2
Olá, pessoal, sejam bem-vindos a mais um e-Book
produzido pelo Guia da Engenharia!
3
[ 06 ] introdução a projetos [ 100 ] superlargura
rodoviários
4
Meu nome é Dandara Viana e, a partir de agora, eu irei te
acompanhar nessa pequena jornada de conhecimento sobre
estradas.
Aproveite a leitura!
5
“O projeto de uma estrada é
algo amplo e que exige uma
série de etapas que devem
ser executadas de maneira
cuidadosa, de modo a
minimizar ao máximo o risco
de acidentes.”
1
6
introdução a projetos
rodoviários
Boa leitura!
Elementos de uma estrada
7
Agora, iremos lhe apresentar alguns dos principais
elementos de uma estrada, que serão citados no decorrer do
texto.
Elementos geométricos
Axiais
Planimétricos
8
• Greide: é a linha formada pelo perfil de projeto;
9
• Talude: plano do terreno inclinado, cuja função é
garantir a estabilidade de um corte e de um aterro (se
corte: H=2 e V=3, se aterro: H=3 e V=2);
• Cota vermelha: diferença entre a cota de projeto e a
cota do terreno natural (se positiva: aterro, se negativa:
corte).
1 Escolha do trecho
3 Projeto geométrico
12
O projeto de terraplenagem, que é a etapa seguinte, é onde
se calculam as cotas de projeto de todas as estacas (eixo), das
bordas e dos off-sets do lado direto e esquerdo da estrada.
15
curva horizontal
simples
16
curvas horizontais do tipo simples e ainda aprenderemos
como realizar o estaqueamento de um trecho curvo de um
projeto rodoviário.
17
Para começarmos a entender o projeto de curvatura de uma
estrada, iremos agora conhecer os elementos componentes
da curva horizontal simples.
Onde:
• PC é o ponto de curvatura;
• T é a tangente externa;
• PI é o ponto de interseção das tangentes;
• Δ é o ângulo de deflexão;
• AC é o ângulo central da curva;
• E é o afastamento da curva;
• c é a corda;
18
• d é a deflexão sobre as tangentes;
• D é o desenvolvimento da curva;
• PT é o ponto de tangência;
• Gc é o grau da curva;
• AC é o ângulo central da curva;
• R é o raio da curva circular;
• O é o centro da curva.
Ângulo de deflexão
Ponto de curvatura
Onde:
• PC é o ponto de curvatura (m);
• PI é o ponto de interseção das tangentes (m);
• T é a tangente externa (m);
Ponto de tangência
21
Tangente externa (T), neste caso, representa os segmentos de
reta que vão do PC ao PI ou do PI ao PT. T é, então, calculado
por:
Tangente externa
AC
T=R.tg
2
Onde:
• T é a tangente externa (m);
• R é o raio da curva circular (m);
• AC é o ângulo central da curva (graus).
Desenvolvimento da curva
R.AC.π
D=
180º
Onde:
• D é o desenvolvimento da curva (m);
• AC é o ângulo central da curva (graus);
• R é o raio da curva circular (m);
• π é uma constante ≅ 3,1416.
Grau da curva
c
Gc=2.arcsen
2.R
Onde:
• Gc é o grau da curva (rad);
• c é a corda (m);
• R é o raio da curva circular (m).
Corda
R<150 5
150≤R<300 10
R≥300 20
Deflexão sobre as tangentes
24
A deflexão sobre as tangentes (d) é o ângulo formado entre
a linha que liga PC a um ponto e a tangente que passa por
PC e é calculada por:
Gc
d=
2
Onde:
• d é a deflexão sobre as tangentes (rad);
• Gc é o grau da curva (rad).
25
multiplicando sua distância (em relaçaõ a PC) por d .
m
d
dm =
c
Onde:
• d é a deflexão sobre as tangentes por metro
m
(rad/m);
• d é a deflexão sobre as tangentes (rad);
• c é a corda (m).
E é o afastamento da curva
Afastamento da curva
1 AC
E=R -1 =T.tg
cos(AC/2) 4
Onde:
• E é o afastamento da curva (m);
• R é o raio da curva circular (m);
26
• AC é o ângulo central da curva (rad);
• T é a tangente externa (m).
Exemplo prático
Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita
determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal
simples, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20
m, o ponto de interseção está localizado na estaca 100+7,40 m, o
ângulo central é 30° 20’ 00” e o seu raio de curvatura mede 295
m.
