Caro(a) professor(a),
Nesse sentido, elaboramos este documento o qual você encontrará comentários pedagógicos
acerca dos 26 itens da Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa 2021.1. Ele está estruturado em ordem
crescente por saberes e habilidades que foram ofertados no teste, apresentando mais informações e
detalhamentos sobre a temática de cada um deles. Dessa forma, esperamos que as sugestões aqui
apresentadas possam servir de auxílio para o aprimoramento das práticas já exercidas por cada um dos
professores de nossa rede estadual de ensino.
Sumário
Saber Habilidade Item do Teste Dificuldade Gabarito Página
2
S16 S16.H01 14 FÁCIL C 31
Item do Teste 01
Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram e nem para onde
vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligência do cientista, dão
ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da
mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem.
Cury, Augusto Jorge. Nunca desista dos seus sonhos. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.
É possível afirmar, segundo o texto, que “os sonhos gerados no sono têm grande importância para o
desenvolvimento da inteligência”, pois
A) desenvolvem a inteligência dos cientistas.
B) nos ajudam a viver as batalhas da existência.
C) inspiram a vida dos poetas e dos estudantes.
D) dão sentido à vida que pulsa em nosso dia-a-dia.
E) fazem com que nosso “eu” consciente produza inteligência.
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Operações Mentais - Item 01
A) Essa alternativa constitui um distrator, porque o sonho que abre a inteligência do cientista não é
especificamente o sonho que ocorre durante o sono.
B) Essa alternativa constitui um distrator, porque esse sonho que ajuda a viver as batalhas da existência
são os sonhos produzidos quando estamos acordados.
C) Essa alternativa constitui um distrator, porque o sonho que abre a inteligência do cientista não é
especificamente o sonho que ocorre durante o sono.
D) Essa alternativa constitui um distrator, porque esse sonho que ajuda a dar sentido à vida que pulsa
em nosso dia-a-dia são os sonhos que produzimos quando estamos acordados.
E) Gabarito.
Comentário - Item 01
Caro(a) professor(a),
Localizar informações explícitas no texto é um saber basilar para todas as outras habilidades,
portanto, é preciso investir em estratégias para que o aluno possa aprimorá-lo. Uma das sugestões é que o
aluno possa, por si mesmo, manipular o texto e aprender maneiras de localizar informações explícitas de
diversas maneiras, por palavras-chave, informações tipográficas, título e subtítulos, verificações de
informações.
#FicaAdica - Item 01
O Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula referente ao descritor 01, temos algumas
atividades que você, professor, pode usar para que o aluno aprenda recursos para melhor manipular o texto
e localizar informações explícitas. A aula vai mostrar estratégias para o aluno localizar informações
explícitas no texto: verificação de informações, marcas tipográficas, palavras-chave são algumas das
estratégias presentes.
Item do teste 02
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No trecho “... caminhar para a grande nação que tanto almejamos e temos condições de ser.”, o autor
demonstra ser
A) debochado.
B) esforçado.
C) exagerado.
D) otimista.
Comentário - Item 02
Caro(a) professor(a),
É muito importante que, além de o aluno extrair informações a partir da superficialidade dos textos,
ele consiga também fazer inferências a partir de tais informações. Inferir informações em um texto é entender
o que está implícito nele. Significa, pois, ler nas entrelinhas, deduzir, entender o que está implícito na
mensagem.
No item pode-se levar o aluno a inferir sobre qual emoção está subjacente à frase destacada. Dessa
forma, como um ato de linguagem pode significar/despertar várias emoções, nesse item você pode despertar
o aluno para o fato de que “... caminhar para a grande nação que tanto almejamos e temos condições de
ser” pode significar ou gerar várias emoções, tais quais: deboche, esforço, exagero e otimismo.
Professor, é fundamental que você explique para o aluno que um ato de linguagem pode ser
modificado mediante o contexto que se encontra. Portanto, a partir da habilidade de Inferir, você pode
trabalhar a ideia de como o contexto ou relação entre as partes do texto podem modificar totalmente o
sentido de uma frase. Então, você pode exemplificar que a frase colocada na questão pode dar uma ideia de
deboche, exagero ou esforço, entretanto, pelo texto/contexto no qual encontramos a frase notamos que o
autor não demonstra tais sentimentos. Por isso, o gabarito é “otimista”.
#FicaAdica - Item 02
Para trabalhar a habilidade de inferência você pode consultar o Material Estruturado de Língua
Portuguesa - Módulo I - Aula 02. Lá você vai encontrar várias possibilidades para aprimorar essa habilidade
nos seus alunos através de textos cuja temática é o humor. Além de tudo, você pode procurar outros textos
humorísticos como vídeos que circulam nas redes sociais dos nossos alunos para pedir que eles façam
inferências. Além de divertido, o aluno vai poder desenvolver a habilidade sendo mais crítico em relação aos
textos presentes no seu cotidiano.
Para desenvolver a atividade, a aula do Material Estruturado traz uma propaganda da OI na qual é
trabalhado primeiramente a habilidade de inferência.
Links:
5
- Quer saber mais sobre o Material Estruturado (Aulas 1 a 6) você pode acessar o link:
https://www.youtube.com/watch?v=buMz_c5_Fi4&feature=youtu.be
- Quer ideias para trabalhar essa habilidade no ensino remoto? Você pode acessar o vídeo:
https://www.loom.com/share/84bf51739b574dfd86346f97807711df
Item no Teste 03
O uso da expressão “não pede penico” na descrição do signo do bode significa que o bodiano é
A) zangado.
B) honesto.
C) valente.
D) persistente.
E) competitivo.
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A) Essa alternativa constitui um distrator, porque traz o significado de “marrento”, que também está no
texto, mas o comando da questão quer o significado de “não pede penico”.
B) Essa alternativa constitui um distrator, porque traz o significado de “bota pra descatitar”, que também
está no texto, mas o comando da questão quer o significado de “não pede penico”.
C) Essa alternativa constitui um distrator, porque traz o significado de “arrochado”, que também está no
texto, mas o comando da questão quer o significado de “não pede penico”.
D) Gabarito.
E) Essa alternativa constitui um distrator, porque traz o significado de “ser o primeiro em tudo”, que
também está no texto, mas o comando da questão quer o significado de “não pede penico".
Comentário - Item 03
Caro(a) professor(a),
Expressões regionalistas são bastante comuns no cotidiano dos alunos. Portanto, além dessa que
está neste meme “não pede pânico" há muitas outras que eles conhecem e não devem ser desprezadas.
Uma sugestão é pedir para que os alunos pesquisem textos com as expressões que eles conhecem e pedir
para que o aluno leve para sala de aula esses textos apresentando para os colegas dizerem qual o sentido
daquela expressão naquele determinado contexto. Outra questão, professor, é mostrar para o aluno como
ele pode achar dentro do texto pistas para compreender o sentido de uma expressão regionalista que ele
pode não conhecer. Professor, diversifique ao máximo os textos: mostre regionalismo em memes, letras de
canções, textos literários, textos jornalísticos. O importante é que seu aluno consiga aprimorar a habilidade
de reconhecer o sentido da expressão em determinado contexto e que também aprenda outras expressões.
#FicaAdica - Item 03
Para trabalhar o Saber de inferir o sentido de palavra ou expressão, você pode verificar a proposta
do Material Estruturado de Língua Portuguesa- Aula 03. Nessa aula, nós encontramos um momento
divertido, envolvente, no qual o aluno, para solucionar um mistério, vai desvendando pistas, fazendo várias
inferências. Além de tudo, na seção Conversando com o Texto, temos um trecho do Alienista, de Machado
de Assis, a partir do qual o aluno pode pensar o sentido figurado e conotativo das palavras. Estão
disponibilizados também vários outros itens, como esse, que trazem canções e exploram o sentido figurado
das expressões.
Links
- Quer saber mais sobre o Material Estruturado (Aulas 1 a 6)? Você pode acessar o link:
https://www.youtube.com/watch?v=buMz_c5_Fi4&feature=youtu.be.
- Quer ideias para trabalhar essa habilidade no ensino remoto? Você pode acessar o vídeo:
https://www.loom.com/share/39d3b9eedcd042b492402c544187ede2
Item do Teste 10
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Leia o texto a seguir.
Comentário - Item 10
Caro(a) professor(a),
Compreender textos multissemióticos, isto é, textos que articulam linguagem verbal e não verbal,
faz parte do cotidiano dos nossos alunos. Neste item, o aluno é influenciado a fazer a leitura/ interpretação
de uma tirinha, entretanto, professor, há muitos outros textos multissemióticos possíveis de análise o quais
você pode levar para sala de aula: propagandas, outdoors. Fora outros textos que articulam outros tipos de
linguagem, como a canção (melodia e letra), comercial de tv (imagem, som, cores), filmes, séries
(audiovisual) e todo o tipo de texto que pode chamar atenção do aluno.
8
Saber S04 - Interpretar textos não verbais e textos que articulam
elementos verbais e não verbais.
Habilidade S04.H08 - Compreender o sentido global com base em informações implícitas, em
textos não verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de
grande circulação social de qualquer sequência discursiva predominante (ex.:
placa, fotografia convencional, emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem
de whatsapp/messenger, direct etc.).
Item do teste 23
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aluno que optou por essa alternativa não considerou os aspectos não verbais apresentados pelas
feições do personagem Louco.
B) Essa alternativa constitui-se um distrator, pois o tênis fora do pé do personagem Louco aponta que o
objeto que atingiu Cebolinha foi o tênis do adversário. O aluno que optou por essa alternativa não
conseguiu interpretar o significado que representa o tênis fora do pé do personagem Louco.
