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06/10/2021

NR 4 – SERVIÇOS
ESPECIALIZADOS EM
ENGENHARIA E SEGURANÇA DO
TRABALHO - SESMT
Última atualização da NR em abril de 2016

Regulamenta o art. 162 da CLT


• Sesmt – Membros qualificados;
• Todos os membros do SESMT devem ser empregados da empresa,
contratados para atuarem nesse órgão, porém existem exceções:
• 4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II,
anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do
trabalho a seus empregados através de Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados
pelo sindicato ou associação da categoria econômica correspondente ou pelas
próprias empresas interessadas;
• 4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às
empresas o custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1;

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• Norma de aplicação geral que alcança todas as atividades


econômicas;

• Algumas categorias podem possuir normas específicas;


• NR29 Segurança e saúde no trabalho portuário;
• NR30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário;
• NR31 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura,
exploração florestal e aquicultura.

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COMPOSIÇÃO

PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR

SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE DO TRABALHO


Engenheiro de Segurança do Trabalho Médico do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho

PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO

SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE DO TRABALHO


Técnico de Segurança do Trabalho Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho

Qualificação dos profissionais do SESMT


• 4.4.1 Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e
registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação
da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo
Conselho Profissional, quando existente.

• Entretanto, além daqueles que obrigatoriamente integrarão o serviço, a


empresa poderá, a seu critério, contratar outros profissionais com
qualificações em diferentes áreas de concentração em saúde do
trabalhador, tais como fisioterapeutas do trabalho ou psicólogos do
trabalho.
• as normas regulamentadoras estabelecem o grau de exigibilidade mínimo a
ser cumprido pelas empresas.

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OBRIGATORIEDADE DE CONSTITUIÇÃO
• 4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da
administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.

DIMENSIONAMENTO SESMT
• O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco
da atividade principal e ao número total de empregados do
estabelecimento, [...], observadas as exceções previstas nesta NR.

• deve ser constituído por estabelecimento. Caso a empresa possua


mais de um estabelecimento, essa regra deverá ser aplicada a cada
um deles.

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• 1. º passo: Identificar a
atividade econômica
principal do
estabelecimento.
• 2. º passo: Identificar o
grau de risco da atividade
econômica principal.
• 3. º passo: Identificar a
quantidade de
empregados do
estabelecimento.
• 4. º passo: Enquadrar as
COMO DIMENSIONAR? informações anteriores no
Quadro II da NR4.

ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL


• está informada no “cartão CNPJ” 3 – Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas –, no campo “Código e descrição da atividade econômica
principal”. Esse código é identificado pela CNAE – Classificação
Nacional da Atividade Econômica –, corresponde a uma sequência de
sete números e tem por objetivo padronizar a identificação das
atividades das diversas unidades produtivas no Brasil.

• Esse sistema de classificação encontra embasamento em diretivas


internacionais para fins de estudos estatísticos.

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E se houver divergência entre o que consta no


cartão do CNPJ e a realidade?
• Primazia da Realidade;

• Precedente Administrativo 70 do MTb: O dimensionamento do


SESMT deve estar de acordo com o grau de risco da atividade
efetivamente realizada no estabelecimento, que pode ser constatada
em inspeção do trabalho. Irregular o dimensionamento que
considerou o grau de risco correspondente ao CNAE declarado pelo
empregador, mas se mostrou inadequado ao risco constatado no local
de trabalho. Autuação procedente.

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GRAU DE RISCO
• O grau de risco corresponde a um valor numérico entre 1 e 4, e está
associado ao risco à saúde e à integridade física do empregado pelo
exercício da atividade principal do estabelecimento.
• O Grau de Risco 1 corresponde ao menor grau de risco, e está ligado a
atividades do tipo prestação de serviços, administração pública,
seguros, previdência complementar, planos de saúde, atividades
imobiliárias, entre outros.
• O Grau de Risco 4 corresponde ao maior grau de risco, e está
associado a atividades da indústria extrativa (minerais, petróleo, gás),
fabricação de explosivos, fabricação de cimento, algumas atividades
da metalurgia e siderurgia, entre outras..