RESOLUÇÃO:
27
Para o cálculo da tangente externa faremos uso apenas do
raio e do ângulo central pela fórmula abaixo:
AC
T=R.tg
2
30° 20'00"
T=295.tg =79,96 m
2
30º20'00"
E=79,96.tg =10,64 m
4
28
Gc=2.arcsen
2.R
10
G10=2.arcsen =1º 56′ 32,4"
2.295
29
PT=PC+D
PT=96+7,44 m+156,18 m=96+163,62 m
PT=96+8+3,62 m=104+3,62 m
30
parcial da estaca 1 (em relação a PC) mais a deflexão entre
as estacas 1 e 2 e assim sucessivamente.
Deflexão em relação ao PC
31
Resultado
32
Tabela 2.2 – Caderneta de locação
Estaca Deflexão
33
pequena diferença de 1,1″ em virtude das aproximações.
Desse modo, o resultado final do nosso estaqueamento é o
seguinte:
Resultado do estaqueamento
35
curva horizontal com
transição
36
esforços laterais, diferentemente do que ocorre quando ele
entra em um trecho curvo. Nessa situação, a força centrífuga
começa a atuar, tendendo a desviar o veículo do trajeto e isso
ocorre pela brusca mudança de um raio infinito para um
raio finito.
38
A primeira coisa que precisamos saber para iniciarmos
nosso estudo é que as curvas de transição podem ser
dispensadas e, em vez disso, serem usadas as curvas
simples.
Para que isso aconteça, o raio da curva circular deve exceder
os valores apresentados na tabela a seguir, de acordo com a
velocidade diretriz da estrada.
Lemniscata de Bernoulli
39
daquele ponto da origem.
Vejamos:
ρ =k/r
Onde:
• ρ é o raio de curvatura em um ponto P;
• k é uma constante;
• r é o raio vetor.
Parábola cúbica
x3
y=
6.k
Onde:
• y é a ordenada do ponto P;
• x é a abcissa do ponto P;
• k é uma constante.
Uma característica importante desse tipo de curva é que as
parábolas cúbicas convergem mais lentamente que as
espirais e, embora sejam menos precisas que estas, são fáceis
de alocar em campo por serem expressadas em coordenadas
cartesianas.
Espiral de Cornu
ρ=k/l
Onde:
• ρ é o raio de curvatura em um ponto P;
• k é uma constante;
• l é o comprimento do ramo da espiral.
42
Nesse tipo de transição, basicamente o centro e o raio da
curva circular (azul) não são alterados, mantendo a curva no
local original, porém as tangentes são afastadas para
permitir a inserção dos ramos em espiral (vermelho),
conforme o esquema abaixo.
44
centro da curva circular.
Onde:
• TT é a tangente externa da curva com transição;
• TS e ST são os pontos de início e fim da curva
45
com transição;
• le é o comprimento do trecho em espiral;
• SC é CS são os pontos de início e fim do trecho
de curva circular;
• Xc e Yc são as coordenadas de SC;
• PC’ e PT’ são os pontos de início e fim da curva
circular, deslocados;
• q e p são as coordenadas de PC’;
• t é o deslocamento da curva circular;
• PI é o ponto de interseção das tangentes;
• Δ é o ângulo de deflexão das tangentes externas;
• AC é o ângulo central da curva de transição;
• θ é ângulo central do trecho circular;
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral;
• R é o raio da curva circular;
• O’ é o novo centro da curva circular deslocada.
Agora que já fomos apresentados aos elementos da curva
com transição em espiral de raio conservado, iremos agora
estudá-los individualmente, a seguir.
Pontos notáveis TS e ST
46
TS=PI-TT
ST=CS+le
Onde:
• TS é a estaca de início da curva de concordância
com transição;
• ST é a estaca de fim da curva de concordância
com transição;
• PI é o ponto de interseção das tangentes;
• TT é a tangente externa da curva com transição
(m);
• CS é estaca de fim do trecho circular;
• le é o comprimento do trecho em espiral (m).
Pontos notáveis SC e CS
47
com transição;
• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
• D é o desenvolvimento do trecho circular (m).
θ
le.F F2 F4
Xc= ⋅ 1- +
3 14 440
F2 F4
Yc=le 1- +
10 216
Onde:
• Xc é a abscissa do ponto SC (m);
• Yc é a ordenada do ponto SC (m);
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (rad);
• le é o comprimento do trecho em espiral (m).
48
• R é o raio da curva circular (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição (graus).
Critério de segurança
49
lembrando que esse valor não pode ser inferior a 30 m.
V
lemín =
1,8
Onde:
• le é o comprimento mínimo do trecho em
mín
Comprimento máximo
50
Onde:
• le é o comprimento máximo do trecho em espiral
máx
(m);
• R é o raio da curva circular (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição (rad).
em espiral (m);
• le é o comprimento mínimo dentre os critérios
mín
(m), le ≥ 30 m;
mín
51
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (graus);
• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
• R é o raio da curva circular (m).