C) Essa alternativa constitui-se um distrator, pois o personagem Cebolinha não demonstra movimentos
de revide com relação ao acidente sofrido. O aluno que optou por essa alternativa interpretou que o
rosto de insatisfação de Cebolinha seria suficiente para compreender uma vingança iminente.
Entretanto, pelos elementos não verbais apresentados, não é possível autorizar essa interpretação.
D) Essa alternativa constitui-se um distrator, pois as feições do personagem Louco demonstram
curiosidade ou, até mesmo, preocupação com o resultado de sua atitude. O aluno que optou por essa
alternativa não conseguiu compreender o verdadeiro significado das expressões de Louco.
E) Gabarito
Comentário - Item 23
Caro(a) professor(a),
Ao articular elementos não verbais com o propósito de construir o sentido global de textos é uma
habilidade fundamental para nossos alunos. Ler gestos, cores, expressões, imagens e criar sentido a partir
disso é articular elementos da expressão em conteúdos. Dessa forma, professor, é importante levar o aluno
a perceber detalhes na imagem para que ele possa construir o sentido.
#FicaAdica - Item 04 e 23
Para trabalhar mais aprofundadamente a habilidade de interpretar textos não verbais e textos que
articulam elementos verbais e não verbais, damos a dica do Material Estruturado de Língua Portuguesa,
aula 04, a qual temos muitas dicas interessantes. Uma boa sugestão é usar episódios de desenhos
animados. Através disso, você pode levar o aluno a articular o verbal e o visual por meio de uma atividade
bastante divertida. Há também o exemplo da campanha publicitária de doação de sangue, em que você
pode conduzir o seu aluno a refletir. Nesses moldes de atividades, você pode pensar em várias outras
diante da variedade de textos multissemióticos e não verbais que há.
Item do Teste 05
Leia o texto.
Um estudo realizado por pesquisadores americanos apontou que a radiação emitida pelo telefone
celular pode afetar o sono. O trabalho, realizado por especialistas do Instituto de Tecnologia de
10
Massachusetts, nos Estados Unidos, expôs 71 homens e mulheres com idades entre 18 e 45 anos à
radiação do celular durante o sono.
Os pesquisadores observaram que as fases iniciais do sono foram diretamente afetadas e que
outras, importantes para a recuperação dos desgastes sofridos durante o dia, também foram atingidas pelas
radiações.
A pesquisa ainda mostrou que as pessoas que dormem próximas ao telefone celular sofrem mais
de dores de cabeça.
Disponível em:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL263923-5603,00-RADIACAO+DO+CELULAR+ATRAPALHA+O+SONO+DIZ+ESTUDO.
htm
Comentário - Item 05
Caro(a) professor(a),
É importante que o nosso aluno possa aprimorar a habilidade de identificar o tema ou assunto de
um texto. Esse item, especificamente, vai pedir para o aluno identificar o assunto central do texto já
sinalizado pelo título. Espera-se que ao ler o texto, o aluno compreenda que o título do texto já dá a ele a
dica para compreender que o assunto do texto é “os efeitos da radiação do celular para a saúde”, o que fica
claro quando no título temos a informação: “radiação do celular atrapalha o sono”. As alternativas A,B,C são
facilmente localizadas pelo aluno no texto, entretanto, todas corroboram para o mesmo assunto que é o que
se espera que o aluno compreenda. Professor, para envolver o aluno na resolução desse item você pode
trabalhar com a temática do uso de celulares pelos alunos. Pode fazer debate e, assim, exercitar outras
habilidades como a argumentação. Pode também pedir para que os alunos façam pesquisas sobre o
assunto do texto. Além disso, é possível aproveitar essa habilidade para pensar nas formas de progressão
de um assunto em um texto e atentar para como essa progressão desenvolve um único assunto.
#FicaAdica - Item 05
Para trabalhar o saber de identificar o tema ou assunto de um texto, você pode ir ao Material
Estruturado de Língua Portuguesa e explorar como os alunos podem aprimorar essa habilidade. Inclusive
fica a dica de que como os saberes conversam entre si e um pode ancorar-se em outro, você pode dialogar
11
com o saberes presentes na Matriz Diagnóstica sobre argumentação, mostrando que, para construir textos,
é preciso proporcionar uma progressão das ideias até chegar a uma ideia maior que seria o assunto do
texto. Esse exercício de entender a construção de ideias para chegar a um assunto fica bem clara na seção
Conversando com o texto, em que o material aborda uma atividade para o aluno identificar as ideias
presentes em parágrafos de um texto para pensar sobre assunto geral do mesmo.
Links:
- Quer saber mais sobre o Material Estruturado (Aulas 1 a 6)? Você pode acessar o link:
https://www.youtube.com/watch?v=buMz_c5_Fi4&feature=youtu.be
- Quer ideias para trabalhar essa habilidade no ensino remoto? Você pode acessar o vídeo:
https://www.loom.com/share/d024a9e4456448cf9962469692844207
Item no Teste 06
Leia o texto.
O senhor e eu podemos afirmar que, em nossa escola, o desperdício de papel é imenso. Para
chegar a tal conclusão, só é preciso ver o chão das salas após a entrega de folhetos. São poucos os alunos
que se interessam pela leitura [...].
Porém, acredito que esse quadro não seja irreversível. Poderíamos incentivar as visitas aos sites
da escola, pois a nova tendência é estudar pela internet, os alunos se interessariam bem mais, e teriam
melhor acesso às informações, sem risco de perdê-las, como ocorre no caso de levar um papel para
casa. Imagine como seria vantajosa a diminuição das despesas em papel, e usá-las para promover algo
ainda mais útil, como cestas de lixo reciclável. A maior vantagem da reciclagem é a minimização da
quantidade de resíduos que necessitam do tratamento final, como a incineração ou o aterramento, que são
prejudiciais ao meio ambiente.
Espero que o senhor tenha percebido a importância de economizar papel, e ainda mais importante
em uma instituição tão conhecida como a nossa.
Atenciosamente,
12
C) “...a incineração ou o aterramento, que são prejudiciais ao meio ambiente.”.
D) “Espero que o senhor tenha percebido a importância de economizar papel ...”.
Comentário - Item 06
Caro(a) professor(a),
Identificar fato e opinião é um saber que tem deixado muitas dúvidas nos nossos alunos.
Primeiramente, é preciso mostrar para o aluno que é possível reconhecer o fato ou uma opinião pela
estrutura da frase. Palavras, expressões que indiquem juízo de valor estarão para opinião e não para o fato.
E nesse caminho você pode trabalhar esse item com seu aluno. No item A, a expressão “acredito” dá a frase
o efeito de opinião, e, por isso, temos o gabarito dessa questão. Nas outras alternativas, por sua vez, temos
fatos que ficam marcados pela voz do enunciador do texto para contribuir com a opinião que ele deseja
afirmar no texto. A compreensão desse movimento é muito importante para que o aluno chegue a aprimorar
a habilidade de reconhecer fato e a opinião no texto. Outras possibilidades de trabalho com esse item é a
estrutura da carta. Você pode levar o aluno a verificar tal estrutura, aprender a desenvolver uma carta de
opinião sobre algum assunto que lhe incomoda e, através disso, simular a produção de fatos que
corroborem para que ele defenda a sua opinião. Dentro disso, é intrínseco o trabalho com argumentação. Se
o aluno aprender a defender uma opinião e a mobilizar fatos para isso, ele vai manipular procedimentos para
sustentar argumentos dentro de um texto.
Item no Teste 26
Amplexo
Mãe, me dá um amplexo? A pergunta pega Cinira desprevenida. Antes que possa retrucar, ela nota
o dicionário na mão do filho, que completa o pedido:
– E um ósculo também.
Ainda surpresa, a mulher procura no livro a definição das duas estranhas palavras. E encontra.
Mateus quer apenas um abraço e um beijo.
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Conversa vai, conversa vem, Cinira finalmente se dá conta de que o garoto, recém-apresentado às
classes gramaticais nas aulas de Português, brinca com os sinônimos. "O que vai ser de mim quando esse
tiquinho de gente cismar com parônimos, homônimos, heterônimos e pseudônimos?", pensa ela, misturando
as estações. "Valha-me, Santo Antônimo!" E emenda:
– Ah, mãe, o que é que tem? Você nunca chamou cachorro de cão? E casa de residência? E carro
de automóvel?
– É verdade, mas…
– Sei, sei. Tudo bem se eu usar nosocômio e cogitabundo em vez de hospital e pensativo? E
criptobrânquio no lugar de mutabílio?
– A professora disse que aprender palavras é como ganhar roupas e guardar numa gaveta. Quando
a gente precisa delas, tira de lá e usa. Cada uma serve para uma ocasião, por mais esquisita que pareça.
Igual à querê-querê roxa que você me deu no último aniversário. Lembra?
Como esquecer? Cinira nem se dá ao trabalho de consultar o dicionário. Sabe que a explicação
para essa última provocação está no verbete camiseta.
Marcelo Alencar
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/7556/amplexo Acesso em 10/03/2020
14
D) A escolha desta alternativa demonstra que o aluno, além de não identificar o enunciador pedido no
item, também desconhece um fato apresentado, pois a expressão "Valha-me, Santo Antônimo!" não
configura um fato. O enunciador é a mãe Cinira.
E) A escolha desta alternativa demonstra que o aluno identificou o enunciador pedido no item, Matheus.
