n 2
1
y = f ( x) =
x2
1
0 1 2 3 4 x
1
Figura 4.3: Retângulos de base com comprimento 1 e altura f ( n ) sob o gráfico de f ( x) = .
x2
1
Interpretando os valores , n ∈ , como áreas dos retângulos de
n2
1
base de comprimento 1 e altura de comprimento 2 , como a Figura
n
4.3, temos:
n ∞
1 1
S n = 1. f (1) + 1. f (2) +…+ 1. f (n) < 1 + ∫ 2 dx < 1 + ∫ 2 dx .
1
x 1
x
∞
1
Observe que ∫ 2 dx é uma integral imprópria que calculamos no
x
Capítulo 2: 1
∞ b b
1 1 -1 -1
∫1 x 2 dx = lim ∫
b →∞ x
1
2
dx = lim = lim + 1 = 1 .
b →∞
x 1 b→∞ b
∑a
n =1
n será convergente.
∞
ii) Se a integral imprópria
∞
∫ f ( x)dx for divergente, então a série
N
∑a
n =1
n será divergente.
0 1 2 3 n n +1 x
0 1 2 3 n −1 n x
f (n + 1) = an +1
n n
Então, ∫ f ( x)dx ≤ a + a 1 2 + + an -1 e a2 + a3 + + an ≤ ∫ f ( x)dx ,
1 1
n +1 n
ou ∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an -1 + an e a1 + a2 + a3 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx ,
n +1 n 1
e, assim, ∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx .
1
∞
i) Se a integral imprópria ∫ f ( x)dx
1
for convergente, basta a de-
sigualdade do lado direito para mostrar que as somas parciais são li-
∞
mitadas superiormente por M = a1 + ∫ f ( x)dx e, pelo Teorema 4.5
a série é convergente. 1
∞
ii) Se a integral imprópria ∫ f ( x)dx
1
for divergente, usamos o lado
Exercício resolvido
∞
1
2) Mostre que a série ∑n
n =1 n
é convergente.
1 1
De fato, observe que an = , que = f (n) , onde f ( x) =
n n x x
será uma função de x , contínua, positiva e decrescente se x ≥ 1
Para usar o teste da integral, calculamos a integral imprópria
b
∞ b
1 -
1
-
3
-2
∫1 x x dx = blim
→∞ ∫
1
x dx = lim -2 x 2 = lim
b →∞
2
1 b→∞ b
+ 2 = 2 . Logo, a
série é convergente.
230
∞
1
2) Analise a série ∑
n =1 n
.
1
Resolução: Observe que lim = 0 , mas isso não garante que a
n →∞ n
1 1
série seja convergente. Note que an = = f (n) , onde f ( x) = é
n x
uma função de x , contínua, positiva e decrescente se x ≥ 1 . Assim,
b
∞ b
1 -
1
12
∫1 x dx = blim
→∞ ∫
1
x dx = lim 2 x = lim(2 x - 2) = +∞ .
2
b →∞
1 b→∞
∞
1
Portanto, a série ∑ é divergente.
n =1 n
∞
1
Proposição 4.3. A p -série ∑n n =1
p
, sendo p uma constante real, é
1
Para p > 0 , o lim p = 0 , mas, somente com isso, não podemos
n →∞ n
1
Observe que an = f (n) , onde f ( x) = , que para x ≥ 1 é função con-
xp
tínua, positiva e decrescente, pois p > 0 . Para aplicar o teste da inte-
gral, vamos calcular a integral imprópria para p ≠ 1 :
b 1
∞
1
b
x - p +1 1 1 , p >1
∫1 x p dx = blim ∫ - 1 = p - 1
-p
x dx = lim = lim p -1
.
b →∞ - p + 1
→∞
1 b→∞ 1 - p b
+∞, p < 1
1
∞
1
Para p = 1 , temos ∑ n , a série harmônica que sabemos que é diver-
n =1
gente. Esse fato também pode ser provado pelo teste da integral:
( ) = lim(ln b) = +∞ .
∞ b
1 1 b
∫1 x dx = lim ∫
b →∞ x
1
dx = lim ln x
b →∞ 1 b →∞
∞
1
Portanto, concluímos que ∑ p é divergente se p ≤ 1 , e convergen-
n =1 n
te se p > 1 .
Exercícios resolvidos
∞
ln n
1) Verifique se a série ∑
n =1 n
é convergente ou divergente.
ln n ln x
Observe que an = = f (n) , para f ( x) = , x > 0 , em particular
n x
x ≥ 1 . A função f é contínua, positiva e, para verificar que é de-
crescente, usamos o teste da derivada primeira (Cálculo I).
(1 x).x - 1.ln x 1 - ln x
De f ´( x) = = < 0 , para x > e , concluímos que
x2 x2
f é decrescente em [e, +∞) (veja cálculo I). Assim, podemos apli-
car o teste da integral e, para tal, vamos calcular a integral imprópria
∞ b
ln x ln x
∫3 x dx = blim→∞ ∫
3
x
dx , pois 3 > e .
232
ln x (ln x) 2
No Capítulo 1 de integração encontramos ∫ x dx =
2
+c,
en en 1
De fato, observe que lim = lim 2 n = lim n = 0 , condição
n →∞ 1 + e 2 n n →∞ 2e n →∞ 2e
e x (1 + e 2 x ) - e x 2e 2 x e x (1 - e 2 x )
f ´( x) = = < 0,
(1 + e 2 x ) 2 (1 + e 2 x ) 2
para x ≥ 1 (porque e x > 0 ,para todo x e 2 < e < 3 ), então con-
ex
De ∫ 2x
dx = arctg(e x ) + c (ver no Capítulo 1 Tabela de integrais),
1+ e ∞
ex
segue que ∫ 2x
dx = lim(arctg(eb ) - arctg(e)) = - arctg(e) .
1
1+ e b →∞ 2
Mostramos, assim, que a série dada é convergente.
∞
Seja ∑ an uma série convergente, cuja convergência pode ser verificada
n =1 ∞
pelo teste da integral. Se S = ∑ an , denotaremos por Rn o erro come-
n =1
tido se usarmos a soma parcial S n como uma aproximação para a
soma total S , ou seja, Rn = S – S n .
∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an -1 + an e a1 + a2 + a3 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx .
1
y y
0 n x 0 n+1 x
Figura 4.5: a) Figura 4.5: b)
∞
Das Figuras 4.5 a) e b) concluímos que ∫
n +1
f ( x)dx ≤ an +1 + an + 2 + = Rn
∞ ∞ ∞
e Rn = an +1 + an + 2 + ≤ ∫ f ( x)dx . Logo, ∫ f ( x)dx ≤ Rn ≤ ∫ f ( x)dx é uma
n n +1 n
estimativa do resto para o teste da integral.
obtemos: S n + ∫
n +1
f ( x)dx ≤ S ≤ S n + ∫ f ( x)dx .
n
Exercício resolvido
∞
1
6) Seja a p -série ∑n
n =1
3
.
Resolução:
∞
1
b x -2 b 1 1 1
∫n x3 dx = lim
b →∞ ∫
x dx = lim = lim 2 - 2 = 2 .
-3
b →∞ -2
n n
b →∞
2n 2b 2n
Pela estimativa do resto para o teste da integral temos que, para
1 1
n = 10 , R10 ≤ 2
= = 0, 005 . Assim, o erro cometido é menor
2.10 200
ou igual a 0,005.