Onde:
• θ é ângulo central do trecho circular (graus);
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (graus);
• AC é o ângulo central da curva de transição
(graus), AC≥2.Φ.
52
Deslocamento (t) é o valor do deslocamento do centro da
curva circular para a realização da transição espiral entre a
curva circular e a o trecho reto da estrada.
p
t=
cos(AC/2)
Onde:
• t é o deslocamento da curva circular (m);
• p é a abscissa do ponto PC’ (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição
(graus).
Exemplo prático
Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita
determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal
com transição em espiral de raio conservado, sabendo que o
estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção
53
está localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das
tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua
velocidade diretriz é 80 km/h.
RESOLUÇÃO:
54
Esse primeiro critério estabelece o menor valor permitido
para o comprimento da transição e é calculado conforme
abaixo, lembrando que esse valor não pode ser inferior a 30
m.
V 80
lemín = = =44,44 m
1,8 1,8
Comprimento máximo
55
para um valor igual a um número inteiro de estacas, ou
múltiplo de 10.
lemín +lemáx 44,44+305,43
leadot = =
2 2
leadot =174,94 m4
leadot =170m
56
a TS
le.F F2 F4
Xc= ⋅ 1- +
3 14 440
F2 F4
Yc=le 1- +
10 216
0,172 0,174
Yc=170 1- +
10 216
Yc=169, 51m
q=Yc-R.sen(F)
q=169,51-500.sen(9º44′25")
q=84, 92m
Passo 08: Cálculo do deslocamento da curva circular
57
Deslocamento (t) é o valor do deslocamento do centro da
curva circular para a realização da transição espiral entre a
curva circular e a o trecho reto da estrada e é obtido por:
p 2,40
t= = = 2, 52m
cos(AC/2) cos(35º/2)
TS=PI-TT=(228+17 m)-243,33m
TS=228-226,33m=216+240 m-226,33m
TS= 216 + 13, 67 m
SC=TS+le=(216+13,67 m)+170 m
SC=216+183,67 m=216+9+3,67 m
SC= 225 + 3, 67 m
58
CS=SC+Dθ =(225+3,67 m)+135,43m
CS=225+139,10 m=225+6+19,10 m
CS= 231 + 19, 10 m
ST=CS+le=(231+19,10 m)+170 m
ST=231+189,10 m=231+9+9,10 m
ST= 240 + 9, 10 m
59
Deflexão do primeiro trecho em espiral
60
61
Os passos para a locação do trecho circular já foram
explicados no capítulo de Curvas Horizontais Simples.
R<150 5
150≤R<300 10
R≥300 20
c
Gc=2.arcsen
2.R
20
Gc=2.arcsen = 2º 17′ 31,14"
2.500
Gc
dm =
2.c
2º 17′ 31,14"
dm = = 0º 03′ 26,28"/m
2.20
Deflexões parciais
62
Para esse passo, precisamos encontrar a deflexão parcial
para 3 cordas importantes: a corda de 16,33 m entre SC e a
estaca 226, a corda de 20 m entras as estacas intermediárias
e a corda de 19,10 m (10-7,44) entre a estaca 231 e CS.
• Deflexão parcial para a corda de 16,33 m
di =d m .ci
d16,33 =(0º 03′ 26,28"/m).16,33 = 0º 56′ 08,53"
63
ângulo central do trecho circular (θ). No nosso resultado,
houve apenas uma pequena diferença de 2,9″ em virtude
das aproximações.
64
Após o cálculo da deflexão total do primeiro ramo da
espiral, seguiremos para o preenchimento da caderneta de
anotação e locação das demais estacas do trecho espiral,
utilizando a expressão abaixo:
2
90º.(le-l) le-l
jl = -ic ⋅
p.R le
Tabela 3.6 – Caderneta de locação do segundo trecho espiral
65
Resultado
Resultado do estaqueamento
68
superelevação
69
calcular a superelevação de uma estrada para os dois tipos
de curva horizontal.
Vamos lá?
70
valores, que dependem do tipo de revestimento da estrada.
São eles:
• Revestimentos betuminosos com granulometria
aberta: 2,5 % a 3,0 %;
• Revestimentos betuminosos de alta qualidade
(CBUQ): 2,0 %
• Pavimento de concreto de cimento: 1,5 %.
Resumidamente, os valores de raio mínimo para que seja
necessário superelevação são expressos na tabela abaixo:
Cálculo da superelevação
Supondo que o raio da curva que você deseja projetar seja
inferior ao valor da tabela 4.1, necessitaremos, neste caso,
aprender a calcular a sua superelevação.