Mas não reconheceu que a expressão “- Ah, mãe, o que é que tem?” dita pelo enunciador é uma
indagação e não um fato apresentado.
Comentário - Item 26
Caro(a) professor(a),
Importante destacar para o aluno que fato é o que acontece, o que é real, é uma informação que
está sendo transmitida, no nosso caso, espera-se que o aluno aponte um fato que seja verdade para o
personagem Mateus. Uma das sugestões que damos para você trabalhar o que seria fato é atentar para a
função referencial. Fatos são referenciais, precisos, geralmente em 3º pessoa. Quando o personagem diz:
“tá aqui no Aurélio”, ele demonstra que a afirmação dele é fato e não uma opinião.
#FicaAdica - Item 05 e 26
O Material Estruturado de Língua Portuguesa aborda o saber de reconhecer fatos e opiniões na
aula 06. A partir de textos jornalísticos sobre esporte, a aula mostra como reconhecer as diferentes
estruturas para o reconhecimento de fatos e opiniões nos textos.
Links:
- Quer saber mais sobre o Material Estruturado (Aulas 1 a 6)? Você pode acessar o link:
https://www.youtube.com/watch?v=buMz_c5_Fi4&feature=youtu.be.
- Quer ideias para trabalhar essa habilidade no ensino remoto? Você pode acessar o vídeo:
https://www.loom.com/share/0945631a850d456391c535702db9d1f9.
Item do Teste 16
15
Disponível em: https://www.facebook.com/porquevocenaoamadurec e/ Acesso: 16/05/2020
Comentário - Item 16
Caro(a) professor(a),
#FicaAdica - Item 16
O Material Estruturado de Língua Portuguesa referente à aula 07 trata desse saber a partir de
anúncios, mostrando como o aluno pode identificar ideias principais e secundárias a partir do tópico frasal.
Sugerimos também essa sequência de atividades proposta pela Fundação CECIERJ, em que são
trabalhados conceitos de fato, opinião e funções da linguagem, indicado para a primeira série do ensino
16
médio, mas também indicada para estudantes de outras séries que apresentem maior dificuldade com esse
saber em questão. A atividade proposta está disponível no link:
https://canal.cecierj.edu.br/012016/b98373cf72c08053ff6c31a7b6f5acdc.pdf
Item no Teste 17
A Perna Cabeluda
Já ouviu falar no ditado "Quem conta um conto aumenta um ponto"? Exatamente assim aconteceu.
Foi no programa de rádio do jornalista e apresentador João Inácio Júnior que a temida lenda da Perna
Cabeluda ganhou popularidade. No quadro “A história que não foi contada”, o apresentador recebia cartas
dos ouvintes e as lia durante a programação. Os escritos transbordavam dos mais diversos desejos, apelos
e experiências vividas.
“Certo dia um ouvinte caminhoneiro nos escreveu para relatar uma experiência que garantiu ter
vivido em uma de suas viagens pelas estradas desse Brasil. Segundo ele, uma perna bem cheia de cabelos
começou a persegui-lo na estrada, assustado e sem saber o objetivo da perseguição resolveu escrever para
saber se mais alguém tinha visto essa ‘coisa’”.
“O interessante foi ver a reação das pessoas com alguns acontecimentos sejam eles sobrenaturais
ou não. O quadro era aberto para contar qualquer tipo de experiência vivida. Aquela foi a experiência do
caminhoneiro que nos escreveu e, de repente, outras pessoas se viram na pele daquele caminhoneiro”,
relata.
Vista ou não pelos ouvintes, a Perna Cabeluda já virou cordel, filme, música e até figurino dos
shows do pernambucano Chico Science que se apresentou várias vezes com uma perna cabeluda na mão
em alusão à lenda.
http://plus.diariodonordeste.com.br/lendas-urbanas/
17
Operações Mentais - Item 17
A) Essa alternativa constitui um distrator, porque a história contida na carta representa apenas o seu
conteúdo enviado ao programa pelo caminhoneiro e não constitui as características prototípicas
desse referido gênero. O aluno que marcou essa alternativa pode tê-lo confundido com o suporte
pelo qual a lenda chegou às mãos do apresentador João Inácio Júnior.
B) Gabarito.
C) O aluno que marcou essa alternativa pode tê-lo feito devido à história ser uma narrativa e ser do
conhecimento dele de que contos podem apresentar narrativas fantasiosas de pequena extensão.
D) Essa alternativa constitui um distrator, porque o gênero relato, embora priorize as ações vividas pelo
personagem, no sentido de apresentar uma experiência vivenciada, está delineado no comando da
questão em teor da experiência relatada (em terceira pessoa) pelo apresentador e vivenciada pelo
caminhoneiro, que constitui a lenda urbana sobre a perna cabeluda.
E) Essa alternativa constitui um distrator, porque o gênero fábula, embora apresente um caráter
fantástico, também tem como característica a interação entre animais e encerra o ensinamento de
cunho moral. O aluno que marcou essa alternativa, pode tê-lo feito por reconhecer o aspecto do
imaginário desse tipo de gênero.
Comentário - Item 17
Caro(a) professor(a),
Os gêneros são formas de comunicação. Portanto, não há como comunicar algo sem ser por eles.
Trabalhar com gêneros é compreender que o aluno está inserido em um contexto sócio, histórico e cultural e
os gêneros estão perpassando a cultura e as vivências de tais alunos. Através desse texto-suporte, é
possível levar o aluno a pensar sobre o imaginário fantástico das lendas cearenses. Você pode trabalhar
com o aluno, através desse item, aspectos culturais sobre lendas e o imaginário cultural que o cerca.
Importante refletir sobre a diferença entre os gêneros: carta, lenda, conto, fábula, dado que esses gêneros
fazem parte do domínio discursivo literário sendo ficcionais. Outra questão é refletir sempre nas diferenças
pautadas no propósito comunicativo desses textos e só depois disso partir para questões estruturais.
Professor, sugerimos que você possa levar o aluno a ler, compartilhar e produzir esses tipos de textos. Pode
ser um momento para trabalhar a oralidade através do recontar histórias e lendas.
Item no teste 08
No Dia dos Povos Indígenas, veja 4 roteiros para conhecer reservas e tribos
Quando se fala em cultura indígena, moradores da cidade grande, na maioria das vezes, entendem
como algo muito distante, até inatingível — ou mesmo como se fosse algo do passado. Alguns acreditam
que os índios não vivem mais nas aldeias, que já foram totalmente aculturados pela "civilização". Mas o dia
a dia dos povos originais do Brasil, além de ser muito atual, pode ser conhecido ao vivo, in loco, em reservas
bem cuidadas e administradas de acordo com os costumes ancestrais — mesmo que as facilidades das
18
novas tecnologias propiciem algum tipo de conforto para os viajantes. Com base em informações do
Ministério do Turismo, o EXTRA aproveitou as comemorações do Dia dos Povos Indígenas e selecionou
roteiros de viagem para quem tem curiosidade sobre a cultura, o trabalho e a relação com o meio-ambiente
nas terras dos índios.
A 12 km do centro de Porto Seguro, na Bahia, os visitantes podem ter dois tipos de experiência: um
passeio guiado de três horas pela região ou pernoitar na aldeia. Lá, o turista pode caminhar pela área de
Mata Atlântica preservada, aprender como são feitas as armadilhas usadas na caça de pequenos animais,
manusear o arco e flecha, tomar banho de rio e comer alimentos típicos da região, como o peixe assado na
folha de patioba. Além disso, é possível conhecer melhor a cultura indígena com as aulas de artesanato e
cerâmica, além das apresentações de música e dança dos pataxós.
Na cidade de São Sebastião, a cerca de 200 km da capital paulista, a reserva indígena fica junto à
praia de Boracéia, onde vivem cerca de 550 índios da etnia Guarani Mbya. O turista pode conhecer mais
sobre a cultura guarani através das apresentações de dança e música, aulas sobre artesanato e plantio de
espécies nativas, importantes para a agricultura de subsistência da tribo. As peças de artesanato e as
demonstrações de pintura corporal também são destaque. A reserva é tão importante para a cidade que, em
abril, a prefeitura realiza o Festival da Cultural Indígena do Rio Silveiras.
Disponível em:
https://extra.globo.com/noticias/viagem-e-turismo/no-dia-dos-povos-indigenas-veja-4-roteiros-para-conhecer-reservas-tribos-22964
47
19
de Porto Seguro, na Bahia” e “Na cidade de São Sebastião, a cerca de 200 km da capital paulista, a
reserva indígena fica junto à praia de Boraceia, onde vivem cerca de 550 índios da etnia Guarani
Mbya”.
Comentário - Item 08
Caro(a) professor(a),
Os gêneros são formas de comunicação. Portanto, não há como comunicar algo sem ser por eles.
Trabalhar com gêneros é compreender que o aluno está inserido em um contexto sócio histórico e cultural e
os gêneros estão perpassando a cultura de tais alunos. O texto suporte desse item traz uma temática
indígena muito valorosa para o conhecimento de todos: roteiros para conhecer reservas e tribos. Espera-se
que apenas pelo título o aluno já possa compreender que se trata de um roteiro e que sua desconfiança seja
confirmada com a leitura do texto. Professor, através desse texto você pode trabalhar com elementos
culturais indígenas e também com a geografia indígena para que os alunos possam reconhecer esses
lugares. Vale a pena pegar ideias no youtube ou redes sociais de pessoas que estão retratando os lugares
onde vivem e pedir para que os alunos façam também um roteiro através de um vídeo ou texto escrito sobre
seu bairro, sua rua. Assim, ele estaria além de produzindo textos, aprendendo a valorizar o seu lugar e a sua
cultura.