1
d) Temos de encontrar n tal que Rn ≤ 0, 0005 = .
2000
1 1
Usando o item b), temos que 2
≤ , o que implica n 2 ≥ 103
2n 2000
ou n ≥ 1000 ≅ 31, 6 .
235
10
1 -1 1 3 1
S10 ≤ 1 + ∫ 3
dx =1 + 2
+ = - = 1, 495 .
1
x 2.10 2 2 200
∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx
1
valem para todo n ∈ ( n é finito). Então, mesmo para séries di-
vergentes, é possível fazer uma estimativa das somas parciais S n .
Exercício resolvido
∞
1
7) Seja a série harmônica ∑n.
n =1
1
De ∫ xdx = ln x + c segue que ln(n + 1) ≤ S n ≤ 1 + lnn .
236
Tabela 4.1:
∑a
n =1
n qualquer que lim an não existe ou é ≠ 0 ;
n →∞
∞
∞
a
Série geométrica ∑ ar n -1
, com | r | < 1 ; S= ; Série geométrica ∑ ar n -1
, com | r | ≥ 1 ;
n =1 1- r n =1
∞
1
∞
1
Série telescópica ∑ ; S =1 Série harmônica ∑n ;
n =1 n( n + 1) n =1
∞
1 ∞
1
p -Série ∑ p
, com p > 1 . p -Série ∑n p , com p ≤ 1 .
n =1 n n =1
237
∞ ∞
b) Se ∑ an é divergente, então
n =1
∑b
n =1
n é divergente.
∑b
n =1
n , respectivamente.
divergente, vamos mostrar que suas somas parciais não são limi-
tadas superiormente, usando o método de prova por contradição.
∑b n =1
n é divergente.
■
238
Exercício resolvido
Aplicação do teste da comparação
∞
1 1 1 1 1
8) Mostre que a série ∑ n ! = 1! + 2! + 3! + + n ! +
n =1
... é convergente.
1! = 1 , assim:
2! = 2.1 = 2
3! = 3.2! > 2.2 = 22
4! = 4.3! > 2.22 = 23
n ! > 2n -1
Vamos mostrar que a desigualdade vale para todo n > 2 .
∞
1
Nota: O fato de a série ∑ n!
n =1
ser convergente significa que
∞ ∞
b) Se ∑a
n =1
n é divergente, então ∑b
n =1
n é divergente (A série dos ter-
1 1 ∞
1
Por exemplo, ≤
n2 n ∞
para todo n ≥ 1 . A série harmônica ∑n
n =1
é di-
1
vergente e a p-série ∑ 2 é convergente ( p = 2) .
n =1 n
an ∞
b) Se o lim
n →∞ b
= +∞ , então a série ∑b
n =1
n divergente implica a série
n
∞
∑a
n =1
n divergente.
Demonstração:
an a
a1) Se l = 0 temos < ou - < n < , para todo n > N . De
bn bn
bn > 0 segue que - bn < an < bn , para todo n > N . Como
o teste de comparação se aplica a séries com temos não ne-
∞
gativos, podemos apenas concluir que se
∞
∑b
n =1
n é convergente,
então a série é ∑a
n =1
n convergente.
Exercício resolvido
Aplicação do teste da comparação no limite.
∞
1
b) ∑ n +1 .
n =1
∞
1
c) ∑ ln n
n=2
(note que n ≥ 2 ).
1
Seja an = , n = 2,3, 4, . Para “descobrir” bn observe que
ln n
1
lne = 1 e lnn > 1 para n > 3 . Assim, para bn = , calculemos
n
an 1 n n 1
lim = lim = lim = lim = lim n = +∞ . Como
n →∞ b n →∞ ln n 1 n →∞ ln n n →∞ (1/ n ) n →∞
n
∞
1
∑
n =1 n
é divergente, então a série dada é divergente.
242
an +1
1) Se lim = l < 1 , então a série é convergente.
an
n →∞
a a
2) Se lim n +1 = l > 1 ou lim n +1 = ∞ , então a série é divergente.
n →∞ a n →∞ a
n n
an +1
Observação 4.9. Se lim = 1 nada se pode concluir,ou
n →∞ a
n
seja, a série pode ser convergente ou divergente. Por
∞
1
exemplo: Seja a p -série ∑ p . Para qualquer p temos
n =1 n
p
an +1 1 np np n
lim = lim = lim = lim = 1. Mostramos
n →∞ a n →∞ ( n + 1) p 1 n →∞ ( n + 1) p n →∞ n + 1
n
na Proposição 4.3 que a p -série é convergente para p > 1 e divergen-
te para p ≤ 1 .
Demonstração da proposição:
a a
Se lim n +1 = l , então dado > 0 , existe N ∈ tal que n +1 - l <
n →∞ a an
n
a
ou - < n +1 - l < para todo n ≥ N .
an
243
aN +1 < raN
aN + 2 < raN +1 < rraN = r 2 aN
aN +3 < raN + 2 < rr 2 aN = r 3 aN
aN + m < raN + m -1 < rr m -1aN = r m aN
∞
Consideremos a série ∑b
n =1
n
, onde bn = an para n = 1, 2, , N e
bN +1 = raN , bN + 2 = r 2 aN , , bN + m = r m aN , , ou seja,
∞
∑b
n =1
n = a1 + a2 +…+ aN + raN + r 2 aN +…+ r m aN +… .
∞
A série geométrica ∑ aN r m é convergente porque r < 1 , então a sé-
∞ m =1
rie ∑ bn é convergente.
n =1
an +1
De > 1 , para todo n ≥ N , segue que aN < aN +1 < aN + 2 < .
an
Logo, lim an não pode ser zero e pelo Teste do enésimo termo (Teo-
n →∞
Exercício resolvido
10) Analise as seguintes séries.
∞
n !n !
a) ∑ (2n)! ;
n =1
∞
x n +1
b) ∑
n =1 3
n
, x>0.
Resolução:
n !n !
a) Seja an = e
(2n)!
an +1 x ( n +1) +1 3n x n +1 x3n x
b) Para x > 0 , = n +1 . n +1 = n n +1 = , para todo n . En-
an 3 x 3 3x 3
a x
tão, lim n +1 = .
n →∞ a 3
n
x
Pelo Teste da Razão, a série é convergente se < 1 ou x < 3 e
3
divergente se x > 3 .
∞
x n +1 ∞
Se x = 3 , ∑
n =1 3
n
= ∑ 3 = 3 + 3 + 3 + , divergente.
n =1
Exercício resolvido
11) Decida se as séries são convergentes ou divergentes, aplicando
o Teste da Raiz.
n
3n + 2
∞
a) ∑
n =1 4n + 1
∞
n3
b) ∑
n =1 3
n
3n
∞
c) ∑ 3
n =1 n
246
Resolução:
n
3n + 2
a) Seja an = (quociente elevado à potência n ).
4n + 1
3n + 2 3
Então lim n an = lim = < 1 e assim pelo Teste da Raiz, a série
n →∞ n →∞ 4n + 1 4
dada é convergente.
3
n3 n3 nn
b) No caso an = n , temos o limite lim n n = lim .
3 n →∞ 3 n →∞ 3
1 ∞
n3
Assim, lim n an =
n →∞ 3
< 1 , e pelo Teste da Raiz a série ∑
n =1 3
n
é con-
vergente.