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OBSERVAÇÕES RELEVANTES
• – O único profissional que está presente em qualquer composição do
SESMT é o técnico de segurança do trabalho;
• – Os profissionais de nível superior (Engenheiro de Segurança do Trabalho,
Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho) têm jornada de trabalho a
tempo parcial (mínimo 3 horas diárias) ou integral (6 horas diárias),
conforme o caso (indicado pelo “*” – asterisco – no Quadro II da NR4);
• – Se o SESMT da empresa for constituído por médico do trabalho em
jornada integral, a empresa poderá contratar mais de um profissional
desde que cada um dedique, no mínimo, três horas de trabalho, sendo
necessário que o somatório das horas diárias trabalhadas por todos seja
de, no mínimo, seis horas;

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OBSERVAÇÕES RELEVANTES
• – Os profissionais de nível médio (técnico de segurança do trabalho e
auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho) cumprem jornada
integral de oito horas diárias. Esses profissionais não estão sujeitos a
jornada parcial.
• – O Enfermeiro do Trabalho fará parte da composição do SESMT nas
empresas a partir de 3.501 empregados, independentemente do grau
de risco, exceto no caso de hospitais, ambulatórios, maternidades,
casas de saúde e repouso, clínicas e estabelecimentos similares com
mais de 500 empregados. No caso desses estabelecimentos, o
Enfermeiro do Trabalho deve compor o SESMT a partir de 501
empregados, trabalhando em tempo integral;

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OBSERVAÇÕES RELEVANTES
• – Sempre que a composição do SESMT contar com dois ou mais
profissionais de nível superior de uma mesma especialização, estes
cumprirão necessariamente horário integral;
• – A obrigatoriedade de constituição do SESMT ocorre a partir da
seguinte quantidade de empregados, de acordo com o grau de risco:
GRAU DE RISCO QUANT. DE EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO A PARTIR DO QUAL O SESMT DEVE SER CONSTITUÍDO
1 501
2 501
3 101
4 50

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Exceção à regra geral de dimensionamento


• O item 4.2.2 da NR4 estabelece uma única situação em que o risco da
atividade econômica principal não será utilizado no dimensionamento
do SESMT:
• Nas empresas em que mais de 50% dos empregados exercerem atividades
em estabelecimentos ou setores cuja atividade tenha gradação de risco
superior ao da atividade principal, o SESMT deve ser dimensionado em
função do maior grau de risco, obedecido o Quadro II da NR4.

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TIPOS DE SESMT
• Vimos até agora as regras de constituição do SESMT, por
estabelecimento, mas essas regras não alcançam algumas situações
que comumente ocorrem na prática, por exemplo:
• como dimensionar o SESMT se alguns estabelecimentos da empresa se
enquadrarem nos critérios do Quadro II e outros, não?
• É possível que alguns empregados não sejam alcançados pelos serviços do
SESMT?
• E no caso de existirem contratadas prestando serviço na empresa?
• Os empregados dessas contratadas também serão abrangidos pelo SESMT da
contratante?

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Para solucionar os problemas anteriores


temos os seguintes tipos de SESMT
• 1. SESMT Centralizado: atende a empregados de uma mesma
empresa, porém de estabelecimentos diferentes.

• 2. SESMT Comum: atende a empregados de diversas empresas.

• 3. SESMT Sazonal: atende a empregados de empresas cujos


empregados exercem atividades em regime sazonal.

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SESMT CENTRALIZAZO
• SESMT Centralizado dependente da distância: Item: 4.2.3.

• Empresas com estabelecimentos que se enquadram e outros que


NÃO se enquadram no Quadro II: Itens: 4.2.4, 4.2.5.1 e 4.2.5.2.

• Empresas com estabelecimentos que se enquadram e outros que


NÃO se enquadram no Quadro II: Itens: 4.2.4, 4.2.5.1 e 4.2.5.2.

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SESMT centralizado dependente da distância


(item 4.2.3)
Condições: Regra de
dimensionamento:
Caso a empresa possua Nesse caso, o
vários dimensionamento
estabelecimentos, deve considerar o
poderá constituir total de empregados
SESMT centralizado, de todos os
desde que a distância a estabelecimentos da
ser percorrida entre o empresa que serão
estabelecimento no atendidos pelo
qual se situa o SESMT e SESMT e o grau de
cada um dos demais risco da atividade
estabelecimentos não principal (sempre
seja superior a 5.000 m lembrando a exceção
(ou cinco quilômetros) dos 50% – item
4.2.2).

