Aula 1: Termodinâmica e
História do Ar Condicionado
Disciplina : CCE1675 – Refrigeração e Climatização
marco.greco@estacio.br
e-mail da turma :
refrigeracao20202estacio@gmail.com
Máquinas Hidráulicas senha : refri20202
TERMODINÂMICA
Refrigeração e Climatização
DO QUE TRATA A TERMODINÂMICA
Mais tarde, se descobriu que, embora uma quantidade dessa energia seja
equivalente a certa quantidade de outra, nem sempre se pode transformar uma na
outra.
Refrigeração e Climatização
Com que eficiência a energia pode ser convertida de uma forma para outra?
Sadi Carnot, um brilhante jovem militar francês respondeu a essa pergunta com a
segunda lei da termodinâmica.
Refrigeração e Climatização
A segunda lei é provavelmente a mais fascinante em toda a ciência,
e Carnot tocou apenas, em um aspecto dela.
Refrigeração e Climatização
Quando foram combinados os conceitos da primeira e da segunda lei
para dizer quanto trabalho pode estar disponível em uma dada situação,
desenvolveu-se o conceito de disponibilidade ou exergia.
Por exemplo, se você tem um curso de água descendo uma montanha, você pode
represá-lo e gerar eletricidade.
Mas com a mesma vazão de água num lugar muito plano você não consegue gerar
muita eletricidade.
Precisa-se conhecer tanto o sistema quanto suas vizinhanças para poder dizer
qual a fração da energia total do sistema pode ser extraída como trabalho útil.
Refrigeração e Climatização
Nossa visão do mundo que nos cerca é muito influenciada pela linguagem que
usamos para descrevê-lo.
Refrigeração e Climatização
Portanto, quem lida com energia, com suas transformações de uma forma para
outra, e com a possibilidade ou não dessas transformações, deve entender os
conceitos da termodinâmica.
Refrigeração e Climatização
Pode-se refletir a esse respeito.
Serve tão bem hoje quanto na época para o conceito da profissão de Engenheiro.
Refrigeração e Climatização
Assim, por trás das leis de Newton, temos as leis da Termodinâmica.
Albert Einstein, refletindo sobre quais leis da ciência podiam ser consideradas
entre as supremas, concluiu diferentemente:
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CALOR E A ENERGIA MECÂNICA
Refrigeração e Climatização
Mais tarde, passou a ser admitida uma segunda teoria, que conseguia explicar de
maneira satisfatória muitos dos fenômenos térmicos.
Segundo ela, o calor seria um fluido invisível, imponderável, que se conservava, mas
que não podia ser criado nem destruído; podia simplesmente ser transferido de um
corpo para outro, em vista da existência de uma diferença de temperatura.
Refrigeração e Climatização
Tal teoria estabelecia que todo corpo continha certa quantidade de calórico que
dependia de sua massa e de sua temperatura.
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Conta a história que, em 1799, Benjamin Thompson (1753-1814),
supervisionando a fabricação de canhões, observou que, durante a
perfuração da alma do canhão pela broca, havia uma produção de calórico em
quantidade indefinida.
Sugeriu então que essa quantidade produzida estava relacionada com o trabalho
realizado pela broca.
Nascia assim, no século XIX, a moderna Teoria Mecânica do Calor, segundo a qual
o aparecimento de uma quantidade de calor é sempre acompanhado do desapare-
cimento de uma quantidade equivalente de energia mecânica.
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Em homenagem a Joule, a unidade oficial de energia no SI de unidades é o Joule (J ).
A caloria (cal), unidade criada ainda na época da teoria do calórico, é aceita hoje
como outra unidade de energia, embora sua utilização fique mais restrita à medida
das quantidades de calor trocadas.
Sua definição atual e estabelecida a partir da relação que guarda com o joule:
1 cal = 4,18 J
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Valores de energia
P = 0,1 . 10 => P = 1 N
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Um corpo de massa 100 g, situado a 1 m do solo, possui energia potencial
gravitacional de 1 J em relação ao solo.
Um carro de massa 1.000 kg, com velocidade de 10 m/s ou 36 km/h, possui a energia
de 50.000 J ou 50 kJ.
Por isso, bater num muro a 72 km/h pode produzir o mesmo efeito que uma queda de
20 m de altura.
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A energia de 3,6 . 106 J equivale a 1 kWh (quilowatt-hora).
Para consumir a energia elétrica de 1 kWh uma lâmpada de 40 W deveria ficar acesa
durante 25 h.
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Alguns valores de energia
Refrigeração e Climatização
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Experiência de Joule
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Conhecidos os pesos dos corpos suspensos e a altura da queda, Joule
calculou o trabalho realizado pelas forças-peso na queda, expresso em joules.
1 cal = 4,186 J
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A Termodinâmica estuda a conversão de energia não térmica para
energia térmica e vice-versa. por exemplo, a conversão de trabalho em calor.
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Verifica-se que, quanto maior for a altura inicial, maiores serão o trabalho do peso e a
quantidade de calor convertida.
Serão estabelecidos alguns conceitos que serão válidos para quaisquer sistemas.
Entretanto, o estudo analítico dará prioridade aos sistemas gasosos ideais e às suas
transformações.
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Um corpo, de massa 5 kg, constituído de uma substância de calor específico
0,20 cal/g°C, cai de uma altura de 200 metros, chocando-se contra o solo
inelasticamente.
A aceleração da gravidade local é 10 m/s2 e não há resistências a considerar.
Supondo que, da energia mecânica dissipada, 80% é absorvida pelo corpo
sob a forma de calor, determinar:
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Resolução
H Ep = m . g . H
Ep = 5,0 . 10 . 200
Ep = 1,0 . 104 J
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b) O corpo absorve 80% da energia mecânica que se dissipa,
isto é: Q = 80/100 E c
Q = 89/100 . 1,0 . 104
Q = 8,0 .10³ J
c) Como se está usando a energia expressa em Joules e a massa em
quilogramas, deve-se mudar convenientemente as unidades do calor
específico.
Assim, tendo em vista que : 1 cal = 4,18 J e 1 g = 10-3 kg, vem:
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CALOR E TRABALHO
As formas de energia que podem atravessar a fronteira do sistema são
Calor (Q) e Trabalho mecânico (W).
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Em uma panela de pressão, o calor é fornecido pela chama do fogão,
cuja temperatura é superior à do interior da panela (sistema).
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O trabalho é definido como o produto de uma força (F) que desloca
um corpo por uma distância (d),conforme a equação (1.14).
O trabalho também pode ser obtido por um eixo em rotação, sendo o produto
do conjugado (C) pelo deslocamento angular ( [rd]), conforme equação (1.15).
W = C. [N.m = J] (1.15)
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Como calor e trabalho podem atravessar a fronteira do sistema,
é preciso estabelecer uma convenção de sinais da seguinte forma.
Q (+) Q(-)
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Considere-se um cilindro contendo gás (sistema).
O cilindro tem uma área (A), e o pistão se desloca de uma distância (d).
W = F . d = p . A . d = p . ( Vf - Vi ) = p . V
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O trabalho é positivo porque está "saindo" do sistema, ou seja, o sistema
executa um trabalho sobre o meio.
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A Figura 1.17
mostra o trabalho realizado por um processo genérico.
A área sob a curva pode ser calculada para qualquer processo com recursos do
Cálculo Integral combinado com a equação de estado do gás perfeito (1.9).
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Para o caso de uma expansão isotérmica, o trabalho é dado pela equação
(1.17).
𝐕𝐟 𝐩𝐢
𝐖 = 𝐦 . 𝐑 . 𝐓. 𝐥𝐧 = 𝐦 . 𝐑 . 𝐓. 𝐥𝐧 (1.17)
𝐕𝐢 𝐩𝐟
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Imagine-se que o processo da Figura 1.17 seja isotérmico,
e seu trabalho realizado seja dado pela equação (1.17).
Agora imagine dois outros processos (I e II), ambos saindo do mesmo estado
inicial (i) e chegando ao mesmo estado final (f).
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As áreas sob cada uma das curvas é diferente, conforme mostrado na
Figura 1.18.
Isso significa que o trabalho realizado pelo sistema não depende apenas dos estados
inicial e final, mas também do trajeto percorrido, isto é, dos estados intermediários.
A mesma coisa acontece com o calor.
Processo I Processo II
expansão isocórica
expansão isobárica
expansão isobárica
expansão isocórica
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TEORIA CINÉTICA DOS GASES
Lembrança !
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ENERGIA INTERNA
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Durante os processos termodinâmicos, pode ocorrer variação da
energia interna (U) do gás.
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Assim, se tiver n mols de moléculas de gás ideal monoatômico sofrendo
a variação de temperatura T, a variação da energia cinética total das
moléculas valerá:
EC = 3/2 . n . R . T
U = 3/2 . n . R . T
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Certa quantidade de gás ideal ocupa volume de 0,20 m3 sob pressão
de 2 . 105 N/m2.
