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net/publication/317175802
Antropologia forense
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Martin Evison
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Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and
Espindula, A. (eds.), Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª
Edição), São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
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Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
ANTROPOLOGIA FORENSE
Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães1, Profa. Dra. Raffaela Arrabaça Francisco2, Dr. Martin Paul
Evison3
3- Director of Northumbria University Centre for Forensic Science (NUCFS) and Professor of Forensic
Science Department: Applied Sciences. Northumbria University Newcastle – UK.
Introdução
Coleta de Dados
Muitos são os métodos de coleta de dados em Antropologia Forense. Porém, quatro são os
de utilização mais frequente: a) Antroposcopia, b) Antropometria, c) Histologia e d) Análises
químicas (BYERS, 2008; VELLOSO, FRANCISCO e GUIMARÃES, 2013).
a) Antroposcopia: avaliação a olho nu ou com auxílio de lentes dos remanescentes
ósseos. Podem ser usados métodos de imagens como raios-X, tomografia
computadorizada, ressonância magnética, etc. É o método mais prático e mesmo na
dependência da experiência do observador e de alguns elementos de subjetividade
leva a avaliações corretas em mais de 80-90% dos casos (proporção cientificamente
maior que o acaso). É muito usada na avaliação de relevos ósseos como na estimativa
de sexo.
b) Antropometria (ou osteometria): é a medida dos ossos, usando, por exemplo,
paquímetros ou tábua osteométrica. Rotineiramente utilizada na medida de ossos
longos para estimativa de estatura ou de índices faciais (eventualmente úteis para
estimativa de ancestralidade). Rotineiramente usada nos exames antropológicos
forenses.
c) Histologia: utilizada para avaliação da microestrutura óssea. Podem ser utilizados
métodos de rotina, com colorações básicas. Mas também colorações especiais ou
outros métodos mais sofisticados como microscopia eletrônica de varredura (MEV) ou
ainda imunohistoquímica, por exemplo. É muito útil na pesquisa de reações vitais que
podem distinguir lesões como ocorridas peri ou post-mortem ou ainda diagnóstico de
quadros patológicos individuais que podem levar à identificação individual em certas
circunstâncias. Pode ser útil também como forma de triagem qualitativa anterior à
execução de exame de DNA para identificação (SOLER et al., 2011 a e b).
d) Análises químicas: menos comuns na rotina, mas podem ser muito úteis em
circunstâncias especiais. Qualquer método químico pode ser usado na dependência
de casos específicos. Por exemplo, pesquisa de resíduos de chumbo para investigação
de local de alojamento de projéteis, pesquisa de componentes de pólvora (como o
antimônio) que pode revelar disparo de arma de fogo muito próximo ou encostado na
vítima, ou ainda pesquisa de resíduos de substâncias tóxicas as mais variadas possíveis.
Análise de dados
Cinco métodos de análise são os mais utilizados para os dados originados de exames
antropológicos forenses: a) Tabelas de decisão, b) Gráficos de faixa de abrangência, c) Índices,
d) Funções discriminantes, e e) Equações de regressão (BYERS, 2008; VELLOSO, FRANCISCO e
GUIMARÃES, 2013).
a) Tabelas de decisão: Método no qual as variáveis necessárias para analisar uma
característica antropológica são organizadas em uma tabela com possibilidade de
resposta padronizada (presente ou ausente; uma forma ou outra; de um tipo ou outro; ou
ainda de aspecto duvidoso), de tal forma que, ao final da análise, o maior número de
dados indicando uma determinada característica predomina, favorecendo a escolha
desta como sendo o resultado final. Utilizadas na estimativa de sexo pela pelve e pelo
crânio.
b) Gráficos de faixa de abrangência: utilizados para características antropológicas que
possuem um intervalo de abrangência ou variabilidade, como a faixa etária por exemplo.
