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Aluno (a): Luiz Eduardo Ortiz Duarte

Curso: sistemas de informação


Segundo período

CAPÍTULO 1

No mundo podemos observar que pessoas podem tomar várias decisões, porém é
difícil não acreditar que as pessoas são mesquinhas e só tomam ações para se
favorecerem, porém isso é feita de forma errada, já que não levamos em consideração
a variedade do ser humano e suas variações psicológicas, que fogem dessa
generalização.
Diante da influência ilusória da religião, podemos observar que pessoas expressam
sentimentos, como Freud fala, "oceânicos", ou seja, um sentimento de poder
ilimitado e eterno, mesmo sendo subjetivo e nada realista, esse sentimento é mais do
que suficiente e serve como fonte de energia religiosa para essas pessoas. Esses
sentimentos não podem ser desconsiderados de nenhuma forma, porém não é fácil
trabalhar de forma científica essas emoções, já que nós como objetos externos, só
podemos estudar é observar apenas os aspectos fisiológicos advindos dessas
emoções, também devemos nos perguntar se essas emoções causadas pela religião,
são interpretadas de forma correta.
Nós temos duas partes dentro de nós, que de forma metódica são separadas, sendo
elas o nosso Eu e nosso Id, sendo nossos pensamentos consciente e inconscientes,
nossa percepção interna e externa, dado a essa caraterísticas, é incomum pensar em
uma instantânea conexão com o mundo por um sentimento imediato, não sendo
compatível com a psique humana , estes dois conceitos devem ser separados e
sempre mantendo limites do nosso Eu, pois se os limites não forem separados ou
mantidos de forma correta, pois poderão ser acometidas com patologias graves para
o convívio em sociedade, caso isso aconteça, percepções, pensamentos, afetos,
serão vistos como forma alheia ao Eu, sendo uma parte que não mais lhe pertence.
Temos uma tendência de tentar isolar o nosso Eu, para protege-lo de quaisquer
desprazeres da vida, torando o Eu em um Eu de Prazer, que tende a sempre se opor
ao que é desconhecido ou o que é visto como uma ameaça, porém isso não ocorre
apenas com as ameaças externas, podemos aplicar o mesmo método para ameaças
que são internas, sendo esse um possível ponto de partida para distúrbios patológicos
em um ser. Como foi mencionado anteriormente, os seres humanos têm consigo um
sentimento “oceânico” e sentimentos inclinados para voltar a uma forma primitiva do
Eu, com isso em mente, Freud questiona se esses sentimento tem o “direito” de ser
visto como uma das fontes da necessidade de religiosidade, para Freud não existe
esse direito, esse sentimento pode ser visto como revigorante para a pessoa, mas na
realidade é apenas a expressão de uma forte necessidade, geralmente ligada ao
desamparo infantil e nostalgia.
Freud acredita que esse sentimento oceânico se ligou à religiosidade posteriormente,
demonstrando que esse sentimento de pertencimento “ser-um com o universo” é uma
tentativa de consolação, que serve como caminho que as pessoas usam para se
proteger dos perigos que podem ser causados ao Eu pelo mundo externo.