Sendo a constante universal dos gases perfeitos R = 8,31 J/mol . K, determinar:
a) a energia cinética total de suas moléculas;
b) a variação da energia cinética total das moléculas contidas em 3 mols de
moléculas do referido gás ao sofrer uma variação de temperatura igual a 200ºC
Resolução:
a) Sendo o volume ocupado pelo gás V = 0,20 m³ e a pressão p = 2 . 105 N/m²,
a energia cinética total das moléculas é dada por:
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TRABALHO NAS TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
Então, o trabalho realizado numa transformação gasosa pode ser entendido como
a medida da energia trocada pelo sistema com o ambiente, sem influência de
diferenças de temperatura.
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Considere-se certa massa de um gás perfeito no
interior de um cilindro provido de um êmbolo que
pode se movimentar ao longo dele sem atrito (Fig. 2).
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Se o gás sofre uma contração (Fig. 2b), o
deslocamento do êmbolo se dá na mesma direção da
força média Fm com que as moléculas do gás agem no
êmbolo, mas em sentido contrário: o trabalho portanto
é negativo.
pm = Fm / A Fm = pm . A
V = x . A x = V / A
W = pm. A . V / A
W = pm . V
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Como a pressão média pm é sempre positiva, o sinal do trabalho é
definido pelo sinal da variação do volume.
W = p . V
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Se for representada a pressão no eixo das
ordenadas e o volume no eixo das abscissas, no
denominado diagrama de Clapeyron ou diagrama de
trabalho, será obtida para a transformação isobárica
W uma reta paralela ao eixo das abscissas (Fig. 3).
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No caso de a pressão ser variável, em algumas
situações a pressão média pode ser calculada de
modo simples em função dos valores inicial e final.
W
Por exemplo, se a pressão variar no processo
como indica a figura 4, a pressão média será dada
pela média aritmética das pressões inicial e final:
pm = (p1 +p2) / 2
𝐩𝟏 + 𝐩𝟐
𝐖= . V
𝟐
Observe-se que, numericamente, esse trabalho tem seu módulo dado pela
área do trapézio sombreado na figura 4.
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A propriedade gráfica para o cálculo do trabalho realizado na transformação é
válida independentemente do modo segundo o qual varia a pressão (Fig. 5).
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ENTALPIA
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No processo isobárico o trabalho é dado pela equação (1.16), e
a Primeira Lei fica conforme a equação (1.21).
Q = U + p . V (1.21)
Como energia interna, (U), pressão (p) e volume (V) são propriedades, a soma dessas
parcelas também deve ser uma propriedade.
Essa nova propriedade é denominada entalpia (H) de acordo com a equação (1.22).
H = U + p. V (1.22)
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A entalpia específica é a entalpia total (H) dividida pela massa do sistema,
conforme a equação (1.23).
h=u+p.v (1.23)
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Cálculo do valor da entalpia para gases.
Se a tabela de vapor não oferecer os dados de energia interna, ela pode ser
obtida pela aplicação da equação (1.23).
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Para a determinação do valor da entalpia de uma mistura de líquido e vapor aplica-se
o mesmo procedimento adotado para a energia interna, conforme equação (1.24).
h = hl + x . hlv (1.24)
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hlv = 2015,3 kJ / kg K
hv = 2778,1 kJ/ kg K
hl = 762,81 kJ/ kg K
1 MPa
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SISTEMAS ABERTOS
Já foi visto que um sistema fechado delimitava uma região do espaço objeto de
estudos.
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O conceito de sistema aberto é o mesmo, contudo o trânsito da massa
pela fronteira é possível,
Essa superfície é imaginária e arbitrária, ou seja, ela pode ser imaginada com uma
forma qualquer.
O importante é que ela defina com clareza a região de interesse para o estudo.
Refrigeração e Climatização
Equipamentos podem ser considerados sistemas abertos nos quais apenas calor e
massa transitam por suas fronteiras.
Por sua vez, as máquinas podem ser tratadas como sistemas abertos em
que calor, trabalho e massa cruzam suas fronteiras.
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A Figura 2.1 mostra um exemplo de sistema aberto para um compressor.
A massa de ar em baixa pressão entra no sistema aberto e essa mesma massa sai em
alta pressão.
processo termodinâmico
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O sistema aberto pode envolver mais de um equipamento ou máquina.
ciclo termodinâmico
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O sistema aberto da Figura 2.1 realiza um processo termodinâmico,
enquanto o da Figura 2.2 executa um ciclo termodinâmico.
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TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA
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Quanto à energia interna, é evidente que ela varia no decorrer das
transformações, mas, se o estado final coincide com o inicial,
o valor final da energia interna deve ser igual ao seu valor inicial.
Ufinal = Uinicial U = 0
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Compare-se então as parcelas WBC e WDA
O trabalho WBC, realizado na transformação BC, é
positivo e tem seu módulo dado numericamente
pela área sombreada na figura 18a.
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Consequentemente, o trabalho resultante W é
positivo, uma vez que o trabalho na expansão
(positivo) tem módulo maior que o trabalho na
compressão (negativo). W
Isso significa que o gás troca com o ambiente uma quantidade de calor igual ao
trabalho realizado no ciclo.
No caso que se está analisando, a quantidade de calor deve ser positiva (Q > 0),
isto é, recebida pelo gás no processo.
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Essa conversão energética é realizada nos dispositivos denominados
máquinas térmicas, mas há restrições para essa conversão, estabelecidas
pela Segunda Lei da Termodinâmica.
As restrições para tal conversão energética são estabelecidas pela Segunda Lei da
Termodinâmica.
Como conclusão:
Refrigeração e Climatização
Um gás ideal realiza o ciclo ABCDA indicado no gráfico da figura. Sobre
ele são feitas as seguintes perguntas:
a) que tipo de conversão energética ocorre ao se completar um ciclo?
Justifique a resposta
b) qual a quantidade de energia que se interconverte em cada ciclo?
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Resolução
b) A quantidade de energia que se interconverte tem módulo dado pela área interna
do ciclo, conforme assinalado:
W = Q = - 1,8 . 104 J
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TRANSFORMAÇÕES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS
Refrigeração e Climatização
Logicamente, a transformação será irreversível se
as condições de reversibilidade expostas não
puderem ser cumpridas.
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Então, o processo pode ser considerado uma sucessão de estados de equilíbrio.
Essa transformação é denominada quase-estática.
As leis dos gases que se estudou são válidas desde que as transformações ocorridas
sejam quase- estáticas, o que foi implicitamente admitido até aqui.
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PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
Como o sistema troca energia com o exterior na forma de calor (Q) e de trabalho (W), a
variação da energia interna (U) é o resultado do balanço energético entre essas duas
quantidades de energia.
Então, pode-se afirmar que a variação da energia interna do sistema é dada pela
diferença entre a quantidade de calor trocada e o trabalho realizado no processo
termodinâmico:
U = Q – W
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CONSERVAÇÃO DA MASSA
Fluxo de massa
Imagine que se abra uma torneira para encher um balde de água com volume de 10
litros.
Portanto, vazão pode ser definida pela relação entre volume (V) e tempo (t), conforme
equação (2.1).
𝐕 𝐦𝟑 (2.1)
𝐕ሶ =
𝐭 𝐬
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A massa de água contida em um balde de 10 litros é de 10 kg, uma vez
que a densidade da água () é igual a 1000 kg/m³.
ሶ e 10 kg/min.
Assim, a torneira forneceu um fluxo de massa (𝒎)
𝐕ሶ 𝐤𝐠
𝐦ሶ = 𝛒 . 𝐕ሶ = (2.2)
𝐯 𝐬
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Uma situação bastante comum é o cálculo da vazão, ou do fluxo de
massa, no interior de um tubo com diâmetro D.
𝛑 . 𝐃𝟐
𝐀= 𝒎𝟐 (2.3).
𝟒
O fluido se movimenta com uma velocidade (v) pelo interior do tubo.
𝛑.𝐃 𝟐 𝐦𝟑
𝐕ሶ = 𝐯 . 𝐀 = 𝐯. (2.4)
𝟒 𝐬
O fluxo de massa no interior do tubo é dado pela equação (2.5), mediante
substituição da equação (2.4) em (2.2).
𝐤𝐠
𝐦ሶ = 𝛒 . 𝐯. 𝐀 (2.5)
𝐬
Refrigeração e Climatização
Calcule a vazão e o fluxo de massa no interior de um tubo com
diâmetro de 20 mm para dois casos:
a) água a 3 m/s,
b) ar a 20 m/s.
Considere água = 1000 kg/m³ e ar = 1,2 kg/m³
. 𝟎, 𝟎𝟐 𝟐 𝐦𝟑
𝐕á𝐠𝐮𝐚 = 𝐯. 𝐀 = 𝟑 . = 𝟗, 𝟒𝟐 . 𝟏𝟎−𝟒
a) 𝟒 𝐬
. 𝟎, 𝟎𝟐 𝟐
𝐦𝟑
𝐕𝐚𝐫 = 𝐯. 𝐀 = 𝟐𝟎 . = 𝟔𝟐, 𝟖 . 𝟏𝟎−𝟒
b) 𝟒 𝐬
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Conservação da massa em regime transitório
Uma caixa de água com um tubo de entrada na parte superior e outro de saída na
parte inferior está representada na Figura 2.4.
Trata-se de um sistema aberto com um ponto de entrada de massa e outro de saída.
Refrigeração e Climatização
Se entrar mais água do que sai, o volume na caixa aumenta.