3n 3n 3
c) Agora an = 3 e lim 3 = lim 3 = 3 > 1 . Então pelo Teste da Raiz
n
n n →∞ n n →∞
n nn
∞
3
a série ∑ 3 é divergente.
n =1 n
4.5.1 Exercícios
1) Use o Teste da Integral para mostrar que as seguintes séries
são convergentes:
∞
arctgn
a) ∑n
n =1
2
+1
∞
1
b) ∑ n(ln n)
n=2
2
∞
1 ∞
1
a) ∑n
n=2 n -1
c) ∑ ln n
n=2
∞
sen 2 (2n - 1) ∞
ln n
b) ∑
n =1 n2
d) ∑
n =1 n
3
∞ ∞
n
b) ∑ n2e- n
n =1
e) ∑ (ln n)
n=2
n
∞
n!
c) ∑5n =1
n
Mais exemplos:
1 1 1 ∞
(-1) n -1
3) Série harmônica alternada: 1 - + - + = ∑
2 3 4 n =1 n
∞
4) 1 - 2 + 3 - 4 + = ∑ (-1) n +1 n
n =1
1 2 3 4 5 ∞
n
5) - + - + - + = ∑ (-1) n
2 3 4 5 6 n =1 n +1
(-1) n -1 1
Notação: Observe que an = = (-1) n -1 = (-1) n -1 bn , (com bn > 0
n n
no Exemplo 3).
n
an = (-1) n = (-1) n bn , (com bn > 0 no Exemplo 5).
n +1
Usamos a potência n –1 (ou n + 1 ) se a1 > 0 e n se a1 < 0 .
ii) lim bn = 0 .
n →∞
S1 = b1 , S 2 = b1 – b2 , S3 = b1 – b2 + b3 , S 4 = b1 – b2 + b3 – b4 ,
S5 = b1 – b2 + b3 – b4 + b5 , S6 = b1 – b2 + b3 – b4 +b5 – b6 , etc...
S3 = b1 – b2 + b3 = S 2 + b3 , então S3 ≥ 0 e S3 ≥ S 2 ( S3 à direita de S 2 ).
Assim, por diante.
250
+b1
−b2
+b3
−b4
0 S2 S4 S S3 S1
Figura 4.6: As somas parciais da série alternada que satisfaz as condições do teste.
1 1 1 1 1 1 1 1
- + - + - + + n - n + não satisfaz a condição i).
3 2 9 4 27 8 3 2
Mostre!
1
Mas a série é convergente e sua soma S = - .
2
Mostre!
(-1) n -1 1 1
De fato, para todo n , an = = (-1) n -1 , com bn = > 0 .
n n n
1 1
De n < n + 1 temos > , ou seja, bn > bn +1 , para todo n .
n n +1
251
1
Além disso, lim bn = lim = 0 . Então, como as condições do teste es-
n →∞ n n →∞
(-1) n -1
∞
1 1 1
A p -série alternada ∑ p
= 1 - p + p - p + é convergente
n 2 3 4
se p > 0 . n =1
∞
A prova é análoga. Note que se p = 0 , a série ∑ (-1)
n =1
n -1
é divergente e
Exercício resolvido
(-1) n 2n
∞
12) Determine se a série ∑ é convergente ou não.
n =1 3n - 1
Resolução: A série dada é alternada e escrevemos
∞
(-1) n 2n ∞ 2n 2n
∑
n =1 3n - 1
= - ∑
n =1
(-1) n -1
3n - 1
, onde bn =
3n - 1
> 0 , para todo n .
2n 2 2
O limite lim = lim = ≠0.
n →∞ 3n - 1 n →∞ 1 3
3-
n
Então a condição ii) do Teste da Série Alternada não está satisfeita.
O limite não existe, assim pelo teste do termo geral, a série é diver-
gente.
Série Alternada.
252
então, | S – S n | ≤ bn +1 .
2
Usando uma calculadora S8 = 0, 6640625 . Sabemos que S = .
3
Então
2
|S – S8 | = - 0, 6640625 = 0, 002604166 .
3
1
Pela estimativa acima, | S - S8 | ≤ b9 = = 0, 00390625 .
256
Exercício Resolvido
(-1) n
∞
13) Mostre que a série ∑ é convergente e encontre a soma
n =1 n!
com precisão de três casas.
Resolução:
A série
∞
(-1) n 1 1 1 1 ∞ (-1) n -1
∑ n!
= -1 + -
2! 3!
+ = - 1 - +
2! 3!
- .. = - ∑
n!
n =1
1 n =1
sendo bn = > 0 para todo n ∈ . Primeiro vamos mostrar que a
n!
série éconvergente.
1 1
i) (n + 1)! = (n + 1) ⋅ n ! > n ! , implica que > . Logo, bn > bn +1
n ! (n + 1)!
para todo n .
1 1 1 1
ii) 0 < bn = < , pois n ! > n . Como lim = 0 então lim = 0 .
n! n n →∞ n n →∞ n !
1 1 1 1 1
b1 = 1 , b2 =
= = 0,5 , b3 = = = = 0,1666 ,
2! 2 3! 3 ⋅ 2! 6
1 1 1 1
b4 = = = 0, 04166 , b5 = = = 0, 00833 ,
4! 24 5! 120
1 1 1 1
b6 = = = 0, 001388 , b7 = = = 0, 00019841
6! 720 7! 5040
Então, n + 1 = 7 e n = 6 . Assim,
1 1 1 1 1
S6 = -1 + - + - + = -0, 6318
2 6 24 120 720
aproxima S com precisão de três casas decimais.
∞
Definição 4.2. Uma série ∑a
n =1
n é absolutamente convergente se a
∞
série ∑| a
n =1
n | é convergente.
Exemplo 4.13.
De | an | ≥ 0 , para todo n ,
| an +1 | + | an + 2 | + + | an + p | =| an +1 | + | an + 2 | + + | an + p | ≥ an +1 + an + 2 + + an + p
Exercício Resolvido
∞
cos n cos1 cos 2 cos 3
14) Analise a série ∑n =1 n2
= 2 + 2 + 2 +
1 2 3
∞
cos n
Resolução. Seja ∑ n =1 n2 a série dos valores absolutos dos termos.
cos n cos n 1
De |cos n| ≤ 1 segue que an = 2
= 2
≤ 2 . Como an > 0 e
n n n
1
bn = 2 > 0 , para todo n , podemos usar o Teorema da Comparação
n ∞
1 ∞
cos n
e do fato de ∑ 2 ser convergente, segue que ∑ 2 é conver-
n =1 n n =1 n
gente. Assim, a série dada é absolutamente convergente e pelo Teste
da Convergência Absoluta ela é convergente.
∞
(-1) n -1
∑n =1 np
é absolutamente convergente se p > 1 e condicionalmente
convergente se 0 < p ≤ 1 .
Por exemplo;
1 1 1 ∞
(-1) n -1
1- + - + = ∑ 1/2 é condicionalmente convergente.
2 3 4 n =1 n
1 1 1 ∞
(-1) n -1
1- + -
23/2 33/2 43/2
+ = ∑
n =1 n3/2
é absolutamente convergente.
an +1
1) Se lim = l < 1 , então a série é absolutamente convergente e
n →∞ a
n
portanto convergente.
a a
2) Se lim n +1 = l > 1 ou lim n +1 = +∞ , então a série é divergente.
n →∞ a n →∞ a
n n
an +1
3) Se lim = 1 , nada se pode concluir.
n →∞ an
|c| < 1 . É claro que , se|c| ≥ 1 , a série é divergente porque o termo ge-
ral não a tende a zero.