Para tanto, faremos uma pequena demonstração de como é
calculada a superelevação a partir das forças atuantes sobre
o veículo em curva.
Para isso, considere a situação da figura a seguir.
71
Forças que atuam no veículo em curva
72
pavimento, tabela 4.2.
Superelevação mínima
73
Já a superelevação máxima é calculada de acordo com a
formulação abaixo:
V2
e máx =100 ⋅ -f máx
127.R mín
Onde:
• e é a superelevação máxima (%), tabela 4.4;
máx
tabela 4.2.
Para facilitar, a superelevação máxima também pode ser
obtida através da tabela abaixo, dependendo das
características da região e da classe da rodovia.
74
Por sua vez, a superelevação recomendada, ou seja, a que de
fato será utilizada no projeto, se dá em função da máxima e
do raio da curva, conforme a expressão abaixo:
2.R mín R 2mín
eR =emáx ⋅ - 2
R R
Onde:
• e é a superelevação recomendada (%);
R
75
recomendada, respectivamente.
77
• lg é o comprimento do trecho do giro da
plataforma (m);
• a é o abaulamento do trecho em tangente (%);
• e é a superelevação máxima recomendada (%);
R
78
equação abaixo:
a
x= ⋅l
(2/3).lg
Onde:
• x é a superelevação em qualquer ponto do trecho
(%);
• a é o abaulamento em tangente (%);
• lg é o comprimento do trecho do giro da
plataforma (m);
• l é a distância de um ponto em relação ao PC (m).
mede o equivalente a lg .
3
Desse modo, a estaca A que arbitramos pode ser encontrada
através da equação:
lg
A=PC+
3
Encontrados as estacas de início e fim do segundo trecho,
79
podemos distribuir a superelevação, lembrando a inclinação
das faixas da estrada se comportam da seguinte forma:
e
x= ⋅l
(1/3).lg
Onde:
• x é a superelevação em qualquer ponto do trecho
(%);
• e é a superelevação máxima recomendada (%);
R
80
• lg é o comprimento do trecho do giro da plataforma
(m);
• l é a distância de um ponto em relação ao PC (m).
82
Para o quarto trecho a situação é similar ao segundo trecho,
só que de maneira inversa.
83
como sendo a estaca de início da superelevação da curva
horizontal com transição e P’, a estaca de fim.
84
calculado por:
L.a
lt=
g
Onde:
• lt é o comprimento em tangente (m);
• L é a largura da faixa de rolamento (m);
• a é o abaulamento em tangente (%);
• g é a declividade longitudinal da borda externa
(%), tabela 4.5.
Encontrados as estacas de início e fim do primeiro trecho,
podemos distribuir a superelevação, lembrando a inclinação
das faixas da estrada se comportam da seguinte forma:
a) Na faixa de rolamento interna da curva, a
superelevação se mantém igual ao abaulamento em
tangente (a);
b) Na faixa de rolamento externa da curva, a
superelevação vai de a (abaulamento em tangente) até
zero ao longo do comprimento, de acordo com a
equação a seguir:
85
Variação da superelevação no primeiro trecho em tangente
x= a ⋅ l
lt
Onde:
• x é a superelevação em qualquer ponto do trecho
(%);
• a é o abaulamento em tangente (%);
• lt é o comprimento em tangente (m);
• l é a distância de um ponto em relação ao TS (m).
86
superelevação vai de zero a e (superelevação máxima
R
e
x= ⋅l
le
Onde:
• x é a superelevação em qualquer ponto do trecho
(%);
• e é a superelevação máxima recomendada (%);
R
Exemplo prático
Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita realizar a
superelevação de uma curva horizontal com transição em uma
estrada de classe I, localizada em uma região ondulada.
Sabe-se que o estaqueamento dessa estrada é feito a cada 20 m, sua
largura é de 7,2 m e abaulamento de 3%. Além disso, o ponto de
interseção da curva está localizado na estaca 228+17 m, o ângulo
de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500
m e sua velocidade diretriz é 80 km/h.
