Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Púnguè
Chimoio
2021
Maria Emília Manuel
Supervisor:
dr. José Mandando
Universidade Púnguè
Chimoio
2021
Índice
CAPITULO I-INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.1. Justificativa...........................................................................................................................2
1.2. Relevância do tema...............................................................................................................3
1.3. Delimitação do tema.............................................................................................................3
1.4. Problematização....................................................................................................................3
1.5. Hipóteses..............................................................................................................................4
1.5.1. Hipótese geral....................................................................................................................4
1.6. Objectivos gerais e específicos.............................................................................................4
1.6.1. Objectivo geral...............................................................................................................4
1.6.2. Objectivos específicos...................................................................................................4
CAPITULO II-METODOLOGIAS................................................................................................5
2. Metodologias...............................................................................................................................5
2.1. Classificações quanto à natureza da pesquisa.......................................................................5
2.2. Classificação quanto aos objectivos da pesquisa..................................................................6
2.3. Classificação quanto à técnica de coleta de dados...............................................................6
2.4. Classificação quanto a técnicas de análise de dados............................................................7
2.5. Classificação quanto a amostragem......................................................................................7
2.5.1. Amostragens probabilísticas..........................................................................................7
2.5.2. Amostragens não-probabilísticas...................................................................................8
2.6. Método de abordagem científica..........................................................................................9
2.7. População..............................................................................................................................9
2.8. Amostra..............................................................................................................................10
CAPITULO III-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................11
3. Fundamentação teórica..............................................................................................................11
3.1. Números Inteiros................................................................................................................11
3.2. Multiplicação......................................................................................................................13
3.3. Divisão................................................................................................................................14
3.4. Erro como processo de aprendizagem................................................................................14
3.5. Plano cartesiano..................................................................................................................17
3.6. Demonstração do plano cartesiano na multiplicação e divisão de números inteiros..........17
3.6.1. Demonstração na multiplicação de números inteiros usando o plano cartesiano........18
3.6.2. Demonstração na divisão de números inteiros usando o plano cartesiano..................22
3.7. Orçamento..........................................................................................................................26
3.7. Cronograma das actividades...............................................................................................26
3.8. Bibliografia.............................................................................................................................27
Apêndices......................................................................................................................................29
Apêndice I - Teste.........................................................................................................................30
Apêndice II - Guião de correcção do teste....................................................................................31
1
CAPITULO I-INTRODUÇÃO.
1. Introdução.
No presente projecto abordar-se-á o uso de plano cartesiano como ferramenta didáctica par
auxiliar nas operações de multiplicação e divisão em ℤ. Sabe-se que as operações com números
inteiros é um dos conteúdos de difícil compreensão para os estudantes de 8º, pois nas séries
anteriores os alunos trabalharam apenas com números naturais e a ideia da existência de
números negativos é estranha. As regras de sinais para as operações com números inteiros são
complexas e isso dificulta o seu entendimento. Percebe-se que desenvolver um trabalho, com
vistas à aprendizagem dos alunos, é de suma importância para o professor que tem vontade de
modificar essa realidade. Portanto é necessário que os estudantes sejam instigados e desafiados
a aprender. O trabalho ora em curso está dividido de seguinte maneira:
No 2º capítulo contempla a metodologia que será usada para realização do trabalho, desde
abordagem metodológica, instrumentos de recolha de dados, questionário, observação, métodos
de análise de dados.
1.1. Justificativa.
Para academia, o estudo poderá ser útil na medida em que poderá conduzir debates científicos
que ditam sobre a multiplicação e divisão de números inteiros com maior ênfase para ensino
básico secundário.
Sob ponto de vista social, espera-se com esta investigação, venha ajudar aos professores, alunos,
pais e encarregados de educação e outros intervenientes sobre o uso do plano cartesiano na
multiplicação e diviso de números inteiros e minimizando os erros que os alunos cometem no
sinal do resultado ao efetuar operações aritméticas simples com números relativos e contribuir
na construção do conhecimento e do alto rendimento pedagógico nesta área, facto que poderá
despertar interesse de outros pesquisadores na exploração e aprofundamento das técnicas
multiplicação e diviso em ℤ .