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Empresas com estabelecimentos que se enquadram e outros que não se


enquadram no Quadro II (itens 4.2.4, 4.2.5.1 e 4.2.5.2)
CONDIÇÕES REGRAS DE
DIMENSIONAMENTO
Caso a empresa possua no mesmo Nesses casos, a base de
Estado ou DF estabelecimentos que cálculo, ou seja, a quantidade
se enquadram nos critérios do de empregados a ser
Quadro II e outros, não considerada para o
(independentemente da distância dimensionamento varia em
entre eles), a assistência aos função do grau de risco da
empregados dos estabelecimentos empresa: se de grau de risco
desta última situação será feita pelo 1 (menor grau de risco), ou
SESMT dos estabelecimentos que se grau de risco 2, 3 e 4 (demais
enquadram no Quadro II. graus de risco).

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Empresas enquadradas no grau de risco 1:


A base de cálculo será o somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua o maior
número de empregados e a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos. A
NR4 determina também que nessa situação todos os membros do SESMT devem cumprir jornada de tempo
integral.
Exemplo: Empresa com atividade de comércio varejista de material elétrico (grau de risco 1), que possui 3
estabelecimentos no Paraná. Cada estabelecimento possui a seguinte quantidade de empregados:
Estabelecimento 1: 700. Estabelecimento 2: 500. Estabelecimento 3: 300.
Segundo o Quadro II da NR4, somente o estabelecimento 1 é obrigado a constituir o SESMT. Porém, devemos
aplicar a regra do item 4.2.5.1 para dimensionar o SESMT centralizado.
Temos então que:
A: Estabelecimento que possui o maior número de empregados: Estabelecimento 1 (700 empregados)
B: Média aritmética dos empregados dos demais estabelecimentos: (500 + 300)/ 2 = 400
Base de cálculo: A + B = 700 + 400 = 1100 empregados
Fazendo então o cruzamento, no Quadro II, da quantidade de empregados (1.100) e do grau de risco 1, vemos
que o SESMT centralizado que atenderá os três estabelecimentos da empresa deverá ter a seguinte
composição:
– Um técnico de segurança do trabalho;
– Um médico do trabalho.
Ambos os profissionais devem cumprir horário integral, conforme o disposto no item 4.2.5.1.

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Empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4:


A base de cálculo será o somatório dos empregados de todos os
estabelecimentos.
Exemplo: Empresa com atividade de torrefação e moagem de café (grau de risco 3), que possui três
estabelecimentos no Estado de Minas Gerais. Cada estabelecimento possui a seguinte quantidade de
empregados:
Estabelecimento 1: 60 empregados
Estabelecimento 2: 130 empregados
Estabelecimento 3: 80 empregados
De acordo com o Quadro II da NR4, somente o estabelecimento 2 estaria obrigado a constituir o SESMT, mas
devemos considerar a regra de dimensionamento conforme o disposto no item 4.2.5.2.
Essa regra determina que a base de cálculo para dimensionamento do SESMT deve ser o somatório da
quantidade de empregados de todos os estabelecimentos, no nosso exemplo: Base de cálculo = 60 + 130 + 80 =
270 empregados.
Consultando o Quadro II da NR4, considerando 270 empregados e grau de risco 3, o SESMT centralizado dessa
empresa deverá ter a seguinte composição:
– Dois técnicos de segurança do trabalho, em jornada integral.

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Empresas com estabelecimentos que isoladamente não se enquadram no


Quadro II (itens 4.2.5, 4.2.5.1 e 4.2.5.2)
CONDIÇÕES Caso a empresa possua no mesmo Estado ou DF estabelecimentos
que, isolada ou individualmente não se enquadrem no Quadro II, o
SESMT deve ser centralizado e dimensionado considerando-se o total
de empregados desses estabelecimentos, desde que esse valor
alcance os limites previstos no Quadro II.
Regra de Nesses casos, a quantidade de empregados a ser considerada para o
dimensionamento: dimensionamento varia em função do grau de risco da empresa de
acordo com o disposto nos itens 4.2.5.1 e 4.2.5.2.
Empresas Somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua
enquadradas no o maior número de empregados e a média aritmética do número de
grau de risco 1: empregados dos demais estabelecimentos. Nesse caso, a NR4
determina também que todos os membros do SESMT devem cumprir
jornada de tempo integral.