89
DADOS ADICIONAIS DA CURVA:
• le = 170 m
• Dθ = 135,43 m
• TS = 216 + 13,67 m
• SC = 225 + 3,67 m
• CS = 231 + 19,10 m
• ST = 240 + 9,10 m
RESOLUÇÃO:
90
características da região, conforme abaixo:
91
De posse dos valores obtidos nos passos anteriores, a
superelevação recomendada será calculada conforme a
equação abaixo:
2.R 2
R min
eR =emax ⋅ min
- 2
R R
2.210 2102
eR =10 ⋅ -
500 5002
eR = 6, 64%
Desse modo:
7, 2.3
lt= =43, 2 m
0,5
Logo:
P=(216+13,67 m)- 43,2 m=216-29,53m =214+(40 m-29,53m)
P= 214 + 10, 47 m
93
x= =-3,00%
43,2
• Estaca 215
-3.33,67
x= =-2,34%
43,2
• Estaca 216
-3.13,67
x= =-0,95%
43,2
• Estaca 216+13,67 m (TS)
-3.0
x= =0,00%
43,2
94
6,64.20
x= =0,39%
170
(…)
• Estaca 225+3,67 m (SC)
6,64.170
x= =6,64%
170
95
em módulo, até chegar a -3% e, então, se manterá.
96
Reunindo todos os trechos calculados anteriormente, o
resultado da distribuição da superelevação é o seguinte:
Tabela 4.10 – Resultado da distribuição da superelevação na curva
97
98
Resultado da distribuição da superelevação na curva
101
veículo pesado por uma trajetória curva.
102
Acabamos de descobrir que a superlargura é usada em
curvas horizontais para melhorar as condições de
movimento do veículo.
No entanto, para curvas com raio muito grande em relação
à velocidade diretriz de projeto, mesmo os veículos longos
conseguem realizar a manobra com conforto e, neste caso, a
superlargura pode ser dispensada.
Desse modo, os valores de raio mínimo para que seja
necessário superelevação são expressos na tabela abaixo:
Cálculo da superlargura
Atualmente, o cálculo da superlargura utilizado pelo
departamento de Estrada de Rodagem é feito através da
formulação abaixo, que considera a largura total da pista
103
necessária no trecho curvo para um dado veículo de projeto:
b2 V
S=2 L+ +G L + R 2 +F.(2b)+ -R-L B
2R 10 R
Onde:
104
O valor encontrado na equação acima é adotado apenas para
pistas simples com duas faixas de rolamento. No entanto,
podemos utilizar esse valor para outras pistas utilizando o
seguinte multiplicador:
• 1,25 para pistas com 3 faixas;
• 1,50 para pistas com 4 faixas.
Além do mais, os valores de superlargura calculados
deverão sempre ser arredondados para um múltiplo de 0,20
m, lembrando que valores menores que 0,40 m podem ser
desprezados.
105
estacas de início e fim da superlargura máxima
recomendada, respectivamente.
Onde:
106
R
lg
A=PC+
3
Onde:
• x é a superlargura em qualquer ponto do trecho (m);
• S é a superlargura da pista (m);
• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
• l é a distância de um ponto em relação ao TS (m).
110
O primeiro trecho da distribuição é o primeiro ramo da
espiral de transição, que vai da estaca TS a SC e mede le.
Dessa forma, a distribuição da superlargura nesse trecho vai
de zero a S/2 (para cada lado) ao longo do comprimento le,
de acordo com a equação abaixo:
S
x= ⋅l
2.le
Onde:
• x é a superlargura em qualquer ponto do trecho (m);
• S é a superlargura da pista (m);
• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
• l é a distância de um ponto em relação ao TS (m).
111
Para esse trecho, o raciocínio é semelhante ao primeiro
trecho, mas de maneira inversa. Isso quer dizer que a
superlargura em cada uma das estacas desse trecho diminui
até chegar a zero.
Exemplo prático
Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita realizar a
superlargura de uma curva horizontal com transição utilizando o
ônibus como veículo de projeto.
112
Dimensões do veículo de projeto
RESOLUÇÃO:
113
superlargura
114
De posse de todas as informações necessárias, a
superlargura será então calculada conforme a equação
abaixo, lembrando que seu valor deverá ser um múltiplo de
0,20 m:
b2 V
S=2 L+ +G L + R 2 +F.(2b)+ -R-LB
2R 10 R
7,62 80
S=2 2,6+ +0,75 + 5002 +2, 4.(2.7,6)+ − 500 − 6,6
2.500 10 500
S=0,61m
S = 0, 60 m
S
x= ⋅l
2.le
116
Para esse trecho não é necessário calcular a superlargura,
pois ela se mantém 0,30 m para ambos os lados, da estaca SC
até a estaca CS.
• Estaca 232+9,10 m
0,60
x= ⋅160=0, 282 m
2.170
• Estaca 232+19,10 m
0,60
x= ⋅150=0, 265 m
2.170
(…)
117
• Estaca 240+9,10 m (ST)
0,60
x= ⋅ 0=0,00 m
2.170
Resultado
Estacas
Superlargura (m)
Inteira Fracionária
226 0,300
227 0,300
228 0,300
229 0,300
119
Tabela 5.6 – Resultado da distribuição da superlargura na curva
Estacas
Superlargura (m)
Inteira Fracionária
230 0,300
231 0,300
120
sobre a implantação da superlargura em um projeto
rodoviário.