#FicaAdica - Item 08 e 17
O Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula 09, trabalha a relação entre gênero propósito
comunicativo e suporte através de diferentes tipos de gêneros como cartoons, história em quadrinhos.
Além disso, veja as propostas de atividades sugeridas nas eletivas das EEMTI da rede estadual de
ensino para o estudo com os gêneros textuais. Essas sugestões são voltadas para os gêneros digitais,
estando, dessa forma, alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em:
https://www.ced.seduc.ce.gov.br/apoio-aos-estudos-domiciliares/eemti/eletivas/generos-textuais/
Item no teste 18
20
O propósito comunicativo do texto é
A) descrever as características de um eletrodoméstico.
B) divulgar uma marca de eletrodoméstico.
C) divulgar receitas preparadas sem óleo.
D) indicar a capacidade de uso do aparelho em relação às medidas de tempo, volume e temperatura.
E) defender as vantagens de uma alimentação sem óleo.
Comentário - Item 18
Caro(a) professor(a),
#FicaAdica - Item 18
O Material Estruturado de Língua Portuguesa traz o saber de identificar o propósito comunicativo
em diferentes gêneros a partir da aula 10. Essa aula leva o aluno a refletir sobre o propósito comunicativo
dos emoticons, recurso bastante utilizado por nossos alunos no cotidiano.
21
(narrador-personagem, narrador-observador, narrador-intruso) em textos verbais,
pertencentes a gêneros simples, predominantemente narrativos (ex.: memória,
contos de fada, fábula, piada, lenda etc.).
Item do Teste 21
A morte brinca com balas nos dedos gatilhos dos meninos. Dorvi se lembrou do combinado, o
juramento feito em voz uníssona, gritado sob o pipocar dos tiros:
Limpou os olhos. Lágrimas apontavam diversos sentimentos. A fumaça que subia do monturo de
lixo, ao lado, justificava qualquer gota ou rio-mar que surgisse e rolasse pela face abaixo. Era a fumaça,
desculpou-se consigo mesmo e cantarolou mordiscando a dor, a canção do Seixas: “Quem não tem colírio
usa óculos escuros.”
Molambos erigem fumaça no ar. Na lixeira, corpos são incinerados. A vida é capim, mato, lixo, é
pele e cabelo. É e não é. Na televisão deu:
Dorvi respirou e aspirou fundo. Mas que droga, pó contaminado, até parece talco para pôr na bunda
de neném.
Pois é, meu filho nasceu. Um pingo de gente. Quando Bica me mostrou, nem tive coragem de olhar
direito. Pequeno, tão pequeno! Deveria ter ficado na barriga da mulher.
Quis cutucar o moleque com a ponta de minha escopeta. Bica se afastou como se o filho fosse só
dela. Não sei para que o medo.
EVARISTO, C. A gente combinamos de não morrer. In: Evaristo, C. Olhos D'água. Rio de Janeiro: Pallas, 2018
22
C) Ao assinalar esta alternativa, o estudante pode ter considerado que, sendo a transcrição de uma
canção, o trecho pode ter sido proferido pelo narrador. No entanto, a ação de cantarolar é atribuída a
Dorvi.
D) Ao assinalar esta alternativa, o estudante pode ter considerado a presença do verbo em 3ª pessoa –
nasceu. Além disso, a voz de Dorvi não está sinalizada pelo travessão, estratégia da autora, o que
pode ter levado o aluno a atribuir este trecho ao narrador.
E) Ao assinalar esta alternativa, o estudante pode ter considerado que, por ser um trecho proveniente,
possivelmente, do noticiário, não se trata de uma voz autônoma, sendo, pois, atribuída ao narrador.
Comentário - Item 21
Caro(a) professor(a),
Identificar a voz do narrador no texto depende muito do aluno reconhecer as marcas que o narrador
deixa no texto e de como ele se coloca. Pode-se pensar na reflexão sobre quem é o narrador? Quem é o
personagem? Como separar essas instâncias? É bom colocar para o aluno que o narrador se coloca em
primeira ou terceira pessoa e como isso se desdobra no texto. Dessa forma, o suporte apresentado por esse
item carrega possibilidades para você trabalhar esse conteúdo mostrando os processos disso no texto. A
nossa sugestão é fazer a leitura de textos narrativos e ir mostrando para os alunos quem é o narrador, o
personagem e quais as marcas que cada um deixa no texto. Partido para outra perspectiva, você pode
propor um trabalho teatral (de uma telenovela, um vídeo ou um podcast) nos quais os alunos poderiam se
dividir para interpretarem uma dessas instâncias do texto.
#FicaAdica - Item 21
O Material Estrutura de Língua Portuguesa, na aula 11, mostra, a partir de um poema, como o
aluno pode pensar nas estruturas narrativas. A aula propõe um passeio prazeroso nas narrativas literárias
que chamam atenção do aluno e também despertam o prazer pela leitura.
Esse é um ótimo momento para aprofundar os conhecimentos de elementos literários que podem
ser analisados através de produções cinematográficas, sugerido pelas propostas didáticas das eletivas das
EMTI. Confiram a sequência didática em:
https://www.ced.seduc.ce.gov.br/lgg007-literatura-atraves-do-cinema/
Item do Teste 25
23
Leia os textos a seguir.
TEXTO 1
Vovó tartaruga
Ela media apenas 15 centímetros de comprimento e se parecia muito com as tartarugas de água
doce de hoje em dia. No entanto, viveu há 125 milhões de anos onde hoje fica a cidade de São Miguel dos
Campos, em Alagoas. Estamos falando da Atolchelys lepida, a mais antiga espécie de tartaruga já
descoberta no Brasil, tão antiga que conviveu com os dinossauros!
O fóssil do animal foi encontrado em 2009 por paleontólogos brasileiros que escavavam na região
conhecida como Pedreira Atol e, depois de muito estudá-lo, os cientistas viram que se tratava de uma
espécie muito antiga, até então desconhecida, pertencente a um grupo de tartarugas que se chama
Pleurodira. [...]
MOUTINHO, Sofia. Vovó tartaruga. In: CHC. 2014. Disponível em: <http://chc.org.br/vovo-tartaruga/>. Acesso em: 8 abr. 2019.
Fragmento.
TEXTO 2
Descoberto o fóssil animal mais antigo do mundo
Cientistas anunciaram a descoberta do fóssil animal mais antigo do mundo. A evidência, descoberta
no sul da Austrália, pode indicar que a presença animal é mais antiga do que imaginavam os pesquisadores.
Os restos do que teriam sido esponjas, animais aquáticos simples, têm cerca de 650 milhões de
anos - 70 milhões de anos mais antigos do que o fóssil animal mais velho encontrado anteriormente. [...]
GALILEU. Descoberto o fóssil animal mais antigo do mundo. Disponível em: <http://glo.bo/2UnZMaR>. Acesso em: 8 abr. 2019.
Fragmento.
O item trabalha com a habilidade de reconhecer ideias semelhantes em dois textos. Nesse caso,
ambos tratam da mesma ideia que é a descoberta de fósseis de animais. Acreditamos que uma estratégia
interessante para que o aluno perceba essas ideias semelhantes seria trabalhar com quadros mentais nos
quais os alunos pudessem colocar as ideias de cada texto, organizando-as. Esse seria um bom exercício
para o aluno poder comparar textos, verificando suas diferenças e semelhanças.
24
Saber S12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e
opiniões na comparação entre textos.
Habilidade S12.H06 - Reconhecer ideias e opiniões diferentes na comparação entre textos
verbais, pertencentes a gêneros iguais, simples e predominantemente expositivos,
instrucionais ou argumentativos (ex.: verbete de dicionário, curiosidade, nota
explicativa, receita médica, receita culinária, regra de jogo, horóscopo, carta de
reclamação, carta do leitor, comentário ou postagem opinativo/a em redes sociais
etc.).
Item do Teste 11
TEXTO 01
Por que esse filme é ruim? Simplesmente por ter piadas muito sem graças, e pelo roteiro ter sido a
coisa mais aleatória que já foi feita em uma franquia de cinema. [...] A série de filmes da Era do Gelo não se
importa com a qualidade e sim com a quantidade... Desde o segundo filme a história perdeu completamente
o rumo. No terceiro, os dinossauros aparecem do nada e esse quarto filme aí foi o pior de todos, não
acrescentou nada [...]! O primeiro é o único bacana, o resto infelizmente não vale a pena assistir.
Gregory A.
TEXTO 02
O filme é ótimo para as crianças, sem violência, e com muito humor. Achei bem legal a história do
filme, alguns personagens são bem engraçados (a vó do Sid, por exemplo) e o filme dá uma lição de moral
no final da história.
Pedro H.