4.6.1 Exercícios
1) Use o Teste da Série Alternada para verificar se as séries são
convergentes ou não.
∞
(-1) n ∞
(-1) n
a) ∑ d) ∑
n =1 n + 2 n =0 n +1
n
∞
n ∞
1
∑ ∑ ( -1)
n +1
b) (-1) n +1 e)
n =1 10 n=2 ln n
∞
c) ∑ (-1) e
n =0
n -n
∞
2+n ∞
102 n -1
b) ∑ (-1)n+1
n =1 3+ n
e) ∑ (-1)n+1
n =1 (2n - 1)!
∞
1 ∞
cos(n )
c) ∑ (-1)
n=2
n +1
n ln n
f) ∑
n =1 n n
∞
arctgn ∞
n! ∞
(ln n) n
g) ∑
n =1 1 + n
2
h) ∑
n =1 n
n
i) ∑
n=2 nn
∞
1
j) ∑ nsen n
n =1
258
7(1 - ( 12 ) )
n
3) a) S n = , S = 14
1 - 12
1 + (-1) n -1 2n
b) S n = , divergente
3
5 5 5
c) S n = - , S=
2 n+2 2
7 21
4) a) S = ; b) S = ; c) divergente; d) S =
10 2 1+
4
5) a) x no intervalo ]2, 4[ , S = ;
4- x
1
b) x tal que –1 < x < 1 , S = ;
1 - x2
2
c) x em ] – 3, 1[ , S = ;
1- x
1 1 1 1
d) x tal que - < x < < x < , S = .
5 5 5 1 - 5x
6) 28m
4
8) t = ln
5
4.3.1 Exercícios
1) a) convergente; b) divergente; c) divergente; d) convergente ;
e) convergente; f) divergente ; g) divergente .
259
4.4.1 Exercícios
1 23
1) a) S = ; b) S = ; c) S =1 .
2 10
4.5.1 Exercícios
10 1
2) a) Rn ≤ 0,1
; b) Rn ≤
n n
∞
1
3) a) convergente (comparação com ∑n
n =1
3
2
);
∞
1
b) convergente (comparação: ∑n
n =1
2
);
∞
1
c) divergente (comparação com ∑n
n =1
);
∞
1
d) convergente (comparação com ∑nn =1
2
).
1 1
4) a) convergente , l = ; b) convergente , l = ;
3 e
c) e d) divergentes , l = +∞ .
4.6.1 Exercícios
1) a) convergente; b) divergente; c) convergente; d) convergente;
e) convergente.
∞
1
2) a) absolutamente convergente (compare com ∑n
n =1
2
);
1
f) absolutamente convergente an = 3/2 ; p - série convergente
n
3) a) ; d) e e)
1
4) a) convergente (série geométrica, r = ) ;
1
b) divergente (p-série , p = );
2
1 1
c) divergente desde que ≥ ;
3
n2 - 1 2n 2/3
1
d) divergente ( an > ) ;
2n
1
e) convergente (compare an com ) ; f) convergente ( l = 0 ) ;
n2
1
g) convergente (Teste da Integral) ; h) convergente , = ;
e
i) convergente ( l = 0 ) ; j) divergente (Teste do enésimo
termo).
Capítulo 5
Séries de Potências
Capítulo 5
Séries de Potência
5.1 Introdução
No Exercício 3 de aplicação da série geométrica vimos que
1
1 + x + x 2 + x3 + = , se –1 < x < 1 . (1)
1- x
Considerando x variável, a expressão à esquerda da igualdade (1)
define a função
1
x , cujo domínio é \{1} .
1- x
A correspondência x → 1 + x + x 2 + x3 + define uma função real no
intervalo ] –1,1[ , pois para cada x nesse intervalo a série é conver-
264
∑ ax
n =0
n
é igual a a , quando x = 0 (e não é resultado da substituição
∞
de x por 0 ), e usamos a notação ∑ ax
n =0
n
, sendo x tal que –1 < x < 1 .
∞
Primeiro estudaremos as séries do tipo ∑x
n =0
n
e depois aprendere-
∑ c ( x - a)
n =0
n
n
= c0 + c1 ( x – a) + c2 ( x – a) 2 + + cn ( x – a) n +
Exemplo 5.1
∞
a) O exemplo da introdução ∑x
n =0
n
= 1 + x + x 2 + x3 + é uma série
de potências (centrada em a = 0 ), com coeficientes
c0 = c1 = c2 = = cn = = 1 .
b) A série de potências
n n
∞
1 1 1 1
∑
n =0 2
n
2 4
2
2
n
- ( x - 3) =1 + - ( x – 3) + ( x – 3) + + - ( x – 3) +
1
está centrada em a = 3 e os coeficientes são c0 = 1 , c1 = - ,
n 2
1 1
c2 = , , cn = - ,
4 2
266
c) A série
n
∞
x x x 2 x3
∑
n =0 n !
= 1 + + + +
1! 2! 3!
é uma série de potências (centrada em a = 0 ) e os coeficien-
1 1
tes são c0 = 1 ( 0! = 1 , por definição), c1 = 1 , c2 = , c3 = , ,
2! 3!
1
cn = ,
n!
∞
De modo geral, a série de potências ∑ c( x - a)
n =0
n
, com coeficientes
cn = c, ∀n, é convergente se | x – a | < 1 (a –1 < x < a + 1) e divergente
se | xx –- aa| ≥ 1 ( x ≥ a + 1 ou x ≤ a –1) .
xn
Para o centro x = 0 a série é convergente. Seja an = , para cada
n!
x ≠ 0 (positivo ou negativo), e calculemos
an +1 x n +1 n ! x x
= n
= = .
an (n + 1)! x n +1 n +1
267
x
Como lim = 0 independentemente do valor de x , pelo Teste
n →∞ n + 1
∑ n! x
n =0
n
= 1 + x + 2! x 2 + 3! x3 +
an +1 (n + 1)! x n +1
= = (n + 1) x , x ≠ 0 .
an n! xn
an +1
Logo, lim = +∞ , se x ≠ 0 , resultado que pelo Teste da Razão im-
n →∞ a
n
plica que a série é divergente, qualquer que seja x ≠ 0 . Então a série
de potências é convergente apenas quando x = 0 .
n
Como, lim x - 2 = x - 2 pelo Teste da Razão, a série é absolu-
n →∞ n + 1
Para x = 1 , temos
n n
∞
(1 - 2) ∞
(-1)
∑
n =1 n
=∑
n =1 n
,
• aberto: ]a – R, a + R[ ,
• semiaberto: ]a – R, a + R] ou [a – R, a + R[ ,
• fechado: [a – R, a + R ] .
∑x
n =0
n (série
geométrica)
R =1 ] –1,1[
∑ n! x
n =0
n
R=0 {0}
n
∞
x
∑
n =0 n !
R = +∞ ] – ∞, +∞[
n
∞
( x - 2)
∑
n =1 n
R =1 [1, 3[
∑ c( x - a)
n =0
n
R =1 ]a –1, a + 1[
(série geométrica)
∑ n !( x - a)
n =0
n
R=0 {a}
n
∞
( x - a)
∑
n =0 n!
R = +∞ ] – ∞, +∞[
n
∞
( x - a)
∑
n =1 n
R =1 [a –1, a + 1[
270
Exercício resolvido
1) Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência
das seguintes séries:
2 n-1
∞
x x3 x5 x 7
a) ∑ (-1)
n =1
n -1
2n - 1
= x - + - + ...