Agora, nós sairemos dos elementos planimétricos de uma
estrada e entraremos nos elementos altimétricos.
121
“A superlargura é usada
porque, nos trechos em
curva, os veículos ocupam
fisicamente espaços laterais
maiores do que as suas
próprias larguras.”
122
6
Perfil longitudinal
para projetos
rodoviários
123
ultrapassagens.
125
O primeiro componente do projeto longitudinal é o perfil
natural do terreno que receberá a plataforma de rodagem.
É importante conhecermos o perfil natural para realizarmos
corretamente as modificações necessárias para garantir a
trafegabilidade da estrada, uma vez que o terreno natural é
irregular e pode conter forte inclinações, falta de
visibilidade ou até mesmo problemas com escoamento de
água pluviais.
Para isso, é feito um estudo topográfico em que são
levantadas as cotas referentes a cada estaca da estrada,
geralmente colocadas a cada 20 m.
Perfil de projeto
Rampas
127
escolhido, conforme veremos abaixo.
Inclinação mínima
Inclinação máxima
128
de um traçado mais regular não for viável, algumas
inclinações máximas podem ser utilizadas sem que isso
comprometa de maneira significativa a velocidade de
veículos maiores.
A tabela abaixo, do Instituto de Pesquisas Rodoviárias,
mostra alguns desses valores, que depende da classe de
projeto da qual pertencerá a estrada e, consequentemente,
da sua velocidade diretriz.
Relevo
Classe do
projeto
Plano Ondulado Montanhoso
0 3 4 5
I 3 4,5 6
II 3 5 7
III 4 6 8
IV-B 4 6 8
IV-B 6 8 10
129
veremos agora como determinar o comprimento mais
adequado para essas rampas.
130
Extensão da rampa (m)
Greide (%)
Precedida por Precedida por trecho
trecho plano descendente
3 480 660
4 330 450
5 240 330
6 210 270
7 180 240
8 150 210
Curvas verticais
135
curva vertical
136
Conforme vimos no último capítulo, as curvas verticais tem
o principal objetivo de realizar a concordância entre duas
rampas e podem ser de dois tipos: côncavas ou convexas,
conforme veremos na imagem a seguir.
137
Para começarmos a entender o projeto de curvatura de uma
estrada, iremos agora conhecer os elementos componentes
da curva horizontal simples.
138
Lv é a o comprimento projetado, ou seja, na horizontal, de
curva vertical e pode ser medido pela diferença entre as
estacas PTV e PCV.
Flecha (e)
139
não pode ser inferior à distância de frenagem (Df).
Agora, iremos estudar 2 casos diferentes para ambos os
tipos de curvas, sempre considerando a situação mais
desfavorável, em que S = Df.
Curvas convexas
1º caso: S = Df ≤ Lv
140
• Lv é o comprimento mínimo da curva vertical (m),
mín
Lv ≥ 0,6.V ;
mín p
2º caso: S = Df ≥ Lv
Onde:
• Lv é o comprimento mínimo da curva vertical (m),
mín
Lv ≥ 0,6.V ;
mín p
141
Curva vertical côncava
1º caso: S = Df ≤ Lv
|i2 -i1|.Df 2
Lvmín =
1,2+0,035.Df
Onde:
• Lv é o comprimento mínimo da curva vertical (m),
mín
Lv ≥ 0,6.V ;
mín p
2º caso: S = Df ≥ Lv
1,0+0,035.Df
Lvmín =2.Df-
|i 2 -i1|
Onde:
• Lv é o comprimento mínimo da curva vertical (m),
mín
Lv ≥ 0,6.V ;
mín p
• V é a velocidade diretriz de projeto (km/h);
142
p
dy
=i
dx 1
2ax+b=i1
b=i1
dy
=i
dx 2
2ax+b=i2
2a(Lv)+i1 =i2
i2 -i1
143
a=
2Lv
i1 -i2 2
e= ⋅x
2Lv
Se preferir, a equação da flecha também pode ser dada em
144
função da flecha máxima, ao invés de utilizar as inclinações
das rampas, vejamos.