O presente trabalho que tem como o tema, uso do plano cartesiano na multiplicação e divisão em
ℤ, o estudo será realizado na Escola Secundária Vila-Nova, na cidade de Chimoio algures do
bairro Vila-Nova. O tema ora em curso enquadra-se na disciplina de Matemática 8ª classe.
1.4. Problematização.
1.5. Hipóteses
Suposição que se coloca como resposta plausível e provisória à pergunta que é o problema
da pesquisa. Segundo SILVA & MENEZES (2001). ‟ É a apresentação de uma solução
prévia ao problema escolhido pelo pesquisador, podendo ser ou não confirmada ao final do
trabalho”. Segundo os autores hipótese serve para definir até onde o pesquisador pode
chegar, sendo uma diretriz de todo o processo de investigação, o presente trabalho teve como
hipóteses abaixo indicado:
Segundo (CUNHA, 2011) objectivo geral é aquilo que o pesquisador busca obter a título de
resultado no final de sua investigação. Deve-se empregar o verbo no infinitivo, sendo indicado
para uso verbos como compreender, propor ou determinar. Segundo a mesma fonte os objectivos
específicos consistem na descrição dos procedimentos que serão percorridos para que se alcance
o resultado da pesquisa. É dizer, o pesquisador alcançará o objectivo geral a partir do emprego
de quais procedimentos. (CUNHA, 2011).
CAPITULO II-METODOLOGIAS.
2. Metodologias.
O presente capítulo, trata dos aspectos metodológicos que guiarão a pesquisa, e está estruturado
com uma breve caracterização da população, a amostra, instrumentos de recolha de dados,
métodos de análise de dados.
Segundo (GIL, 1999) “Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o
uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão,”
Segundo (VIEIRA, 2006), “a pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamenta
principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não utilização de
instrumental estatístico na análise dos dados. ”
Esta pesquisa será do tipo quantitativo porque caracterizar-se-á pela utilização de instrumento
estatístico na análise dos dados, pois os dados coletados serão quantificados o que significa
6
traduzi-los em números, tabelas e gráficos percentuais. Os testes realizados pelos alunos serão os
únicos instrumentos de recolha de dados. Neste caso, a pesquisadora corrigirá os testes e depois
analisará a partir do aproveitamento dos mesmos.
A pesquisa ora em curso será descritiva que segundo (GIL, 1999), pesquisa descritiva visa
descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. Esse tipo de
pesquisa, segundo Selltiz et al., (1965) busca descrever um fenómeno ou situação em detalhe,
especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exactidão, as características de
um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos.
2º Passo: Findo do primeiro passo seguir-se-á a correcção e alistamento dos tipos de erros
cometidos pelos alunos com objectivo de analisa-los. Após desse procedimento a pesquisadora
administrará um ensaio pedagógico de uma aula usando o plano cartesiano aos mesmos alunos
submetidos ao pré-teste.
Segundo (MARCONI & LAKATOS, 1996) “A análise dos dados é uma das fases mais
importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que serão apresentados os resultados e a
conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser final ou apenas parcial, deixando
margem para pesquisas posteriores ”.
Para sistematização das informações recolhidas dos testes recorrer-se-á ao Excel 2013, onde será
criada uma base de dados relacionado aos testes. No que tange a análise de dados recorrer-se-á a
método estatístico que consiste na disposição dos dados em tabelas e gráficos percentuais que
segundo a mesma fonte, o objectivo da estatística descritiva é o de representar, de forma concisa,
sintética e compreensível, a informação contida num conjunto de dados. Esta tarefa, que adquire
grande importância quando o volume de dados for grande, caracteriza-se na elaboração de
tabelas, gráficos, e no cálculo de dados ou indicadores que representam convenientemente a
informação contida nos dados.
É um tipo de pesquisa de custo baixo e simples de ser executada. Na amostragem por julgamento
também chamada de intencional, os elementos escolhidos são aqueles julgados típicos da
população que se quer pesquisar. O pesquisador usa critérios profissionais ao invés do acaso
para selecionar os elementos da amostra. A amostragem por quotas é semelhante à estratificada
proporcional, no entanto a seleção não é aleatória. A população é dividida em subgrupos e
seleciona-se uma quota de cada subgrupo, proporcional ao seu tamanho.
Segundo REA & PARKER (2002 p. 150) incluem nas amostragens não-probabilísticas ainda a
do tipo “bola de neve” utilizada quando é difícil identificar os entrevistados em potencial.