3 5 7
n
∞
(-3) n x
b) ∑
n =0 n +1
Resolução.
n -1 x 2 n -1
a) Seja an = (-1) . Então,
2n - 1
an +1 (-1)( n +1) -1 x 2( n +1) -1 2n - 1 (-1)(2n - 1) 2 2n - 1 2
= n -1 2 n -1
= x = x , n ≥ 1.
an 2(n + 1) - 1 (-1) x 2n + 1 2n + 1
an +1 2n - 1 2
Logo, lim = lim x = x2 .
n →∞ an n →∞ 2n + 1
∑
n =1 2n - 1
∑e
2n - 1
=∑ .
n =1 n =1 2n - 1
1
As duas são séries alternadas com bn = > 0 (uma série é
2n - 1
oposta à outra).
Note que, para todo n , 2(n + 1) –1 = 2n + 1 > 2n –1 , o que
implica
1 1
> ,
2n - 1 2(n + 1) - 1
ou seja, bn > bn +1 . Isso mostra que a sequência (bn ) é decres-
cente. Como
1
lim =0,
n →∞ 2n - 1
(-3 x) n (-1) n (3 x) n
b) Podemos escrever an = como an = . Assim,
n +1 n +1
an +1 (-1) n +1 (3 x) n +1 n +1 n +1
= n n
= 3x e
an n + 1 + 1 (-1) (3 x) n+2
an +1 n +1
lim = lim 3 x =3 x .
n →∞ an n →∞ n+2
1 ∞
(-1) n
Para x = temos a série numérica ∑ que é conver-
3 n =0 n +1
gente (veja Exercício proposto 15) ou prove como no item a)).
1 ∞
(-1) n (-1) n ∞
1
Se x = - , a série numérica ∑ =∑ é uma
3 n =0 n +1 n =0 n +1
1
p -série com p = , logo é divergente.
2
272
1 1
Conclusão: a série de potências é convergente quando x ∈ - ,
3 3
5.2.1 Exercícios
1) Encontre o raio e determine o intervalo de convergência das
seguintes série de potências.
∞ ∞
xn
a) ∑ nx n f) ∑
n =1 n =0 n2 + 8
∞
xn ∞
(2 x + 3) n
b) ∑
n =1 n n
g) ∑
n =1 n2
∞
( x - 1) n ∞
(5 x - 1) n +1
c) ∑ h) ∑
n =0 10n n =1 n
∞ ∞
(-1) n +1 ( x + 2) n
d) ∑ nn xn i) ∑ n 2n
n =1 n =1
∞
(-1) n x n ∞
xn
e) ∑
n =0 n !
j) ∑
n = 2 n ln n
∞
é um número real e, assim, a
correspondência x → ∑ cn ( x - a ) define uma função real cujo do-
n
n =0
mínio é o intervalo de convergência da série.
273
1
y=
1− x
S2
S1
1 S0
0 1
1
Figura 5.1: Aproximações de f ( x) = por S0 , S1 , S 2 , , no intervalo .
1- x
274
Observe que
S0 = 1
S1 = 1 + x
2
2 1 3
S2 = 1 + x + x = x + +
2 4
2 3
S3 = 1 + x + x + x
1+ x 2
= 1 – x 2
+ x 4
– x 6
+…+ (– 1) n 2n
x +… = ∑
n =0
(-1) n x 2 n , 0 ≤ x 2 < 1 ,
1
4) Para a > 0 , seja a função f ( x) = , x ∈ I , intervalo que de-
a+x
terminaremos abaixo.
1 1 1 1
De = = ,
a+x x a 1+ x
a 1 +
a a
x
substituindo x por na igualdade em 2), obtemos
a
n
1 1 ∞ x
= ∑ (-1) n ,
a + x a n =0 a
x
para < 1 ou x < a . Assim, no intervalo de convergência
a
1 ∞
(-1) n
– a < x < a temos = ∑ n +1 x n .
a + x n =0 a
275
∫ ∑
i =1
f i ( x )
dx = ∑
i =1
( ∫ f i ( x)dx) , para n finito.
Para uma “soma infinita” não é muito simples. O caso geral poderá
ser estudado em um curso mais avançado e nos restringiremos ao
caso particular e especial das funções potências f n ( x) = cn ( x – a ) n ,
n inteiro positivo. Assim, por falta de conceitos específicos (por
exemplo, convergência uniforme), o teorema seguinte será enuncia-
do sem demonstração.
n =0
Exemplo 5.6. Represente cada uma das funções dadas como séries
de potências, pela diferenciação ou integração de série de potên-
cias dos primeiros exemplos acima, e determine seu raio de con-
vergência.
1
a) f ( x) =
(1 - x) 2
1
Observe que 2
= (1 - x) -2 e lembre-se que
(1 - x)
1 1 ′
[(1 – x) – 1 ]' = –1(1 – x) – 2 (– 1) , ou seja, = .
(1 - x) 2 1 - x
1 ∞
Da série geométrica = ∑ x n , para x tal que | x | < 1 segue
1 - x n =0
que,
1 ∞ ∞
(1 - x) 2
= ∑
n =0
( x n
) ' = ∑
n =1
nx n -1 , para x tal que | x | < 1 .
1 ∞
Logo,
(1 - x) 2
= ∑
n =1
nx n -1 e o raio de convergência é R = 1 .
b) g ( x) = ln 1 + x
1
Do capítulo de integrais temos que ∫ dx = ln |1 + x | + c, c ∈ ,
1+ x
e do Exemplo 2) acima,
1 ∞
= ∑ (-1) n x n , para x tal que | x | < 1 . Então,
1 + x n =0
n +1
1 ∞ n n n x
∞ ∞
ln |1 + x | + c = ∫ dx = ∫ ∑ (-1) x dx = ∑ (-1) ( ∫ x dx) = ∑ (-1)
n n
,
1+ x n =0 n =0 n =0 n +1
para x tal que | x | < 1 .
A igualdade tem que valer para todo x tal que –1 < x < 1 , em
particular para x = 0 . Assim,
∞
0n +1
ln |1 + 0 | + c = ∑ (-1) n =0,
n =0 n +1
o que implica c = 0 . Portanto,
∞
x n +1 ∞
xn
ln |1 + x | = ∑ (-1) n = ∑ (-1) n -1 ,
n =0 n + 1 n =1 n
e o raio de convergência é R = 1 .
Exercício resolvido
2) Encontre uma representação da função f ( x) = arctgx em série
de potências.
1
(arctgx) ' = .
1 + x2
1 ∞
No Exemplo 3) acima,
1+ x 2
= ∑
n =0
(-1) n x 2 n , para x tal que| x | < 1 .
278
∞
x 2 n +1
arctgx = ∑ (-1) n , para x tal que| x | < 1 .
n =0 2n + 1
5.3.1 Exercícios
2) Encontre uma representação em série de potências para cada
função e determine o intervalo de convergência.
1 1
a) f ( x) = d) f ( x) =
1 - x3 (1 + x)3
1
b) f ( x) = e) f ( x) = ln | 4 - x |
9 + x 2
x x
c) f ( x) = f) f ( x) = arctg
1- x 5
∞
x2n
3) Seja f ( x) = ∑ (-1) n
. Calcule a série para f ''( x) e verifi-
n =0 (2n)!
que que f ''( x) = – f ( x) .