Sabemos que a flecha máxima ocorre no PIV (x=Lv/2),
então:
i1 -i2
emáx = ⋅ (Lv/2)2
2Lv
i1 -i2
emáx = ⋅ Lv2 /4
2Lv
Lv.(i1 -i2 )
emáx =
8
Onde:
• e é a flecha máxima da curva (m);
máx
(8.emáx /Lv) 2
e= ⋅x
2Lv
4.emáx 2
e1 = ⋅x
Lv2
Onde:
curva (m);
145
• e é a flecha máxima da curva (m);
máx
curva (m);
• e é a flecha máxima da curva (m);
máx
4. Calcular as cotas
Lv.i1
Cota PCV =Cota PIV -
2
Lv.i2
Cota PTV =Cota PIV +
2
Ponto qualquer em relação a PIV
146
Para calcularmos a cota em qualquer ponto da curva vertical
utilizaremos a equação da flecha em relação à cota do PIV,
considerando os dois ramos da curva, separadamente,
conforme abaixo:
4.emáx 2
Cota P =Cota PIV -d.i1 - ⋅d
Lv2
4.emáx
Cota P =Cota PIV +d.i 2 - ⋅ (Lv/2-d)2
Lv2
Exemplo prático
Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita encontrar
as cotas referentes a uma curva de concordância vertical, sabendo
que:
• O estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m;
• A distância de visibilidade de frenagem é 75 m;
• A velocidade diretriz da estrada 80 km/h;
• O ponto de interseção vertical dessa curva está localizado na
estaca 39 + 10 m, onde a cota é 45,392 m.
147
Curva vertical
RESOLUÇÃO:
Lvmín =0,6.Vp
Lvmín =0,6.80=48 m
1º caso: S = Df ≤ Lv
148
Nesse primeiro caso, a distância de frenagem é menor ou
igual ao comprimento da curva e é calculado pela expressão
a seguir:
|i2 -i1|.Df 2
Lvmín =
4,04
|-0,05-0,02|.1102
Lvmín = =97,46 m
4,04
2º caso: S = Df ≥ Lv
4,04
Lvmín =2.110- =95,29 m
|-0,05-0,02|
149
Para calcular a cota das estacas da curva precisamos antes
situá-las no eixo da estrada. Dessa forma, sabendo que o
ponto PIV está localizado na estaca 39 + 10 m, temos:
E PCV =E PIV -Lv/2
E PCV =E 37
E PTV =E 37+100 m
E PTV =E 42
100.[0,02-(-0,05)]
emáx =
8
emáx =0,875 m
4. Calcular as cotas
150
diferente no primeiro e no segundo ramo da curva.
E 37 (PCV) – 1º ramo
4.emáx
Cota P =Cota PIV -d.i1 - 2
⋅ (Lv/2-d)2
Lv
4.0,875
Cota PCV =45,392-50.0,02- 2
⋅ (100/2-50)2
100
E 38 – 1º ramo
4.0,875
Cota E38 =45,392-30.0,02- 2
⋅ (50-30)2
100
E 39 – 1º ramo
4.0,875
Cota E39 =45,392-10.0,02- 2
⋅ (50-10)2
100
E 40 – 2º ramo
4.emáx
Cota P =Cota PIV +d.i 2 - 2
⋅ (Lv/2-d)2
Lv
4.0,875
Cota E40 =45,392+10.(-0,05)- 2
⋅ (100/2-10)2
100
151
4.0,875
Cota E41 =45,392+30.(-0,05)- 2
⋅ (100/2-30)2
100
E 42 (PTV) – 2º ramo
4.(0,875)
Cota PTV =45,392+50.(-0,05)- 2
⋅ (100/2-50)2
100
Resultado final
Projeto vertical
.
Agora que já sabemos como calcular as cotas de um projeto
152
longitudinal, iremos para o último capítulo do nosso e-Book,
onde aprenderemos sobre terraplenagem!
153
“Os estudos preliminares
são indispensáveis para o
início do projeto, como os
estudos de tráfego,
geológico, geotécnico,
hidrológico e topográfico.”
8
154
diagrama de Brückner
Onda de Brückner
157
chamados de pontos de passagem de aterro para corte.
Outra observação pertinente é que a diferença entre as
ordenadas de dois pontos representa o volume de
terraplenagem entre eles. Podemos perceber isso, na figura
abaixo, pelo volume entre a E-50 e a E-58+15,330m de 0m³,
em que corte e aterro se anulam.
Linha de compensação
Bota-fora
160
É o volume destinado a suprir a carência de material
extraído dos cortes para ser usado nos aterros.
No Diagrama de Brückner, os empréstimos são
representados como linhas descendentes que estão situadas
entre duas linhas de compensação.
Exemplo prático
Dado um trecho de uma estrada e suas seções transversais,
construa um diagrama de Brückner sabendo que o estaqueamento
da estrada é feito a cada 20 m e que o fator de homogeneização é de
1,1.
162
Mas, se não, é só continuar lendo.
O diagrama de Brückner é feito a partir do quadro de
volumes de terraplenagem. Para isso devemos preenchê-lo
conforme o passo a passo apresentado a seguir.