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Empresas enquadradas no grau de risco 1:


• Exemplo: Empresa com atividade de locação de mão de obra temporária (Grau de risco 1), que possui três
estabelecimentos no Estado de Goiás. Cada estabelecimento possui a seguinte quantidade de empregados:
Estabelecimento 1: 230. Estabelecimento 2: 390. Estabelecimento 3: 200.
• Segundo o Quadro II da NR4, nenhum dos estabelecimentos é obrigado a constituir o SESMT, pois todos
possuem menos de 501 empregados. Antes de aplicarmos a regra do item 4.2.5.1, precisamos verificar se o
total de empregados dos estabelecimentos obriga a empresa a constituir o SESMT:
• Total de empregados: 230 + 390 + 200 = 820 empregados. Nesse caso, então, a empresa é obrigada a
constituir o SESMT centralizado (820 > 501).
• Agora devemos aplicar a regra do item 4.2.5.1:
• A: Estabelecimento que possui o maior número de empregados: Estabelecimento 2: 390 empregados
• B: Média aritmética dos empregados dos demais estabelecimentos: (200 + 230)/ 2 = 215
• Base de cálculo: A + B = 390 + 215 = 605 empregados
• Basta agora fazer o enquadramento dos 605 empregados e grau de risco 1, no Quadro II.
• Veremos que nesse exemplo o SESMT centralizado que atenderá os três estabelecimentos da empresa
deverá ter a seguinte composição: – Um técnico de segurança do trabalho (jornada integral)

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Empresas enquadradas nos graus de 2, 3, 4


• A base de cálculo é o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.
• Exemplo: Empresa com atividade de fabricação de bicicletas (grau de risco 3), que possui três
estabelecimentos no Estado do Espírito Santo.
• Cada estabelecimento possui a seguinte quantidade de empregados: Estabelecimento 1: 80 empregados
• Estabelecimento 2: 100 empregados
• Estabelecimento 3: 75 empregados
• De acordo com o Quadro II da NR4, nenhum dos estabelecimentos, isoladamente, é obrigado a constituir
o SESMT, pois todos possuem menos de 101 empregados.
• No entanto, antes de aplicarmos a regra do item 4.2.5.1, precisamos verificar se o total de empregados
dos estabelecimentos obriga a empresa a constituir o SESMT:
• Total de empregados: 80 + 100 + 75 = 255 empregados.
• Nesse caso, então, essa empresa é obrigada a constituir o SESMT centralizado (255 > 101).
• Bem, já sabemos que a empresa é obrigada a constituir o SESMT centralizado, mas qual deve ser a base
de cálculo para determinar sua composição?
• A base de cálculo para dimensionamento desse SESMT centralizado deve ser o somatório da quantidade
de empregados de todos os estabelecimentos, conforme o disposto no item 4.2.5.1.
• No nosso exemplo: Base de cálculo = 80 + 100 + 75 = 255 empregados
• Consultando o Quadro II da NR4, o SESMT centralizado dessa empresa deverá ter a seguinte composição:
– Dois técnicos de segurança do trabalho (em jornada integral).

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RESUMINDO

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SEMST COMUM
• O SESMT comum tem esse nome porque alcança empregados de diversas
empresas, em geral, contratantes e contratadas.
• A norma prevê aqui os seguintes cenários para constituição do SESMT
Comum:
• CONTRATANTES E CONTRATADAS
• O( s) estabelecimento( s) da contratante se enquadra( m) no Quadro II e o número de empregados
da contratada exercendo atividade naquele( s) estabelecimento( s) não alcança os limites do
Quadro II (item 4.5);
• A empresa contratante e outras por ela contratadas não se enquadram isoladamente no Quadro
II, mas pelo número total de empregados de ambas, no estabelecimento (itens 4.5.1 e 4.14);
• A empresa contratada não se enquadra no Quadro II (item 4.5.2);
• SESMT comum às empresas contratadas sob gestão da contratante (item 4.5.3 e subitens);

• Empresas que não se enquadram no Quadro II (item 4.14 e subitens);


• Empresas de mesma atividade econômica (itens 4.14.3 e subitens);
• Empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo polo industrial ou comercial
(item 4.14.4 e subitens).