5.4.1 Definições
Inicialmente faremos duas considerações baseadas no que estuda-
mos na seção anterior.
1
1) Obviamente não podemos escrever a função f ( x) = como
∞ x
uma série de potências do tipo ∑ cn x n , num intervalo aberto
n =0
contendo 0 (zero) porque a série é convergente se x = 0 , mas a
função não é nem definida em x = 0 .
∞
1
Por outro lado, sabemos que
n =0
∑ (-1) n
1+ x
xn =
, | x | < 1 . Então se
fizermos y = 1 + x temos x = y –1 e a igualdade acima toma a
∞
1
forma ∑ (-1) n ( y - 1) n = , | y - 1| < 1 , ou seja,
n =0 y
1 ∞
f ( x) = = ∑ (-1) n ( x - 1) n , para x tal que | x –1| < 1 .
x n =0
Isso significa que uma função pode não ser representada como
uma série de potências com centro em a = 0 , mas pode ser es-
crita como uma série de potências com centro em a ≠ 0 .
A derivada terceira
∞
f '''( x) = ∑ n(n - 1)(n - 2)cn ( x - a ) n -3
n =3
f ( n ) (a)
Se adotarmos 0! = 1 e f (0) = f , então cn = , para n = 0,1, 2,3,
n!
e mostramos o seguinte teorema.
f ( n ) (a)
cn = .
n!
281
(-1) n -1 n
∞
Exemplo 5.7. Sabemos que ln |1 + x | = ∑ x , para x tal que
n =1 n
(-1) n -1
| x | < 1 (Exemplo 5.6). Note que cn = , para n ≥ 1 e c0 = 0 .
n
Escrevendo f ( x) = ln |1 + x | , temos f (0) = ln1 = 0 = c0 . De
1
f '( x) = = (1 + x) -1
1+ x
f ''( x) = –1(1 + x) – 2
1 ∞
Tarefa. Faça o mesmo para = ∑ x n , | x |< 1 .
1 - x n =0
A primeira condição para escrever uma função arbitrária como uma
série de potências centrada em a é que a função tem que ter deri-
vadas de todas as ordens nos números de um intervalo I , centrado
em a .
∞
f ( n ) (0) n f '(0) f "(0) 2 f ( n ) (0) n
∑
n =0 n!
x = f (0) +
1!
x+
2!
x + +
n!
x +
- x12
Exemplo 5.8. A função f ( x) = e , se x ≠ 0 tem derivadas de to-
das as ordens em . 0 , se x = 0
1 ' 1
- 1 2 - x2
De fato, para x ≠ 0 , f '( x) = e x2
- 2 = 3 e .
x x
Vamos calcular f '(0) por definição de derivada:
1 1
- -
f (0 + h) - f (0) e h -0 e h
2 2
(lembre-se que h ≠ 0 ).
1
-
Como lim e h2
= 0 , podemos aplicar a Regra de L’Hôpital. Note
h →0
1
-
(logo acima) que a derivada de e h2
fica mais “complicada”. Então
Assim, f '(0) = 0 .
(Outra maneira de calcular f '(0) é fazendo a mudança de
283
1 1 1
variável = y e lembrando que lim+ = +∞ , lim- = -∞ ,
h h → 0 h h → 0 h
y 1
f + '(0) = lim y 2 = lim 2 = 0 e também f – '(0) = 0 .).
y →+∞
e y →+∞
2 ye y
Se x ≠ 0 ,
' '
2 - x2 2 - x2
1 1 1 1 1
6 - x2 2 2 - x2 4 6 - x2
f ''( x) = 3 e + 3 e = - e + e = 6 - e .
x x x4 x3 x3 x x4
1 1
- -
f '(0 + h) - f '(0) 2
h3
e 2e h2
-0 h2
Assim, f ''(0) = lim = lim = lim 4 . Escre-
h →0 h h → 0 h h → 0 h
vendo o quociente de outra maneira e aplicando a Regra de L’Hôpital
duas vezes concluímos que f ''(0) = 0 .
1
(n) 1 - 2
De modo geral, f (0) = lim p e h , em que p é um polinômio, e
h →0
h
(n)
mostramos que f (0) = 0 , para todo n . Então a série de Maclaurin
gerada por f em a = 0 é escrita como
0 + 0 ⋅ x + 0 ⋅ x 2 + 0 ⋅ x3 + = 0 + 0 + 0 +
que é convergente para zero, qualquer que seja x ∈ . Logo, a soma
da série de potências é a função nula e como f ( x) ≠ 0 , para todo
x ≠ 0 , f não pode ser representada pela série, ao redor do zero.
Exercício resolvido
1
3) Encontre a série de Taylor gerada por f ( x) = em a = 2 . Ve-
x
rifique se a série é convergente e se a função soma é f em
algum intervalo.
para x tal que | x –1| < 1 . Agora vamos usar a definição da série de
Taylor.
1
De f ( x) = = x -1 , temos
x
f '( x) = –1x –2
f ''( x) = (-1)(-2) x –3 = 2! x –3
1 1
b) Note que a série é geométrica com a = e r = - ( x - 2) .
2 2
1
Então ela é absolutamente convergente se - ( x - 2) < 1
2
ou | x – 2 | < 2 e, para cada x nesse intervalo, a soma é
1
1 1
2
= = .
1 + ( x - 2)
1
2 2+ x-2 x
Para n = 1 , P1 ( x) = 1 + x
x2 x2
n = 2 , P2 ( x) = 1 + x + = 1+ x +
2! 2
2 3
x x x 2 x3
n = 3 , P3 ( x) = 1 + x + + = 1 + x + + , etc.
2! 3! 2 6
: [a, x] → pondo
f '(t ) f "(t ) f ( n ) (t ) K
(t ) = f ( x) - f (t ) - (x - t) - ( x - t )2 - - ( x - t )n - ( x - t ) n +1
1! 2! n! (n + 1)!
em que K é uma constante escolhida de modo que (a ) = 0 .
Calculando a derivada
K - f ( n +1) (c)
Segue que ( x - c) n = 0 . Portanto, K = f ( n +1) (c) e pro-
n!
vamos o teorema.
Se existe uma constante M n > 0 tal que f ( n +1) (t) ≤ M n , para todo t
entre a e x , inclusive, então o resto Rn ,a ( x) na Fórmula de Taylor
satisfaz a desigualdade
Mn n +1
Rn ,a ( x) ≤ x-a .
(n + 1)!
Fixemos x , que pode ser maior que zero ( x > 0) ou menor ( x < 0) .
1 n +1
i) Se x < 0 , então x < cx < 0 e, assim, | Rn ,0 ( x) |< x , para
(n + 1)!
todo n .
ex n +1
ii) Se x > 0 , x > cx > 0 e temos, | Rn ,0 ( x) |< x , para todo n .
(n + 1)!
x n +1 ∞
1
Como lim = 0 , pois a série ∑ x n é convergente (Exemplo
n →∞ ( n + 1)!
n =0 n !
5.3. Também pode ser calculado o limite.), para todo x , pelo Teore-
ma do Confronto lim Rn ,a ( x) = 0 .
n →∞
Cálculo de e
∞
1
Para x = 1 na expressão de e x acima temos e = ∑ , que já vimos
n =0 n !
no Exercício resolvido 4.8, e denominamos série e . Agora vamos
calcular o valor de e correto até a quinta casa decimal. Para isso usa-
mos a aproximação pelo polinômio de Taylor
1 1 ec
e = 1 + 1 + + + + Rn ,0 (1) , onde Rn ,0 (1) = , para algum c
2! n! (n + 1)!
entre 0 e 1.