“Depois que uns poucos são identificados e entrevistados, pede-se que indiquem outras pessoas
que poderiam vir a ser entrevistadas”, formando assim o efeito “bola de neve”.
2.7. População.
(SILVA & MINEZES, 2005:32) “População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de
indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo”.
Na visão de (GIL 2008) população “ é a totalidade de elementos sob estudo que apresentam
uma ou mais características em comum ” . Constituirá população do presente estudo um
universo de 200 alunos da 8a classe do regime presencial.
10
2.8. Amostra.
Segundo (SILVA & MINEZES, 2005: 32) “ Amostra é parte da população ou do universo,
selecionada de acordo com uma regra ou plana. A amostra pode ser probabilística e não
probabilística ”. Segundo BARBETTA (1998),o cálculo do tamanho da amostra é um
“problema complexo”. Para determinar o tamanho da amostra é preciso especificar o nível de
confiança e o intervalo de confiança. Nível de confiança “é o erro que o pesquisador está
disposto a aceitar no estudo. [...] o pesquisador normalmente irá escolher um nível de confiança
de 95% [5% de chance de erro] ou de 99% [1% de chance de erro] ”. (REA & PARKER, 2002,
p. 123). E o intervalo de confiança determina o nível de precisão da amostragem.
3. Fundamentação teórica.
Neste capítulo discutir-se-ão conceitos e outros aspectos considerados relevantes para esta
temática tais como: a revisão da literatura onde serão arrolados os fundamentos teóricos do tema
em estudo, desde as definições de conceitos de multiplicação, divisão e números inteiro.
De acordo com MILIES & COELHO (2001), os números inteiros são constituídos dos números
naturais {0, 1, 2, ...} e de seus opostos {0, - 1, - 2, ...}. O conjunto de todos os números inteiros é
representado pela letra ℤ, que se origina do da palavra alemã Zahlen, que significa saldar, pagar.
Número, em alemão, se escreve zahl.
Os resultados das operações de soma, subtração e multiplicação entre dois Inteiros são inteiros.
Dois números inteiros admitem relações binárias como =, > e < - 2 < - 1 < 0 < 1 < 2 < 3... e faz
de ℤ uma ordenação total sem limite superior ou inferior. Chama- se de inteiro positivo os
inteiros maiores que zero.
Uma importante propriedade dos números inteiros é a divisão com resto: dados dois números
inteiros a e b com b ≠ 0, pode- se, sempre, encontrar inteiros q e r tais que: a = b q +¿ r e tal que
0≤¿ r¿|b| , q é chamado o quociente e r o resto da divisão de a por b. Os números q e r são
unicamente determinados por a e b. Tal divisão torna possível o Algoritmo Euclidiano para
calcular o máximo divisor comum, que também mostra que o máximo divisor comum de dois
inteiros pode ser escrito como a soma de múltiplos destes dois inteiros.
Definimos o conjunto dos Números Inteiros Relativos como a reunião do conjunto dos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Esse conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão), e que pode ser escrito por:
ℤ = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...}
Segundo ( GIOVANNI, 1985: 18): “O conjunto constituído pelos números inteiros negativos,
pelo número zero e pelos números inteiros positivos é denominado conjunto dos números
inteiros relativos...”.
Em todos esses conceitos, ficou claro que os Números Inteiros Relativos são formados
basicamente por números inteiros positivos, negativos e o zero como centro divisor desses dois
pólos. Após a conceituação dos Números Inteiros Relativos, julgou-se interessante apresentar
uma série de conteúdos matemáticos específicos sobre os mesmos, segundo Giovanni (1985).
Iniciou-se com os subconjuntos de ℤ:
Conjunto dos números inteiros exceto o número zero: ℤ* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos números inteiros não negativos: ℤ+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos números inteiros não positivos: ℤ- = {..., -4, -3, -2, -1, 0}, sendo que não existe
padronização para essas notações.
Interessa demonstrar agora como os Números Inteiros se apresentam na Reta Numerada.
Para (GIOVANNI, 1985), a reta numerada ou como ele à chama “Reta Numérica Inteira” deve
ser construída e observada da seguinte maneira:
“- À direita do ponto 0, com certa unidade de medida (1 cm, por
exemplo), assinalamos pontos consecutivos e, para cada ponto, fazemos
corresponder um número inteiro positivo.