Comentário - Item 11
25
Caro(a) professor(a),
Através desse item você pode trabalhar com o saber identificar semelhanças e/ou diferenças de
ideias e opiniões na comparação entre textos. Nesse caso, temos duas resenhas que falam sobre o mesmo
assunto, mas que propõem ideias diferenciadas. É interessante mostrar isso para o aluno para que ele
reconheça que os textos possuem posicionamentos diferenciados e, como leitores ou produtores de textos,
precisamos estar atentos a isso. Além de tudo, professor, o item é uma boa possibilidade para o trabalho
com gênero resenha e também para retornar ao saber 06 no que diz respeito a reconhecer fatos e opiniões
nos textos. São diálogos possíveis de fazer através deste item. Pedir para o aluno reconhecer o trecho que
deixa clara as diferentes opiniões nos textos, comparar essas opiniões, verificar o que elas têm de positivo e
negativo são exercícios que podem ser boas estratégias para esse trabalho. Uma das nossas sugestões é
que você, a partir do gosto do aluno, possa pedir a ele opiniões sobre filmes e séries que assiste. Escolha
uma. Divida os alunos em grupos que elogiem aquela obra, que depreciam aquela obra e também outro para
fazer um paralelo entre pontos negativos e positivos. Quando eles entregarem o texto, mostre para a turma
e peça para que eles identifiquem as opiniões semelhantes, diferentes, os fatos sobre os quais eles
produziram aquele texto. Com certeza, essa aula será bastante divertida, agradável e você conseguirá
construir com o aluno esse saber.
#FicaAdica - Item 11 e 25
O Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula referente ao descritor 12, mostra, através
das suas seções, como o professor pode trabalhar com o saber “Identificar semelhanças e/ou diferenças de
ideias e opiniões na comparação entre textos” a partir de uma atividade bem interessante que é o jogo dos
sete erros em dois quadros da Monalisa.
Historicamente, esse saber, nas avaliações externas, sinalizam para uma dificuldade na rede.
Nesse sentido, sugerimos um Plano de Aula e Conteúdo elaborada pelo projeto Mais Paic para os anos
finais do ensino fundamental para que possíveis defasagens nesse saber possam ser superadas. Nele
estão disponíveis textos que abordam aspectos teóricos e metodológicos sobre a identificação de
semelhanças e diferenças entre textos, bem como um conjunto de questões que podem ser trabalhadas em
sala de aula. Para o professor, também são disponibilizados os passos de como abordar cada uma dessas
atividades. Confira a sugestão em:
- https://paic.seduc.ce.gov.br/index.php/fique-por-dentro/downloads/category/194-2018-09-10-19-35-34
Item no Teste 12
TEXTO 1
26
Fonte:
http://jesocarneiro.com.br/povos-indigenas/campanha-mosta-que-indigena-continua-indigena-se-acessar-internet-ou-usar-celular.htm
l. Acesso em 21/09/2020
TEXTO 2
27
D) O Texto 1 apresenta linguagem não verbal e o Texto 2, linguagem mista.
E) Os dois textos mostram opiniões semelhantes, ou seja, ambos apresentam uma mensagem de que
a tecnologia adentrou as mais diversas esferas sociais.
Comentário - Item 12
Caro(a) professor(a),
Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação qualquer em textos com a mesma
temática é depreender dos textos se uma informação é mais objetiva, mais subjetiva, é perceber o teor e a
diferença entre esses textos. Nesse item essa comparação se dá a partir de textos não verbais e mistos.
Espera-se que o estudante compreenda que um texto trata do assunto a partir apenas de elementos verbais
enquanto o outro usa linguagem verbal e linguagem não verbal para tanto. É muito interessante, professor,
contextualizar o tema em sala de aula de forma a trabalhar a ideia de que o indígena também se inseriu na
cultura tecnológica, isso pode desmontar alguns mitos que os alunos possuem sobre os indígenas atuais.
#FicaAdica - Item 12
O Material Estruturado de Língua Portuguesa - Aula 13 - a partir de pôster das redes sociais, vai
fazendo o percurso para o aluno pensar sobre esse saber trabalhando a questão do virtual x real, tema
interessante para os alunos.
Item no Teste 13
Você sabe o que a expressão acima significa? Ela simplesmente quer dizer que alguém não
entendeu nada do que foi dito por outra pessoa. Mas você sabe qual é a origem dessa expressão?
Tudo começou com o historiador romano Tito Lívio, que nasceu em 59 a.C., em Patavium (atual
Pádua), uma cidade italiana. Em Patavium, falava-se um dialeto difícil de ser entendido por pessoas de
outros lugares. Tito Lívio era muito estudioso mas, ao escrever suas obras, preferiu usar o dialeto de sua
28
cidade natal. Nem todos entendiam. Por causa disso, ele foi muito criticado por outros escritores. Chegaram
mesmo a dizer que ele fazia isso por descuido, cometendo deslizes no idioma. Com isso, surgiu o
patavinismo, que significava não entender Tito Lívio. Mas a expressão atravessou os tempos e chegou até
nós como “patavina”. Hoje, quando alguém tem dificuldade para entender alguma coisa, afirma logo: “Não
entendi patavina”.
OLIVEIRA, Sueli Ferreira de. Nosso Amiguinho, jan. 2011, p.23
No trecho “... ele fazia isso por descuido,...” (ℓ. 15), a palavra destacada substitui
A) falar um dialeto difícil.
B) escrever uma obra.
C) usava o dialeto natal.
D) cometer deslizes no idioma.
Comentário - Item 13
Caro(a) professor(a),
Reconhecer relações entre partes de um texto estabelecidas pela retomada de termos, expressões
ou ideias mediante o uso de pronomes demonstrativos em textos verbais é um saber fundamental para
aprimorar a leitura e também a escrita. Essa habilidade está relacionada ao processo de referenciação no
texto que diz respeito às retomadas a partir de expressões. No item, vemos que o pronome “isso” assume
um papel de anáfora encapsuladora, isto é, uma expressão que recupera parte de um texto. Espera-se que
o aluno consiga encontrar o nome o qual o pronome está se referindo. Sugerimos que você peça para o
aluno escrever textos e ir aplicando não apenas esse pronome, mas outras partículas que podem imprimir
essa ideia de continuidade. Além disso, é possível que você amplie essa atividade para outros elos coesivos
e peça sempre para o aluno relacioná-los ao sentido que está sendo construído no texto.
#FicaAdica - Item 13
O Material Estruturado de Língua Portuguesa na aula referente ao D14, através da temática “bem
estar emocional”, o saber “reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos
coesivos que contribuem para sua continuidade” é trabalhado de uma forma bastante sensível, através de
textos que possibilitam o trabalho com as competências socioemocionais.
29
comentário/postagem opinativo(a) em redes sociais, carta do leitor, carta de
reclamação, artigo de opinião etc.).
Item no Teste 07
Leia o texto.
Carta do leitor – Revista Época
Comportamento
(323/2004) Gente invisível
O estudo do psicólogo Fernando Braga é preconceituoso. Como um psicólogo pode acreditar que
uma roupa pode significar motivo de invisibilidade ou humilhação? Eu, que sou professora, dou mais valor à
individualidade, ao lado interior, que esse psicólogo. A pessoa que veste uniforme e se sente inferior
necessita, certamente, de terapia. Não são as pessoas ao redor que fazem o 'uniformizado' sumir, e sim o
próprio. Todos vivem muito apressados. O tema para a pesquisa do psicólogo em questão poderia ser: A
importância da auto-estima, da aceitação própria, do valor pessoal.
O trecho da carta que expressa a principal tese defendida pelo leitor da revista é:
A) “O estudo do psicólogo Fernando Braga é preconceituoso” (l. 1-2).
B) “A pessoa que veste uniforme e se sente inferior necessita, certamente, de terapia” (l. 6-8).
C) “Não são as pessoas ao redor que fazem o 'uniformizado' sumir [...]” (l. 8-9).
D) “Todos vivem muito apressados” (l. 10).
E) “O tema para a pesquisa do psicólogo em questão poderia ser: A importância da auto-estima [...]” (l.
10-12)
30
Comentário - Item 07
Caro(a) professor(a),
Para desenvolver uma habilidade como essa de identificar o trecho que evidencia a tese
principal de textos verbais, espera-se primeiramente que o aluno possa manipular o texto para que chegue
ao reconhecimento desse trecho que carrega consigo a tese. Sugerimos atividades que possibilitem esse
manipular do texto. Tomar um texto, dividi-lo em pedaços e pedir para que os alunos montem na estrutura
dissertativa-argumentativa são formas de ensinar como reconhecer o trecho que evidencia a tese.
#FicaAdica - Item 07
O Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula 15, vai trazer uma estratégia muito rica para
que você, professor, trabalhe com o aluno a habilidade de reconhecer a tese de um texto através de
exercícios nos quais o aluno poderá manipular o texto para tal fim.
Caso esse saber esteja sinalizando um maior grau de dificuldade, sugerimos a aplicação da aula a
seguir adaptada ao ensino remoto. Nela poderão ser estudados os Saberes 15 e 16. Disponível em:
- https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2021/02/ELETIVA-LGG003-convertido.
pdf
Item no Teste 14
Leia o texto.
31
São argumentos que sustentam a tese dos tempos líquidos:
A) a esperança no progresso futuro.
B) estamos todos sob a ameaça do progresso.
C) tudo muda tão rapidamente e nada é feito para durar.
D) a paranóia com segurança e até a instabilidade dos relacionamentos.
E) a obsessão pelo corpo ideal, o culto às celebridades, o endividamento geral.