V / t = 𝐕ሶ e - 𝐕ሶ s (2.6)
Refrigeração e Climatização
Considerando o fluxo de massa no lugar da vazão, tem-se a equação (2.7).
∆𝒎 (2.7)
= 𝒎ሶ 𝒆 - 𝒎ሶ 𝒔
∆𝒕
Se a caixa tiver "i" entradas e “j" saídas, a equação (2.7) se transforma na equação (2.8).
∆𝒎
= 𝒎ሶ 𝒆 - 𝒎
ሶ 𝒔 (2.8)
∆𝒕
Refrigeração e Climatização
Conservação da massa em regime permanente
Isso significa que o fluxo de massa que entra é igual ao fluxo de massa que sai.
𝒎ሶ 𝒆 = 𝒎
ሶ 𝒔 (2.9)
Para quem está tendo o primeiro contato com a Termodinâmica é recomendável consolidar o
conhecimento em termos de regime permanente, isto é, quando o sistema está operando sem
mudanças por um longo intervalo de tempo. O regime transitório não será tratado neste estudo.
Refrigeração e Climatização
Energia no fluxo de massa
Refrigeração e Climatização
Seja qual for a forma de energia (E), ela se apresenta em termos de fluxo
𝐄
𝐄ሶ = 𝐖 = 𝐉/𝐬
𝐭
O fluxo de energia, ou seja, energia por unidade de tempo, nada mais é que a
potência (P).
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Energia cinética
𝟏
𝐄ሶ 𝐜 = . 𝒎ሶ . 𝐯 𝟐
𝟐
em que: v é a velocidade média do escoamento [m/s].
Energia potencial
𝐄ሶ 𝐩 = 𝐦ሶ . g . z
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Energia interna
Portanto, o fluido contém energia interna específica (u) devido à energia contida em
sua estrutura molecular.
𝐔ሶ = 𝐦ሶ . u
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O fluxo de massa precisa "entrar" e "sair" do interior do sistema
aberto que está em uma pressão (p), conforme detalhado na Figura 2.6.
A força necessária para "empurrar" uma pequena quantidade de massa de fluido para o
interior do sistema é dada por:
F= p.A
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Ocorre que o produto A.x é igual ao volume V.
W=p.V
𝐖ሶ f = p . 𝐕ሶ = 𝐦ሶ . p . v
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Cada uma dessas formas de fluxo de energia presentes no escoamento
[W = J/s] pode ser dividida pelo fluxo de massa [kg/s].
Assim, tem -se a energia específica [J/kg]
𝐄ሶ 𝐜 𝟏
𝐞𝐜 = = . 𝐯𝟐
𝐦ሶ 𝟐
𝐄ሶ 𝐩
𝐞𝐩 = = 𝐠 .𝐳
𝐦ሶ
𝐔ሶ
𝐮 = = u
𝐦ሶ
𝐖ሶ 𝐟
𝐰𝐟 = = 𝐩 .𝐯
𝐦ሶ
Refrigeração e Climatização
Voltando à Figura 2.5, considere que as condições
do ponto de entrada (e) e do ponto de saída (s) são
conhecidas, isto é, propriedades (T, u, p, v), velocidade p2 z2
(v) e altura (z), então a energia total contida no fluido
que "entra" no sistema aberto é dada pela equação v2 T2
(2.10). (saída)
p1 z1
𝟏 𝟐
𝐄ሶ 𝐞 = 𝐦ሶ 𝐞 . 𝐮𝐞 + 𝐩𝐞 𝐯𝐞 + . 𝐯 + 𝐠 . 𝐳𝐞 (2.10)
𝟐 𝐞 v1 T1
(entrada)
𝟏 𝟐
𝐄ሶ 𝐬 = 𝐦ሶ 𝐬 . 𝐮𝐬 + 𝐩𝐬 𝐯𝐬 + . 𝐯 + 𝐠 . 𝐳𝐬 (2.11)
𝟐 𝐬
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Primeira Lei da Termodinâmica para sistemas abertos
Anteriormente foi visto que em um sistema fechado que tenha realizado um processo
a diferença entre calor e trabalho era igual à variação de energia interna do sistema.
Para o caso de o sistema fechado realizar um ciclo, a quantidade de calor trocado com
o meio era igual à variação do trabalho
(Q = W)
Da mesma forma como acontecia para o sistema fechado, calor e trabalho também
podem atravessar a fronteira do sistema aberto.
Calor e trabalho estão presentes na forma de fluxo, isto é calor por unidade de tempo
ሶ e trabalho por unidade de tempo (𝐖).
(𝐐) ሶ
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Porém, nos sistemas abertos o fluxo de massa que atravessa a
fronteira carrega consigo energia, conforme visto no item anterior.
Por convenção se considera que o fluxo de calor que entra no sistema aberto é
positivo e o que sai é negativo.
Refrigeração e Climatização
O enunciado feito anteriormente pode ser expresso nos termos da equação
(2.12).
∆𝐄𝐯𝐜
𝐐ሶ + 𝐄ሶ 𝐞 = + 𝐄ሶ 𝐬 + 𝐖ሶ (2.12)
∆𝐭
em que Evc é a energia total dentro do sistema aberto, isto é, do volume de controle
(vc).
Como o presente estudo está limitado ao regime permanente, a energia total no interior
do sistema não varia com o tempo.
𝐐ሶ + 𝐄ሶ 𝐞 = 𝐄ሶ 𝐬 + 𝐖ሶ (2.13)
Refrigeração e Climatização
Portanto, no regime permanente, todo o fluxo de calor mais a energia
de escoamento que entram no sistema aberto são iguais ao fluxo de
trabalho mais a energia de escoamento que saem do sistema.
𝟏 𝟏
𝐐ሶ + 𝐦ሶ 𝐞 . 𝐮𝐞 + 𝐩𝐞 𝐯𝐞 + . 𝐯𝐞𝟐 + 𝐠 . 𝐳𝐞 = 𝐦ሶ 𝐬 . 𝐮𝐬 + 𝐩𝐬 𝐯𝐬 + . 𝐯𝐬𝟐 + 𝐠 . 𝐳𝐬 + 𝐖ሶ (2.14)
𝟐 𝟐
Refrigeração e Climatização
No início do estudo foi definida a propriedade entalpia específica,
conforme equação (1.23).
Lá, foi dito que essa propriedade seria muito útil para sistemas abertos.
𝟏 𝟏
𝑸ሶ + 𝐦ሶ 𝐞 . 𝐡𝐞 + . 𝐯𝐞𝟐 + 𝐠 . 𝐳𝐞 = 𝐦ሶ 𝐬 . 𝒉𝐬 + . 𝐯𝐬𝟐 + 𝐠 . 𝐳𝐬 + 𝑾ሶ (2.15)
𝟐 𝟐
É preciso ter em mente que um sistema aberto pode ter mais de uma entrada ou
saída de fluxo de massa.
ሶ
𝐐ሶ + 𝐄ሶ 𝐞 = 𝐄ሶ 𝐬 + 𝐖ሶ (2.16)
Refrigeração e Climatização
As aplicações práticas mais simples da Primeira Lei para sistemas abertos
serão apresentadas por meio de exemplos.
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Aquecimento de água
Refrigeração e Climatização
Solução
ሶ
» Fluxo de massa: 𝐦água = . 𝐕ሶ = 1000 (kg/m³) . 0,008/60 (m³/s) = 0,133 kg/s
» Diferença nula entre energia cinética e potencial: ec(e) = ec(s) e ep(e) = ep(s)
» Todo o calor é utilizado para elevar a temperatura da água, cujo calor específico é
considerado igual a 4,2 kJ/kg.K.
𝐐ሶ = 𝐦ሶ e . c . (Te – 0) = 𝐦ሶ s . c . (Ts – 0)
Refrigeração e Climatização
» No regime permanente: 𝐦ሶ água = 𝐦ሶ e = 𝐦ሶ s , portanto
𝐏𝐞𝐥 𝟔 𝐤𝐖
𝐓𝐬 = 𝐓𝐜 +
𝐦á𝐠𝐮𝐚 .𝐜
= 𝟐𝟎(º𝐂) + 𝐤𝐠 𝐤𝐉 = 𝟑𝟎, 𝟕 º𝐂
𝟎,𝟏𝟑𝟑 𝐬
. 𝟒,𝟐 𝐤𝐠 𝐊
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Resfriamento de água
Solução
» Fluxo de massa: 𝒎ሶ = . v. A = 1000. 3. [( (0,025)²) / 4] = 1,47 kg/s
» Fluxo de calor negativo significa que ele está sendo retirado do sistema
aberto.
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Aquecimento por injeção direta de vapor saturado
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Solucão
» A temperatura de referência é T = 0º C
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Trocador de calor
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Solução
Ts = 262ºC
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Compressor de ar
Solução
» A diferença de energia potencial é nula, e de energia cinética é desprezível.
Q = mar . (hs - he ) + W
» Potência é negativa porque ela está sendo fornecida ao sistema por meio de
um motor que aciona o compressor.
Refrigeração e Climatização
Sob pressão constante de 3 . 105 N/m2, o volume de um gás ideal varia de
0,50 m3 para 0,20 m³ .