- À esquerda do ponto 0, com a mesma unidade, assinalamos pontos
consecutivos e, para cada ponto, fazemos corresponder um número
negativo.
- Ao ponto 0, denominado origem, fazemos corresponder o número
zero”. (GIOVANNI, 1985b: 20).
Baseando-se ainda na reta numerada, podemos afirmar que todos os números inteiros possuem
um, e somente um, antecessor e também um, e somente um, sucessor. Todo número possui sua
ordem e simetria particular, tal como se apresenta abaixo a ordem e simetria no conjunto ℤ. O
sucessor de um número inteiro é o número que está imediatamente à sua direita na reta (em ℤ) e
13
o antecessor de um número inteiro é o número que está imediatamente à sua esquerda na reta
(em ℤ). Por exemplo:
3 é sucessor de 2 e 2 é antecessor de 3; -5 é antecessor de -4 e -4 é sucessor de –5; 0 é antecessor
de 1 e 1 é sucessor de 0; -1 é sucessor de -2 e -2 é antecessor de -1
Todo número inteiro, excepto o zero, possui um elemento denominado simétrico ou oposto -z e
ele é caracterizado pelo fato geométrico que tanto z como -z estão à mesma distância da origem
do conjunto ℤ que é 0. Por exemplo: O oposto de ganhar é perder, logo o oposto de +3 é –3; o
oposto de perder é ganhar, logo o oposto de -5 é +5
Sobre a simetria ou oposto dos Números Inteiros Relativos (DIENES 1975), afirma que:
3.2. Multiplicação.
Segundo (LISBOA, 1863, p. 23). [...] Tem por fim achar um numero derivado de um numero
dado, do mesmo modo que outro também dado se deriva de um. [...] Dous números dados um se
chama multiplicando, o outro multiplicador, e ambos estes são ditos factores. O numero
resultante, que se intenta ou procura achar derivado do multiplicando como o multiplicador se
deriva de um, é chamado produto.
Segundo (LISBOA, 1863, p. 32): “Divisão é uma das quatro operações da Arithmetica,
operação que tem por objecto, sendo dado dous numeros, achar um terceiro, que multiplicado
pelo segundo dê um producto igual ao primeiro”
“Dos dous termos dados da divisão o primeiro se chama dividendo, o segundo divisor; e o
terceiro não dado se chama quociente.” E observa que:
3.3. Divisão.
Segundo LISBOA, (1863, p. 32) “Divisão é uma das quatro operações da Aritmética, operação
que tem por objecto, sendo dado dous números, achar um terceiro, que multiplicado pelo
segundo dê um produto igual ao primeiro. Dos dous termos dados da divisão o primeiro se
chama dividendo, o segundo divisor; e o terceiro não dado se chama quociente.” E observa que:
Com a finalidade de criar estratégias e ações que viabilizam analisar as dificuldades encontradas
e tornar a aprendizagem mais significativa ao aluno, a análise de erros mostra-se importante para
o professor, pois é um instrumento que o auxilia na investigação das respostas encontradas por
seus alunos. Numa concepção de avaliação mais preocupada com a formação do aluno em
termos de aprendizagem.
Segundo PINTO (2009, p.12), “o erro deixa de ser apenas uma resposta a ser analisada: ele
passa a ser uma questão desafiadora que o aluno coloca ao professor – portanto, um elemento
desencadeador de um amplo questionamento do ensino.” Assim, ainda segundo PINTO (2009,
p.12), “o erro dirige o olhar do professor para o contexto e para o processo do conhecimento a
ser construído.”
Segundo PINTO (2009, p.21-22), ao avaliar seus alunos, o professor certifica-se de seu
progresso (quando avalia os erros por eles cometidos). Todavia, considerar o erro do aluno como
indicador de seu progresso escolar não é tão simples quanto parece. Se o único objetivo da
avaliação for verificar o resultado, ou seja, para constatar, sumariamente, o nível do desempenho
do aluno (em termos de certo ou errado), não é preciso refletir muito.