Comentário - Item 14
Caro(a) professor(a),
Identificar os argumentos que sustentam a tese de um texto está bastante relacionado com a
habilidade de reconhecer a tese dele. Você pode trabalhar esse saber mostrando para o aluno que no texto
temos a tese que é sustentada por argumentos, que, por sua vez, para fazerem sentido e para convencer o
leitor sobre o que se argumenta, precisam estar bem fundamentados. Percebe-se que as alternativas
A,B,D,E estão mais para sustentação de argumentos do que propriamente para um argumento diretamente
ligado a tese que o sustenta. São formas de trabalhar esse saber, separando textos em parágrafos ou
pedaços e pedir para o aluno achar a tese, os argumentos e as justificativas que sustentam esses
argumentos. Outra coisa é investir na produção de textos dissertativo-argumentativos a partir de mapas
mentais, para isso você pode usar tanto os métodos tradicionais ou aplicativos. Em seguida, pode pedir para
os aluno darem sugestão de tópicos com tese, argumentos, justificativas e relacionarem as partes desses
tópicos a fim de construir um texto. Esse exercício fará com que os alunos vejam o funcionamento dessa
tese e argumentos dentro do texto produzido por eles mesmos.
#FicaAdica - Item 14
O Material Estruturado de Língua Portuguesa referente ao descritor 16 dá uma série de dicas e
percursos para que você, professor, possa levar o seu aluno a aprimorar esse saber.
Como sugestão de atividade, deixaremos aqui uma proposta de proposta que pode ser trabalhada
na aula. Ela consiste em montar um júri em que os estudantes deverão levantar argumentos para defender
as posições favoráveis ou desfavoráveis à execução de cirurgias plásticas na adolescência com base em
dois vídeos motivadores. Para maior detalhamento da atividade, disponibilizamos o link a seguir:
- https://drive.google.com/file/d/1Rwc-Ed_eM57_IZleH0PtJhrFq2cyVOsx/view
32
Saber S17 - Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios etc.
Habilidade S17.H06 - Reconhecer a relação lógico-discursiva de explicação ou causa
marcada pelo uso de advérbios, locuções adverbiais, conjunções,
denotadores etc. que expressam essa relação em textos verbais, pertencentes a
gêneros simples, ou multissemióticos em geral, de qualquer sequência discursiva
predominante.
Item no Teste 24
https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/113901867744/que-os-povos-ind%C3%ADgenas-e-as-comunidades
Comentário - Item 24
Caro(a) professor(a),
33
É importante, professor, jamais esquecer que as mais variadas classes gramaticais da Língua
Portuguesa só fazem sentido dentro do texto. Portanto, é preciso ampliar o trabalho com essas classes
compreendendo que mais do que gramaticais elas geram sentidos nos textos e desses sentidos, provém os
mais variados empregos das classes. Dessa forma, estaremos trabalhando a língua como interação.
Sugerimos que o trabalho com conjunções, advérbios, locuções, sempre seja a partir de um texto para o
aluno compreender além da gramática o sentido que aquela expressão gera.
#FicaAdica - Item 24
Você pode se inspirar, professor, no Material Estruturado, aula 17, que vai mostrar uma sugestão de
como trabalhar com o saber 17, reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.A aula faz esse trabalho a partir de uma série que pode ser que seja assistida
pelos alunos. Você pode se inspirar e trabalhar com outras, fazendo a estratégia proposta.
Item no teste 15
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O texto aborda
A) a venda de um carro.
B) a compra de um carro.
C) o roubo de um veículo.
D) a venda de um plano de financiamento.
E) a descrição dos componentes de fabricação do carro.
34
D) O aluno que marcou essa opção focou sua leitura no trecho final do anúncio e inferiu que esse era o
produto negociado.
E) Embora o texto seja majoritariamente descritivo, a função da descrição é favorecer o objetivo central
do texto que é anunciar um veículo que está à venda. Logo, o aluno que marcou essa opção focou
sua leitura em elementos específicos do texto, sem atingir a compreensão global do mesmo.
Comentário - Item 15
Caro(a) professor(a),
O item trabalha com o Saber de compreender o sentido do texto e suas partes sem a presença de
marcas coesivas. Por isso, é preciso chamar a atenção do estudante para o sentido que essas partes
possuem e como juntas pertencem a um todo. No anúncio de classificados no jornal, podemos verificar que
para economizar espaço (já que a publicação é paga por caracteres) os anunciadores precisam comunicar
de uma forma clara e objetiva sem usar muitas palavras. Dessa forma, nem sempre é possível colocar os
elos coesivos entre as palavras, entretanto, como essas palavras estão relacionadas semanticamente em
determinado campo lexical, espera-se que o aluno entenda essa pista para compreender o propósito, o
sentido daquele texto.
#FicaAdica - Item 15
Realizar a inferência de reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas
coesivas mobiliza, no âmbito da leitura e produção de sentido, diversas estratégias sociocognitivas que
acionam alguns sistemas de conhecimento, tais como o conhecimento linguístico, o conhecimento
enciclopédico e o conhecimento interacional.
No processo de elaboração textual, diversos mecanismos são acionados para contribuir com a
relação de ideias de modo a estabelecer a coesão e a coerência necessárias para a compreensão leitora de
um texto. A técnica de ir e vir, no processo de leitura de uma produção textual, dinamiza e mantém o leitor
provido de informações importantes para compreender as próximas etapas que estão por surgir.
Para tanto, é importante relembrar o conceito de atividades formulativas que são importantes para a
progressão textual empregadas pelo locutor para introduzir no texto recorrências diversas, entre as quais se
podem destacar: a reiteração dos itens lexicais, paralelismos, recorrência de elementos fonológicos e de
tempos verbais.
Essas atividades formulativas dialogam com a relação semântica que promove a coesão na
perspectiva que Halliday e Hasan(1976) destacam.
SONETO DE SEPARAÇÃO
Vinícius de Moraes
35
De repente do riso fez-se o pranto.
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
Outra atividade formulativa que confere a coesão sequencial ao texto é o emprego do paralelismo,
quando o enunciado constrói-se com a utilização das mesmas estruturas sintáticas, preenchidas com itens
lexicais diferentes. O paralelismo sintático é, frequentemente, acompanhado de um paralelismo rítmico(…):
(…) Se os olhos vêem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o
pigmeu é gigante se com ódio, o gigante é pigmeu (…) (Pe. Antônio Vieira, “Sermão da Quarta-Feira”).
(Koch,2015,p. 84)
Além desses recursos, temos a recorrência dos recursos fonológicos para cumprir também a
coesão textual.
36
(Koch,2015,p. 84)
Por fim, a recorrência, por ocasião da progressão textual, de um mesmo tempo verbal pode trazer
indicações ao leitor/ouvinte sobre se a sequência deve ser interpretada como comentário ou como relato, se
a perspectiva é retrospectica, prospectiva ou zero, ou, ainda, se se trata de primeiro ou segundo plano, no
relato. Veja-se o exemplo abaixo em que o primeiro parágrafo estabelece o segundo plano da
narrativa(verbos no pretérito imperfeito do indicativo) e, no segundo parágrafo, o uso do pretérito perfeito
para assinalar a mudança para o primeiro plano:
O luar iluminava a paisagem fantástica. Ouvia-se o coaxar dos sapos e o trilar dos grilos. O ar
embalsamado e o cintilar das estrelas convidavam ao romance. De súbito, vindo não se sabe de onde,
um grito cortou a magia da noite. (Koch, 2015, pags. 85-86).
Koch(2015) aponta ainda, outro recurso linguístico sem recorrências estritas, que confere
progressão textual, coesão e coerência, de maneira a garantir a manutenção do tema, a progressão temática
e as relações semânticas e/ou pragmáticas entre segmentos maiores ou menores de um texto através do
uso de termos pertencentes a um mesmo campo lexical, como se pode ver no exemplo a seguir:
A estação estava apinhada de gente. Trens chegavam e partiam de instante a instante. Carregadores
com carrinhos cheios de malas tropeçavam uns nos outros. O silvo dos apitos e o burburinho dos
viajantes eram ensurdecedores. Como poderia encontrar ali a moça recém-chegada que eu deveria
conduzir à estalagem?
KOCH, Ingedore Villaça. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas.-2 ed.- São Paulo:
Contexto,2015.
MACHADO, Veruska Ribeiro; SOUSA, Rosineide Magalhães de. Coesão Referencial: aspectos
morfossintáticos e semânticos. In: BORTONI-RICARDO, Stella Maris...[et al.] Por que a escola não ensina
gramática assim?- 1 ed.- São Paulo : Parábola- Editorial, 2014.
Item no Teste 09
37
Leia o texto a seguir.
Overdose de Lã
O que acontece com uma ovelha que passa anos sem tosa? Os australianos descobriram isso em
setembro ao encontrar o exemplar [...] que provavelmente se perdeu do rebanho e vagou dois ou três anos
na natureza. Sua lã cresceu tanto que tapava os olhos e ameaçava sua vida. [...] Um campeão de tosa, Ian
Elkins, levou 42 minutos para retirar os 40 kg de lã que cobriam o animal. A ovelha superlanuda é um
exemplo da intervenção humana na espécie: por séculos escolhemos os exemplares que produzem mais lã,
usando-os como reprodutores. Desse modo, o animal já não sobrevive sem a ajuda de quem o cria.
Disponível em: <http://www.revistaplaneta.com.br/overdose-de-la/>. Acesso em: 28 dez. 2015. Fragmento. (P090813H6_SUP).
Comentário - Item 09
Caro(a) professor(a),
#FicaAdica - Item 09
Por meio deste Saber, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir um significado para uma
palavra ou expressão que ele desconhece ou ainda, como apresentado no item, o significado de uma
expressão que foi utilizada com uma intencionalidade específica. Inferir, nesse caso, significa realizar um
raciocínio com base em informações disponibilizadas no texto e por meio do conhecimento de mundo deles.
