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l.INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTOS
No Brasil, merece menção a doutrina proposta por Ruy Barbosa, logo após a
edição da Carta de 1891. Sustentava Ruy perante o Supremo Tribunal Federal que,
embora não expressa na Constituição, a superioridade desta decorria do princípio da
separação dos poderes políticos e, como tal, o controle da constitucionalidade dos atos
dos demais poderes emergia do próprio sistema constitucional brasileiro a exemplo do
norte-americano, no qual se inspirara. 3
3.CONCEITO
4. OS REQUISITOS
subjetivos
formais forma
REQUISITOS objetivos rito
prazo
substanciais
"EMENTA.
Recomendo, na espécie, a leitura do voto eis que aborda com base nos princípios
constitucionais e na doutrina pertinente todos os aspectos que estamos estudando, neste
capítulo.
"EMENTA:
4.4. Síntese
S. EFEITOS
6. O MOMENTO DO CONTROLE
6.2. Assim sendo, parece mais adequado classificar-se sob dois aspectos o
momento do controle: o prévio e o tardio.
7.1.1.1. O direito se faz vivo e presente na sua aplicação perante juizes e tribunais.
E compete à jurisprudência a interpretação da norma, material ou processual, em cada
caso concreto.
Dois interessantes problemas foram trazidos perante o Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul. Ambos os casos tiveram como protagonistas magistrados de
entràucia intermediária.
Propostas demandas visando a declaração da inconstitucionalidade de legislação
municipal entenderam ambos de afirmar a sua incompetência absolutaratione materiae,
remetendo os autos ao Tribunal de Justiça.
A) No primeiro", proposta cautelar visando a sustação de lei municipal, sob o
fundamento de sua inconstitucionalidade.
Decidiu a Corte, verbis:
disfarçada' (fi. 46)- o que não é-, solver a questão à luz do que
dispõem os artigos 267 e 195, do Código de Processo Civil.
O resultado de tudo é que, por inobservância ao pedido
formulado e à causa de pedir, encontra-se em aberto e nesse
Tribunal demanda onde sequer se cogita em malferimento a regras
constitucionais.
E, agora, não se mostra possível, com singeleza,
transmudar ou 'emendar' a pretensão deduzida pelos autores e a
própria ação, admitindo possa o Órgão Especial continuar nestas
condições a impulsionar o feito.
Assim posta a questão e estabelecido o impasse, outra
solução não restaria a não ser o retomo dos autos ao Juízo de
origem, a fim de que, caso não revista pelo Magistrado a decisão
de fi. 69, sejam as partes devidamente intimadas de seu conteúdo
para as providências que entenderem pertinentes"
8.2.1. Introdução
Decisqes sujeitas a reiterados recursos perante variados tribunais inferiores até que,
anos depois, se alcance o pronunciamento definitivo da mesma Suprema Corte.
Contra a União movem-se atualmente cerca de 500 mil ações judiciais. Destas,
cerca de 320 mil dizem com a cobrança de impostos. Os planos econômicos têm gerado
dezenas de milhares de inconformidades dos prejudicados que ficam à espera de uma
decisão final durante vârios anos. O aparelhamento judicial não tem condições de
absorver esse volume. O prejuízo é das partes20 e da Nação.
Exemplo constitui a extrema demora de julgamento da constitucionalidade do
FINSOCIAL. Ao contrário, o COFINS, envolvendo a Ação Direta de
Constitucionalidade, apresentou solução célere. Ambas significavam um montante de
cerca de 13 bilhões de dólares 21 em discussão - valores que não mais integravam o
patrimônio dos interessados (depositados judicialmente) e que não podiam ser
apropriados pelo Tesouro à espera do veredito fmal do Supremo Tribunal.