Determinar o trabalho no processo.
Resolução:
O gás está sofrendo uma contração, pois o volume está sendo reduzido do valor
inicial V1 = 0,50 m³ para o valor final V2 = 0,20 m3.
A variação de volume ocorrida é:
W = p . V = W = 3 .105 . (-0,30)
W = - 9 . 104 J
U = Q - Z
U = 200 – 80
U = 120 J
Refrigeração e Climatização
A PRIMEIRA LEI APLICADA ÀS TRANSFORMAÇÕES ISOBÁRICA E
ISOCÓRICA DE UM GÁS IDEAL
W = p . V
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minúscula maiúscula
Qp = m . cp . T Qp = n . Cp . T
W
Qp > W
Refrigeração e Climatização
Se a massa m de gás perfeito (n mols) sofrer a
contração isobárica indicada na figura 7, o ambiente
realizará sobre o gás o trabalho W, cujo módulo é
dado pela área sombreada no gráfico, e o gás perde a
quantidade de calor Qp.
W
Nesse caso, a variação da energia interna é negativa
(U < 0), pois, sendo volume e temperatura absolutas
diretamente proporcionais, a temperatura diminui
(T < 0) em vista da diminuição do volume.
Refrigeração e Climatização
No entanto, como as duas quantidades são negativas (calor
perdido e trabalho realizado sobre o gás), em módulo tem-se :
Refrigeração e Climatização
Transformação isocórica
W=0
Refrigeração e Climatização
Sendo cv o calor específico e Cv o calor molar a volume constante,
a quantidade de calor Qv , que o gás recebe na transformação isobárica
referida para sofrer a variação de temperatura T , será dada por uma das
seguintes fórmulas:
Qv = m . cv . T ou Qv = n . Cv . T
Refrigeração e Climatização
Se em vez de aquecimento, fosse um resfriamento isocórico da massa gasosa, a
quantidade de calor trocada seria negativa (Qv < 0), isto é, ocorreria uma perda de
calor por parte do gás, acarretando uma diminuição da energia interna, sendo negativa
sua variação (U < 0).
Refrigeração e Climatização
Observação
Demonstração da relação de Mayer
Considere-se que certa quantidade (n mols de
moléculas) de um gás ideal sofra um aquecimento
isobárico no qual ocorra a variação de
temperatura T (Fig. 9a).
Refrigeração e Climatização
O trabalho realizado é nulo na transformação isocórica e na transformação
isobárica e vale:
W = p . V
Refrigeração e Climatização
Aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica às duas situações, nas quais
ocorre a mesma variação da energia interna U, pois a variação de
temperatura T é a mesma, tem-se:
U = Qp - W U = Qv
Igualando: Qp - W = Qv
Qp - Qv = W
n Cp T – n Cv T = T
n T (Cp - Cv) = nR T
Portanto:
Cp - Cv = R que é a relação de Mayer.
Refrigeração e Climatização
Tem-se 8 mols de moléculas de um gás ideal cujo calor molar sob
pressão constante é 20,78 J/mol K.
Aquece-se esse gás sob pressão constante de 1,9 . 105 N/m², elevando-se
sua temperatura de 50ºC para 250ºC e seu volume de 0,11 m³ para 0,18 m³.
Determinar:
a) a quantidade de calor recebida pelo gás;
b) o trabalho realizado pelo gás na expansão;
c) a variação da energia interna sofrida pelo gás no processo.
Resolução:
a) O número de mols é n = 8, o calor molar sob pressão constante é
Cp = 20,78 J/mol K e a variação de temperatura T = 250ºC - 50ºC = 200ºC = 200K.
Então, a quantidade de calor recebida pelo gás nessa transformação isobárica vale;
Qp = n. Cp . T = 8 . 20,78 . 200
Qp = 33250 J
Refrigeração e Climatização
b) O gás se expande isobaricamente sob pressão p = 1,9 . 105 N/m²,
sofrendo a variação volumétrica V = 0,18 - 0,11
V = 0,070 m³.
W = 13300 J
U = 19950 J
Refrigeração e Climatização
Certa quantidade de gás ideal sofre a sequência de
transformações assinalada no gráfico.
Durante esse processo termodinâmico, o gás recebe
2,5 , 105 J na forma de calor, tendo partido da temperatura de
127°C.
Determinar:
a) a temperatura final do gás;
b) trabalho realizado no processo;
c) a variação de energia interna sofrida pelo gás.
Refrigeração e Climatização
Resolução:
a) As variáveis de estado, para o estado inicial,
têm os valores:
pA = 4 . 103 N/m2,
VA = 0,10 m3 e
TA = 127 + 273 TA =400 K.
Para o estado final, tem-se:
pc = 2 . 105 N/m2 e
Vc = 0.40 m3.
Aplicando a lei geral dos gases perfeitos:
TC = 800 K
Refrigeração e Climatização
b) Como na transformação isocórica BC não há realização de trabalho
(WBC = 0), o trabalho em todo o processo ABC é dado pelo trabalho
na transformação isobárica AB, medido numericamente pela área
sombreada no gráfico:
W = WAB
W = 1,2 . 105 J
U = Q – W
Refrigeração e Climatização
A PRIMEIRA LEI APLICADA À TRANSFORMAÇÃO
ISOTÉRMICA DE UM GÁS IDEAL
𝐕𝟐
𝐖 = 𝐩𝟏 . 𝐕𝟏 . 𝐥𝐧
𝐕𝟏
Refrigeração e Climatização
Pode-se ainda modificá-la, tendo em vista que
p1V1 = p2V2 = n R T , isto é:
𝐕𝟐
𝐖 = 𝐧 . 𝐑 . 𝐓 . 𝐥𝐧
𝐕𝟏
T = 0 U = 0
U = Q – W 0=Q-W W= Q
Refrigeração e Climatização
Então, no processo isotérmico da figura 10, à medida
que o gás recebe calor da fonte, deve expandir-se a
fim de ir realizando um trabalho igual.
Refrigeração e Climatização
Embora, nas considerações anteriores, tenha-se
imaginado uma expansão isotérmica, as mesmas
conclusões são verdadeiras no caso de uma
contração isotérmica (Fig. 11).
Refrigeração e Climatização
b) Aplicando a Lei de Boyle, determina-se a pressão final do gás,
cujo volume final é V2 = 0,20 m3:
𝐕𝟐
𝐖 = 𝐩𝟏 . 𝐕𝟏 . 𝐥𝐧
𝐕𝟏
Tem-se ln (V2/V1) = ln 2 = 0,69
Refrigeração e Climatização
A PRIMEIRA LEI APLICADA À TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA
DE UM GÁS IDEAL
𝐧𝐑(𝐓𝟏 − 𝐓𝟐 ) 𝐧𝐑𝐓
𝐧𝐑𝐓𝟏 − 𝐧𝐑𝐓𝟐 𝐖=−
𝐖= 𝐖= −𝟏
−𝟏 −𝟏
U = Q – W U = – W
Refrigeração e Climatização
Assim, no processo adiabático da figura 12, ao
expandir-se, o gás realiza trabalho (W > 0) e,
consequentemente, perde energia.
Refrigeração e Climatização
Numa transformação adiabática, 5,0 mols de moléculas de um gás ideal
sofrem uma queda de temperatura de 50°C.
Sendo os calores molares do gás Cp = 6,8 cal/mol.K (sob pressão
constante) e Cv = 4,8 cal/mol.K (a volume constante) e a constante
universal dos gases perfeitos R = 8,3 J/mol.K, determinar:
a) o trabalho realizado pelo gás;
b) a variação da energia interna sofrida pelo gás.
W = n . R . T / ( - 1)
Refrigeração e Climatização
b) Como não há troca de calor numa transformação adiabática
(Q = 0) a aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica fornece:
U = Q – W U = – W U = - 5187,5 J
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LEI DE JOULE DOS GASES PERFEITOS
Já visto que, segundo a Lei de Joule, a energia interna de um gás perfeito é função
exclusiva da temperatura.
Como consequência desse fato, é possível afirmar:
Refrigeração e Climatização
Na figura 14, destacam-se dois estados, (1) (inicial) e
(2) (final), de certa massa de um gás ideal e três
“caminhos”, A, B e C, pelos quais ocorre a passagem
entre os dois estados.
W
W
W
Refrigeração e Climatização
Sendo, respectivamente, QA ,QB e QC as quantidades de calor trocadas pelo
gás nos processos A. B e C referidos, a aplicação da Primeira Lei da
Termodinâmica fornece:
U = QA - WA
U = QB - WB
U = QC - WC
Em conclusão:
U = UAX + UXB U = Qv
U = n . Cv . T
Insiste-se no fato de que, embora essa fórmula tenha sido deduzida para um
caminho particular, ela pode ser utilizada quaisquer que sejam as transformações
entre os estados inicial e final.
Refrigeração e Climatização
A temperatura de 7 mols de moléculas de um gás ideal sofre um aumento
de 100°C numa transformação termodinâmica.
Sendo o calor molar a volume constante 21 J/mol K.
Determinar a variação de energia interna do gás nesse processo.