Sabemos que 1 < ec < e e que e < 3 (veja o Exercício resolvido 4.8).
Então
1 3
< Rn ,0 (1) < e queremos que o erro seja menor que 10 –5 .
(n + 1)! (n + 1)!
x2 x4 x6 x2k
P2 k ( x) = P2 k +1 ( x) = 1 - + - + + (-1) k (Exemplo 5.10).
2! 4! 6! (2k )!
A função cosseno tem derivadas de todas as ordens em todo x ∈ e
f ( n +1) (cx ) n +1
onde Rn ,0 ( x) = x , para algum cx entre x e 0.
(n + 1)!
Isso vale para cada n ( n par ou ímpar). Como tanto sen(t ) ≤ 1
1 n +1
como cos(t ) ≤ 1 , qualquer t ∈ , então 0 ≤ | Rn ,0 ( x) | ≤ x
(n + 1)!
para todo n .
x n +1
De lim = 0 (o mesmo limite do exemplo anterior) segue que
n →∞ ( n + 1)!
1 2 1 4 1 6 (-1) k 2 k ∞
(-1) k 2 k
cosx = 1 - x + x - x + + x + = ∑ x ou
2! 4! 6! (2k )! k = 0 (2k )!
∞
(-1) n 2 n
∑
n = 0 (2n)!
x para todo x ∈ .
292
Exercício resolvido
Encontre a série de Maclaurin gerada por f ( x) = senx e mostre que a
série é convergente para f ( x) = senx , para todo x ∈ .
(-1) 2 n +1 2 n +1
∞
Logo, senx = ∑ x , para todo x ∈ (aqui só mudamos a
n = 0 (2n + 1)!
letra k por n ).
293
Exercício resolvido
Encontre a série de Taylor para f ( x) = e x em a = 2 .
n =0 n ! n!
an +1 e 2 ( x - 2) n +1 n! x-2 a
então = 2 n
= e lim n +1 = 0 , para
an (n + 1)! e ( x - 2) n +1 n →∞ an
todo x .
n =0 n !
e2 ∞
Taylor ao redor de a = 2 é e x = ∑ ( x - 2) n , para todo x ∈ . Para
n =0 n !
x próximo de zero, a melhor aproximação de e x é dada pela série
Exercício resolvido
6) Encontre a série de Taylor para f ( x) = senx em a = .
3
3
Resolução. O valor do seno em a é f = sen =
. Utilizando as
3 3 2
1
derivadas calculadas no Exercício resolvido 5.4, f ' = cos = ,
3 3 2
3 1
f '' = -sen = - , f ''' = - cos = - , ... ,
3 3 2 3 3 2
1 3
e f (2 k ) = (-1) k
f (2 k +1) = (-1) k , para todo k .
3 2 3 2
Assim, a série de Taylor gerada por f ao redor de a = é
3
∞
n 2k 2 k +1
∞
1 ( n ) (-1) k 3 (-1) k 1
∑
n =0 n !
f
3
x - ∑
=
3 k =0 (2k )! 2
x -
3
+
(2k + 1)! 2
x -
3
(para cada valor de k temos duas parcelas consecutivas).
, para todo x ∈ .
, para todo x ∈ .
∞
(-1) 2 n +1 2 n +1
Tarefa. Sendo seny = ∑ y para todo y ∈ , trocar y por
n = 0 (2n + 1)!
x - para obter a série de Taylor de f ( x) = senx em a = , encon-
3 3
trada no exercício resolvido 6 (use a fórmula de adição de ângulos
para sen x - ).
3
296
5.4.1 Exercícios
1) Encontre o polinômio de Taylor de ordem n gerado por f em a .
a) f ( x) = lnx , a = 1 , n = 5.
b) f ( x) = senx , a = , n = 4 .
4
c) f ( x) = tgx , a = 0 , n = 3 .
b) f ( x) = e x , a qualquer.
c) f ( x) = senx , a = .
4
1
d) f ( x) = 2 , a = 1 .
x
3) Ache por qualquer método a série de Maclaurin para as funções.
a) f ( x) = x 2 e – x
e x + e- x
b) f ( x) = coshx
2
e x - e- x
c) f ( x) = senhx =
2
d) f ( x) = xcosx + senx
5.5 Aplicações
5.5.1 Aplicações de Polinômios de Taylor.
∞
f ( n ) (a)
Seja f ( x) igual à soma de sua série de Taylor; f ( x) = ∑ ( x - a)n ,
n =0 n !
x numa vizinhança de a . Se Pn é o polinômio de Taylor de ordem n ,
então f ( x) = Pn ( x) + Rn ,a ( x) com lim Rn ,a ( x) = 0 e, assim, Pn pode ser
n →∞
usado como uma aproximação de f (denotamos por f ( x) ≈ Pn ( x) ).
x3 x5
Assim, a aproximação senx ≈ x - + tem precisão de 0,00005
3! 5!
quando x < 0,82 .
k =0 k
m
m
No caso particular, a = 1 e b = x temos (1 + x) m = ∑ x k .
k =0 k
b b b
Note que x < 1 , pois x ≥ 1 , isto é, ≥ 1 implica ≥ 1 ou ≤ -1 .
a a a
Daí b ≥ a ou b ≤ – a , que contradizem a > b , acima, e a + b > 0 (ii).
f '( x) = r (1 + x) r -1 f '(0) = r
1 1 ( 1 - 1)( 12 - 2) 1 1 1 3 3 1
Por exemplo, 2 = 2 2 = - - = 3
= 4.
3 3! 3! 2 2 2 3!2 2
300
r r
Observe que = r , e definimos = 1 . Assim,
1 0
∞
f ( n ) (0) n ∞ r n
∑
n =0 n!
x = ∑ x .
n =0 n
r (r - 1) (r - n + 1) n
Para verificar a convergência da série, seja an = x e
n!
an +1 r (r - 1) (r - n) n! r-n x
= = .
an (n + 1)! r (r - 1) (r - n + 1) n +1
r-n r
-1
Como lim x = lim n 1 x = x , pelo Teste da Razão, a sé-
n →∞ n + 1 n →∞ 1 +
n
rie é convergente quando x < 1 e divergente quando x > 1 . Fal-
Note que
r r (r - 1)(r - 2)...(r - (k - 1))(r - k )
(k + 1) = (k + 1)
k + 1 (k + 1)!
r (r - 1)...(r - k + 1) r
= (r - k ) = (r - k ).
k! k
301
Logo,
∞
r ∞
r ∞
r
g '( x) = ∑ (r - k ) x k = ∑ rx k - ∑ kx k
k =0 k k =0 k k =0 k
∞
r
= rg ( x) - x ∑ kx k -1
k =1 k
h '( x) = – r (1 + x) – r –1
g ( x) + (1 + x) – r g '( x)
(1 + x) 2
= ∑
n =0
(-1) n (n + 1)x n , x < 1 .
∞
1 1 1 1 1
1 + x = ∑ 2 x n = 1 + 2 x + 2 x 2 + 2 x 3 + 2 x 4 +
n =0 n 1 2 3 4
1 ( - 1) 2 12 ( 12 - 1)( 12 - 2) 3 12 ( 12 - 1)( 12 - 2)( 12 - 3) 4
1 1
= 1+ x + 2 2 x + x + x +
2 2! 3! 4!