CAPÍTULO 2

Em O futuro é uma ilusão, Freud estava menos preocupado com o as fontes dos
sentimentos religiosos, mas sim como as pessoas mais “comuns” viam o conceito de
religião, definindo a religião como: ” o sistema de doutrinas e promessas que de
um lado lhe esclarece os enigmas deste mundo com invejável perfeição, e de
outro lhe garante que uma solícita Providência velará por sua vida e
compensará numa outra existência as eventuais frustrações desta. ” Ele
considerava esses conceitos infantis e que não tinham base sólida na realidade,
porém são defendidos por seus contemporâneos, o que ele considerava vergonhoso,
existindo até filósofos tentando dar credibilidade a religião.
A vida é muito difícil para os seres humanos, pois traz consigo dores, decepções e
sofrimento, e para suportar a vida, temos três recursos: a diversão, gratificações e
substâncias, variando de pessoa para pessoa, porém ele argumenta que não é fácil
ver a participação da religião nesse contexto, tendo que se aprofundar mais.
A finalidade da vida humana é uma questão que foi pensada várias vezes , nunca
alcançando uma resposta satisfatória, muitos acreditam que a vida sem propósito não
tem valor , porém isso não muda nada , ele exemplifica mostrando que não se pode
falar que a finalidade da vida dos animais é servir os humanos, porém isso também
não tem utilidade já que existem muitos animais os quais desconhecemos seu
propósito, contudo, a religião consegue dar essa resposta de certa forma, buscamos
na vida o desejo a felicidade e continuar mantendo as dores e dificuldades longe ,
vivendo fortes prazeres segundo a felicidade, o prazer se torna a finalidade da vida,
porém, não é possível já que a felicidade é algo episódico.
O sofrer pode vir de três lados, vindo do corpo, do ambiente e das relações, para
diminuir as possibilidades de sofrimento o indivíduo também diminui as suas
pretensões aos prazeres. Para se resolver esse dilema, pessoas podem buscar o
prazer irrestrito que põe o prazer a frente da cautela, o isolamento pode evitar o
sofrimento das relações humanas, já o afastamento, o sofrimento do ambiente, porém
para Freud: “a maneira mais interessante de prevenir o sofrimento é mexer com
o próprio organismo pois as sensações são geradas a partir dele. Substâncias
podem gerar prazer imediato e um afastamento o mundo externo ao intoxicar o
organismo. O uso dessas substâncias para fugir da realidade é suficientemente
consolidado para povos e indivíduos reservarem espaço em suas economias
para estes. “, determinando também seus perigos.
Além de tudo isso, a estrutura psicológica admite ainda outras influências como o
instinto, que gera felicidade quando satisfeito e gera infelicidade quando o exterior
não sacia as suas expectativas, por isso existe a defensa contra o sofrimento que se
baseia no domínio das fontes internas de necessidade, adquirindo a felicidade da
quietude. Outro método importante para a afastar o sofrimento consiste no
deslocamento das metas dos instintos de forma que eles não são afetados pelas
frustrações do mundo externo, elevando o ganho de prazer através do trabalho
psíquico e intelectual, porém, esse método não se aplica a todos pois nem todos têm
conhecimento das suas fontes de frustração internas, neste procedimento se tenta
ser independente do mundo externo para alcançar a felicidade deixando o vínculo
com a realidade mais leves. Um método mais radical consiste em romper todas as
relações com a realidade, dando as costas para o mundo, contudo, esse não são os
únicos métodos que os homens têm para afastar a frustração e alcançar a felicidade
, existe também o método baseado no amor e na busca pela beleza, sendo estes
mais capazes de compensar do que proteger, Freud conclui dizendo que alcançar a
felicidade através do prazer é irreal, partindo daí pode-se ter várias forma de busca
do prazer, aconselhando a cada um descobrir a sua própria maneira, enfim, a religião
tira esse jogo de escolha e adaptação ao impor a todos um único método para esse
fim, rebaixando o valor da vida e deformando a imagem do mundo real.

CAPÍTULO 3

Já que a felicidade não pode ser conhecida, Freud volta seus esforços para
responder: “por que é tão difícil para os homens serem felizes?”, existindo várias
formas já discutidas, porém, Freud argumenta que um dos motivos para a infelicidade
humana é a sua própria civilização, e que seríamos mais felizes se nos retrocedermos
ao estado primitivo, demonstrando que todo o sofrimento que homem se protege pode
ser atribuído a civilização, esse pensamento controverso, sendo fruto, segundo Freud,
de: “acho que uma profunda, duradoura insatisfação com o estado civilizacional
existente preparou o solo no qual, em determinadas ocasiões históricas,
formou-se uma condenação.”
Mesmo com todos os avanços alcançados pelo homem, possibilitando o maior
controle sobre a natureza como jamais visto antes, não foi capaz de aumentar o grau
de felicidade do homem, o homem se torna neurótico devido às privações que a
sociedade o impõe, para defender seus ideais culturais, se essas exigências fossem
abolidas, o homem poderia retornar a um estado de felicidade, demonstrando que o
controle sobre a natureza não é suficiente para manter a felicidade, havendo de forma
ilusória uma participação, Freud afirma que a civilização segue o modelo do “prazer
barato”, classificando como : “Ele consiste em pôr fora da coberta uma perna
despida, numa noite fria de inverno, e em seguida guardá-la novamente. “, um
filho nunca deixaria a sua cidade natal sem as estradas de ferro, uma pessoa nunca
tentaria ir para outro continente se não tivesse um navio, para que serve os avanços
da medicina que aumenta a expectativa de vida se a vida será infeliz , demonstrando
como vários tipos de dor são criadas pela própria civilização, porém como a felicidade
é algo completamente subjetivo, isso pode não ser uma forma de dor para pessoas
na sua atualidade , além de abordar como as exigências impostas pela sociedade
como aspectos sociais.
Freud aborda a limpeza como o antônimo da civilização, já que um lugar sujo é visto
como fora dos padrões culturais e igualmente para a higiene pessoal, esta não
presente na natureza, sendo mais um construto da civilização, porém a ordem é sim
natural, a ordem está sempre presente no universo, sendo uma espécie de
comportamento compulsório, sendo aplicada para evitar desleixo, com a natureza o
ser humano aprendeu o que é a ordem e continua a aplicar de várias formas.
Porém, se quisermos saber que valor pode reivindicar nossa concepção do
desenvolvimento cultural como um processo peculiar, comparável à maturação
normal do indivíduo, teremos de atacar um outro problema, perguntando-nos acerca
das influências a que esta evolução cultural deve sua origem, como nasceu e o que
determinou seu curso.

