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COMUNICAÇÃO, COMPREENSÃO E
INTERPRETAÇÃO
Marília Rodrigues Mazzola
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Olá!
Você está na unidade Comunicação, compreensão e interpretação. Conheça aqui os elementos da
comunicação e as funções da linguagem. Aprenda o que é ler, saiba compreender e interpretar textos e entenda o
que está implícito em um texto, quais são seus pressupostos e subentendidos, diferenciando-os das inferências.
Por fim, também estude o texto jurídico e suas especificidades, aprendendo sobre o seu vocabulário: homônimos,
parônimos denotação, conotação, arcaísmos, latinismo e recursos gráficos (aspas, etc, sic).
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1 Elementos da comunicação
Seja qual for o tipo de comunicação, pode-se afirmar que sempre haverá algo a ser transmitido. E também
Mas para que o processo comunicativo seja realmente efetivo, alguns elementos são necessários por condicionar
a própria realização da comunicação nas relações sociais. De acordo com Setti (201?), há 6 elementos envolvidos
no processo comunicativo:
Assista aí
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Emissor
Receptor
Mensagem
Canal
Código
Referente
A ênfase dada a cada um desses elementos do processo comunicacional influencia a análise da própria
comunicação. Afinal, está é uma interação aberta e há diferentes ângulos para se analisar o processo
comunicativo, segundo os elementos nele envolvidos. Uma propaganda que tenta convencer o receptor a
adquirir determinado produto, por exemplo, terá uma linguagem diferente de um soneto.
Estudar os elementos pertencentes à comunicação permite que se controle melhor os possíveis resultados
esperados com a emissão de uma mensagem. Por isso, vamos nos ater a cada um deles.
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Assista aí
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1.1 Emissor
Como vimos, o emissor é aquele que emite uma mensagem. Também pode ser chamado de fonte e pode ser uma
instituição, um indivíduo, uma empresa e qualquer um que produza informação. No âmbito jurídico, por exemplo
, “é o sujeito ativo (autor) que provoca a máquina judiciária”, conforme ensina Gonçalves (apud REOLON, 2010, p.
185).
O emissor, no entanto, não é tudo na comunicação. A importância do destinatário também está no mesmo
patamar e precisa ser levada em conta. Afinal, o processo de comunicação ocorre tanto na codificação da
informação feita pelo emissor, como também na decodificação dada pelo receptor.
1.2 Receptor
Se a informação é produzida por alguém (emissor), então ela também precisa ser enviada a outrem. Esse outrem,
portanto, é o receptor que a recebe, o destinatário. Na linguagem jurídica, trata-se do polo passivo e, portanto,
Assim como o emissor, o receptor também pode ser uma empresa, uma pessoa, etc. Ele se apropria da mensagem
Assista aí
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1.3 Mensagem
A mensagem, por sua vez, nada mais é do que o conjunto de informações transmitidas pelo emissor. Pode-se
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1.4 Canal de comunicação
Se há uma informação transmitida, partindo de um emissor em direção a um receptor, então também é preciso
um meio para que ela possa ser conduzida. Esse transporte da informação ocorre através do canal de
comunicação.
O canal de comunicação é o elemento que conduz a mensagem e a transmite. É, portanto, o meio que possibilita a
transmissão e o fluxo da mensagem (REOLON, 2010, p. 185). No fluxo da comunicação, o emissor (ou
codificador) transforma a mensagem em sinais e o receptor (ou decodificador) reconstrói seu significado, na
outra ponta.
O envio de qualquer mensagem sempre é feita por meio de sinais e signos que são enviados do emissor ao
receptor por meio de um conduite, ou, simplesmente, canal de comunicação. Um exemplo de canal de
1.5 Código
A forma como a mensagem é transmitida se configura como o elemento da comunicação chamado de código. O
código, portanto, é a
convenção pré-determinada ou definida (a língua, por exemplo), pelo emissor e receptor, de modo a
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1.6 Referente
O ato comunicativo precisa de um contexto para que possa ocorrer de forma fluida, sem ruídos. Este contexto é
chamado de referente. Trata-se, basicamente, do próprio assunto da mensagem, por meio do qual se integram os
dados e o contexto.
