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A desumanização das relações de


trabalho em face da globalização seletiva

Ataliba Telles Carpes 1

1. Tema

O presente ensaio2 se filia ao Grupo de Trabalho “a”, inciso “vi”, do


Edital para Submissão de Trabalhos do II Congresso de Direitos Humanos
e Migrações Forçadas: Migrações Xenofobia e Transnacionalidade, qual
seja, “reconhecimento intercultural e políticas de assimilação”. O enfoque
da pesquisa se dará nos efeitos de uma falsa globalização nas relações de
trabalho, analisando-se um eventual esquecimento do caráter
humanitário do desenvolvimento da atividade laborativa por parte dos
seres humanos.

2. Justificativa

O Direito do Trabalho vive a maior crise de sua existência. A criação


de legislação protetiva ao trabalhador, principalmente no que tange à sua
saúde e segurança, cingindo-se então dos ideais civilistas e liberais
disseminados a partir da Revolução Francesa, não mais se apresenta tão

1
Mestrando em Direito pelo PPGD-PUCRS (Teoria Geral da Jurisdição e Processo). Especialista em Direito do
Trabalho pela PUCRS. Bolsista integral CAPES/CNPq, em regime de dedicação exclusiva. E-mail:
ataliba_kh@hotmail.com.
2
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior – Brasil
– (CAPES) – Código de Financiamento 001.
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eficaz e concretizável em face da metamorfose dos meios de produção


através do advento de novas tecnologias em ritmo acelerado. Salvaguarda
para isso, em tese, seria uma conversação entre os Estados no intuito de
tomar medidas, havendo então um processo de atualização das legislações
laborais sem, contudo, precarizar as relações de trabalho, ou, em outras
palavras, prejudicar o trabalhador, de modo geral.
Diferentemente da organização econômica estabelecida após a 2ª
Guerra Mundial, refletindo-se na figura principalmente do GATT (General
Agreement on Tariffs and Trade)3, onde restam estabelecidas facilidades
para a comercialização de produtos a nível global, a promoção dos valores
consagrados pelo Direito do Trabalho, na figura da OIT, não possui este
poderio, bem como não se presume existir interesse dos países membros
em estabelecer conexões desta magnitude.
Aparentemente, o interesse dos Estados consiste, eminentemente,
em transações sobre as quais possam obter lucro, ou em eventual
negociação que configure postura diplomática, no anseio de evitar futuras
retaliações de outros Países, uma vez que, nesta enorme rede que o mundo
chama de “Globalização”, apenas determinadas nações nela se enquadram.
Neste sentido, o presente trabalho se justifica pela latente necessidade
de identificar o porquê da inexistência da conversação do Direito do
Trabalho a nível internacional, haja vista sua necessidade. Uma vezo que
este não aparenta estar sendo atingido pelo fenômeno da “Globalização”
(no sentido de “movimento global”), acaba sendo refém e muitas vezes
apontado – injustamente - como culpado por involuções decorrentes da
incompetência dos Chefes de Estado, posicionamento com o qual não se
concorda: É possível se conciliar desenvolvimento econômico e valor social
do trabalho, tanto que a própria Constituição Federal brasileira preconiza
tal questão em seu art. 1º, IV.
Desta forma, o presente trabalho se justifica pela necessidade de
atuação junto aos Estados, principalmente na figura da Organização

3
Mais informações disponíveis em: <https://www.wto.org/english/tratop_e/gatt_e/gatt_e.htm>. Acesso em 03 de
setembro de 2018.
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Internacional do Trabalho, para que se alterem paradigmas atualmente


estabelecidos, quais sejam, de que a existência de Legislação Laboral é
empecilho para o desenvolvimento das atividades econômicas e
tecnológicas, bem como aproximar os polos, ora em dicotomia, chamados
“capital” – ou economia – e trabalho (digno).