CAPÍTULO 4

Freud dá continuidade a suas ideias de amor e trabalho, explorando os primórdios


das relações humanas, demonstrando a necessidade do trabalho na vida humana,
porém aborda uma mudança no paradigma, mostrando um ser que viu a utilidade de
viver com outros , criando o conceito que temos de família e relacionando com os
prazeres envolvidos, demonstrando o início dos agrupamentos familiares, construído
as relações básicas de marido, mulher e filhos, que tinham o interesse de se
manterem unidos, devido às relações de necessidades entre os mesmos, a mãe tinha
necessidade de ficar com o filhos e com seu companheiro para ser protegida, já o
homem ficaria com sua companheira apenas pela satisfação genital.

Ainda assim, para Freud, faltavam características importantes de uma civilização


nessa famílias primitivas, o poder total nas mãos do chefe, exemplificando a
transformação ocorrida nesse conceitos , os filhos começaram a se sobrepor a seus
pais e isso lhes deu maior senso de união, “ensinado aos filhos que uma associação
pode ser mais forte que o indivíduo”, com isso, a vida humana foi dividida em dois
fundamentos, o trabalho e o amor, o trabalho sendo uma necessidade externa ao
homem, e o amor sendo formado pela relação de necessidade entre os indivíduos,
com o trabalho que influenciava o trabalho em equipe, e o amor que construiu as
relações humanas, os seres humanos começaram a expandir a sua civilização ,
contribuindo um senso de comunidade cada vez mais forte.

Freud também argumenta sobre os prazeres que estão relacionados ao amor sexual
e seus problemas , explicando que o ser humano se torna dependente do amor, e se
esse amor não for correspondido ou for retirado, o ser humano teria a experiência do
“sofrimento máximo", demonstrando como culturas antigas defendiam a monogamia
para evitar esse sofrimento, porém a infidelidade esteve sempre presente, contudo,
ele demonstra também que existem pessoas que têm diferentes forma de
experienciar o amor, não dependente de um único objeto isolado, podendo ter uma
experiência mais uniforme , utilizando esse amor como forma de ser feliz, utilizando
o exemplo de Francisco de Assis, que com seu amor pela religião, gerou felicidade
para si próprio.
Mesmo com toda a evolução da civilização, Freud argumenta que o amor original que
gerou essa civilização ainda está presente, tanto de forma carnal como em sua forma
de ternura, unindo um número maior de pessoas do que o trabalho por si só foi capaz.
Ele também aponta o erro no uso da expressão amor, que pera ele teria cunho carnal,
porém é utilizado para exemplificar diversas relações, ambas as forma de amar são
essenciais para a construção da relação entre os seres humanos com sua própria
espécie, porém, com o tempo, as relações de amor entre as civilizações foram se
distanciando e com o surgimento da cultura, que restringia o amor entre os humanos
de certas formas , gerando conflitos entre a família e a comunidade, chegando a
invalidade separação da família, que é incentivada pela comunidade.
A cultura cria restrições para o amor, Freud argumenta que a primeira fase cultural,
chamada de totemismo, já cria restrições sobre as relações incestuosas, por meio de
seus tabus, leis e costumes, essas restrições são ampliadas, porém, nem todas as
culturas apresentam tantas restrições, já que, segundo Freud: “a estrutura
econômica da sociedade também influi sobre a medida de liberdade sexual
restante. ” relacionado às necessidades econômicas e como elas afetam a vida do
indivíduo, além de explicar como os humanos vêm reprimindo os seus desejos para
viver em sociedade, proibindo o homem de seu prazer sexual, porém, essa
sexualidade tende a fluir para outros pontos mesmo com as restrições, argumentando
contra essas restrições : “Apenas os fracos se sujeitaram a uma interferência tão
ampla na sua liberdade sexual, as naturezas mais fortes o fizeram apenas em
troca de uma compensação.”, considerando esse processo com extremo, involutivo
e reduz a felicidade humana, demonstrando como a pressão cultural pode ser um
equívoco.