O referente, portanto, leva em conta tudo que está relacionado a mensagem. Por isso,
influenciadas pelos objetos reais, situação do local, sensibilidade do receptor e outras circunstâncias
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2 Funções da linguagem
É a partir da comunicação que se realizam interações, que se demonstram objetivos e intuitos e que se dá
sentido às coisas no mundo. Toda comunicação tem relevância e função, mesmo quando se tratar de um mero
Como visto, a ênfase dada aos elementos comunicativos definirá a análise feita acerca do processo de
comunicação. Roman Jakobson (1986-1982) foi um linguista russo responsável pelo desenvolvimento da função
da linguagem. Para ele, a comunicação vai muito além da mera transmissão de informações.
Sendo assim, pode-se dizer que as funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam, cada qual, abordando
um diferente elemento da comunicação. Assim, em cada ato comunicativo e dependendo da finalidade que ele
contexto. Isso porque, nessa função de linguagem, o foco é a necessidade de se transmitir dados, de maneira
objetiva e direta e sem apresentar opinião pessoa. A linguagem, portanto, é direta, denotativa.
A função cognitiva se prende à elaboração do texto a partir dos referentes, ou seja, levando em consideração os
elementos contextuais que estão fora da linguagem, mas a que a linguagem remete. Uma mensagem irá
apresentar essa função quando estiver orientada para o referente. O objetivo, portanto, é informar o receptor.
Um exemplo de função cognitiva são os textos científicos, que colocam os fatos em evidência e trabalham em
terceira pessoa, na voz passiva. Por se tratar ainda de uma função de linguagem predominante, pode ser vista em
variados tipos de textos, inclusive no jurídico que referencia ideias, argumentos e pedidos, por exemplo.
Nos textos em que prevalece a função referencial, a mensagem está centrada no referente, ou seja, naquilo de
que se fala;
Nos textos em que prevalece a função referencial, as frases são estruturadas na ordem direta, evitando assim
inversões na estrutura sintática das orações que possam prejudicar o entendimento da mensagem.
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2.2 Função emotiva
A função emotiva também é conhecida como função expressiva e, diferente da cognitiva, seu destaque está no
remetente. Nesse sentido, a comunicação trata de sentimentos, opiniões e emoções, pois o que se destaca é o
mundo interior daquele que transmite a mensagem: ele fala de si e expressa um ponto de vista próprio.
Assim, os textos que exploram essa função são pessoas, subjetivos. O discurso é construído na primeira pessoa e
traz marcas gramaticais como reticências, aspas, etc. Um exemplo muito comum são as biografias e as cartas de
amor.
Por isso, as principais características da função referencial, segundo Perez (2012), envolvem:
falante;
adjetivos valorativos;
Sendo assim, a função emotiva predomina em poemas e escritos literários. No entanto, pode estar presente
também em qualquer texto, até mesmo em uma sentença judicial. Veja, por exemplo, como uma juíza de Direito
de Cambuí (MG) fez para negar indenização a um homem que alegou comprar uma falsa picanha no
supermercado:
Vou lhe contar um fato, que é de arrepiar! O homem foi ao supermercado, para picanha comprar. Iria
de um churrasco participar. Comprou picanha fatiada, quis economizar! Na festa foi advertido, o tira-
gosto estava duro, comentou após ter comido. Seu amigo atestou, não era picanha não! Bora
reclamar, para não ficar na mão. A requerida recusou, não quis a carne trocar. Por tal desaforo,
resolveu demandar. Queria danos morais, como forma de enricar e picanha verdadeira comprar”
(MIGALHAS, 2018).
Vale ressaltar, porém, que em textos argumentativos, dado seu caráter objetivo, o uso da função emotiva deve
ser evitado.
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2.3 Função conativa
Na função conativa, ou função apelativa, o elemento de destaque dessa função é o destinatário, uma vez que a
ideia central é influenciá-lo. Por isso, costuma-se usar a segunda e terceira pessoa em uma linguagem vocativa e
Fique de olho
É comum uma mensagem apresentar mais de uma função da linguagem, fazendo com que uma
predomine sobre a outra. No universo da propaganda, por exemplo, as funções de linguagem
são primordiais para atingir um objetivo, que costuma ser a venda de um serviço ou produto.
Assim, a depender do público-alvo que se busca atingir, haverá o uso de mais de uma função de
linguagem. Por exemplo, a publicidade para crianças utilizada diversos recursos, tais como
figuras, cores, símbolos e personagens.