Ou seja, essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra ou
expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e estabelece relações entre essas
informações e seus conhecimentos prévios. Para que os estudantes tenham um bom desempenho neste
Saber, é fundamental, então, trabalhar com gêneros textuais diversos, incluindo textos que mesclem
38
linguagem verbal e não verbal, pois, dessa maneira, eles entram em contato com situações comunicativas
diferenciadas com usos também diferenciados das particularidades de palavras e de expressões.
Para tanto, o Material Estruturado de Língua Portuguesa referente a aula D19, através da temática
“ser mulher”, vai mostrando uma forma de como você, Professor, pode desenvolver o saber de reconhecer
o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões nos textos. Através de uma
propaganda da Natura e do verbete de dicionário “mulher”, vai levar a reflexão de como um aluno pode
perceber que ao usar uma ou outra palavra no discurso faz toda diferença. E isso é importante de não
esquecer quando a esse saber: o peso discursivo das palavras, o sentido que essas palavras geram no
discurso. Sobre polissemia, através de um post de Facebook o material vai estruturando uma discussão
interessante para você fazer com seu aluno.
Item no Teste 19
Então hoje poderia mostrar para todo mundo o seu talento, a sua voz.
Edineia passara a infância inteira cantando e adorando música, em casa, nas festas da família, nas
reuniões de amigos, nos eventos da escola – e para si mesma. Para si mesma sempre: enquanto estudava,
tomava banho, quando andava pela rua, lendo um livro, às vezes em que tomava o ônibus; quando
percebia, o passageiro ao lado a estava olhando, entre surpreso e divertido, elogiando-a pela beleza da voz
e da música que ela cantava sem perceber. [...]
Quando apareceu o concurso que se anunciava como a maior revelação de novos talentos da
música brasileira, ela tremeu e decidiu que ali estava a sua chance.
Escolhida a música, começaram os ensaios dias a fio e noite adentro, sem descanso e sem cansar,
abnegação apaixonada que pareceria loucura se não fosse tão bonita. Edineia acordava pensando na
música que cantaria, repassava no silêncio do café da manhã os acordes que julgava mais difíceis,
domando em palavras toda a melodia e assim ia até quando todas as vozes da casa, com ares de
madrugada insone, lhe pedissem para dormir. Ensaiava no sono, aferrada à chance, e tão logo o dia
amanhecesse, começava a cantar ainda na cama. A música foi se amoldando à voz de Edineia, feliz em sua
emocionante beleza, pronta a que, no dia certo, todos descobrissem o talento de quem a cantava. Edineia
tinha a certeza: o concurso seria a sua porta. E se emocionava com isso.
Ela está ali, agora, em frente ao conjunto, enquanto o apresentador do concurso a anuncia como a
próxima concorrente da noite. Quando o homem lhe deseja boa sorte, [...] ela suspira, fecha os olhos, sente
um breve e indizível tremor [...].
Mas quando o conjunto começa a tocar os acordes iniciais da canção, uma névoa de pavor tisna os
olhos assustados de Edineia: como é mesmo a primeira frase da letra da música?
SCHNEIDER, Henrique. A música escolhida. Disponível em: <https://bit.ly/2wktaE5>. Acesso em: 7 jan. 2020. Fragmento.
(P100768I7_SUP)
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Nesse texto, no trecho “... nos eventos da escola – e para si mesma.” (ℓ. 5-6), o travessão foi usado para
A) apontar indecisão.
B) apresentar explicação.
C) enfatizar uma informação.
D) introduzir uma crítica.
E) marcar discurso direto.
Comentário - Item 19
Caro(a) professor(a),
A grande pergunta que nós, professores, podemos fazer no tocante a pontuação é o que cria o
sentido do texto: a pontuação que o cria ou é o sentido do texto que cria a pontuação? Essa é a mesma
questão de se perguntar sobre quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha. Entretanto, para que nosso aluno
saiba pontuar e entender os sentidos que surgem do texto é preciso que trabalhemos a pontuação, não
como uma questão ortográfica, mas sim como uma questão que gera sentido. Pontuar, mais que um sinal no
texto, é produção de sentido. Você pode, inclusive, retirar toda a pontuação desse texto e pedir para que seu
aluno coloque a pontuação e provavelmente vai perceber que ele cria os sentidos a partir do momento que
ele pontua. Pode ser que no início, o estudante sinta dificuldade, entretanto, dessa forma, ele vai
compreendendo os sentidos que surgem do pontuar e isso, com certeza, será bastante útil para esse aluno,
em relação à leitura e à escrita.
#FicaAdica - Item 19
O Material Estruturado de Língua Portuguesa referente a aula 20 mostra uma gama de
possibilidades para o trabalho com a pontuação. Você pode escolher os exercícios ou o trabalho com uma
das seções para complementar sua aula sobre esse saber.
Nesse contexto de ensino remoto, sugerimos uma aula direcionada para os estudantes na qual é
feita uma importante reflexão acerca do uso da pontuação em conversas pessoais nas redes sociais. Essa
aula pode fomentar um outro exercício, o de refletir sobre as conversas dos próprios estudantes com seus
colegas. Com isso, estaríamos fazendo uso de uma aprendizagem reflexiva e significativa.
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palavras (metáfora, metonímia, catacrese, sinestesia perífrase etc.) em textos
verbais ou multissemióticos de qualquer sequência discursiva predominante.
Item no Teste 20
Então hoje poderia mostrar para todo mundo o seu talento, a sua voz.
Edineia passara a infância inteira cantando e adorando música, em casa, nas festas da família, nas
reuniões de amigos, nos eventos da escola – e para si mesma. Para si mesma sempre: enquanto estudava,
tomava banho, quando andava pela rua, lendo um livro, às vezes em que tomava o ônibus; quando
percebia, o passageiro ao lado a estava olhando, entre surpreso e divertido, elogiando-a pela beleza da voz
e da música que ela cantava sem perceber. [...]
Quando apareceu o concurso que se anunciava como a maior revelação de novos talentos da
música brasileira, ela tremeu e decidiu que ali estava a sua chance.
Escolhida a música, começaram os ensaios dias a fio e noite adentro, sem descanso e sem cansar,
abnegação apaixonada que pareceria loucura se não fosse tão bonita. Edineia acordava pensando na
música que cantaria, repassava no silêncio do café da manhã os acordes que julgava mais difíceis,
domando em palavras toda a melodia e assim ia até quando todas as vozes da casa, com ares de
madrugada insone, lhe pedissem para dormir. Ensaiava no sono, aferrada à chance, e tão logo o dia
amanhecesse, começava a cantar ainda na cama. A música foi se amoldando à voz de Edineia, feliz em sua
emocionante beleza, pronta a que, no dia certo, todos descobrissem o talento de quem a cantava. Edineia
tinha a certeza: o concurso seria a sua porta. E se emocionava com isso.
Ela está ali, agora, em frente ao conjunto, enquanto o apresentador do concurso a anuncia como a
próxima concorrente da noite. Quando o homem lhe deseja boa sorte, [...] ela suspira, fecha os olhos, sente
um breve e indizível tremor [...].
Mas quando o conjunto começa a tocar os acordes iniciais da canção, uma névoa de pavor tisna os
olhos assustados de Edineia: como é mesmo a primeira frase da letra da música?
SCHNEIDER, Henrique. A música escolhida. Disponível em: <https://bit.ly/2wktaE5>. Acesso em: 7 jan. 2020. Fragmento.
(P100768I7_SUP)
Nesse texto, no trecho “... o concurso seria a sua porta.” (ℓ. 34-35), o recurso estilístico foi utilizado para
A) apontar que o concurso poderia ser a oportunidade que Edineia precisava.
B) demonstrar que Edineia precisava superar alguns obstáculos em sua carreira.
C) indicar que Edineia sonhava além de sua capacidade profissional.
D) mostrar que Edineia seria bem recebida pelos organizadores do concurso.
E) revelar que Edineia dificilmente venceria o concurso por ser amadora.
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C) Possivelmente, o estudante atribuiu ao sentido geral do parágrafo a ideia de que era um grande
sonho para Edineia. No entanto, exceto no último parágrafo, não fica evidente ao longo da história
que a personagem era inferior às expectativas do concurso.
D) Ao marcar essa alternativa, o estudante se mostra ainda bastante literal ao assimilar que porta
estaria fazendo referência a receber alguém.
E) Possivelmente, o estudante atribuiu ao sentido geral do último parágrafo que ela não venceria o
concurso. Assim, fica evidente que o estudante ainda tem dificuldade em interpretar trechos de
textos.
Comentário - Item 20
Caro(a) professor(a),
Pavan (2019) considera que os recursos estilísticos não surgem aleatoriamente, mas são escolhidos,
ainda que de forma inconsciente, pelo emissor, de acordo com sua intenção: Quer emocionar? Quer
persuadir? Quer confundir? Para cada objetivo, há um recurso. Por isso, há figuras cuja base é a analogia
(comparação, metáfora, catacrese, alegoria etc.), há outras que é a substituição de um termo por outro,
desde que entre eles haja uma relação de sentido (metonímia, antonomásia etc.); se o objetivo é apresentar
contradição de ideias ou de palavras: antítese, paradoxo, ironia etc., no entanto, se a necessidade é
suavizar ou exagerar: eufemismo, hipérbole.