CAPÍTULO 5

Com a psicanálise nos ensinou que essas frustrações da vida sexual que os
indivíduos chamados de neuróticos não suportam, porém, a sociedade requer mais
sacrifícios além dos sacrifícios sexuais,
Com o desenvolvimento da cultura, foi demonstrado que que ele causa a inércia da
libido do indivíduo. No auge do amor não há interesse pelo resto do mundo, sendo o
par amoroso o suficiente, em nenhum outro caso foi visto tamanha conexão, porém
as pessoas podem se relacionar com mais de um parceiro se esse ato for proibido
e/ou sigiloso, demonstrando como a civilização em sua maior parte não está ligada
por relações libidinosas, mas sim por relações comunitárias de amizade, porém isso
por si só já é um limitante da vida sexual, e que não sabe o por que a civilização tem
essa necessidade.
A pista para tal questão pode estar na exigência de ideias da civilização, “Ama teu
próximo como a ti mesmo”, sendo esse princípio um princípio cristão, Freud vê esse
princípio de forma negativa e argumenta que o mesmo não tem necessidade: “Meu
amor é algo precioso para mim, algo que não posso despender
irresponsavelmente. Ele me impõe deveres, os quais tenho que me dispor a
cumprir com sacrifícios. Quando amo a outrem, este deve merecê-lo de algum
modo. ” Argumentando que o ser humano não é um ser benevolente, excluído
quando existem relações pessoais envolvidas, argumentando também que essa
exigência de demonstrar o amor para com o próximo é praticamente uma injustiça
com aqueles que merecem realmente do indivíduo, mostrando que a exigência de
“Ama teus inimigos” também não tem nenhuma lógica, já que não é natural do ser
humano, não sendo instintivamente normalizada.
O fato do ser humano ter uma tendência natural ao pudor, nos mostra que as
motivações de todas as nossas relações são de puro interesse próprio, então é
imposto ao homem várias restrições de seus instintos básicos, como Freud
argumenta: “A civilização tem de recorrer a tudo para pôr limites aos instintos
agressivos do homem, para manter em xeque suas manifestações, através de
formações psíquicas reativas. Daí, portanto, o uso de métodos que devem
instigar as pessoas a estabelecer identificações e relações amorosas inibidas
em sua meta, daí as restrições à vida sexual e também o mandamento ideal de
amar o próximo como a si mesmo, que verdadeiramente se justifica pelo fato de
nada ser mais contrário à natureza humana original. ”
Freud também argumenta que os impulsos de luta e disputa não são reprimidos pela
comunidade, havendo apenas uma oposição, e esses princípios são imprescindíveis
é estão presentes, dando o exemplo dos comunistas é seu ideal utópico, a pessoa
tem acesso a tudo e trabalha, de forma igualitária obtendo os desfrutes de seu
trabalho, desfazendo de sua malvadeza, porém como existe essa necessidade de
luta e disputa, o sistema capitalista existe para suprir essa necessidade inerte.
Freud também argumenta que o ser humano primitivo tinha sim mais liberdade,
porém, devido à falta de segurança existente na civilização, o ser humano não poderia
aproveitar os frutos da sua liberdade, é já que eram sociedade baseadas onde o
homem era o centro, apenas esse homem desfrutava da liberdade, os outros viviam
em um regime de escravidão, então com a sociedade o ser humano trocou sua
liberdade por mais segurança.