Seção 0:
(14/2).2,9
AC,0 = =10,15 m2
2
(14/2).4,9
A A,0 = =17,15 m2
2
Seção 1:
163
(14-3).5
A C,1 = =27,50 m2
2
3.4
A A,1 = =6, 00 m2
2
Seção 2:
[14+(14+1,1.2)]1,1 (14+1,1.2).(8,8-1,1)
A C,2 = + =78, 98 m2
2 2
A A,2 =0
Seção 3:
[14+(14+2,5.2)]2,5 (14+2,5.2).(4,8-2,5)
A C,3 = + =63,10 m2
2 2
A C,3 =0
Seção 4:
(14-2,5).6,2
AC,4 = =35,65 m2
2
2,5.2,6
A A,4 = =3, 25 m2
2
Seção 4+8,60 m:
2,6.(14/2)
AC,4+ = =9,10 m2
2
3,7.(14/2)
A A,4+ = =12,95 m2
2
Seção 5:
A C,5 =0
[14+(14+1,15.2)]1,5 (14+1,15.2).(7-1,15)
A A,5 = + =65,10 m 2
2 2
Seção 6:
164
A C,6 =0
[14+(14+3.2)]3 (14+3.2).(4,45-3)
A A,6 = + =65,50 m 2
2 2
Seção 7:
A C,7 =0
[14+(14+4,42.2)]4,42 (14+4,42.2).(6,7-4,42)
A A,7 = + =104,44 m 2
2 2
Seção 8:
A C,8 =0
[14+(14+0,7.2)]0,7 (14+0,7.2).(5,60-0,7)
A A,8 = + =48,02 m2
2 2
Seção 9:
5.2,5
A C,9 = =6,25 m 2
2
(14-5).5,7
A A,9 = =25,65 m 2
2
Seção 9+5,43 m:
0,8.(14/2)
AC,9+ = =2,80 m2
2
0,75.(14/2)
A A,9+ = =2,63m2
2
(A n-1 +A n ).d
V=
2
Onde:
• A é a área de corte ou de aterro de um seção n-1 (m²);
n-1
Volume entre 0 e 1:
(10,15+27,50).20
VC,01 = =376,50 m3
2
(17,15+6).20
VA,01 = =231,50 m3
2
Volume entre 1 e 2:
(27,50+78,98).20
VC,12 = =1064,80 m3
2
(6+0).20
VA,12 = =60,00 m3
2
(...)
Volume entre 4 e 4+8,60 m:
166
(35,65+9,10).8,60
VC,44+ = =192,43m3
2
(3,25+12,95).8,60
VA,44+ = =69,66 m3
2
(9,10+0).(20-8,60)
VC,4+5 = =51,87 m3
2
(12,95+65,1).(20-8,60)
VA,4+5 = =444,89 m3
2
(...)
(6,25+2,8).5,43
VC,99+ = =24,57 m3
2
(25,65+2,63).5,43
VA,99+ = =76,77 m3
2
168
Para o cálculo da última coluna do quadro de volumes,
devemos inicialmente arbitrar um valor qualquer de
Brückner para a estaca inicial.
Esse valor arbitrado tem o único objetivo de evitar valores
de Brückner negativos e em nada influência no resultado
final. Portanto, nesse exemplo adotaremos um valor inicial
de 5000 m³.
Feito isso, o valor de Brückner da próxima estaca será a
diferença entre o volume de corte e de aterro corrigido mais
o valor de Brückner da estaca anterior e assim
sucessivamente, conforme abaixo:
Bn =(VC,n -VAc,n )+Bn-1
Onde:
• B é a ordenada de Brückner na estaca n (m³);
n
Brückner na estaca 1:
B1 =(376,50-245,65)+5000
B1 =5121,85 m3
Brückner na estaca 2:
B2 =(1064,80-66)+5121,85
B2 =6120,65 m3
169
(...)
Interpretando os resultados
Onda de Brückner
171
A linha de compensação é uma reta horizontal que
intersecciona a onda Brückner em pelo menos dois pontos.
Se a onda fica abaixo da linha de compensação, significa que
o volume vai ser transportado no sentido contrário ao
estaqueamento (esquerda), caso contrário, será
transportado no sentido do estaqueamento (direita).
Empréstimo
172
representados como linhas descendentes não contempladas
pela linha de compensação e seu volume será a diferença
entre as ordenadas desses intervalos. No nosso exemplo, o
empréstimo necessário será de 2619,25 m³.
Pois bem, engenheiros, com esse assunto encerramos o
173
nosso e-Book. E eu espero muito que ele tenha sido útil pra
você.
Fontes utilizadas:
174
2017.