Para embasarmos teoricamente nossos estudos, usaremos as considerações de Koch (2015) sobre
a perspectiva Sociocognitivo Interacionista. Considerando que a visão sustentada pela autora incorpora os
aspectos sociais, culturais e interacionais à compreensão do processamento cognitivo, baseando-se no fato
de que existem muitos processos cognitivos que acontecem na sociedade, e não exclusivamente nos
indivíduos. Essa visão, efetivamente, tem-se mostrado necessária para explicar tanto fenômenos cognitivos
quanto culturais. Desse modo, entende a cognição como um fenômeno situado, ao reconhecer que muito da
cognição acontece fora das mentes, e não somente dentro delas.
Dentro dessa perspectiva, as ações verbais são ações conjuntas, já que usar a linguagem é sempre
engajar-se em alguma ação em que ela é o próprio lugar onde a ação acontece, necessariamente em
coordenação com os outros agentes envolvidos nas ações conjuntas, que são ações que envolvem mais de
um indivíduo para a sua realização. Essas ações não são simples realizações autônomas de sujeitos livres e
iguais. São ações que se desenrolam em contextos sociais, com finalidade sociais e com papéis distribuídos
socialmente. Os rituais, os gêneros e as formas verbais disponíveis não são em nada neutros quanto a este
contexto social e histórico (KOCH; LIMA, 2004).
Assim, conforme Koch (2015), a produção de linguagem constitui atividade interativa altamente
complexa de produção de sentidos, que se realiza, evidentemente, com base nos elementos linguísticos
presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer não apenas a mobilização
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de um vasto conjunto de saberes (enciclopédia), mas a sua reconstrução- e a dos próprios sujeitos- no
momento da interação verbal.
Corroborando com essa perspectiva, Leitão e Damianovic (2011) defendem que a argumentação
favorece tanto o processo de reflexão como o de apropriação do conhecimento compreendendo que a
expressão construção do conhecimento se refere a quaisquer processos que permitam a indivíduos, social e
historicamente situados, construir sentidos com os quais possam dar forma e interpretar o que percebem
como realidade circundante (JÄGER, 2001).
Desse modo, as estratégias de interação (seja através de predição, retomada do conteúdo a partir de
associações, memória de conteúdo da última aula) a serem propostas pelo docente no emprego da
argumentação como meio de aprendizagem são significativas para a elaboração dos conceitos a serem
apropriados no desenvolvimento do estudante, que constituirá, nas trocas realizadas pela turma, o
conhecimento necessário a utilizar em diversos contextos comunicativos, no âmbito do emprego da
linguagem, para comunicar-se com o seu entorno social.
KOCH, Ingedore Villaça. Introdução à Linguística Textual: trajetória e grandes temas. São Paulo:
Contexto, 2015.
#FicaAdica - Item 20
Professor, para que você possa trabalhar esse tipo de descritor em sala, é importante que os
estudantes tenham contato com atividades que explorem a construção de sentido dentro do texto, por meio
de expressões, vocábulos e morfemas. Fazer uso de atividades com gêneros que estejam bastante
presentes no cotidiano dos adolescentes faz com que os alunos se envolvam com maior facilidade na
interpretação e, consequentemente, na análise da constituição das palavras e seus impactos na construção
do sentido dos textos.
Além disso, o Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula 21, vai mostrar algumas
estratégias de como você pode trabalhar a autonomia do aluno para compreender textos a partir da
estilística. Através de letras de canções, poemas e uma variedade de textos artísticos o aluno vai poder se
despertar para isso.
Item do Teste 04
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Leia o texto a seguir.
Disponível em:<https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/113901867744/que-os-povos-ind%C3%ADgenas-e-as-comunidades>
Comentário - Item 25
Caro(a) professor(a),
Textos de humor chamam bastante a atenção dos alunos, são prazerosos, divertidos e podem ser
bastante interessantes para o ensino da língua Portuguesa. É fundamental, portanto, levar o aluno a refletir
sobre o que está subjacente ao humor nos textos ou a identificar a causa dele. Para tanto, pode-se
questionar o que acontece no texto que é fora do esperado que de repente quebra a lógica e leva ao riso ou
se há algum recurso da linguagem que cause esse efeito.
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#FicaAdica - Item 25
O humor manifesta-se em diferentes circunstâncias que podem ser retratadas na linguagem através
do duplo sentido, interpretação literal de algo que precisa ser entendido em sentido figurado ou ainda em
representações estereotipadas de variedades linguísticas estigmatizadas. No caso do item em análise, os
estudantes deveriam perceber que é através da intertextualidade que o humor é gerado. Para isso, incentive
o trabalho em equipe diversificando os gêneros, pois nada melhor do que poder discutir e se ter um público
para a leitura de textos que contenham humor.
Além disso, a aula 22 do Material Estruturado de Língua Portuguesa a partir de memes do cotidiano
dos alunos trabalha com o conceito de ironia levando o aluno através de reflexão e exercícios a conceituar
ironia e entender o sentido que esse recurso pode dar aos textos.
Item no Teste 22
Procrastinação
Escreve o texto agora. Calma. Eu vou escrever o texto agora. O prazo era quinta. E já é sábado. Eu
sei. Eu vou escrever agora. Então senta e escreve. Agora? Agora. Sobre o que? Escreve sobre isso: essa
mania de não fazer as coisas que você tem que fazer. Boa, cara. Eu não sei quem é você, mas você me dá
boas ideias. Só preciso de um café coado. Expresso não serve? Não. Enquanto eu me concentro em coar o
café, a ideia vem vindo. Café expresso não dá tempo da ideia chegar. O café coado é uma arte que rende
textos grandes, romances, até. Se Tolstói tivesse uma máquina de café expresso, ele nunca teria escrito
“Guerra e Paz”. Ele seria tuiteiro. Pronto. Já coou. Já bebeu. Só falta escrever. Puts, acho que me concentrei
demais no café. Mas se eu sentar em frente da tela, o texto vem. Cadê? Calma. Também não é só sentar,
tem que abrir o Word. Pronto. Calma aí, a fonte não tá boa. Esse texto eu quero escrever em Helvetica. [...]
Posso saber porque você tá mudando a fonte? [...] Ei! Por que você tá no Facebook? Foi inconsciente, eu
juro. [...] Sai antes que seja tarde. Espera. Os 23 pratos de comida mais perfeitos do universo? Preciso ver
isso. Pronto. Já é tarde. Biscoito empanado. Eu preciso comer isso agora. Não precisa, não. Sabe o que
você precisa? Precisa escrever o texto dessa semana. Olha só: os 30 fatos mais alegres de todos os tempos.
Isso vai ser inspirador. Uau. Os dubladores do Mickey e da Minnie são casados na vida real. Sai daí agora.
Nenhuma lista mais. Acabou. Calma aí. A Ellen DeGeneres tem um texto bom. Agora não dá mais pra eu
fazer o meu. Melhor desistir e fazer outro café. Não. Senta e faz o teu. E faz diferente do dela. De repente
põe dois personagens falando. Um que quer fazer o texto e o outro que não. Boa. Vou fazer isso. Vai. Pode
parar. O que é que você tá fazendo de novo no Facebook?
DUVIVIER, Gregório. Procrastinação. In: Folha de São Paulo. 2014. Disponível em: <https://goo.gl/6qDMGB>. Acesso em: 5 mar.
2018.
Nesse texto, a linguagem utilizada no trecho “Boa, cara.” (ℓ. 3-4) é geralmente encontrada em
A) consultas médicas.
B) conversas entre amigos.
C) documentos oficiais.
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D) entrevistas de emprego.
E) notícias jornalísticas.
Comentário - Item 22
Caro(a) professor(a),
Linguagem é uma questão de cidadania e ser cidadão é saber que se pode usar a linguagem em
diferentes níveis a partir dos diferentes contextos que nos encontramos a fim de podermos nos comunicar e
exercermos como cidadãos. Dessa forma, o item pode nos levar a refletir sobre os usos linguísticos, seus
contextos e objetivos comunicativos. A expressão “Boa, cara”, ao ser dita, relaciona-se a um dado contexto
que nós esperamos que o aluno reconheça. Saber que uma expressão pode ser usada em determinado
contexto e não em outro pode ser importante para um aluno que vai se lançar cidadão no mundo. Dessa
forma, é sugestão nossa que sempre seja feito a relação entre expressões diferentes e seus contextos de
uso em sala de aula de forma que o aluno reconheça essas diferentes relações para que faça sentido para
ele o uso informal ou formal da língua.
#FicaAdica - Item 22
O Saber 23 pode ser trabalhado em sala utilizando textos com gêneros diferentes, usando
estratégias de leitura que despertem nos alunos a percepção das variedades da língua com o objetivo de
identificar as marcas linguísticas que evidenciam um locutor e/ou interlocutor em cada texto de acordo a
função social, cultural, histórica e regional que pertencem. Sugestões de textos para esta atividade: poesia,
tirinhas, charges, textos com gírias utilizadas nos grupos de skatistas, sufistas, rappers, jargões que
representem profissões diversas. É importante que os estudantes compreendam que as variantes de uma
língua têm como objetivo promover a comunicação interativa e efetiva entre as pessoas que pertencem a
determinado grupo. Por esse motivo, você também pode reforçar os impactos negativos que o preconceito
linguístico traz para a sociedade, no entendimento que a escola é um espaço de construção de cidadãos
conscientes e críticos.
O Material Estruturado de Língua Portuguesa na aula referente ao saber 23 trabalha o saber sobre
identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor. Para
tanto, o material faz essa reflexão a partir de textos literários, trabalhando a questão da variação linguística.
Você pode fazer o recorte de um texto ou uma seção para trabalhar exclusivamente com a questão do
informal/coloquial que é fundamental para o aluno desenvolver essa habilidade.
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