3. Formulação do problema de pesquisa

Se diz aos quatro ventos que a Globalização é uma realidade com a


qual a sociedade há de lidar e aprender a conviver, sem oportunidade de
qualquer resistência. Contudo, esta Globalização realmente existe no
âmbito do Direito do Trabalho e sua valoração social?
Porque a Organização Mundial do Comércio, por exemplo, dita regras
sobre o Mercado4, fazendo com o que os Estados se adequem, sob pena de
sofrerem graves prejuízos financeiros e, ao mesmo tempo, as diretrizes da
Organização Internacional do Trabalho são observadas de forma seletiva
pelos países-membros?

4. Objetivos

4.1 Objetivo geral

Analisar os efeitos da globalização (caso ela realmente exista) nas


relações de trabalho a nível internacional.

4.2 Objetivos específicos

a) Analisar se o fenômeno da globalização afeta também as relações de trabalho,


não no sentido refletivo, mas sim se, efetivamente, há um processo de globaliza-
ção das relações laborais, com consciência global-humanitária da situação dos
indivíduos que delas são atores;

4
Conforme se verifica em: <https://www.wto.org/english/tratop_e/tratop_e.htm>. Acesso em 12 de setembro de
2018.
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b) Analisar as atividades dos Estados e dos Órgãos Internacionais em prol da glo-


balização das relações de trabalho e do resgate do aspecto humanitário do
desenvolvimento da atividade laboral;

5. Embasamento teórico

O Direito ao Trabalho é, reconhecidamente, um Direito Humano. A


Declaração Universal dos Direitos Humanos, em especial em seus artigos
XXIII e XXIV, traz diretrizes pertinentes à atividade laboral, elevando tais
preocupações a nível global, desde sua promulgação em 1948.5 Além deste,
vários documentos de caráter global ao longo dos últimos anos foram
editados (em especial a partir do início do Século XX) e neles continham -
ou ainda contém - textos que se destinam à proteção da figura do
trabalhador ou da legislação laboral de todos os países, uma ver ser
reconhecida a importância desta temática sem qualquer tipo de fronteira:
seja ela ideológica, geográfica ou jurídica. Exemplo disso são a Declaração
de Filadélfia6, a Declaração dos Princípios e Direito Fundamentais no
Trabalho7, dentre outros.
Em outras palavras, semelhante à interdependência econômica
existente a nível mundial, com forte incidência e estabelecimento de regras
por parte da Organização Mundial do Comércio, também são reconhecidos
padrões mínimos trabalhistas (chamados labour standards)8, contudo,
sem a mesma atenção dada às diretrizes estabelecidas pelo mercado
financeiro globalizado. Estes padrões mínimos concretizam-se na figura
da Organização Internacional do Trabalho (agência especializada da
Organizações Unidas, com moldes idênticos à Organização Mundial do
Comércio, porém, com voz menos ativa – principalmente pelo modo de

5
Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>. Acesso em 03 de setembro de 2018.
6
Em anexo com a Constituição da Organização Internacional do Trabalho,em: <https://www.ilo.org/
brasilia/conheca-a-oit/WCMS_336957/lang--pt/index.htm>. Acesso em 12 de setembro de 2018.
7
Disponível em: <https://www.ilo.org/public/english/standards/declaration/declaration_portuguese.pdf>. Acesso
em 12 de setembro de 2018.
8
CAVALCANTE. Jouberto de Quadros Pessoa. Direito Internacional do Trabalho e a Organização Internacional do
Trabalho: Um Debate Atual. São Paulo: Atlas, 2014, p. 10.
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atuação de seus membros) – com especial atenção dada às suas