Resolução:
Quaisquer que sejam as particulares transformações em que ocorre a
variação de temperatura T = 100° C = 100 K, a variação da energia interna
pode ser calculada pela fórmula:
U = n . Cv . T
U = 7 . 21 . 100
U = 1,47 .104 J
Refrigeração e Climatização
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
Se o sistema executa um ciclo, então o total do calor trocado com o meio é igual ao
total do trabalho trocado com o meio.
Na Figura 22 o sistema foi considerado aberto, uma vez que foi levado em conta o fluxo
de combustível e ar para o processo de combustão, assim como o fluxo de água para o
resfriamento do condensador.
Refrigeração e Climatização
A Primeira Lei da Termodinâmica reafirma a ideia da conservação da energia
em todos os processos naturais, isto é, a energia não é criada nem destruída nas
transformações termodinâmicas.
Por exemplo, um corpo em movimento sobre uma dada superfície acaba parando: sua
energia mecânica se transforma em igual quantidade de calor, que aquece o corpo e os
objetos que o cercam.
Entretanto, se fornecermos calor ao corpo através de uma fonte, ele certamente não se
porá em movimento, adquirindo energia mecânica em igual quantidade, embora a
primeira lei nada estabeleça a respeito de tal impossibilidade.
Refrigeração e Climatização
A Segunda Lei da Termodinâmica tem um caráter estatístico, estabelecendo
que os processos naturais apresentam um sentido preferencial de ocorrência,
tendendo sempre o sistema espontaneamente para um estado de equilíbrio.
Na verdade, a segunda lei não estabelece, entre duas transformações possíveis que
obedecem à primeira lei, qual a que certamente acontece, mas sim a que tem maior
probabilidade de acontecer.
Esse comportamento assimétrico da natureza, estabelecido pela segunda lei, pode ser
evidenciado através de alguns exemplos:
A passagem de calor em sentido contrário não é espontânea, exigindo, para que ela se
realize, uma intervenção externa com fornecimento adicional de energia.
Refrigeração e Climatização
Na utilização da fórmula da primeira lei é importante recordar a convenção
de sinais para a quantidade de calor trocada e para o trabalho realizado:
Calor trocado
Q > 0 quantidade de calor recebida pelo sistema
Q < 0 quantidade de calor cedida pelo sistema.
Trabalho realizado
W > 0 trabalho realizado pelo sistema sobre o ambiente (expansão).
W < 0 trabalho realizado sobre o sistema pelo ambiente (contração).
Recordando, nessa altura, que, para a variação de energia interna U, tem-se:
Refrigeração e Climatização
2º) As energias mecânica, elétrica, química, nuclear, etc., tendem a
se “degradar”, espontânea e integralmente, em calor.
3º) Se uma gota de tinta for colocada num líquido, as partículas dessa gota se
espalharão espontaneamente, até que todo o líquido fique uniformemente
tingido.
Refrigeração e Climatização
Vários enunciados foram propostos para a Segunda Lei da Termodinâmica.
Não será discutido aqui cada um deles em particular, mas será tirada uma
conclusão geral da Segunda Lei da Termodinâmica, que servirá de base para
estudar, as máquinas térmicas:
Refrigeração e Climatização
MÁQUINAS TÉRMICAS
Refrigeração e Climatização
As fontes térmicas, quente e fria, são sistemas que podem trocar calor sem
que sua temperatura varie.
= (Q1 – Q2 ) / Q1 = 1 – Q2/Q1
Refrigeração e Climatização
Motor térmico
Refrigeração e Climatização
Parte desse calor transferido pode ser transformada em trabalho,
conforme ilustra a Figura 2.12.
O reservatório térmico pode ser uma fonte que fornece calor sempre à mesma
temperatura ou um sumidouro que recebe calor sem alterar a temperatura.
ሶ
𝐨𝐛𝐭é𝐦 𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 ú𝐭𝐢𝐥(𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 = 𝑾)
𝐫𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 =
𝐠𝐚𝐬𝐭𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐛𝐭𝐞𝐫 (𝐜𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞 = 𝑸ሶ 𝐇)
(2.19)
= (eta) para não errar !
Refrigeração e Climatização
Esse valor de eficiência, também denominado rendimento, nunca será 100%.
Se ele não será nunca 100%, então qual será o valor do máximo rendimento térmico de
um motor?
Será o rendimento de uma máquina térmica ideal, que opera segundo o ciclo de Carnot.
Refrigeração e Climatização
O ciclo de Carnot tem sempre quatro processos básicos,
independentemente da substância de trabalho.
Refrigeração e Climatização
No processo adiabático não existe troca de calor.
Refrigeração e Climatização
A simples inspeção da Figura 2.12 possibilita verificar que a eficiência de
um motor é dada pela equação (2.20).
𝐖ሶ
= (2.20)
𝐐ሶ 𝐇
É possível demonstrar que o valor do rendimento do ciclo de Carnot pode ser obtido
considerando-se que o calor trocado é diretamente proporcional à temperatura
absoluta [K] dos reservatórios térmicos, conforme mostra a equação (2.21).
𝐐ሶ 𝐇 − 𝐐ሶ 𝐥 𝐓𝐇 − 𝐓𝐋
𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 = = (2.21)
𝐐ሶ 𝐇 𝐓𝐇
Refrigeração e Climatização
Um motor térmico opera a partir de um reservatório quente a 900ºC
obtido por um processo de combustão.
O reservatório frio é o próprio ambiente em que o motor se encontra,
cuja temperatura é de 27ºC.
Determinar o máximo rendimento térmico possível nessa operação.
Solução
» O máximo rendimento possível do motor ocorreria com a utilização da máquina
de Carnot operando nestas condições:
𝐓𝐇 − 𝐓𝐋 𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 =
𝟐𝟕𝟑+𝟗𝟎𝟎 − 𝟐𝟕𝟑+𝟐𝟕
= 0,744 = 74,4%
𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 = 𝟐𝟕𝟑+𝟗𝟎𝟎
𝐓𝐇
Refrigeração e Climatização
Na prática, uma máquina motora real terá em torno da metade do
rendimento de uma máquina ideal, ou seja, em torno de 37% neste caso.
Refrigeração e Climatização
Uma central termoelétrica opera com vapor superaquecido,
Tvap = 350ºC e pvap = 6,0 MPa (abs)
O condensador rejeita calor na seguinte condição:
Tsat = 90ºC, Psat = 70 kPa.
Nessas condições, qual seria o rendimento máximo teórico dessa central?
Solucão
𝟐𝟕𝟑+𝟑𝟓𝟎 − 𝟐𝟕𝟑+𝟗𝟎
𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 = = 0,417 = 41,7%
𝟐𝟕𝟑+𝟑𝟓𝟎
Refrigeração e Climatização
MÁQUINAS FRIGORÍFICAS
Refrigeração e Climatização
Para que essa conversão ocorra e a
máquina frigorífica funcione, a substância
trabalhante deve realizar, no diagrama de
trabalho, ciclos no sentido anti-horário (Fig.
25).
W
A área sombreada na figura 25 mede
numericamente o módulo do trabalho externo
que se converte em calor.
Refrigeração e Climatização
Nesse equipamento os dois efeitos ocorrem simultaneamente.
Refrigeração e Climatização
De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, as eficiências
podem ser definidas pelas equações (2.22) e (2.23).
Refrigeração e Climatização
» Refrigerador:
O valor da eficiência do refrigerador pode
ser maior do que 1; 𝐐ሶ 𝐋 𝐐ሶ 𝐋
𝐂𝐎𝐏𝐫𝐞𝐟 = =
o da bomba de calor vai ser sempre maior 𝐖ሶ 𝐐ሶ 𝐇 − 𝐐ሶ 𝐋
que 1.
𝐓ሶ 𝐋
𝐂𝐎𝐏𝐫𝐞𝐟(𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭) =
Em qualquer caso a máxima eficiência será 𝐓ሶ 𝐇 − 𝐓ሶ 𝐋
obtida por uma máquina ideal operando de
acordo com o ciclo de Carnot sob as » Bomba de Calor:
mesmas condições .
𝐐ሶ 𝐇 𝐐ሶ 𝐇
Para o cálculo do coeficiente do 𝐂𝐎𝐏𝐛𝐨𝐦𝐛𝐚 = =
𝐖 ሶ 𝐐ሶ 𝐇 − 𝐐ሶ 𝐋
desempenho ideal, é possível substituir o
calor trocado com as pela temperatura
𝐓ሶ 𝐇
absoluta [K] das fontes, conforme 𝐂𝐎𝐏𝐛𝐨𝐦𝐛𝐚(𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭) =
equações (2.24) a (2.27). 𝐓ሶ 𝐇 − 𝐓ሶ 𝐋
Refrigeração e Climatização
Uma residência deve ser mantida na temperatura de 20ºC
no verão, quando a temperatura externa chega a 35ºC.
Devido ao material de construção das paredes, 10 kW de calor
entram no interior da casa.
Qual a potência mínima que um ar condicionado deve ter para
manter a casa na temperatura de 20º C?
Refrigeração e Climatização
» Para potência mínima a máquina deverá ter eficiência máxima ou
eficiência de Carnot.