A função fática tem como destaque o canal de comunicação e as maneiras de testá-lo. Por isso, os exemplos mais
comuns da função fática são conversas monossilábicas e pequenas expressões como “alô”, “tudo bem” e “boa
A ideia principal dessa função de linguagem é estabelecer um contato entre emissor e receptor, para verificar se
há um possível ruído nesse processo comunicacional. Por isso, ela é muito comum em redes sociais,
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2.5 Função poética
A função poética tem como destaque a mensagem. Os textos exploram a função poética, a afetividade, a
linguagem conotativa e o uso de metáforas. As palavras (e suas combinações) são valorizadas ao extremo.
Segundo Perez (2012), o centro de interesse da comunicação na função poética é o próprio texto e, por isso,
alguns recursos são utilizados para chamar a atenção do destinatário para a mensagem. Forma e conteúdo
ganham um novo arranjo para provocar no leitor o prazer estético. Recursos como efeitos sonoros e rítmicos,
além do uso das diversas figuras de linguagem, colaboram na tentativa de deslocar a mensagem de uma
Alguns exemplos de textos que utilizam da linguagem figurada são as obras literárias, as letras de música,
algumas propagandas. A função poética também é muito utilizada em poesias, no qual há destaque para a
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2.6 Função metalinguística
A função metalinguística tem como destaque o código ou a língua. Isso porque se trata de uma função de
linguagem muito comum no cotidiano, quando há, por exemplo, a retomada de um assunto anteriormente
A função metalinguística da linguagem está presente em diversos gêneros textuais e também no cinema, nas
artes plásticas, etc. Os textos que a exploram colocam o código em destaque, como, por exemplo, os dicionários,
as gramáticas e os textos que analisam outros textos, as poesias que abordam o assunto poesia.
Para Jackobson (apud PEREZ, 2012), todo processo de aprendizado da linguagem, particularmente a aquisição,
pela criança, da língua materna, faz largo uso das operações metalinguística. Isso ocorre porque o processo de
conhecimento da uma língua envolve perguntas sobre o próprio código, para sua compreensão e entendimento.
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3 Compreensão e interpretação de textos
Como visto na unidade 1, significação é o processo de construção do significado com o uso de signos. Para que
a necessidade de interpretar diz respeito a que um signo não significa por si mesmo. Ele é significado
no contexto do uso que se faz dele: em um código e em uma situação. As condições que você tem
para interpretar o que está lendo individualmente são diferentes das condições que teria se estivesse
Para Bessa (2006), sem a transformação que as pessoas fazem de signos para outros signos e de códigos para
outros códigos, na busca da significação, não há interpretação (BESSA, 2006, p. 41). Assim, pode-se afirmar que
Segundo os estudos semióticos, surgem três tipos de signos a partir das operações dialógico-comunicativas. O
entendimento de receptor e emissor permite a tradução de signos através de outros signos. No entendimento de
De semelhança
Por exemplo, quando se quer significar um pássaro, pode-se falar p-á-s-s-a-r-o. Se o interlocutor não entende a
palavra falada, pode-se, então, desenhar um pássaro. O desenho é um tipo de signo (representação) criado por
semelhança com o referente (um pássaro). Assim também a fotografia, a escultura na maioria das vezes e as
pinturas que retratam paisagens, pessoas e objetos são signos interpretados por semelhança. Esses signos são
chamados de ícones.
De contigüidade ou interpretação por associação de um objeto a outro, mesmo que eles não sejam
semelhantes
Por exemplo: a fumaça como signo de fogo; a nuvem como signo de chuva. Fumaça e nuvem não significam fogo e
chuva por semelhança, mas porque a presença de um indica o outro. Por isso esses signos são chamados de
índices.
De contigüidade instituída, que é a criação de signos por convenção
O uso destes signos depende da instituição de regras de uso. Eles são chamados símbolos. Como exemplos
podemos citar as palavras da linguagem oral e da linguagem escrita (exceto quando imitam sons da natureza,
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como nas onomatopéias: bééé! Coach! Buuu!). Os símbolos, assim como os índices, não têm semelhança com os
seus referentes. Ou você acha que a palavra “cadeira” se parece com uma cadeira? E a palavra “palavra”, se parece
com o que?
O que se conclui é que signos, sozinhos, nada significam. É o que se faz da intepretação ou significação deles que
se cria a mensagem.
E como esse processo de interpretação e significação depende do receptor, então, a mensagem recebida pode ser
#PraCegoVer: Na imagem, dois indivíduos trocam informações entre si. A interpretação da fala do emissor pelo
Portanto, pode se constatar, é preciso compreender os signos para interpretar. Só assim, o receptor pode
desenvolver uma visão crítica a respeito dos fatos e da mensagem que lhe foi transmitida.
