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Semana da Ventilação Mecânica do Zero

Resumo Aula 2: Modos ventilatórios

No método do Curso Simplificando a Ventilação Mecânica desenvolvemos


uma tríade para te auxiliar no entendimento entre Ventilador Mecânica,
Paciente e Fisioterapeuta. O Fisioterapeuta é o profissional protagonista que
controla essa tríade, verificando a condição clínica do paciente e a resposta
ao Ventilador Mecânico. Desarmonias nessa tríade, levam a maiores erros no
Ventilador, com maior tempo de internação do paciente.

Os ciclos são definidos como:


Controlados – todas as fases (disparo, controle do fluxo e ciclagem) são
determinadas pelo ventilador, programa pelo Fisioterapeuta.

Assistidos – o paciente apenas dispara o ventilador, mas o controle do


fluxo e a ciclagem são dados pelo aparelho. Analogia da Bicicleta com
rodinhas.

Espontâneos – O ciclo é iniciado, controlado e finalizado pelo paciente,


porém ainda recebe um suporte pressórico mínimo. Nessa modalidade
temos o Back up de Apneia, caso o paciente não atinja a frequência
respiratória e precise de ajuda.

Em relação aos ventiladores por pressão positiva, mais usados, as principais


modalidades de ventilação são:
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Ventilação controlada a volume (VCV): nessa modalidade, o volume corrente,
a frequência e o fluxo de ar são predeterminados no aparelho.

Ventilação com pressão controlada (PCV): aqui, o ventilador é ciclado a


tempo, limitando a pressão inspiratória. O nível predeterminado é rapidamente
alcançado no início da inspiração e se mantém durante toda a fase inspiratória.

Ventilação assisto-controlada (A/C): Neste tipo de ventilação existe uma


frequência pré-determinada, porém, se o ventilador pulmonar perceber um
esforço do paciente, este permitirá que um novo ciclo ventilatório
aconteça, mas com os parâmetros ajustados pelo operador. Portanto, o
paciente tem controle apenas sobre a frequência respiratória, de acordo com a
sua demanda. A ventilação assisto-controlada é possibilitada através do ajuste
da sensibilidade do aparelho, nos modos VCV ou PCV.

Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV): nesse modo, o


ventilador permite a combinação de ciclos controlados, em frequência
predeterminada, com ciclos assistidos e espontâneos, estes com o auxílio da
pressão de suporte.

Ventilação com pressão de suporte (PSV): nessa modalidade, o paciente


recebe níveis de pressão positiva constantes durante a fase inspiratória. Assim,
a frequência respiratória é espontânea, sem a necessidade de ajuste pelo
operador, mas assistida pela pressão positiva do aparelho. Quanto maior a
pressão de suporte, maior o trabalho do ventilador e menor o esforço físico do
paciente.

A importância da escolha no desfecho do quadro clínico

A ventilação mecânica no atendimento de pacientes com insuficiência


respiratória depende de uma série de fatores para que se alcance os
objetivos pretendidos no quadro clínico em questão.

A escolha do modo ventilatório mais adequado é um desses fatores e uma


escolha assertiva dependerá de o profissional de saúde entender os
diferentes modos ventilatórios e a aplicabilidade de cada um deles.

Essa decisão é fundamental para que a ventilação corresponda às


funções esperadas, o que significa também segurança para o paciente e
maiores chances de recuperação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. LÓPEZ, Mario; LAURENTYS-MEDEIROS, José de. Semiologia médica: as


bases do diagnóstico clínico . 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 1233 p.

2. PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica. 5. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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