O objeto da avaliação é o conhecimento do aluno. Muitos erros têm sua lógica, por isso é
importante analisar o tipo do erro cometido pelo aluno, pois ele faz parte do processo de ensino
aprendizagem; sendo assim a avaliação é uma atividade investigativa. Deve-se, portanto,
entender o erro no processo de ensino, percebendo a sua natureza, pensando numa prática que
possibilite a aprendizagem. O erro pode sugerir aos professores a maneira como os estudantes
estão pensando e construindo os conceitos, e assim possibilita o desenvolvimento de
metodologias que se articulam a uma proposta de desenvolvimento teórico-prático.
Segundo Cury:
16
Ou seja, observando os erros mais frequentes dos alunos, o professor quando falar daquele
conteúdo saberá onde está suas maiores dificuldades podendo, então, pensar melhores estratégias
de ensino. É importante que o professor reflita diante do erro dos alunos mediando suas ações no
sentido de possibilitar eles superar dificuldades que os impedem de aprender.
Segundo SOARES (2008), observa que alguns professores adotam o método tradicional para o
ensino dos números inteiros, baseado em memorizações, e fazendo uso de exercícios que
enfatizam a repetição de regras, sem nenhum contexto e criatividade. Essa postura dificulta a
aprendizagem dos alunos além de não despertar o interesse deles.
Portanto, o ensino-aprendizagem com base somente em memorização de regras não permite que
o professor interaja com seus alunos e estimule o pensamento crítico e a curiosidade a cerca dos
conteúdos estudados. Essa postura tradicionalista de abordagem dos números inteiros provoca
um grande distanciamento entre a Matemática escolar e a cotidiana, embora seja possível notar a
presença dos números inteiros em diversas situações do nosso dia-a-dia. É importante ressaltar
que a memorização de regras, se aplicada após a explicação do conteúdo, pode auxiliar o ensino-
aprendizagem de matemática uma vez que pode proporcionar ao aluno agilidade na hora de
resolver atividades. Obviamente não se deve obrigar o aluno a memorizar uma regra sem
explicar pra ele o porquê da regra pois isso certamente não fará nenhum sentido para o aluno.
17
Com objetivo de facilitar a compreensão por parte dos alunos, será utilizado o plano cartesiano
dividido em quatro quadrantes, sendo o primeiro e o terceiro representando produtos positivos e
o segundo e o quarto representando produtos negativos. Para efetuar a multiplicação, marcou-se
o primeiro factor no eixo horizontal e o segundo fator no eixo vertical. Em seguida construiu-se
um retângulo cujos vértices serão ponto de origem, ponto sobre eixo horizontal, ponto sobre
eixo vertical e o ponto de intersecção da reta perpendicular ao eixo horizontal que passou pelo
ponto marcado anteriormente e da reta perpendicular ao eixo vertical que passou pelo ponto
também marcado anteriormente. O produto será representado pela área do retângulo e o sinal
do produto será definido pelo quadrante em que situava este retângulo.
A=4X2
A=8
18
Ou, ainda, podemos observar que o retângulo acima pode ser subdividido em 8 quadrados
iguais.
Vamos construir um plano cartesiano. Podemos observar que no mesmo existem dois eixos, um
horizontal e outro vertical, e a interseção destes é chamada de ponto de origem, tendo em vista
que a contagem começa a partir deste ponto.
Observamos, ainda, que no eixo horizontal, atribuímos valores positivos para lado direito do
ponto de origem e valores negativos para lado esquerdo do ponto de origem e, no eixo vertical,
atribuímos valores positivos para lado superior do ponto de origem e valores negativos para
lado inferior do ponto de origem.
Ex: (+3) × (+ 4)
Agora, vamos preencher esta área com peças verdes, tendo em vista que retângulo está
localizado no primeiro quadrante e assim precisamos usar peças verdes para preenchê-lo.
20
Podemos observar que usamos 12 peças verdes. Assim concluímos que (+3) × (+4) = +12.
Agora, vamos preencher esta área com peças vermelhas, tendo em vista que o retângulo está
localizado no quarto quadrante e assim precisamos usar peças vermelhas para preenchê-lo.
Podemos observar que usamos 10 peças vermelhas para preencher o retângulo. Assim,
podemos concluir que (+5) × (–2) = –10.
Agora, vamos preencher esta área com peças vermelhas, tendo em vista que o retângulo está
localizado no segundo quadrante e assim precisamos usar peças vermelhas para preenchê-lo.