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3.1 O que é ler?
A leitura é uma operação sobre o código escrito. Como ensina Paulino et al (apud Hillesheim et al, 2011, p. 307):
A etimologia da palavra ler - do latim legere - tem vários níveis de significados: contar/enumerar as
O segundo nível - colher - refere à noção de algo já pronto, na qual existe um sentido
Por fim, o último nível - roubar - implica subversão, clandestinidade: "não se rouba algo com
conhecimento e autorização do proprietário, logo esta leitura do texto vai se construir à revelia do
A leitura é, então, uma atividade cognitiva. Trata-se de uma operação complexa, que necessita de habilidades por
ainda compreensão da linguagem oral (Gough & Tunmer, 1986 apud COELHO, CORREA, 2017).
Uma primeira noção de leitura como uma ação que se dá a partir de algo preexistente: o sentido já está dado e
basta ao leitor, a partir da aquisição de determinadas competências, compreendê-lo. Nesta perspectiva, a leitura
é concebida como um processo passivo, que depende exclusivamente da capacidade de apropriação do leitor das
Enfim, o ato de ler influencia a todos e, assim, contribui com o desenvolvimento geral do indivíduo.
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4 Compreensão e interpretação de textos
Como pode-se perceber, para se viver em sociedade é preciso ler. Ler permitirá com que o indivíduo se
transforme em um sujeito cultural, influenciando a realidade em que vive. Por outro lado, ler também é
interpretar.
Embora decifrar o código permita a compreensão do conteúdo de uma mensagem em um primeiro momento,
Segundo Hillesheim et al (2011, p. 308) “compreender e decifrar não são equiparáveis. Assim, não é suficiente,
por exemplo, conhecer os significados das palavras de um texto para compreendê-lo, sendo que se faz
A atividade de leitura, na fase primária, nada mais é do que a criptografia: quando a pessoa apenas percebe o
Mas, segundo o modelo hermenêutico, é necessária a interpretação da mensagem. Seria a segunda fase da
considerando-se o sinal, mas indo além do que uma simples decodificação. Nessa ótica, um mesmo
sinal pode adquirir diferentes sentidos para distintos intérpretes ou para o mesmo intérprete em
diferentes circunstâncias. Neste modelo é um equívoco falar em códigos, visto que, mesmo supondo
que estes existam, considera-se que a escolha do código a utilizar é determinada pelo intérprete e
pelos seus propósitos. A atividade do intérprete, neste caso, é de criação e não de descoberta.
Ler também implica o pensamento do outro, pois há um diálogo entre o leitor e o texto que envolve o emissor da
A compreensão é uma habilidade metacognitiva. Para ler e compreender narrativas, “é preciso controlar a
compreensão, detectando inconsistências e corrigindo-as, para que o texto faça sentido, desde o nível elementar,
que envolve habilidades de decodificação, aos níveis mais complexos” (COELHO, CORREA, 2017, p. 46).
representação, segundo o Modelo de Processamento de Texto, proposto por Kintsch & van Dijk (1978), sobre o
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A forma de processamento refere-se à maneira como as informações são transformadas em ideias,
por meio das proposições, e a forma de representação diz respeito à construção da representação do
texto em três níveis: a representação da estrutura de superfície, que opera no nível linguístico
(decodificação), a representação do texto base, na qual são inseridas as relações semânticas entre os
diferentes componentes e partes do texto, tanto em nível local (microestrutura), quanto global
oriundas da base textual, aquelas originadas e adicionadas pelo conhecimento prévio do leitor,
incluindo aí, seu conhecimento sobre os diversos tipos e gêneros textuais (Kintsch & Rawson, 2013
A busca da compreensão é feita pela construção (tanto de uma representação do significado, como do texto-
base), quanto pela ativação, na memória, dos conhecimentos prévios pertinentes do leitor, que são integrados ao
A partir de agora, passa-se a explorar alguns elementos linguísticos importantes para a compreensão e
4.1 Implícitos
Para que a leitura seja efetiva, deve o leitor possuir conhecimentos linguísticos e também do próprio mundo.
Somente munido desses dois conhecimentos, pode ele fazer a devida interpretação de uma mensagem, daquilo
que é perceptível superfície textual, e também do que se encontra em um nível mais profundo.