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O( s) estabelecimento( s) da contratante se enquadra( m) no Quadro II e


o número de empregados da contratada exercendo atividade naquele(
s) estabelecimento( s) não alcança os limites do Quadro II (item 4.5)
• Nesse caso, a contratante é obrigada a constituir o SESMT, que deverá
estender seus serviços aos empregados da( s) contratada( s) sempre
que a quantidade de empregados desta( s) que estiverem exercendo
atividades no estabelecimento da contratante não se enquadrar nos
critérios do Quadro II. Sendo assim, o SESMT deve atender aos
empregados da contratante e da contratada.
• A contratada, por sua vez, não fica dispensada de constituir o SESMT
quanto aos seus empregados que prestarem serviços em outras
empresas, devendo cumprir o disposto no item 4.2.5.

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Exemplo:
• Empresa Alfa que exerce atividade de comércio atacadista de gás liquefeito de petróleo
(GLP), grau de risco 3, possui um quadro de 600 empregados, obrigada a constituir
SESMT de acordo com o Quadro II da NR4.
• A empresa Alfa contrata: – Empresa prestadora de serviços de limpeza (Empresa Beta,
grau de risco 3), que terá 15 de seus empregados trabalhando nos serviços de limpeza da
empresa Alfa.
• Empresa prestadora de serviços de vigilância e segurança privada (Empresa Gama, grau
de risco 3), que terá dez de seus empregados trabalhando nos serviços de segurança e
vigilância da empresa Alfa.
• As Empresas Beta e Gama não estão obrigadas a constituir SESMT que atenda a seus
empregados que exercem atividade nos estabelecimentos da empresa Alfa, pois não se
enquadram nos critérios do Quadro II.
• Entretanto, tais empregados não ficarão a descoberto, pois a empresa Alfa é obrigada a
estender os serviços do seu próprio SESMT aos empregados das contratadas Beta e
Gama.
• Nesse caso, os empregados das contratadas (que trabalham no estabelecimento da
contratante) devem compor a base de cálculo para dimensionamento do SESMT.

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A empresa contratante e outras por ela contratadas não se enquadram


isoladamente no Quadro II, mas pelo número total de empregados de ambas,
no estabelecimento (itens 4.5.1 e 4.14)

• Nessa situação, o SESMT é organizado pelo sindicato ou associação da


categoria econômica correspondente, ou pelas próprias empresas
interessadas, e será mantido pelas empresas usuárias, que devem
participar das despesas na proporção do número de empregados
assistidos de cada empresa.
• O dimensionamento do SESMT nesse caso é feito de acordo com o
somatório dos empregados das empresas participantes.

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Exemplo
• Empresa Yankee que exerce atividade de fabricação de estruturas metálicas, grau de risco 4
conforme Quadro II, possui um quadro de 40 empregados, e é desobrigada de constituir SESMT
também de acordo com o Quadro II da NR4.
• A empresa Yankee contrata:
• – Empresa Kappa, prestadora de serviços de limpeza, grau de risco 3 conforme Quadro II, que
terá cinco de seus empregados trabalhando nos serviços de limpeza do estabelecimento da
contratante.
• – Empresa Zeta, prestadora de serviços de vigilância e segurança privada, grau de risco 3
conforme Quadro II, que terá cinco de seus empregados trabalhando nos serviços de segurança e
vigilância do estabelecimento da contratante.
• Isoladamente, as três empresas Yankee, Kappa e Zeta estão desobrigadas de constituir SESMT
(no caso das contratadas, considere-se a quantidade de empregados que exercem atividade no
estabelecimento da contratante), pois não se enquadram nos critérios do Quadro II.
• Entretanto, considerando o somatório dos empregados que exercem suas atividades no
estabelecimento da contratante (40 + 5 + 5 = 50) e o grau de risco 4 (grau de risco da
contratante), será obrigatória a constituição do SESMT, composto por um Técnico de Segurança
do Trabalho.

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A empresa contratada não se enquadra no


Quadro II (item 4.5.2)

• Quando a quantidade de empregados da empresa contratada for


bastante reduzida, de tal forma que, mesmo considerando-se o total
de empregados que prestam serviços nos estabelecimentos da
contratante, ela (a contratada) não se enquadre no Quadro II, a
empresa contratante deverá estender a assistência do SESMT a todos
os seus empregados (da contratada).