A par desses dois exemplos pendem de solução, perante os juízos de primeiro
grau da justiça federal, demandas envolvendo outros 70 bilhões de dólares. Entendo
assim que o novo remédio constitucional desafogará as pautas daquela justiça
propiciando atendimento aos feitos que não envolvam matéria profundamente polêmica
e controvertida, e de tamanha repercussão, quanto essa já mencionada, ou outras que
atinjam a sociedade como um todo. Seja como for, por vias direta ou incidental, o
pronunciamento definitivo caberá, de qualquer sorte, à Suprema Corte...
Em suma: o bom senso político está a indicar a utilização da medida apenas em
questões altamente controvertidas juridicamente e passíveis de gerar verdadeira corrida
aos tribunais.
9.!. Introdução
9.2. Origem
determinada e em prazo fixado pela própria Carta. Assim, por exemplo, quando
determina a edição de lei complementar sobre diretrizes e bases da pesquisa científica.
Quanto ao Executivo, inúmeras são as matérias que aguardaru regularuentação
a fim de se viabilizarem as determinações prescritas na Constituição. Ainda quando se
exige a criação de serviços e órgãos, em prazo determinado, e o Executivo se omite.
Todas essas situações facultam o recurso à ação direta de declaração de
inconstitucionalidade por omissão.
Por sua relevância e novidade cumpre aguardar os desdobraruentos legislativos
e jurisdicionais no tratamento da espécie. O campo é vasto e pouco trilhado em outros
países. Entre nós, sequer fora tentado trilhar.
10.2. A competência
. Esse recurso intitula-se nas hipóteses mencionadas nas letras "a" e "b" do inciso
11 do art. 102 da Constituição Federal. E será extraordinário nos termos das letras "a"
e "c" do inciso Ill desse artigo.
A ação direta de declaração de inconstitucionalidade está prevista, portanto,
como sendo de competência originária do Supremo Tribunal Federal.
Cumpre acentuar que a legitimação ativa dessas pessoas e órgãos tanto o é para
propor a ação direta como também a ação de inconstitucionalidade por omissão, a que
se refere o § 2° do art. 103 da Constituição Federal.
interesse público através do qual se promove a execução das leis e se vela pelo seu
cumprimento".32
Competia, no sistema anterior, ao Chefe dessa órgão a iniciativa excl~siva de
promover a manifestação do Supremo Tribunal Federal em casos de
inconstitucionalidade.
Cabe-lhe, ainda, esse mister, de oficio, ou o cumpre quando provocado por
terceiros. Age sponte sua: pela iniciativa originada no próprio órgão, espontaneamente,
de oficio, ou o faz em face das manifestações recebidas de terceiros interessados, pessoas
fisicas ou jurídicas, de direito público ou privado. Todos aqueles que não tiverem
acesso às pessoas ou órgãos mencionados no item anterior, continuarão tendo uma via
de comunicação com o poder diante da Suprema Corte através da Procuradoria-Geral
da República. Também as pessoas e órgãos relacionados no art. I 03 possuem claros
interesses politicos em certas circunstâncias, interesses que se sobrepõem à fidelidade
jurídico-constitucional. E, assim, não serão sensíveis, muitas vezes, às manifestações
de pessoas ou entidades que venham a suplicar a sua iniciativa para desconstituir leis
ou atos perante a Corte Suprema. Resta, então, recorrer ao Procurador-Geral da
República para tentar esse acesso. Dai a importância da posição do Ministério Público
da União· fiscal da lei e de sua fiel execução.
A matéria é regulada pela Lei no 4.337, de 01.06.1984.
Esta reservou ao Procurador-Geral da República um juízo .de oportunidade e
conveniência a respeito dessa provocação.
A Procuradoria-Geral procede ao prévio exame da matéria, do ponto de vista
de sua constitucionalidade. Entendendo que ela inexiste poderá deixar de encaminhar
a ação requerida por terceiros.
É útil recordar que se trata de ação que ataca diretamente a lei em tese. Não
quer dizer, então, que frente à negativa do Procurador-Geral em encaminhar a
representação não possa a parte interessada ou prejudicada valer-se das outras vias,
nos casos concretos, atropelando direitos constitucionalmente assegurados.