Convenções e Recomendações.
Ocorre que, atualmente, a sociedade residente no planeta Terra lida
com as consequências da profunda metamorfose ocorrida durante seu
período recente, em especial no século passado. A evolução dos meios de
comunicação fez com que os indivíduos tenham hoje a percepção – talvez
ilusão – de um mundo menor. A partir desta compreensão, então, se
intensifiracam os fluxos migratórios de uma região para outra, pelos mais
diversos motivos, com destaque para questões ligadas ao trabalho como
desemprego e busca por melhores condições financeiras, sem se olvidar de
guerras, epidemias, etc.
Neste sentido, é notório o crescimento do fluxo migratório não mais
tão somente em grandes centros urbanos, mas também cidades com
populações reduzidas. Se antes havia certa “migração” entre os Estados da
Federação Brasileira, por exemplo, cada vez mais se percebe a inserção de
indivíduos com diferentes heranças culturais na sociedade de um modo
geral, e, consequentemente, no mercado de trabalho.
Com isso, surge a necessidade de agora não só lidar com os
problemas advindos das relações de trabalho já existentes em cada um dos
países, como os que são consequência do fenômeno migratório. Aqui, não
se quer dizer que os países destinatários acabam sendo prejudicados e
arrecadam maiores problemáticas a serem enfrentadas. Pelo contrário, as
nações que acabam por provocar um “Êxodo Laboral” também são
afetadas, pois, paulatinamente, vão perdendo poderio econômico pelo fato
de seus nativos não mais despenderem seus – ainda que escassos – aportes
financeiros dentro do mercado local, mas sim em diversos outros para os
quais acabam migrando.
Dado este contexto, a Organização das Nações Unidas, em especial a
Organização Internacional do Trabalho é chamada a agir com urgência no
intuito de auxiliar no enfrentamento de adversidades surgidas com a
“Globalização Seletiva”.
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Conforme já dito, diferente da OMC, a OIT não possui grandes


mecanismos de atuação nos países-membros, e é aqui que se configura a
seletividade do arguido fenômeno da globalização. Inclusive seria
interessante eventual conexão entre a OIT e OMC, pois questões de
comércio são diretamente ligadas às questões laborais. Na esteira deste
entendimento, o já referido art. 1º, IV da Constituição Federal, princípio
fundamental da Carta Magna brasileira, com texto repetido no art. 170,
onde a livre iniciativa e a valorização social do trabalho humano caminham
paralelamente, não havendo que se falar em inimizade entre “capital” e
“trabalho”, mas sim comunhão e incentivo à uma convergência de
interesses em prol da valoração da atividade laboral9 dentro da perspectiva
da dignidade da pessoa humana.
Ao mesmo tempo em que a maioria dos países se curva às diretrizes
estabelecidas pela OMC com receio de serem pormenorizados na rede de
interdependência financeira característica do período pós-Segunda Guerra
Mundial, em termos de relações de trabalho, cada um opera como lhe
convém, ainda que boa parte das nações ratifique a maioria das
Convenções da OIT, as mesmas nem sempre são observadas. Exemplo
claro disso é a lei nº 13.467/1710, recém promulgada no Brasil, onde uma
suposta liberdade sindical se deu de forma subvertida, além do incentivo
a um movimento de flexibilização da legislação trabalhista – resultante
constantemente em precarização das relações laborais -, uma vez que
parte da sociedade atual prega que flexibilizar seria sinônimo de atualizar,
posição com a qual não se concorda.11
Assim, em que pese se reconheça a importância e esforços comedidos
pelas diversas reuniões entre países-membros e edição de diversas

9
STÜRMER, Gilberto. Direito constitucional do trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 2014, p. 128.
10
Em especial pela nova redação do art. 578, que trata da não mais obrigatoriedade do pagamento de Contribuição
Sindical e da criação dos arts. 611-A e 611-B, que “estipulam” os limites de atuação das negociações em âmbito
coletivo. Lei nº 13.467 de 13 de julho de 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13467.htm>. Acesso em 07 jul. 2018.
11
ALVARENGA, Rúbia Zanotelli. A Organização Internacional do Trabalho e a Proteção aos Direitos Humanos do
Trabalhador. In: Revista eletrônica : acórdãos, sentenças, ementas, artigos e informações : Vol. 3, n. 38 (jan. 2007),
pg. 24. Disponível em: <https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/80598>. Acesso em 12 de setembro de
2018..
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Declarações que tratam sobre o tema, é chegada a hora de lidar com o