𝐓𝐋
» Das equações (2.24) e (2.25) tem-se: 𝐂𝐎𝐏𝐫𝐞𝐟 𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 =
𝐓𝐇 − 𝐓𝐋
𝐓𝐇 − 𝐓𝐋 𝟑𝟓 − 𝟐𝟎 (𝐊)
𝐖 = 𝐐𝐋 . = 𝟏𝟎 𝐤𝐖 . = 𝟎, 𝟓𝟏𝟐 𝐤𝐖
𝐓𝐥 𝟐𝟎 + 𝟐𝟕𝟑 (𝐊)
Refrigeração e Climatização
A mesma residência do exercício anterior, agora no inverno,
deve ser mantida ainda a 20ºC, e o calor de 10 kW, em vez de entrar,
agora sai para o exterior da casa.
Qual deve ser a potência mínima para a bomba de calor
considerando que a temperatura externa no inverno será de 10ºC?
Refrigeração e Climatização
Solução
» A potência mínima da máquina deverá ser aquela com a eficiência
máxima ou eficiência de Carnot.
» Text = 10ºC é a temperatura da fonte fria (TL ), Tint = 20ºC é a temperatura da fonte
quente (TH) e QH = 10 kW é o calor que deve ser reposto pela bomba de calor
para manter o interior da casa a 20ºC.
𝐓𝐇
» Das equações (2.26) e (2.27) tem-se: 𝐂𝐎𝐏𝐛𝐨𝐦𝐛𝐚 𝐂𝐚𝐫𝐧𝐨𝐭 =
𝐓𝐇 − 𝐓𝐋
𝐓𝐇 − 𝐓𝐋 𝟐𝟎 − 𝟏𝟎 (𝐊)
𝐖 = 𝐐𝐇 . = 𝟏𝟎 𝐤𝐖 . = 𝟎, 𝟑𝟒𝟏 𝐤𝐖
𝐓𝐇 𝟐𝟎 + 𝟐𝟕𝟑 (𝐊)
Refrigeração e Climatização
A substância trabalhante de uma máquina térmica realiza ciclos entre duas
fontes térmicas, trocando com elas as quantidades de calor 150 J e 200 J.
Determinar:
a) a potência útil obtida da máquina, sabendo que os ciclos são
realizados com a frequência de 5 Hz;
b) o rendimento dessa máquina.
Resolução:
a) A máquina térmica referida funciona de modo tal que a substância trabalhante
troca por ciclo com a fonte quente a quantidade de calor Q1 = 200 J e com a fonte
fria a quantidade de calor Q2 = 150 J.
O trabalho útil obtido por ciclo vale: W = Q1 - Q2 = 200 - 150 W = 50 J
WT = 5 W = 5 . 50 WT = 250 J
Refrigeração e Climatização
b) O rendimento pode ser calculado pela fórmula:
= W / Q1 = 50 / 200
= 0,25 = 25%
Refrigeração e Climatização
Num refrigerador, para cada 80 J retirados, em cada ciclo da substância
trabalhante, 100 J são enviados do congelador para o meio ambiente.
Determinar:
a) o trabalho do compressor em cada ciclo:
b) a eficiência desse refrigerador.
Resolução:
a) A quantidade de calor retirada da fonte fria (congelador) por ciclo é Q2 = 80 J e a
enviada para a fonte quente (atmosfera) é Q1 = 100 J.
= Q2 / W = 80 / 20 = 4,0
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ENTROPIA
A Lei Zero da Termodinâmica levou à definição da propriedade
temperatura (T) , e a Primeira Lei levou à definição da propriedade energia interna (U).
𝐐𝐇 𝐐𝐋
− =𝟎 (2.28)
𝐓𝐇 𝐓𝐋
Refrigeração e Climatização
Grandeza Termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um sistema,
encontrando-se normalmente associada ao que se denomina “desordem”, não em
senso comum de um sistema termodnâmico.
Com a “entropia” procura-se mensurar a parcela de energia que não pode mais ser
transformada em trabalho em processos termodinâmicos à dada temperatura.
Refrigeração e Climatização
Assim, em um ciclo irreversível, a desigualdade de Clausius
toma a forma da equação (2.29).
𝐐𝐇 𝐐𝐋
− <𝟎 (2.29)
𝐓𝐇 𝐓𝐋
Refrigeração e Climatização
Qualquer ciclo reversível é equivalente a um conjunto de ciclos de Carnot.
Dessa forma, a equação (2.28) pode ser escrita nos termos da equação (2.30).
𝐐
=𝟎 (2.30)
𝐓
Refrigeração e Climatização
A definição da entropia é dada pela equação (2.31) e significa a quantidade
de calor transferido sob temperatura constante.
∆𝐐 𝐉
∆𝐒 = (2.31)
𝐓 𝐊
Refrigeração e Climatização
DEGRADAÇÃO DA ENERGIA. NOÇÃO DE ENTROPIA
Viu-se que a Segunda Lei da Termodinâmica tem caráter estatístico, estabelecendo que
os processos naturais têm um sentido preferencial de realização, caracterizando-se por
serem irreversíveis.
Refrigeração e Climatização
Portanto, à medida que ocorrem as transformações naturais, embora a energia total
se conserve, a transformação da energia em energia de agitação molecular representa
uma diminuição na possibilidade de se obter energia útil.
Por essa razão, a Segunda Lei da Termodinâmica pode ser enunciada como o
Princípio da Degradação de Energia.
Refrigeração e Climatização
Exemplos de Entropia
Refrigeração e Climatização
Exemplos de Entropia
Refrigeração e Climatização
Exemplos de Entropia
O que ocorre é a sua dissociação iônica, liberando íons na água, conforme mostrado
abaixo:
Os íons em solução estão mais desorganizados que no sólido, o que quer dizer que
a entropia desse sistema aumentou.
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Exemplos de Entropia
Refrigeração e Climatização
Exemplos de Entropia
Outro caso é a queda d’água de barragens, que é um processo espontâneo; neste caso
podemos concluir que a entropia aumenta.
No entanto, a água retornar sozinha para o alto da barragem não é espontâneo, seria
necessária uma ação externa, como uma bomba d’água para realizar isso.
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Diga um exemplo clássico de Entropia visto por você !
Gelo derretendo
Refrigeração e Climatização
O desenvolvimento de um diagrama temperatura versus entropia
é tão útil quanto o diagrama pressão versus volume.
Refrigeração e Climatização
O processo isoentrópico de compressão ou expansão, isto é,
processo realizado sem variação de entropia, é muito importante na
Termodinâmica.
Refrigeração e Climatização
Aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica para um sistema fechado
constituído por um gás perfeito no interior de um cilindro com pistão
móvel, tem -se:
Q - W = U = m . Cv . T = m . cv . (Tf - Ti )
𝐑
𝐤 . 𝐜𝐯 − 𝐜𝐯 = 𝐑 𝐜𝐯 =
𝐤 −𝟏
𝐑
substituindo na equação da Primeira Lei, vem: −𝐖=𝐦. . 𝐓𝐟 − 𝐓𝐢
𝐤 −𝟏
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𝐑
ou, então: 𝐖=𝐦. . 𝐓𝐟 − 𝐓𝐢
𝟏 −𝐤
𝐩𝐟 . 𝐕𝐟 − 𝐩𝐢 . 𝐕𝐢 (2.32)
𝐖=
𝟏 −𝐤
Compare essa equação com as equações (1.16) e (1.17) para processos isobárico e
isotérmico, respectivamente.
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Se observar a forma da curva no diagrama p x v da Figura 2.17,
será notado que ela tem um decaimento exponencial.
p . Vk = cte (2.33)
𝐤 𝐤−𝟏
e da relação 𝐩𝐢 𝐕𝐟 𝐓𝐟 𝐩𝐟 𝐕𝐢 𝐤−𝟏
= 𝐤 (2.34)
do gás perfeito
𝐩𝐟 𝐕𝐢 vem: = =
𝐓𝐢 𝐩𝐢 𝐕𝐟
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Ar no interior de um cilindro é comprimido por um pistão.
O processo é adiabático e reversível.
No início da compressão o ar está a 25ºC e pressão atmosférica de 100 kPa.
Ao final da compressão a pressão é de 8 bar (abs).
Calcule o trabalho específico (trabalho por unidade de massa)
necessário para a execução desse processo e a temperatura final do ar.
Solução
» como não são conhecidos os volumes, não se pode utilizar a equação (2.32).
Q – W = U - W = m . cv . T , (Q = 0)
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para o ar: cp = 1005 J/kg K e cv = 718 J/kg K, portanto,
a constante adiabática k será:
Tal como a energia interna e a entalpia, o interesse reside na variação da entropia entre
dois estados.
Refrigeração e Climatização
No caso do vapor, as tabelas fornecem o valor da entropia para as
condições de saturação a partir da temperatura T = 0ºC.
O físico alemão Clausius, em 1850, provou por uma desigualdade que, aplicando
apenas a 1ª lei, não se poderia explicar o balanço térmico dos sistemas.
A 2ª lei estabelece uma nova propriedade que pode mostrar se o sistema está ou
não em completo equilíbrio e daí indicar se a mudança de estado do sistema será
ou não possível.
“ Na verdade, as mulheres são mais corajosas do que os homens, são mais impetuosas,
mais racionais quando a questão é amar e desamar.”