CAPÍTULO 6

Freud demonstra que a poesia e literatura são uma evidência empírica dos instintos
humanos, considerando a literatura uma boa fonte de estudo para observar o
comportamento e natureza humana, sendo a teoria dos instintos não afetaria os
estudos a psicanálise, mas sim ajudando a captar da melhor forma as alterações na
psique humana , citando Schiller: “a fome e o amor são o que move o mundo”,
Freud acredita a princípio que são ínsitos diferentes, sendo a fome uma satisfação de
manter o homem único e individual, já o amor o amor procura os objetos externos,
suas funções e a conservação da espécie, relacionando o libido a esse instinto, o
amor apenas direciona os sentimentos libidinosos para o objeto, contudo, ele
abandona o conceito quando leva em consideração o sadismo, sendo o sadismo um
instinto parcial da sexualidade, sendo uma união dos conceitos de entre amor e
destruição, além do masoquismo que gera ações destrutivas para o indivíduo por
meio da sua sexualidade, com ambos os conceitos podemos ver que ambos estão
fortemente ligados com o erotismo humano e acabam por gerar um instinto de
destruição que vem de fora para dentro, mostrando que a agressividade e
destrutividade não sexual estão sempre presentes .
O passo seguinte foi dado em Além do princípio do prazer (1920), Freud retirar daí
suas ideias de compulsão de repetição e o caráter conservador da vida instintual,
argumentando que: ”concluí que deveria haver, além do instinto para conservar
a substância vivente e juntá-la em unidades cada vez maiores, um outro, a ele
contrário, que busca dissolver essas unidades e conduzi-las ao estado
primordial inorgânico,” sendo contrário ao instinto da vida, ele o classifica como
morte, sendo a vida uma atuação conjunta ou antagônica dos dois instintos, porém
não é fácil demonstrar a presença do instinto da morte.
Acreditando que a evolução da civilização não era nada mais do que uma luta entre
o Eros e sua contraparte, acreditando que o objetivo principal de uma civilização é
agregar o maior número de pessoas, é que seria um processo comandado pelo Eros,
sendo uma luta entre ele é a morte, como em suas palavras: “Essa luta é o conteúdo
essencial da vida, e por isso a evolução cultural pode ser designada,
brevemente, como a luta vital da espécie humana. E é esse combate de gigantes
que nossas babás querem amortecer com a “canção de ninar falando do céu”.

CAPÍTULO 7

Freud abre com uma pergunta : Por que nossos parentes, os animais, não exibem
uma luta cultural semelhante?, ele não sabe responder, porém exemplifica que
alguns animais sociais podem para ele esse comportamento e serem limitados por
suas funções, não vemos este comportamentos porque em nenhumas dessas
sociedades e suas funções, estaríamos contentes, os animais podem ter alcançado
um equilíbrio momentâneo que paralisa o seu desenvolvimento, afirmando que no
homem, o avanço da libido pode ter ocasionado uma renovação.
Freud também se pergunta como a cultura consegue conter a agressividade que pode
a afrontar, a agressividade é mandada para o lugar de onde ela veio, de volta para o
Eu, sendo acolhida por uma parte do Eu, se contrapondo como um super-Eu, e que,
como “consciência”, dispõe-se a exercer contra o Eu a mesma severa agressividade
que o Eu gostaria de satisfazer em outros indivíduos, sendo esse processo conhecido
como conhecido como consciência ou culpa, sendo uma punição interna, Freud
explica: “A civilização controla então o perigoso prazer em agredir que tem o
indivíduo, ao enfraquecê-lo, desarmá-lo e fazer com que seja vigiado por uma
instância no seu interior, como por uma guarnição numa cidade conquistada.”
E então se levantará a questão de por que, nisso, o propósito é equiparado à
execução, considerando o mal como algo repreensível, porém Freud relaciona o mal
como as coisas que lhe dão prazer, sendo a civilização que decide que é bom ou
mau, quando cometemos um ato considerado mau, criamos esse estado “má
consciência”, mas na realidade ele não merece esse nome, pois nesse estágio a
consciência de culpa não passa claramente de medo da perda do amor, medo
“social”. Uma grande mudança ocorre apenas quando a autoridade é internalizada
pelo estabelecimento de um Super-eu. Então perdemos o medo de ser descoberto,
nem mesmo os nossos pensamentos, porém de qualquer forma o estado original será
mantido.
No segundo estágio a consciência mostra que sentimos culpa de forma contínua,
acreditamos que não merecemos admiração, enquanto temos bons momentos a
consciência é branda, porém em momentos ruins a consciência é mais pesada em
seu julgamento anterior, causando castigos e penitências para o indivíduo, Freud
complementa: “Então, conhecemos, duas origens para o sentimento de culpa: o
medo da autoridade e, depois, o medo ante o Super-eu. O primeiro nos obriga a
renunciar a satisfações instintuais, o segundo nos leva também ao castigo,
dado que não se pode ocultar ao Super-eu a continuação dos desejos proibidos.
”, Porém Freud também acreditava que em um outro lado, o lado do amor, mostrando
que o amor nos protege da agressão punitiva.
Para acontecer a completa renúncia da consciência, o indivíduo deve acolher a sua
agressividade em seu super-Eu que aumenta a agressividade desse indivíduo,
completando: “A relação entre Super-eu e Eu é o retorno, deformado pelo desejo,
de relações reais entre o Eu ainda não dividido e um objeto externo. Como por
exemplo a vingativa agressão da criança que é também determinada pela
medida de agressão punitiva que espera do seu pai. ” A culpa está sempre
presente pois ela é o resultado da luta entre o sentimento do amor é o instinto da
morte.

