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GABRIELA CANDAL

PESQUISA E PRATICA DE ENSINO II – TRABALHO FINAL

NITEROI, RJ – 2021
FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES.

A formação de professores é um trabalho que exige muito trabalho


de ambos os lados pois a área da educação é uma área de estudo continuo que
abrange inúmeras necessidades e possibilidades de formas de trabalho. Paulo
Freire mesmo foi um dos estudiosos da educação que mais abriu os horizontes a
entender e buscar formas de ensino que alcançasse os alunos por isso, seu nome é
um dos principais nos métodos educativos mundiais. Esse momento delicado
também mostra a importância do profissional de educação para os alunos afinal a
necessidade da mediação é visível quando não se tem.
Crê-se então no âmbito tradicional que existe um método objetivo e
técnico para as aulas, muitas das vezes, se propõe o retorno ao estilo de ensino
militar como mais eficiente e prático pela política conservadora que luta por um
possível retrocesso no alcance as vivencias diferentes de cada aluno. Diante de uma
emergência mundial como a pandemia aparece o lado controverso dessa afirmação
pois não existe o método objetivo da pedagogia e sim métodos e práticas que
variam de acordo com as necessidades dos alunos que são diversos. O desafio que
é travado já pelos professores e alunos nesse tempo se duplica quando se trata do
serviço de profissionais da pedagogia formando outros futuros professores, afinal,
não existe uma técnica concreta quando se trata de ensino.
A verdade é que a pandemia instituiu inúmeros desafios aos
professores e aqueles que estão se formando dentro da área. Os estágios
presenciais que permitiam o primeiro contato dos licenciandos foram extintos até
que a normalidade retorne, desse modo, o primeiro contato que os alunos tinham
com a sala de aula deixa de existir. Outra possibilidade comum na formação era o
contato direto e troca de experiencia direta entre os orientadores do estágio com
seus orientandos que também deixa de acontecer, logo, a dinâmica da formação é
completamente transformada e realmente surge duvidas e reconstruções.
Os desafios já se encontram nesses principais cortes abruptos da
maioria dos cursos de formação de professores: afinal, ao se tirar o contato direto
dos licenciandos com os alunos e também a troca de experiencias necessárias, se
perde muito em uma formação pedagógica. É um desafio não poder conhecer o
ambiente da sala de aula e se habituar a ele de forma contrária a que passamos o
início de nossa vida. Mas ao se olhar de um outro ponto de partida, é possível
também aproveitar essa “falta” como um “acréscimo” para que o futuro professor
compreenda de fato que não existe a possibilidade de se ter uma aula
preestabelecida para todos os tipos de alunos. Exige um esforço maior em trabalhar
com a educação.
A internet então é o ponto de partida para que a educação continue
e de forma alguma se está perto das vantagens que se tem a sala de aula física, no
entanto esse desafio pode vir a ser bom para que não aja uma acomodação: afinal,
agora, como alunos perceberemos que não é possível manter a mesma dinâmica
educativa em todos os lugares quando se está de frente a uma tela digital. Imagina-
se então que se pode criar a percepção de que existe uma necessidade adaptativa
da educação em relação aos locais que se encontram, sejam virtuais ou em
diferentes locais e estilos de vida. Aprende-se então que existe mesmo a
necessidade da mediação e que não se deve – nem pode – ignora-la.
A professora Kelly da Silva Mota possui um artigo sobre o estudo da
história de vida como metodologia de ensino que diz muito aos pedagogos os bons
resultados que se colhe ao não tratar o ensino como um método pratico e objetivo
mas sim fazer a aproximação aos alunos e suas vivencias principalmente nas
matérias de ciências sociais. Apesar das dificuldades de distancias que o atual
ambiente virtual cria, ter em mente essa sensibilidade viva em relação as vivências
dos alunos.
A pandemia então traz uma oportunidade para repensar a formação
docente daqueles que imaginavam existir apenas um método certo. Pois ao ter
essas mudanças de cenários – ao falar sobre todos esses apontamentos ainda resta
a duvida de como está e como ocorre a formação dos professores no período de
pandemia e seria mentira dizer que não existe de fato uma dificuldade estabelecida,
que é o que se pontua ao dizer que os professores precisam estar mais abertos ao
desconforto em algumas situações do oficio, o que não se fala, é claro de um modo
negativo, mas entender que a educação não é concreta. E que a formação do
professor de modo algum finaliza no recebimento do diploma, e sim, que é uma
caminhada contínua.
Outra dificuldade visível foi a reorganização dos acessos a internet,
O Brasil não é um pais onde todos possuem acesso da mesma ainda que dentro do
meio universitário. Ao partir dessa perspectiva também se obtém o desânimo dos
alunos e suas expectativas em relação aos estágios que não deve ser
desconsiderada como algo menor mas sim, talvez, pensado novas formas de suprir
essas ausências significativas na formação.
Os desafios diante da pandemia foram extensos de fato,
principalmente relacionada a uma área tão acostumada ao seu cotidiano como as
escolas e universidades, portanto, ainda se vê como estão aprendendo a lidar com
as novas exigências da vida durante a pandemia do Covid 19. De imediato, a
principal dificuldade foi percebida mediante a desorganização e falta de
conhecimento sobre tecnologias e metodologias diferentes de ensino. Tanto o
professor quanto o aluno da formação de professores tinham expectativas e
costumes consolidado ao longo dos anos que sofreram um corte de maneira muito
abrupta. O que está exigindo esforço de ambos os lados para que se possa ter uma
boa formação. Entretanto, as possibilidades não são extintas, principalmente a
perceber que não existe apenas uma metodologia e forma de educação, mas sim
diversas e então o formando se depara de imediato com essa questão e tem que
aprender a lidar na prática. Os desafios tendem-se a encontrar as possibilidades e
se interligarem a partir dessa visão sob o aprendizado.
Bibliografia

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra.


2013.

MOTTA, Kelly. História de vida como metodologia de Ensino.


2005.

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