21
Podemos observar que usamos 6 peças vermelhas para preencher o retângulo. Assim, podemos
concluir que (–2) × (+3) = – 6.
O produto de (+3)× (–2) também é – 6. Assim, podemos concluir que (+3) × (−2) = (−2) × (
+3), ou seja, a propriedade comutativa da multiplicação foi confirmada.
Ex: (−2) × (− 4)
Podemos observar que usamos 8 peças verdes para preencher o retângulo. Assim, podemos
concluir que (−2) × (− 4) = +8.
Ex: (+8) ÷ (+ 4)
Na divisão, o dividendo representa a quantidade total de peças a serem distribuídas para
construção de retângulo e o divisor representa o lado deste retângulo sobre o eixo horizontal.
Após distribuirmos as 8 peças verdes, podemos observar que um dos vértices do retângulo no
eixo vertical é +2 (ou simplesmente 2). Assim podemos concluir que (+8) : (+ 4) = +2.
Após distribuirmos as 24 peças verdes, podemos observar que um dos vértices do retângulo no
eixo vertical é − 4. Assim podemos concluir que (+24) ÷ (−6) ¿ − 4.
Após distribuirmos as 6 peças vermelhas, podemos observar que um dos vértices do retângulo
no eixo vertical é −2. Assim podemos concluir que (−6) ÷ (+3) ¿ −2.
Após distribuirmos as 15 peças vermelhas, podemos observar que um dos vértices do retângulo
no eixo vertical é +3 (ou simplesmente 3). Assim podemos concluir que (–15) ÷ (–5) = +3
A esse respeito, SOARES (2008) comenta que ao usar os jogos em sala de aula ele percebeu o
interesse e motivação por parte dos alunos além de notar a socialização e interação entre eles.
O autor destaca também que o jogo pode propiciar momentos de diversão e aprendizagem,
motivando os alunos na construção dos conhecimentos e conclui dizendo que o jogo pode
contribuir para que os alunos aprendam os números inteiros de forma significativa pois
possibilita a compreensão das ideias das operações de forma concreta por meio das inúmeras
relações que se estabelecem entre aluno e jogo, entre aluno e seus colegas e entre aluno e
pesquisador.
26
3.7. Orçamento.
Nesta secção é apresentada uma planilha de despesas com a realização da pesquisa, nele são
indicados todos os materiais ou equipamentos necessários para o desenvolvimento da pesquisa
tais como: despesas de custeio (remuneração de serviços pessoais, materiais de consumo, outros
serviços de terceiros e encargos), despesa de capital (equipamentos e material permanente). Na
presente pesquisa serão usados seguintes materiais:
Nesta secção está indicada o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas
da pesquisa. Para o presente trabalho o plano de actividades será desenrolado entre os meses de
Setembro a Outubro, organizado da seguinte maneira:
3.8. Bibliografia.
BARBETTA, P.A. Estatística aplicada às ciências sociais. 2. ed. Ver. Florianópolis: Editora da
UFSC, 1998.
COELHO, M.P. F. A Multiplicação de números inteiros relativos no “Ábaco dos Inteiros”: uma
investigação com alunos do 7.º ano da escolaridade. Dissertação de Mestrado em Educação.
Universidade de M
CURY, H. N. Análise de erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos. 2. ed. 1.
reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
Gil, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social: São Paulo: Atlas. (2008)
MATTAR, F.N. Pesquisa de Marketing: ,etodologia e planejamento. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.
MILIES, F.C.P.; COELHO, S.P. Números: uma introdução à matemática. 3.ed. São Paulo:
Edusp, 2001.
PINTO, N.B. O erro como estratégia didática: Estudo do erro no ensino da matemática
elementar. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 2000 - (Série Prática Pedagógica), 2009.
28
SOARES, P. J. O jogo como recurso didático na apropriação dos números inteiros: uma
experiência de sucesso. Dissertação (Mestrado) — Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, 2008.
VIEIRA, M. M. F: Pesquisa qualitativa em administração. 2ª. ed. Rio de Janeiro: FGV, (2006).
29
Apêndices
Apêndice I - Teste
Leia atentamente a prova e responda com clareza as questões que lhes são colocadas sem borrões.
1. Calcula.