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SESMT comum às empresas contratadas sob


gestão da contratante (item 4.5.3 e subitens)
• Nesse caso, a contratante possui seu próprio
SESMT, e as contratadas são atendidas por um
SESMT comum, sob gestão da contratante.
• No entanto, esse SESMT comum somente poderá
ser constituído se houver previsão em Acordo
Coletivo de Trabalho ou Convenção Coletiva de
Trabalho.
• O dimensionamento desse SESMT comum deve
considerar o somatório dos trabalhadores assistidos
e a atividade econômica do estabelecimento da
contratante (desde que esse número alcance os
limites do Quadro II, claro). O número de
empregados das contratadas, assistidos pelo SESMT
comum, não integra a base de cálculo para
dimensionamento do SESMT das próprias
contratadas, individualmente.

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SESMT comum às empresas contratadas sob


gestão da contratante (item 4.5.3 e subitens)
• O SESMT comum constituído dessa forma deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente por comissão composta por
representantes:
• – da empresa contratante;
• – do sindicato dos trabalhadores;
• – da Superintendência Regional do Trabalho; ou na forma e
periodicidade previstas na convenção ou acordo coletivo.

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Empresas que não se enquadram no Quadro II


(item 4.14 e subitens)
Condição: Regra de dimensionamento:
Empresas cujos estabelecimentos não se Somatório dos empregados das
enquadram no Quadro II da NR4 poderão empresas participantes,
constituir SESMT Comum, que poderá ser obedecendo aos Quadros I e II
organizado pelo sindicato ou associação da da NR4.
categoria econômica correspondente ou pelas
próprias empresas interessadas.
Nesse caso, o SEMST comum, cuja constituição é
facultativa às empresas interessadas, será
mantido pelas empresas usuárias, que devem
participar das despesas na proporção do
número de empregados de cada uma.

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Empresas de mesma atividade econômica


(itens 4.14.3 e subitens)
Condição: Regra de dimensionamento:
Empresas de mesma atividade econômica, Somatório dos trabalhadores assistidos.
localizadas em um mesmo município, ou em É de ressaltar que o número de empregados
municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se assistidos pelo SESMT comum não integra a base de
enquadrem (ou não) no Quadro II poderão cálculo para dimensionamento do SESMT das
constituir SESMT comum (item 4.14.3 c/ c item próprias empresas.
4.14.3.1). O SESMT comum constituído dessa forma deve ter
seu funcionamento avaliado semestralmente por
Nesse caso, o SESMT Comum, que também é uma comissão composta por representantes:
faculdade das empresas interessadas, poderá ser – das empresas;
organizado pelo sindicato patronal ou pelas próprias – do sindicato dos trabalhadores;
empresas, desde que previsto em Convenção ou – da Superintendência Regional do Trabalho;
Acordo Coletivo de Trabalho.
ou na forma e periodicidade previstas na convenção
ou acordo coletivo.

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Empresas que desenvolvem suas atividades em


um mesmo polo industrial ou comercial (item
4.14.4 e subitens)
Condição: Regra de dimensionamento:
Empresas que desenvolvem suas Somatório dos trabalhadores assistidos e atividade econômica que
atividades em um mesmo polo empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos.
industrial ou comercial poderão Nesse caso, o número de empregados assistidos pelo SESMT comum
constituir SESMT comum, que não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das
deverá ser organizado pelas empresas.
empresas interessadas, desde que O SESMT comum assim constituído deve ter seu funcionamento
previsto nas Convenções ou avaliado semestralmente por comissão composta por representantes:
Acordos coletivos das categorias – das empresas;
envolvidas. Atenção: nesse caso é – do sindicato dos trabalhadores;
possível que as empresas tenham – da Superintendência Regional do Trabalho; ou na forma e
atividades econômicas diferentes. periodicidade previstas na convenção ou acordo coletivo.

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SESMT sazonal (item 4.6)


Condição: Regra de dimensionamento:
Constituído por empresas que Média aritmética do número
trabalhem em regime sazonal. de empregados do ano civil
anterior (janeiro a dezembro)

> > atenção: Não são os


últimos doze meses.