Sócrates
Refrigeração e Climatização
###
Refrigeração e Climatização
Para provar essa variável, foi feito um arranjo como o da Fig. 1.21. ###
Nessa figura, o sistema recebe calor dos reservatórios I e II que, por sua vez,
recebem calor de duas máquinas de CARNOT A e B em ciclo reverso.
Elas recebem os trabalhos WA e WB regulados de modo a fornecer calor aos
reservatórios exatamente na quantidade em que é fornecido calor ao sistema,
ou seja,
QA1 = QS1 e QB2 = QS2.
O sistema assim operado não troca a sua energia contida e sendo o processo reversível
Porém, se o processo for irreversível as igualdades acima não serão possíveis, haverá
menos trabalho Ws e o calor fornecido pelo sistema ao absorvedor (Q3) será maior que a
soma QA3 + QB3
Refrigeração e Climatização
###
Após vários cálculos relativos às máquinas de CARNOT, será possível se chegar a
ou de forma simplificada
𝐐𝐒
𝟎 (1.14)
𝐓
Refrigeração e Climatização
Entropia e desordem ###
Um sistema é submetido a um ciclo reversível e fechado de transformações
como o da Fig. 1.22 e no ponto P foi introduzida uma quantidade elementar dq1 de
calor, considerando-se o ciclo percorrido no sentido dos ponteiros do relógio (A).
Refrigeração e Climatização
###
𝐝𝐐
Então chega-se à conclusão de que a relação não depende do caminho escolhido e
𝐓
sim somente dos estados inicial e final 1 e 2.
𝟐 𝟐 𝐝𝐐 𝐤𝐉 𝐤𝐜𝐚𝐥
S2 – S1 = 𝟏 = 𝐒𝐝 𝟏 𝐨𝐮
𝐓 º𝐊 º𝐊
Refrigeração e Climatização
###
Como já se sabe que para um sistema fechado em repouso temos :
dQ = dU + dW
teremos :
𝐝𝐔+𝐩.𝐝𝐕
ds =
𝐓
onde a propriedade S é função de U, p, V e T
pV = m. R .T
ou
𝐩 . 𝐝𝐕 𝐦. 𝐑. 𝐝𝐕
=
𝐓 𝐕
Refrigeração e Climatização
###
Assim, qualquer processo envolvendo um gás perfeito em um sistema fechado
tem a variação de entropia ds expressa por
𝐦 . 𝐜𝐯 . 𝐝𝐓 𝐝𝐕
ds = + 𝒎. 𝐑.
𝐓 𝐕
Refrigeração e Climatização
###
Três quilogramas de ar à pressão de 1,25 kPa e temperatura de 32°C são
submetidos a uma série de processos desconhecidos até alcançar a
temperatura de 182°C, na mesma pressão de 1,25 kPa.
Determinar a variação de entropia.
Solução
𝟐 𝒅𝑸 𝟐 𝐦 . 𝐜𝐩 𝐝𝐓 𝐓𝟐
S2 – S1 =
𝟏 𝑻
= 𝟏 = 𝐦 . 𝐜𝐩 . 𝐥𝐧
𝐓 𝐓𝟏
𝟏𝟖𝟐+𝟐𝟕𝟑
S2 – S1 = 3 x 1,004 x ln = 1,20 kJ/K
𝟑𝟐+𝟐𝟕𝟑
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.
Refrigeração e Climatização Albert Einstein
O sentido físico da entropia está ligado à desordem do sistema.
A energia cinética das moléculas dos gases está ligada à sua temperatura,
ou seja, aumentar a temperatura significa aumentar o movimento molecular.
Refrigeração e Climatização
Então aumentar a temperatura quer dizer aumentar desordem e
este aumento pode ser medido pela variação da entropia.
Refrigeração e Climatização
Aquece-se 1 kg de água a 0ºC até 100cC. ###
Calcular a variação de entropia.
Solução :
𝟑𝟕𝟑 𝐝𝐐 𝟑𝟕𝟑 𝐝𝐓 𝟑𝟕𝟑 𝐜𝐚𝐥
S2 – S1 = 𝟑𝟕𝟐 = 𝐩𝐜 𝐦 𝟑𝟕𝟐 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝐥𝐧 = 𝟑𝟏𝟐
𝐓 𝐓 𝟐𝟕𝟑 𝐊
pois : dQ = m. c . dT
Refrigeração e Climatização
###
Pode-se afirmar que não existe nenhuma transformação natural em que a
entropia decresça
T2 > T1
isto é, S2 - SI > O
Refrigeração e Climatização
MÁQUINAS TÉRMICAS
Refrigeração e Climatização
RENDIMENTO DA MÁQUINA TÉRMICA
W = Q1 – Q2
Tendo em vista a relação anterior, o rendimento também pode ser expresso por:
= (Q1 – Q2) / Q1
Refrigeração e Climatização
MÁQUINAS FRIGORÍFICAS
O calor não passa espontaneamente de um corpo frio para outro mais quente.
Refrigeração e Climatização
Para que essa conversão ocorra e a máquina
frigorífica funcione, a substância trabalhante deve
realizar, no diagrama de trabalho, ciclos no sentido
anti-horário (Fig. 25).
=Q
2/ W
Refrigeração e Climatização
A substância trabalhante de uma máquina térmica realiza ciclos entre
duas fontes térmicas, trocando com elas as quantidades de calor
150 J e 200 J.
Determinar:
a) a potência útil obtida da máquina, sabendo que os ciclos são realizados
com a frequência de 5 Hz;
b) o rendimento dessa máquina.
Refrigeração e Climatização
Resolução:
WT = 5 W WT= 5 . 50 WT = 250 J
P = WT / t P = 250 / 1 P = 250 W
Refrigeração e Climatização
b) O rendimento pode ser calculado pela fórmula : = W /Q1
= 50 /200
= 0,25 = 25%
Pode-se chegar ao mesmo resultado usando a fórmula:
= 1 – Q2 /Q1
= 1 – 150 / 200
= 1 – 0,75
= 0,25 = 25%
Refrigeração e Climatização
Num refrigerador, para cada 80 J retirados, em cada ciclo da substância
trabalhante, 100 J são enviados do congelador para o meio ambiente.
Determinar:
a) o trabalho do compressor em cada ciclo;
b) a eficiência desse refrigerador.
Resolução:
W = Q1 - Q2 W = 100 - 80 W = 20 J
= Q2 / W = 80 / 20 = 4
Refrigeração e Climatização
MÁQUINA DE CARNOT
Refrigeração e Climatização
Ciclo de Carnot
W = Q1 - Q 2
Refrigeração e Climatização
O diagrama de Carnot, diagrama p-v, mostra que
no ponto 1 o gás recebe calor de Q1 à temperatura constante, então aumenta
de volume forçando o pistão a produzir trabalho à temperatura constante,
com queda de pressão (1-2).
No ponto 2, a temperatura do pistão iguala a T1; mas o pistão continua a se mover,
o que provoca a diminuição da temperatura até T2, sem troca de calor (adiabática) no
trecho 2-3.
Refrigeração e Climatização
A partir do ponto 3, o pistão começa a retornar, descrevendo o trecho 3-4,
diminuindo o volume, recebendo calor, aumentando a pressão, à
temperatura constante.
Refrigeração e Climatização
T 1 = T2
T 3 = T4
p4 > p 3
T 3 = T 4 < T1 = T2
v1 < v4
Refrigeração e Climatização
𝑾
A eficiência térmica da máquina é dada por: t =
𝑸𝟏
W = Q1 – Q2
𝐓𝟐
e após algumas transformações : t = 1 -
𝐓𝟏
Refrigeração e Climatização
Uma máquina térmica de Carnot recebe 1.000 kJ de calor de uma fonte à
temperatura de 600ºC e descarrega na fonte fria na temperatura de 60°C.
Calcular:
(a) a eficiência térmica;
(b) o trabalho fornecido;
(c) o calor descarregado. Solução:
𝐓 𝟔𝟎+𝟐𝟕𝟑
(a) t = 1 – 𝐓𝟐 = 1 – 𝟔𝟎𝟎+𝟐𝟕𝟑 = 0,62 ou 62%
𝟏
O ciclo reverso é o ciclo típico de refrigeração, onde a fonte fria, para ceder
calor à fonte quente, necessita receber trabalho mecânico.
Assim, a Fig. 1.19 transforma-se na Fig. 1.20.