Essa decodificação, que envolve o domínio do código e do mundo, permite uma atribuição de sentido ao texto,
lendo-o e compreendendo-o.
Como ensinam Fontana e Schuster (2016, p. 192), “os sentidos muitas vezes não se encontram na superfície do
texto, mas se constroem por meio de elementos nele expressos (o dito) bem como por meio dos presentes em
É o que a doutrina chama de implícitos. Os implícitos podem ajudar na construção de um ponto de vista (do
emissor) e servem também como proteção dele. Assim, auxiliam na atividade argumentativa. Segundo a
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4.2 Pressupostos
Pressupostos são ideias não manifestadas de maneira explícita. Quando implícitos, os temas e matérias se
processam a partir de uma palavra ou expressão (um marcador linguístico). Estão presente no texto e na fala.
O pressuposto, portanto, não depende do contexto. Isso porque as informações decorrem do que está marcado
linguisticamente.
Segundo Platão e Fiorin (apud FRANÇA, 2012, p. 67), pode-se definir pressupostos como “ideias não expressas
de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase”.
• Certos advérbios
Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós (pressuposto - os resultados já deviam ter
• Certos verbos
• Orações adjetivas
Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo (pressuposto -
• Adjetivos
Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil (pressuposto - existem partidos radicais no
Brasil).
O emprego de pressupostos auxilia na atividade argumentativa. Eles introduzem um assunto, e assim, “o ouvinte
é transformado em cúmplice, uma vez que a ideia que foi colocada implicitamente no texto não é posta em
discussão, ela simplesmente é colocada como se fosse aceita por todos” (FONTANA; SCHUSTER, 2016, p. 195).
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4.3 Subentendidos
implícita veiculada por um falante, cuja atualização depende da situação de comunicação. É, então, uma
São, portanto, inferências tiradas do contexto. O receptor precisa de um raciocínio para justamente compreender
a mensagem. Assim, o subentendido depende do ouvinte, que deve se fazer uma série de perguntas para buscar
O subentendido “na maioria das vezes, é usado pelo falante como proteção, ou seja, para poder transmitir a
informação que deseja ou que quer que seja de conhecimento de outros sem se comprometer. Portanto, “o
subentendido diz sem dizer, sugere, mas não diz” (FIORIN & SAVIOLI apud FONTANA; SCHUSTER, 2016, p. 196).
Desta forma, pode-se afirmar que o subentendido é a decodificação de sentido pelo destinatário da mensagem.
4.4 Inferências
Segundo a doutrina especializada, “inferências são proposições que derivam, por alguma regra específica, de
Elas se baseiam no conhecimento linguístico e do mundo, pois permitem que o receptor complete a lacuna
existente na mensagem através desses dois saberes. Assim, o receptor processa a informação da mensagem, ao
escolher um signo que melhor se adequar à lacuna e verifique a pertinência da sua utilização.
No caso de um texto escrito, as palavras podem ser inferidas no próprio texto (inferências intratextuais), ou no
conhecimento prévio do leitor (inferências extratextuais), conforme ensinam Coelho e Correa (2017).
Pode-se destacar ainda as inferências pragmáticas, que trata de um signo não explicitamente posto, ou seja, que
não constituía o objeto da mensagem, mas que se compreender pela formulação da mensagem,
Fique de olho
No que tange à implícitos e inferências, Meneses ensina (2012) que há um princípio geral
denominado princípio de cooperação que determina que os interlocutores devem se mostrar
cooperativos, contribuindo para construir o sentido do texto de acordo com o objetivo ou
orientação imposta pelo intercâmbio verbal no qual participam.
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5 O texto jurídico e suas especificidades
Como já visto anteriormente, o texto é uma construção de significados, uma estrutura que modela as frases para
que não fiquem soltas e possam manter o seu significado primitivo autônomo. Afinal, “num texto, o sentido de
uma frase é dado pela correlação que ela mantém com as demais” (Fioin apud FONTANA; SCHUSTER, 2016, p.
192).
Cada ciência possui sua linguagem própria, que deve ser dominada para a pratica profissional efetiva (WAGNER,
2008, p. 161). Assim, a busca de coerência entre o escrito e o compreendido ganha ainda maior importância no
texto jurídico, pois há especial necessidade de compreender e bem utilizar a palavra escrita e a linguagem,
Quando o leitor entra em contato com o texto, a maior dificuldade é encontrar a unidade existente dentre tantos
significados. Isso ganha ainda maior proporção diante de um texto técnico, como o jurídico.