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SESMT EM CANTEIROS DE OBRAS E FRENTES


DE TRABALHO (ITEM 4.2.1 E SUBITENS)
• Canteiros de obras e frentes de trabalho com menos de 1.000
empregados devem observar o disposto no item 4.2.1 para
constituição do SESMT.

• Não devemos entender o SESMT descrito nesse item como do tipo


centralizado, uma vez que a quantidade de técnicos de segurança do
trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho deve ser
dimensionada por canteiro de obra ou frente de trabalho, e não de
forma centralizada.

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SESMT EM CANTEIROS DE OBRAS E FRENTES


DE TRABALHO (ITEM 4.2.1 E SUBITENS)
CONDIÇÃO Regra de dimensionamento:
– Os canteiros de – Para fins de dimensionamento do SESMT, os canteiros de obra e frentes de trabalho com
obra e frentes de menos de 1.000 empregados não são considerados estabelecimentos (temos aqui uma
trabalho devem exceção ao item 1.6, “d”, da NR1), mas sim integrantes da empresa de engenharia principal
estar situados no que será responsável por organizar o SESMT, que nesse caso poderá ser centralizado.
mesmo Estado ou
DF. No entanto, essa centralização abrange somente o médico do trabalho, engenheiro de
segurança e enfermeiro do trabalho (profissionais de nível superior).

– No caso dos demais profissionais, ou seja, o técnico de segurança e o auxiliar ou técnico


em enfermagem, o dimensionamento deve seguir as regras do Quadro II e será feito por
canteiro de obra ou frente de trabalho.

Agora, caso os canteiros de obras ou frentes de trabalho tenham 1.000 ou mais


empregados, eles deverão ser considerados como estabelecimentos independentes e
deverão constituir o SESMT individualmente.

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SERVIÇO ÚNICO DE ENGENHARIA E MEDICINA –


SOMENTE EMPRESAS DE GRAU DE RISCO 1 (ITEM 4.3 E
SUBITENS)
• A regra a seguir aplica-se somente a empresas de grau de risco 1:
• Caso a empresa seja obrigada a constituir o SESMT e já possua outros
serviços de engenharia e medicina compostos por engenheiros e médicos
(por exemplo, serviços de clínica médica), ela poderá integrar ambos os
serviços em um serviço único de engenharia e medicina.
• O serviço único de engenharia e medicina deverá ser composto pelos
profissionais especializados previstos no Quadro II da NR4.
• As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina são
obrigadas a elaborar programa bienal de segurança e medicina do
trabalho, que deverá ser submetido à aprovação da Secretaria de Inspeção
do Trabalho (SIT) e do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
(DSST).

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ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DO SESMT


• aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho
ao ambiente de trabalho, incluindo as máquinas e os equipamentos nele
presentes, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do
trabalhador.
• Recomendar EPI;
• Colaborar e orientar;
• Manter relacionamento com a CIPA
• (sem hierarquia);

• análise e registro de todos os acidentes que ocorrerem na empresa.

• elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de


meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção
à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente.

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COORDENAÇÃO
• Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional
qualificado, segundo os requisitos especificados no subitem 4.4.1.

• Isso significa que o SESMT poderá ser chefiado por qualquer um de


seus membros, não necessariamente pelo médico do trabalho ou
pelo engenheiro de segurança do trabalho (até mesmo porque, em
alguns casos, o SESMT possui apenas um técnico de segurança do
trabalho).

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REGISTRO
• Com a publicação da Portaria SIT 559 de 3 de agosto de 2016, o
registro do SESMT, antes realizado por meio da apresentação de
documentos nas unidades regionais do Ministério do Trabalho,
passou a ser feito pelo Sistema SESMT, disponível no sítio da internet
trabalho.gov.br.
• Exceções:É o caso do SESMT tipo comum (item 4.14 da NR4), do
SESTR – Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho
Rural (item 31.6 da NR31) e do SESSTP – Serviço Especializado em
Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário (item 29.2.1 da NR-29),
cujos registros devem ser efetuados diretamente nas unidades
regionais do MTb.

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INFORMAÇÕES DO PEDIDO DE REGISTRO


• a) nome dos profissionais integrantes;
• b) número de registro dos profissionais;
• c) número de empregados da requerente (empresa) e grau de risco
das atividades, por estabelecimento;
• d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
• e) horário de trabalho dos profissionais.

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