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SÃO PAULO
2020
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
SÃO PAULO
2020
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STEPHANIE FRANÇA DE OLIVEIRA
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Professor orientador
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SÃO PAULO
2020
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À todas pessoas que, assim como eu, encontrou no feminismo a libertação.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus porque sem Ele eu não teria chegado aqui.
Agradeço também aos meus pais Dona Tânia e Augusto que estiveram
sempre ao meu lado e por apoiarem tanto meus sonhos.
Aos meus amigos que escutaram todas as minhas reclamações, meus choros,
minhas recusas aos convites, mas ainda sim incentivaram a não desistir e mostrar do
que sou capaz.
Aos meus mestres que me inspiram ao labor de advogar e por serem grandes
incentivadores das minhas conquistas.
De modo geral, sou grata por todos que fizeram parte desse grande momento
da minha vida.
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RESUMO
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ABSTRACT
The article deals with sexual harassment in public transport, which unfortunately in
weight is common for the female gender. To this end, I will initially address some areas
of this theme, being historical, sociological, psychological and law. In summary, it will
be presented in this work how the cultural structure influences people's behavior and
the importance of this legislative production.
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SUMÁRIO
1. Introdução .........................................................................................................9
2. Importunação sexual no transporte público ....................................................10
3. Breve histórico da conduta não tipificada .......................................................12
3.1 Legislação brasileira .................................................................................14
4. Importância da conscientização da lei 13.718/18 ...........................................15
5. Considerações finais ......................................................................................16
6. Referências .....................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
Este artigo visa informar a relevância deste tema para atualidade do Direito
Penal. O termo popularmente conhecido como assédio no transporte público, também
o assédio de forma generalizada em qualquer ambiente de aglomeração denota da
prática de atos libidinosos. Diante disso, a produção da lei 13.718/2018 criminaliza os
crimes contra a liberdade sexual e corrigiu a terminologia para crimes de importunação
sexual.
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SILVA, Plácido e. Vocabulário Jurídico. Vol. II; São Paulo: Forense, 1967, p. 526.
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D’ELIA, Fábio Suardi. Tutela Penal da Dignidade Sexual e vulnerabilidade. São Paulo: Letras Jurídicas, 2014.
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cargos que antigamente eram predominância masculina. Entretanto, a cultura não
deixa de ser um fator com a ideia persistente de posse em relação a mulher.
Apenas quem já passou por isso sabe a dor, o medo e o desespero de sofrer
essa violência onde um indivíduo simplesmente invade o seu espaço, fere sua
dignidade e faz com que ainda se sinta culpada pelo ocorrido.
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CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Crimes contra a dignidade sexual: tópicos relevantes. 2º Edição. Curitiba,
Juruá, 2020. 132,133p.
CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Ejaculação no rosto de inopino e os perigos de uma tipificação penal simbólica.
Disponível em; www.jus.com.br Acesso em: 06 out. 2019
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3.1. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código penal comentado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 455
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Outrossim, a lascívia pode ser definida como a satisfação do prazer sexual de
si mesmo ou dos outros em qualquer aspecto caracterizado por desejos incontroláveis
de modo a abusar da moral pública e privada.
Destaca-se o adendo do legislador “se o ato não constitui crime mais grave”
indica se a conduta emoldar delito mais grave, exemplo, com emprego de violência
ou grave ameaça poderá ser tipificado pelo 213, CP, com pena aumentada. Não
obstante, se trata de infração de médio potencial ofensivo vez que a pena mínima é
de um ano, por conseguinte significa que pode ser concedido a suspensão condicional
do processo.
Caso você sofra esse tipo de violência, a princípio e por mais difícil que seja
tente produzir provas do ocorrido, filme ou tire foto com o celular, chame atenção de
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outra pessoa para que veja e testemunhe a situação e ajude a conter o agressor até
chegada das autoridades.
Procure ajuda seja de qualquer outra pessoa, mais eficiente uma figura de
autoridade dependendo do ambiente que estiver e acione imediatamente a polícia
para que o agente seja detido em flagrante.
Senão conseguir produzir nenhuma prova, realizar o flagrante, isso não deve
ser óbice para denúncia. Ainda é possível ofertar denúncia e é importante que você
diga o máximo de informações que lembrar do agente e do ocorrido tais como se for
no transporte público a linha do trem/metrô, direção, horário, tudo o que puder lembrar,
caso tenha acontecido na rua, recordar endereço, verificar se possui câmeras de
segurança, pois tudo isso será importante para identificação do agente na
investigação policial.
Feito isto, encaminhe a uma delegacia da mulher, caso não tenha uma em
sua cidade, a delegacia de polícia e registre o boletim de ocorrência.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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arraigados pela cultural patriarcal no Brasil onde somos inferiorizadas e subjugadas
pelo simples fato de ser do sexo oposto.
Vista disto, o legislativo Brasileiro está cada vez mais progredindo para
proteger as mulheres dado como a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), Lei do
Feminicídio (Lei nº 13.104/15), agora Lei de importunação sexual (Lei 13.718/18). Em
que pese não estou dizendo que apenas mulheres sofrem essas violências
supramencionadas, todavia é o público mais atingido.
6. REFERÊNCIAS
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CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Crimes contra a dignidade sexual: tópicos
relevantes. 2º Edição. Curitiba, Juruá, 2020. 132,133p.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Juiz Federal. Foi Defensor Público, Promotor
de Justiça e Procurador do Estado. Legislação: As mudanças nos crimes sexuais
promovidas pela Lei nº 13.718/2018. Disponível em: <
https://crianca.mppr.mp.br/pagina-2165.html# >
CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código penal comentado. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 455
SILVA, Plácido e. Vocabulário Jurídico. Vol. II; São Paulo: Forense, 1967, p. 526.
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D’ELIA, Fábio Suardi. Tutela Penal da Dignidade Sexual e vulnerabilidade. São
Paulo: Letras Jurídicas, 2014.
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