1 1
(- 1 ) 1
(- 1 )(- 32 ) 3 12 (- 12 )(- 23 )(- 52 ) 4
= 1 + x + 2 2 x2 + 2 2 x + x +
2 2 3⋅ 2 4 ⋅3⋅ 2
1 1 1 5
Logo, 1+ x = 1+ x - 3 x 2 + 4 x3 - 7 x 4 + , x < 1 .
2 2 2 2
1
Note que 1 + x ≈ 1 + x , aproximação linear.
2
1 1
1 + x ≈ 1 + x - 3 x 2 , aproximação quadrática.
2 2
1 1
1 - x 2 ≈ 1 - x 2 - 3 x 4 , x 2 < 1 ou x < 1 .
2 2
1 1 1 1
1- ≈ 1- - 3 2 , < 1 ou x > 1 .
x 2x 2 x x
1
Exemplo 5.21. A função f ( x) = é um exemplo de função
1 + x7
difícil de integrar. Então vamos representá-la como uma série
1 ∞
de potências substituindo x por x 7 na série = ∑ (-1) n x n ,
1 + x n =0
x < 1 (série geométrica. Primeiros exemplos de 5.2):
1 ∞
1+ x 7
= ∑
n =0
(-1) n x 7 n = 1 - x 7 + x14 - x 21 + , x < 1 . Integrando a série
1 ∞
∫ 1 + x7 dx = ∫∑
n =0
(-1) n x 7 n dx
∞
= ∑ (-1) n ∫ x 7 n dx
n =0
∞
(-1) n x 7 n +1
=c+∑
n =0 7n + 1
x8 x15 x 22
=c+x- + - +
8 15 22
( c constante de integração), para x 7 < 1 ou x < 1 .
Exercício resolvido
a) Encontre uma série de potências para a integral indefinida ∫ e - x dx .
2
1
b) Calcule a integral definida ∫ e - x dx com precisão de 10 – 3 (= 0, 001) .
2
Resolução.
2
a) Obtemos a série de Maclaurin de f ( x) = e - x pela substituição
∞
xn
– x na série de Maclaurin e = ∑ , para todo x ∈ :
2 x
n =0 n !
∞
(- x 2 )n ∞
(-1) n x 2 n x2 x4 x6
f ( x) = e - x = ∑ =∑
2
= 1 - + - + , para
n =0 n! n =0 n! 1! 2! 3!
todo x ∈ .
x2 x4 x6 (-1) n x 2 n
∫ ∫ 1! 2! 3!
- x2
e dx = 1 - + - + + + ... dx
n!
x3 x5 x7 (-1) n x 2 n +1
=c+x- + - + + +
1!.3 2!.5 3!.7 n !(2n + 1)
∞
(-1) n x 2 n +1
=c+∑
n =0 n ! 2n + 1
∫ e dx = x -
2
-x
+ - + + +
0
1!⋅ 3 2!⋅ 5 3!⋅ 7 n !(2n + 1) 0
1 1 1 (-1) n
= 1- + - + + +
1!⋅ 3 2!⋅ 5 3!⋅ 7 n !(2n + 1)
304
5.5.1 Exercícios
1
1) Seja f ( x) = .
1 - x2
a) Encontre a linearização (polinômio de Taylor de ordem 1) de
f em x = 0 .
3) Ache uma série para cada uma das seguintes funções e deter-
mine o intervalo (aberto) de convergência.
x
x2
a) f ( x) = b) f ( x) = ∫ 1 + t10 dt
1+ x 0
c) f ( x) = 3 2 + x d) f ( x) = (2 + x 2 ) r , r ≠ 0 .
4)
∫ sen( x
2
b) Calcule a integral definida ) dx com precisão de
10 –3 (= 0, 001) . 0
b) R = 1 , I = [–1, 1] ;
c) R = 10 , I =] – 9, 11[ ;
d) R = 0 , x = 0 ;
e) R = +∞ , I =] – ∞, + ∞[ ;
f) R = 1 , I = [–1, 1[ ;
1
g) R = , I = [–2, –1] ;
2
1 2
h) R = , I = 0, ;
5 5
i) R = 2 , I =] – 4, 0] ;
j) R = 1 , I = [–1, 1[ .
5.3.1 Exercícios
∞
1) a) ∑x
n =0
3n
I =] –1, 1[ ;
∞
(-1) n x 2 n
b) ∑
n =0 9n +1
, I =] – 3, 3[ ;
∞ ∞
c) -1 + ∑ x n = ∑ x n , I =] –1, 1[ ;
n =0 n =1
∞
(n + 1)(n + 2) n
d) ∑ (-1) n x , I =] –1, 1[ ;
n =0 2
∞
xn
e) 2ln2 - ∑ 2 n , I = [–4, 4[ ;
n =1 n 2
2 n +1
∞
(-1) n x
f) ∑ , I = ] – 5, 5] .
n = 0 2n + 1 5
5.4.1 Exercícios
1 1 1 1
1) a) P5 ( x) = ( x - 1) – ( x - 1) 2 + ( x - 1)3 - ( x - 1) 4 + ( x - 1)5
2 3 4 5
b)
2 3 4
2 2 2 2 2
P4 ( x) = + x- - x- - x- + x-
2 2 4 4 4 12 4 48 4
306
1
c) P3 ( x) = x + x 3 .
3
2 ∞ 1
2n
1
2 n +1
c) senx = ∑ ( -1) n
x - + x - , para todo x .
2 n =0 (2n)! 4 (2n + 1)! 4
1 ∞
d)
x 2
= ∑
n =0
(-1) n (n + 1)( x - 1) n , R = 1 .
∞
(-1) n n + 2
3) a) x 2 e - x = ∑ x , para todo x ;
n =0 n!
∞
x2n
b) coshx = ∑ , para todo x ;
n = 0 (2n)!
∞
x 2 n +1
c) senhx ∑ , para todo x ;
n = 0 (2n + 1)!
∞
2n + 2 2 n +1
d) f ( x) = ∑ (-1) n x , para todo x ;
n =0 (2n + 1)!
∞
(-1) n +1 22 n -1 2 n
e) sen 2 x = ∑ x , para todo x .
n =1 (2n)!
5.5.1 Exercícios
1) a) L( x) = 1 ;
x2
b) Q( x) = 1 +
2
(0,1)9
2) a) erro < ;
6
(0,1)3
b) erro < < 1, 67 × 40-4 .
6
∞
- 12 n + 2
3) a) ∑ x , em ] –1, 1[ ;
n =0 n
∞
12 1
b) ∑ x10 n +1 , em ] –1, 1[ ;
n = 0 n (10n + 1)
307
n
∞
13 x
c) 3
2 ∑ , em ] – 2, 2[ ;
n =0 n 2
n
r x2
∞
d) 2 ∑ , em ] - 2, 2[ .
r
n =0 n 2
∞
(-1) n x 4 n +3
4) a) c + ∑ ;
n = 0 (2n + 1)!(4n + 3)
b) 0,310 .
Bibliografia básica
STEWART, J. Cálculo. v. 2. 4. ed. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.
Bibliografia complementar
LIMA, E.L. Curso de Análise. v. 1. 6. ed. Rio de Janeiro: Instituto
de Matemática Pura e Aplicada, CNPq, 1989.