Segundo WAGNER (2008, p. 161), a linguagem jurídica é a linguagem profissional mais antiga que se conhece. É
#PraCegoVer: A imagem mostra livros de legislação e Direito ao lado de um martelo, símbolo da Justiça.
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Assim como outras ciências, o Direito possui linguagem própria, com vocabulário especial, de difícil
compreensão. Então, há a necessidade de precisão dos conceitos, para muitos dos quais dificilmente se
Para isso é importante conhecer alguns elementos da língua portuguesa que impactam o texto jurídico.
5.1 Homônimos
Segundo Bechara (2009, p. 333) homonímia é “propriedade de duas ou mais formas, inteiramente distintas pela
significação ou função, terem a mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas, dispostos na mesma ordem e
Existem ainda homônimos que se escrevem com as mesmas letras mas correspondem a fonemas distintos.
Há ainda a homonímia da língua escrita, quando os fonemas são iguais mas as palavras possuem grafia e
significados diversos. Por exemplo: “coser ‘costurar’; cozer ‘cozinhar’; expiar ‘sofrer’; espiar ‘olhar
sorrateiramente’; sessão ‘ato de assistir’; cessão ‘ato de ceder’; cela ‘quarto para enclausuramento’; sela ‘peça de
A homonímia pode ser confundida com a polissemia, que é a existência de mais de um sentindo para uma
Segundo Bechara (2009, p. 333), “têm sido propostos alguns critérios para aclarar se se trata de uma mesma
palavra com dois ou mais significados diferentes (polissemia) ou de duas palavras distintas com idênticos
fonemas (homonímia)”:
Mesmo diante da existência de homônimos, a comunicação ainda é possível em razão do contexto, que trará o
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5.2 Parônimos
São palavras parecidas na forma, mas que possuem diferentes significados. Segundo Wagner (2008, p. 165):
denominam-se parônimas as palavras de sentido diverso, mas que se aproximam pela forma gráfica
ou mesmo pelo som. Tal afinidade pode suscitar confusões, gerar equívocos e levar a situações
Os parônimos possibilitam impropriedade lexicais e erros que ocorrem quando uma palavra usada não era
adequada para aquele contexto. Existem vários parônimos na língua portuguesa, e alguns deles, relacionados à
área jurídica são trazidos por Wagner (2008), como é o caso de tráfico (comércio ilegal) e tráfego (trânsito).
O profissional de Direito deve aprimorar sua linguagem, de sorte a não realizar trocas impensadas de palavras. O
ideal é ajustar com precisão crescente as palavras às ideias, nomeando o pensamento de maneira lógica e
5.3 Denotação
Denotação é a significação objetiva da palavra; é a palavra em estado de dicionário. Além do sentido referencial,
literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que podem ser apenas sugestivos,
a linguagem denotativa é aquela que deve nortear os petitórios, sendo exteriorizada por meio do
idioma nacional. Com efeito, é patente a imprescindibilidade do uso do idioma nacional nos atos
processuais, além de corresponder a uma exigência que decorre de razões vinculadas à própria
soberania nacional, como projeção caracterizadora da norma inserida na Constituição Federal, art.
13, caput, que proclama ser a Língua Portuguesa o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
Assim, a linguagem denotativa reflete o mundo, a realidade objetiva. Por isso, no texto jurídico deve prevalecer a
denotação.
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5.4 Conotação
Conotação é a significação subjetiva da palavra. Ocorre quando ela evoca outras realidades devido às associações
que provoca.
Segundo Sabbag (2014, p. 1), a conotação é a linguagem figurativa que alcança o mundo subjetivo, diferente da
realidade posta. Designa tudo o que o termo possa avocar, com interpretações diferentes e múltiplas,
dependendo do contexto que se conferir. Por meio da linguagem conotativa, transcende-se a realidade.
Ao utiliza-la no texto jurídico, e face a sua implicação de sentidos figurativos ou subjetivos, pode-se criar
dubiedade no texto, razão pela qual seu uso deve ser evitado.