10.5.5. O Relator, a seguir, lançará o seu relatório no processo e pedirá dia para
o julgamento. Os demais Ministros receberão cópia desse relatório para que possam
emitir voto fundamentado por ocasião da sessão de julgamento.
10.5.8. Nas hipóteses em que o Supremo Tribunal Federal, pelo voto de seis
Ministros, julga procedente a ação, tem-se como resultado concreto a manifestação do
órgão constitucional por excelência, declarando lei ou ato inconstitucional, ou
constitucional.
A decisão implica produzir efeitos ex tunc, erga omnes e de coisa julgada.
Assim sendo, não mais poderá a mesma lei ou o mesmo ato ser objeto de nova discussão
sobre a sua constitucionalidade ou inconstitucionalidade. E todos serão atingidos pelos
efeitos dessa declaração da Corte Suprema. Ela atinge a todos, pessoas fisicas e jurídicas,
de Direito Privado ou Público, autoridades, órgãos governamentais, juízes e tribunais
inferiores. Daí a relevância que se atribui à declaração.
A razão é por demais evidente. A decisão do Supremo Tribunal Federal, por via
de ação direta, faz coisajulgadae seus efeitos são erga omnes. A lei ou ato normativo
foram atacados em tese. A decisão do Supremo produz efeitos imediatos e é dirigida a
todos.
Entretanto, quando o Pretória Excelso declara inconstitucionalidade de lei ou
ato nos demais casos, a decisão produz efeitos ex tunc e faz coisa julgada apenas inter
partes. Atinge-se, então, apenas as partes intervenientes no caso concreto. E a decisão
não se estende a todos. Nesses casos, o Supremo Tribunal Federal comunicará a sua
decisão ao Senado Federal. Visa-se com a medida, que é de extrema relevância, a
extensão da inconstitucionalidade para além das partes que litigam no processo, naquele
caso concreto. O Senado, então, por Resolução, suspenderá a eficãcia da lei ou do ato
normativo. Esta Resolução passará a produzir efeitos de molde a atingir a todos, pois
se suspende a execução da lei. E este é um ato que atinge a todos.
12.SÍNTESE
NOTAS DE RODAPÉ
5 Ruy Barbosa, "Trabalhos Jurtdicos", 1893, Obras Completas, Rio de Janeiro, Ed.
Educação e Cultura, 1958, vol. XX, tomo 5, p. 61.
7 - Marbury v. Madison, op. cit., p. 331, verbis "Tizat, the particular phaseology of
the Constitution ofthe United States conjirms an strenghens the principie, supposed
to be assentia[ to all written constitutions, that a law repugnant to the Constitution
is void; and that courts, as well as other departaments, are bound by that
instlUment. The rule must be discharged."
10- Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Curso de Direito Constitucional, 12" ed., São
Paulo, Ed. Saraiva, 1983, p. 37.
14- Arg. de Inc. n° 594.009219, Tribunal Pleno, rei. Des. Alfredo G. Englert,
2l.ll.l994.
22- Ação Declaratória de Constitucionalidade n• 1-1, STF, Relator Min. Moreira Alves,
DJU de 06.12.1993, p. 26.598.
23 - Gabriel Rezende Filho, Curso de Direito Processual Civil, 8" ed., São Paulo, Ed.
Saraiva, 1968, vol. li, p. 117.
24- Celso Ribeiro Bastos, Curso de Direito Constitucional, 3" ed., São Paulo, Ed.
Saraiva, 1980, p. 59.
30- Celso Ribeiro Bastos, Curso de Direito Constitucional, 3" ed., São Paulo, Ed.
Saraiva, 1980.
31 - Rosah Russomano, Curso de Direito Constitucional, 2"ed., São Paulo, Ed. Saraiva,
p. 296.
32- Idem.
35- Correspondente, hoje, à alínea ''a", inciso I, do art. 102, da Constituição Federal.