Direito do Trabalho como Direito Humano do Trabalho, ou seja, como
pasta de inigualável importância em escala global12. De nada adianta um
trabalhador ter plena liberdade sindical no país “X”, e quando migrar para
o país “Y” não possuir as mesmas condições de pleiteio por melhores
condições de trabalho. Da mesma forma no que tange à remuneração
decente para o sustento seu ou de sua família, questões atinentes à higiene
e segurança, proteção em face da automação dos postos de trabalho, etc.
O trabalho é reconhecidamente parte essencial da identidade dos
seres humanos, de modo que assim o devemos tratar. Da mesma forma
com a qual nos preocupamos com os negócios, devemos nos preocupar –
certamente, ainda mais – com aqueles que o fazem, e não somente em caso
de obtenção de vantagens, mas sim, realizações humanitárias. Afinal, é
necessário que se reconheça: Somos um.

6. Metodologia

O método de abordagem escolhido para a realização da presente


pesquisa é o hipotético-dedutivo. Através deste método, será possível
identificar as contradições envolvidas na análise do problema do projeto
em tela, respondendo às hipóteses apresentadas mediante concatenação
de informações, com resultado conclusivo.
Ainda, serão aplicados os métodos de procedimento de forma
singular e conjunta, em especial o tipológico e o funcionalista. O método
tipológico possibilitará comparar os fenômenos sociais13 decorrentes das
ações ou omissões dos Estados e dos Órgãos Internacionais, e o método
funcionalista buscará verificar a influência das estruturas da sociedade
envolvidas no tema proposto.

12
KANT, Immanuel. A paz perpétua e outros opúsculos. Porto Alere: L&PM, 1989, p. 40
13
FINCATO, Denise Pires. A pesquisa jurídica sem mistérios: do projeto de pesquisa à banca. Porto Alegre: Notadez,
2008. p. 40.
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Quanto ao tipo de pesquisa, quanto à natureza, será qualitativa e


teórica. A abordagem qualitativa facilita descrever a complexidade dos
problemas, além de compreender os fenômenos sociais decorrentes do
tema abordado.
No que tange aos objetivos, será explicativa e exploratória. A pesquisa
exploratória auxilia na delimitação e problematização do tema, sendo
desenvolvida, sendo que facilitará a compreensão do atual estado social e
jurídico que serão estudados. A pesquisa explicativa se prestará a
identificar os fatores determinantes que fazem com que as decisões
tomadas pelos Estados possuam maior ou menor eficácia no que tange ao
tema proposto.
Por fim, quanto ao objeto, a pesquisa será do tipo bibliográfico-
documental, tendo em vista que serão utilizados diversos autores que
trabalham com o tema, ou de alguma forma possam vir a auxiliar na
pesquisa proposta, além de materiais disponíveis em sites oficiais.

7. Resultados esperados

Espera-se com o presente trabalho fomentar o estudo do Direito do


Trabalho como um Direito eminentemente Humano, ou seja, abordá-lo
em seu aspecto global. Espera- se, também, instigar uma revisão do
conceito de atualização das relações de trabalho como sinônimo de
flexibilização destas como resposta aos avanços tecnológicos ocorridos nos
últimos anos.

Referências

ALVARENGA, Rúbia Zanotelli. A Organização Internacional do Trabalho e a Proteção


aos Direitos Humanos do Trabalhador. In: Revista eletrônica : acórdãos, senten-
ças, ementas, artigos e informações : Vol. 3, n. 38 (jan. 2007).

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Trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
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FINCATO, Denise Pires. A pesquisa jurídica sem mistérios: do projeto de pesquisa à


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