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5.5 Arcaísmos
Os arcaísmos são representados por palavras e expressões que, por diversas razões, saem de uso e acabam
esquecidas por uma comunidade linguística, embora permaneçam em comunidades mais conservadoras, ou
uma forma léxica ou uma construção sintática pertencente, numa dada sincronia, a um sistema
lingüísticos. Em particular, existem formas que só pertencem aos locutores mais velhos; estas serão
um termo pertencente a um estado de língua antigo e não mais usado na língua contemporânea; o
arcaísmo faz parte do conjunto de desvios entre a língua padrão e a comunicação literária.
Para alguns estudiosos os arcaísmos são vícios de linguagem. Ainda, segundo Bulhões (2006, p. 92):
caso o texto por inteiro acompanhasse tal estilo de linguagem, como ocorre, por exemplo, na escrita
poética. Se o termo aparece no texto isoladamente, em desarmonia com o contexto, causa uma falsa
sensação de erudição, além de ocasionar um ruído comunicacional por meio do afastamento do foco
da atenção por parte do destinatário da mensagem, e, até mesmo, o insucesso da comunicação em si,
ao ocasionar uma possível incompreensão por parte do remetente do conteúdo dessa mensagem.
Exemplos de arcaísmos jurídicos são expressões tais como “Pretório Excelso” (significando a máxima instância,
5.6 Latinismo
O latinismo pode ser considerado como uma forma de enfeite, um ornamento para uma peça jurídica. É muito
comum de encontrar nos textos da área e os mais comuns são a quo (que significa recorrido) e ex vi legis
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5.7 Recursos gráficos
Segundo Wagner (2008, p.163) “o ato comunicativo jurídico não se faz apenas como linguagem enquanto língua
(conjunto de probabilidade linguísticas postas à disposição do usuário), mas também, como discurso, o
Por isso, a combinação de letras e de sinais gráficos nas peças processuais é tão importante quanto a mensagem
a ser transmitida. O uso das aspas seria um exemplo. Nos textos jurídicos José Maria da Costa (2005, p. 1/2)
coloca:
1) Do gótico "haspa", também conhecidas por comas ou vírgulas dobradas (às vezes em forma de
cunhas), são sinais (" " ou ' ') com que, normalmente, se abrem e fecham citações, sendo bastante
2) Quando, dentro do trecho já entre aspas, há necessidade de novas aspas, estas são simples.1 Ex.:
Deu nos jornais: "O articulista defende, como forma de melhoria nas relações jurídicas, uma assim
3) Se o sinal de pontuação pertence à citação, fica ele dentro das aspas, como o ponto de interrogação
4) Se, porém, pertence o sinal de pontuação ao autor, fica ele depois das aspas, como é o caso do
ponto final no seguinte exemplo. Ex.: Como já dizia Hipócrates, traduzido por Sêneca, "a arte é longa,
e a vida é breve".
5) Nas palavras de Celso Cunha, "quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que
se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas
uma parte da proposição; quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou
6) Para Luiz Antônio Sacconi, "o ponto vem após as aspas", se "não foram estas que deram início ao
período". Ex.: Napoleão disse: "Do alto destas pirâmides quarenta séculos vos contemplam".
7) Complementa, todavia, tal autor com a observação de que "as aspas aparecem depois da
pontuação somente quando abrangem todo o período". Ex.: "O Brasil espera que cada um cumpra o
seu dever."3
8) Interessante lembrete ainda vem do mesmo gramático acerca dos trechos de outros autores,
empregados, por exemplo, na elaboração dos arrazoados jurídicos: "se a citação ou a transcrição não
começar com a palavra inicial, colocar-se-ão reticências logo após a abertura das aspas. Da mesma
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forma, devem ser usadas as reticências no final, antes do fechamento das aspas, se a intenção é não
9) A esse respeito, assim se expressa Josué Machado: "Quando a pausa coincide com o final da
expressão ou sentença que se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois
delas, se encerram apenas uma parte da proposição; quando, porém, as aspas abrangem todo o
período, sentença, frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas".5
10) Ainda para a ordem de colocação entre as aspas e o ponto, Cândido de Oliveira estabelece duas
regras:
a) "Primeiro ponto final e por último aspas, se toda a declaração (o período inteiro, da maiúscula
b) "Primeiro aspas e depois ponto final, se somente a parte derradeira do período receber aspas".6
11) As palavras e expressões estrangeiras, de igual modo, devem vir entre aspas, permitindo-se