CAPÍTULO 8

Freud se desculpa com o leitor devido a não ter sido totalmente hábil e não ter
poupado trechos monótonos, tentando compensar as partes de seu trabalho, não
achando importante, porém tenta esclarecer os termos usados para melhor entender
o sentimento de culpa, termos como “super-eu”, “consciência”, “necessidade de
castigo”, “sentimento de culpa” e “arrependimento, não sendo suficiente pare
entender sua ideia com esses termos, ele explica que o super-eu é uma instância do
ser humano e que sua consciência tem como objetivo observar suas ações,
relacionando este termos com o conceito de culpa, sendo a que a necessidade culpa
do homem vem do julgamento sádico do super-eu, o arrependimento é consequência
da culpa, sendo carregado de angústia e necessidade de punição que é causada pelo
super-eu, relacionando estes dois conceitos.
Freud retoma o conceito de agressividade, relacionado a agressividade com o
sentimento de culpa, sendo difícil de definir, já que sua característica é bastante
variável e inconsciente, podendo ser justificada por várias situações, sendo uma
insatisfação sexual ou uma neurose, a agressividade tende a variar com relação a
como o super-Eu observa o mundo ao seu redor.
Freud relembra seus conceitos sobre a luta entre o Eros e o instinto de morte, Ela
caracterizaria o processo cultural que se desenrola na humanidade, mas refere-se
também ao desenvolvimento do indivíduo e desvenda, além do mais, o próprio
segredo da vida orgânica, relacionando os conceitos de desenvolvimento humano e
a cultura, demonstrando que o super-eu está condicionada aos contos de certo ou
errado de um civilização, segundo Freud: “ O Super-eu de uma época cultural tem
origem semelhante ao de um indivíduo, baseia-se na impressão que grandes
personalidades-líderes deixaram, homens de avassaladora energia espiritual,
ou nos quais uma das tendências humanas achou a expressão mais forte e mais
pura, e por isso também, com frequência, a mais unilateral.” Um ponto de
concordância entre o super-eu e a sua cultura pode ser as exigências da sociedade,
que quando não cumpridas causam punições e culpa.
Um super-eu desenvolvido em sociedade tem seus ideais e elevou seus padrões, ou
seja, criam o que chamamos de ética, sendo muito valorizada em várias partes da
história, Freud define a ética como: “De fato, a ética se dedica ao ponto facilmente
reconhecido como o mais frágil de toda cultura. Ela há de ser vista, então, como
tentativa terapêutica, como esforço de atingir, por um mandamento do Super-
eu, o que antes não se atingiu com outra labor cultural. ”
Freud encerra suas ideias afirmando que ele não possui capacidades para avaliar a
cultura humana, afirmando: ” A meu ver, a questão decisiva para a espécie
humana é saber se, e em que medida, a sua evolução cultural poderá controlar
as perturbações trazidas à vida em comum pelos instintos humanos de
agressão e autodestruição. ”

Bibliografia
-https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2013/10/freud-obras-completas-vol-
18-1930-1936.pdf.

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