Q 2 = Q1 + W
W = Q2 – Q 1
Refrigeração e Climatização
O diagrama p-v terá agora o aspecto da fig.20 e o rendimento é :
𝐖 𝐓𝟐 − 𝐓𝟏 𝐓𝟏
𝐭 = = =𝟏 −
𝐐𝟐 𝐓𝟐 𝐓𝟐
Refrigeração e Climatização
a) na expansão AB,
o gás retira Q1 da
fonte quente
b) na expansão BC,
o gás não troca
calor
Refrigeração e Climatização
c) na compressão
CD, o gás rejeita
Q2 para a fonte fria
d) na compressão DA,
o gás não troca calor
Refrigeração e Climatização
Essa sequência de processos, representada graficamente na
figura 27, corresponde a:
Refrigeração e Climatização
Nas adiabáticas:
CB: pCVC = pBVB
Nas isotérmicas:
𝑽𝑨 𝒑𝑩 𝑽𝑫 𝒑𝑪
AB = CD =
𝑽𝑩 𝒑𝑨 𝑽𝑪 𝒑𝑫
Em (1):
𝐕𝐃 . 𝐕𝐂𝛄 𝐕𝐀 . 𝐕𝐁𝛄 𝐕𝐃𝛄−𝟏 𝐕 𝛄−𝟏 𝐕𝐂 𝐕𝐁
𝐕𝐂 . 𝐕𝐃𝛄
=
𝐕𝐁 . 𝐕𝐀𝛄
⇒ = 𝐁 =
𝐕𝐂𝛄−𝟏 𝐕𝐀𝛄−𝟏 𝐕𝐃 𝐕𝐀
Refrigeração e Climatização
Viu-se que o rendimento da máquina térmica é dado por:
𝐐𝟐
=1-
𝐐𝟏
𝐐𝟐 𝐓𝟐
Para a máquina de Carnot, em particular, visto que = , a fórmula do
𝐐𝟏 𝐓𝟏
rendimento se torna: =𝟏 − 𝐓𝟐
𝐓𝟏
Refrigeração e Climatização
Estabelece o denominado Teorema de Carnot que, entre duas temperaturas,
T1 e T2, das fontes quente e fria, a máquina de Carnot é a que apresenta
o máximo rendimento.
No entanto, é importante assinalar que esse rendimento nunca poderia ser 100%
( = 1), pois isso exigiria a fonte fria no zero absoluto (T2 = 0 K) e,
por conseguinte, a conversão integral de calor em trabalho ( = W / Q1 = 1 W = Q1) ,
o que contraria a Segunda Lei da Termodinâmica.
Refrigeração e Climatização
Uma máquina de Carnot funciona entre duas fontes térmicas às
temperaturas 100 K e 500 K, recebendo em cada ciclo 500 J de calor da
fonte quente. Determinar:
a) o rendimento dessa máquina;
b) o trabalho útil obtido por ciclo;
c) a quantidade de calor rejeitada em cada ciclo, para a fonte fria.
Resolução:
a) O rendimento da máquina de Carnot é função exclusiva das
temperaturas da fonte quente (T1 = 500 K) e da fonte fria (T2 = 200 K),
sendo dado por:
𝐓𝟐 𝟐𝟎𝟎
=𝟏 − =𝟏 − = 𝟏 − 𝟎, 𝟒𝟎
𝐓𝟏 𝟓𝟎𝟎
= 0,60 = 60 %
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b) O rendimento pode ser expresso também pela relação entre o trabalho
útil W, e ; quantidade de calor recebida da fonte quente Q1 = 500 J.
Assim:
Refrigeração e Climatização
Um engenheiro propõe construir uma máquina térmica, funcionando
entre as temperaturas de 27°C e 327°C, que forneça a potência útil de
500 W a partir de uma potência recebida de 1 200 W.
Esse projeto é realizável?
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Resolução:
O rendimento máximo é o previsto para a máquina de Carnot, sendo expresso
em função das temperaturas absolutas das fontes,
T1 = 327 + 273 = 600 K e T2 = 27 + 273 = 300 K:
𝐓𝟐
máx = 1 - = 1 – 300/600 = 1 – 0,50 máx = 0,50 = 50%
𝐓𝟏
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Resolução:
𝐐𝐓 𝐐 𝐐 𝐐
= 𝐓 = 𝐓𝐓 . 𝐐 𝐓 = 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟔 . 𝐐
𝐓𝐓 𝐓 𝐓 𝐓
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Na verdade, essa escala absoluta termodinâmica é irrealizável na prática, uma
vez que a máquina de Carnot é teórica.
Realmente, de
= 1 - 𝐓𝟐 para T2 = 0 K , vem = 1 = 100%
𝐓𝟏
Como tal máquina contraria a Segunda Lei da Termodinâmica, pode-se estabelecer que
o zero absoluto é inatingível.
Esse fato é enunciado por alguns autores como a Terceira Lei da Termodinâmica,
ou Princípio de Nernst.
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Agora vamos para
História do Ar Condicionado!!!!!!!
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História e Desenvolvimento do Ar Condicionado
• Roma antiga
a água de aquedutos circulava através das paredes de certas casas
para arrefecer (diminuição de calor, resfriamento)
• China – século II
inventor chinês Ding Huan , criou um ventilador rotativo ,
constituído de sete rodas de 3 m de diâmetro, operado
manualmente para condicionar o ar.
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História e Desenvolvimento do Ar Condicionado
• Pérsia medieval
edifícios com cisternas e torres de vento (badgirs) para épocas quentes, as
cisternas semelhantes a piscinas (recolhiam a água das chuvas); as torres
de vento dispunham de aberturas que captavam o vento e de
cataventos direcionavam o fluxo de ar para o interior do edifício,
normalmente passando sobre a
cisterna e saindo por uma torre de
arrefecimento situada a Jusante
da direção do vento.
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• Egito medieval
foram inventados os ventiladores, usados nas casas do Cairo,
estavam orientados na direção de Qibla, seguindo a orientação de
fluxo de ar da cidade.
• Década de 1600
o inventor holandês Cornelius Drebbel fez a demonstração
“transformando o verão em inverno” perante o Rei Jaime VI da Escócia.
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• Em 1758
Benjamin Franklin e o britânico John Hadley conduziram uma
experiência para mostrar o princípio da evaporação como meio de arrefecer
rapidamente um objeto.
• Em 1820
o cientista britânico Michael Faraday descobriu que comprimir e
liquefazer a amônia poderia resfriar o ar, quando a amônia liquefeita
fosse permitida evaporar.
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- Vidro
- Som
- Higiene
- Tempo
- Luz
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do FRIO ou do CALOR !
Como ?
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Quando tinha 17 anos, foi ao Caribe, levando o irmão para tentar melhorar de
lugares quentes ?
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História do Ar Condicionado
o mercado de gelo tornou a família Tudor tão rica e com incalculável fortuna,
tinha dinheiro para arrendar navios ou comprá-los.
em novembro de 1805 mandou seu irmão e o primo para Martinica para negociar
contrato exclusivo de fornecimento; comprou o navio Favorite por US$4.750.
foi preso por dívida, mas perseverou, embora houvesse um problema ainda:
o armazenamento e o transporte; viu que precisava de locais para armazenar
o gelo.
se for criado, entre o calor externo e o gelo, um tampão que conduz o calor
precariamente, o gelo preservará seu estado cristalino por muito mais tempo.
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História do Ar Condicionado
História do Brasil :
Quem governava o país
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Tudor morreu em 1864, havia acumulado uma
fortuna de mais de
US$200 milhões em valor atual
em 1860; 2 em cada 3 casas de Nova York
contavam, com entregas diárias de gelo, em oficinas,
gráficas, escritórios, os operários juntavam-se para
ter seu fornecimento diário de gelo.
em menos de meio século o gelo tinha deixado de ser
uma curiosidade para se tornar um luxo depois uma
necessidade.
em Chicago, a carne de porco “in natura”
era privilégio de lá, mas a carne começou a ser
enviada em barris, como conserva e, em 1840 e
1850, a oferta desta carne não conseguia atender ao
Refrigeração e Climatização aumento da demanda.
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Novas ideias nem sempre são motivadas, como as de Tudor, por sonhos
de "fortunas tão grandes que nem saberíamos o que fazer com elas",
A arte da invenção humana tem mais de uma musa,
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Felizmente para Gorrie, por acaso aquele era o momento perfeito para ter
essa ideia.
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A primeira coisa que tinha de acontecer parece hoie quase cômica para
nós: tivemos de descobrir que o ar era feito de alguma coisa, que não era
apenas um espaço vazio entre os objetos.
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Chamas podiam ser extintas no vácuo; uma vedação a vácuo era tão
forte que duas parelhas de cavalos não conseguiam rompê-la.
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Todos esses blocos de construção circulavam na cabeça de Gorrie, como moléculas de um gás
pululando, formando novas conexões,
Em seu tempo livre, ele começou a construir uma máquina de refrigeração utilizando a energia de
uma bomba para comprimir o ar.
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Ele notou que , de repente, todo mundo queria almoçar ao lado das
prensas, e assim começou a projetar engenhocas para regular a
temperatura e a umidade nos espaços internos.
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Entre 1925 e 1950, a maioria dos americanos usufruia o ar-condicionado apenas em
grandes espaços comerciais como cinemas, lojas de deparmentos, hotéis ou edifícios
de escritórios.
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Outros fatos – não extraídos do livro citado
• Em 1906
Stuart W. Cramer, outro americano, explorou formas de adicionar
umidade ao ar na sua fábrica têxtil para tornar os materiais têxteis mais
fáceis de processar; combinou a umidade com a ventilação para
condicionar a alterar o ar das fábricas.
• Em 1928
Thomas Midglev Jr. criou o Freon para substituir os gases dos
condicionadores que eram tóxicos ou inflamáveis como a amônia,
clorometano e o propano que em caso de vazamento poderiam causar
acidentes fatais.
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Outros fatos – não extraídos do livro citado
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Assuntos da próxima aula:
Noções de Refrigeração e
Princípio do Conforto