NITEROI, RJ – 2021 FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES.
A formação de professores é um trabalho que exige muito trabalho
de ambos os lados pois a área da educação é uma área de estudo continuo que abrange inúmeras necessidades e possibilidades de formas de trabalho. Paulo Freire mesmo foi um dos estudiosos da educação que mais abriu os horizontes a entender e buscar formas de ensino que alcançasse os alunos por isso, seu nome é um dos principais nos métodos educativos mundiais. Esse momento delicado também mostra a importância do profissional de educação para os alunos afinal a necessidade da mediação é visível quando não se tem. Crê-se então no âmbito tradicional que existe um método objetivo e técnico para as aulas, muitas das vezes, se propõe o retorno ao estilo de ensino militar como mais eficiente e prático pela política conservadora que luta por um possível retrocesso no alcance as vivencias diferentes de cada aluno. Diante de uma emergência mundial como a pandemia aparece o lado controverso dessa afirmação pois não existe o método objetivo da pedagogia e sim métodos e práticas que variam de acordo com as necessidades dos alunos que são diversos. O desafio que é travado já pelos professores e alunos nesse tempo se duplica quando se trata do serviço de profissionais da pedagogia formando outros futuros professores, afinal, não existe uma técnica concreta quando se trata de ensino. A verdade é que a pandemia instituiu inúmeros desafios aos professores e aqueles que estão se formando dentro da área. Os estágios presenciais que permitiam o primeiro contato dos licenciandos foram extintos até que a normalidade retorne, desse modo, o primeiro contato que os alunos tinham com a sala de aula deixa de existir. Outra possibilidade comum na formação era o contato direto e troca de experiencia direta entre os orientadores do estágio com seus orientandos que também deixa de acontecer, logo, a dinâmica da formação é completamente transformada e realmente surge duvidas e reconstruções. Os desafios já se encontram nesses principais cortes abruptos da maioria dos cursos de formação de professores: afinal, ao se tirar o contato direto dos licenciandos com os alunos e também a troca de experiencias necessárias, se perde muito em uma formação pedagógica. É um desafio não poder conhecer o ambiente da sala de aula e se habituar a ele de forma contrária a que passamos o início de nossa vida. Mas ao se olhar de um outro ponto de partida, é possível também aproveitar essa “falta” como um “acréscimo” para que o futuro professor compreenda de fato que não existe a possibilidade de se ter uma aula preestabelecida para todos os tipos de alunos. Exige um esforço maior em trabalhar com a educação. A internet então é o ponto de partida para que a educação continue e de forma alguma se está perto das vantagens que se tem a sala de aula física, no entanto esse desafio pode vir a ser bom para que não aja uma acomodação: afinal, agora, como alunos perceberemos que não é possível manter a mesma dinâmica educativa em todos os lugares quando se está de frente a uma tela digital. Imagina- se então que se pode criar a percepção de que existe uma necessidade adaptativa da educação em relação aos locais que se encontram, sejam virtuais ou em diferentes locais e estilos de vida. Aprende-se então que existe mesmo a necessidade da mediação e que não se deve – nem pode – ignora-la. A professora Kelly da Silva Mota possui um artigo sobre o estudo da história de vida como metodologia de ensino que diz muito aos pedagogos os bons resultados que se colhe ao não tratar o ensino como um método pratico e objetivo mas sim fazer a aproximação aos alunos e suas vivencias principalmente nas matérias de ciências sociais. Apesar das dificuldades de distancias que o atual ambiente virtual cria, ter em mente essa sensibilidade viva em relação as vivências dos alunos. A pandemia então traz uma oportunidade para repensar a formação docente daqueles que imaginavam existir apenas um método certo. Pois ao ter essas mudanças de cenários – ao falar sobre todos esses apontamentos ainda resta a duvida de como está e como ocorre a formação dos professores no período de pandemia e seria mentira dizer que não existe de fato uma dificuldade estabelecida, que é o que se pontua ao dizer que os professores precisam estar mais abertos ao desconforto em algumas situações do oficio, o que não se fala, é claro de um modo negativo, mas entender que a educação não é concreta. E que a formação do professor de modo algum finaliza no recebimento do diploma, e sim, que é uma caminhada contínua. Outra dificuldade visível foi a reorganização dos acessos a internet, O Brasil não é um pais onde todos possuem acesso da mesma ainda que dentro do meio universitário. Ao partir dessa perspectiva também se obtém o desânimo dos alunos e suas expectativas em relação aos estágios que não deve ser desconsiderada como algo menor mas sim, talvez, pensado novas formas de suprir essas ausências significativas na formação. Os desafios diante da pandemia foram extensos de fato, principalmente relacionada a uma área tão acostumada ao seu cotidiano como as escolas e universidades, portanto, ainda se vê como estão aprendendo a lidar com as novas exigências da vida durante a pandemia do Covid 19. De imediato, a principal dificuldade foi percebida mediante a desorganização e falta de conhecimento sobre tecnologias e metodologias diferentes de ensino. Tanto o professor quanto o aluno da formação de professores tinham expectativas e costumes consolidado ao longo dos anos que sofreram um corte de maneira muito abrupta. O que está exigindo esforço de ambos os lados para que se possa ter uma boa formação. Entretanto, as possibilidades não são extintas, principalmente a perceber que não existe apenas uma metodologia e forma de educação, mas sim diversas e então o formando se depara de imediato com essa questão e tem que aprender a lidar na prática. Os desafios tendem-se a encontrar as possibilidades e se interligarem a partir dessa visão sob o aprendizado. Bibliografia
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra.
2013.
MOTTA, Kelly. História de vida como metodologia de Ensino.