também explicitar tal circunstância com o uso de grifo equivalente, sublinha, itálico ou negrito. Ex.:
12) Veja-se, nesse sentido, o ensino de Eduardo Carlos Pereira em corroboração ao fato de que se
13) Artur de Almeida Torres também observa a possibilidade de emprego das aspas, "quando se
deseja chamar a atenção do leitor para certos vocábulos que devem ser postos em evidência: Aquele
'sim' me confortou".8
14) Ensina, ainda, Luciano Correia da Silva que "não se usam aspas nas atribuições nominais ou dos
epônimos: Fundação Roberto Marinho, Rodovia Castelo Branco, EEPSG Horácio Soares, Fundação
15) Em critério aparentemente diverso, todavia, em outra passagem, manda que se usem tais sinais
"em nomes de livros, jornais, obras de arte...", como, por exemplo, "Folha de S. Paulo".9
16) Ultime-se com a observação de Hêndricas Nadólskis e Marleine Paula Marcondes Ferreira de
Toledo no sentido de que, em tais hipóteses, em vez de empregar aspas, pode-se optar pelo destaque
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17) No caso da consulta, o ideal seria observar a questão das aspas duplas e aspas simples, com o
acréscimo de que, ante o elemento complicador dos nomes dos órgãos de imprensa, sejam eles
"Eu falei: 'Mas me importa a restauração da minha honra. A Veja está fazendo um verdadeiro
linchamento.' Ele respondeu: 'Roberto, na Veja não tenho nenhuma ação, porque a Veja é tucana'. Eu
falei: 'Mas O Globo e a Globo estão repetindo o linchamento.' Ele falou: 'No Globo eu falo por cima. Dá
para segurar.' Retirar a assinatura foi o meu maior erro. Depois que fiz isso, recrudesceu o noticiário
contra o PTB. Eu entendi que foi uma armadilha do Zé Dirceu para mim. Recrudesceu o noticiário, e
2) De acordo com ensinamento de Vitório Bergo, é latinismo que, geralmente, se encontra entre
parênteses, "para indicar que um trecho transcrito não foi alterado, mas se apresenta textualmente,
3) Para Luiz Antônio Sacconi, tal vocábulo tem por função "demonstrar a fidelidade de algum trecho
4) No conceito de Domingos Paschoal Cegalla, constitui "latinismo que se coloca entre parênteses,
após uma palavra ou citação, para indicar que são autênticas, embora erradas ou estranhas".3
5) Não destoa desse ensino Napoleão Mendes de Almeida: "Palavra latina que significa assim.
Emprega-se entre parênteses, antes ou depois de uma citação, para indicar que o original vai ser ou
foi reproduzido fielmente, com as mesmas palavras, como foram proferidas ou escritas".4
6) Em termos técnicos, usa-se com muita freqüência antes, no meio ou depois de uma citação, para
indicar que houve fiel reprodução do original, com as mesmas palavras, conforme foram escritas
(geralmente para eximir a quem cita da responsabilidade atinente a algum erro de grafia ou de
sintaxe). Ex.:
a) "Registrava textualmente a sentença que 'as testemunhas, talvez por medo ou coação, não
deporam ("sic") nos termos previstos pela legislação civil em vigor'" (o correto é depuseram);
b) "Qualquer mudança deve vigir ("sic") apenas a partir de 2002" (o correto é viger).
oficial indicador das palavras existentes em nosso idioma, registra-o com a especificação de se tratar
de advérbio latino.5
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8) Assim, por se tratar de palavra pertencente a outro idioma, há de vir entre aspas, em negrito,
itálico, com sublinha ou grifo equivalente, indicador de tal circunstância (COSTA, 2007, p. 1 e 2).
O que se verifica é que a comunicação, a leitura, e a intepretação de textos são habilidades essenciais para o
mundo jurídico, uma vez que a leitura e a produção de textos técnicos, com suas especificidades exige do
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender os elementos da comunicação: emissor, receptor, mensagem código canal e referente;
• conhecer as diferentes funções da linguagem: expressiva, poética, conativa, fática e metalinguística;
• aprender sobre o ato da leitura e a necessidade de interpretação da mensagem;
• conhecer as diferenças entre implícitos, pressupostos, subentendidos e inferências;
• verificar as particularidades do texto jurídico: latinismos, arcaísmos, recursos gráficos, homônimos,
parônimos, conotações e denotações.
Referências
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. Disponível em: <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4198645/mod_folder/content/0/2%20Bibliografia%20de%
2019.
BESSA, D. D. Teorias da comunicação. Brasília: Universidade de Brasília, 2006. Disponível em: <http://portal.
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