A partir de diferentes estimativas nas quais são obtidas faixas para cada uma, busca-se
uma única faixa de abrangência que resuma todas de uma maneira inteligível.
c) Índices: métodos estatísticos simples e poderosos baseados em características mensuráveis
que criam uma noção de proporcionalidade. Normalmente são a divisão de uma divisão
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
por outra multiplicada por 100. Extremamente úteis na obtenção de proporções da face
humana.
d) Funções discriminantes: metodologia estatística mais complexa que combina análises de
diferentes medidas simultaneamente. Por exemplo, a elaboração de uma função
matemática que combine a análise simultânea de diferentes índices da face para
obtenção de uma fórmula que permita, com a entrada de dados, chegar à conclusão,
por exemplo, sobre a ancestralidade da ossada. É menos utilizada na rotina e mais na
pesquisa de dados populacionais.
e) Equações de regressão: método utilizado para obtenção de um determinado parâmetro
antropológico que não pode ser obtido com base na sua mensuração direta, mas sim
indiretamente através da medida de elementos ósseos que tenham correspondência com
este parâmetro. É o caso da estimativa da faixa de estatura do indivíduo em vida, que
pode ser obtida através da medida de ossos longos, cuja dimensão e relação com a
estatura final já foram obtidos em estudos populacionais.
Tabela 2: Modelo de tabela de decisão com as características para estimativa do sexo em exame
antropológico segundo o protocolo LAF-CEMEL, com base na pelve, crânio e mandíbula
(VELLOSO, FRANCISCO e GUIMARÃES, 2013).
Pelve
Característica Sexo masculino Sexo feminino
Tamanho do ângulo sub-púbico Estreito Largo
Presença do arco ventral (ísquio) Ausente Presente
Presença da crista medial ísquio- Ausente Presente
púbica
Tamanho do sulco isquiático maior Pequeno e estreito Grande e largo
Espessura da asa do sacro Espessa e robusta Fina e delicada
Curvatura do sacro Muito curvo Pouco curvo
Tamanho da superfície auricular Grande e longa Pequena e curta
sacral (articulação sacro-ilíaca)
Projeção da superfície auricular Pouco projetada, tendendo Muito projetada, destaca-se
a plana na superfície do da superfície do osso ilíaco
osso ilíaco
Presença do sulco pré-auricular Ausente Presente
Crânio
Característica Sexo masculino Sexo feminino
Forma da glabela / pontes supra- Ressaltada, destaca-se da Delicada, tende a plana na
orbitais superfície do osso frontal superfície do osso frontal
Presença da protuberância Evidente e bem marcada Pouco evidente e pouco
occipital marcada
Tamanho do processo mastóide Grande e robusto Pequeno e delicado
Presença da crista supramastóide Presente e bem marcada Ausente ou pouco marcada
Altura / robustez do zigomático Altos e robustos Pequenos e delicados
Mandíbula
Característica Sexo masculino Sexo feminino
Tamanho e forma do mento Grande, frente reta, Pequeno, frente curva,
geralmente com duas geralmente com uma única
protuberâncias protuberância central
Abertura do ângulo mandibular Aberto e bastante saliente Pouco aberto e não-saliente
lateralmente lateralmente
Cada uma das características apresentadas na tabela 2 deve ser analisada, marcando-se
a qual sexo cada uma delas corresponde. Ao final, verifica-se a qual sexo foi atribuído o maior
número de características, o que leva à estimativa final sobre o sexo do indivíduo ao qual
pertencia a ossada. Para obtenção de descrição mais detalhada de cada uma das
características apresentadas recomenda-se a consulta das obras de BASS (1995), BURNS (1999),
FAIRGRIEVE & OOST (2001), WHITE & FOLKENS (2005), BYERS (2008) e WHITE, BLACK & FOLKENS
(2012).
Em caso de empate no número de características na tabela de decisão ou presença de
características duvidosas, recomenda-se finalizar a análise com a conclusão de que não foi
possível estimar o sexo no esqueleto. Felizmente esta situação é bastante rara. Desde sua
inauguração, o LAF-CEMEL teve somente um único caso com elementos ósseos preservados no
qual não foi possível realizar a atribuição final de sexo, pois a pelve indicava sexo masculino
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
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enquanto o crânio indicava feminino (levantou-se a suspeita de que as partes ósseas pudessem
pertencer a pessoas distintas).
Quando possível pode-se complementar o protocolo com a análise de características
menos utilizadas na prática, mas descritas na literatura, como a extremidade distal do úmero,
entre outras, ou ainda, utilizar métodos antropométricos descritos na literatura, mas com a ressalva
de que esses métodos, além de serem muito mais trabalhosos na execução, na sua maioria
carecem de estudos de padronização e validação tanto na forma de coleta das medida (erros
intraobservador e interobservadores) como para aplicação dos resultados para a população
brasileira, reconhecidamente miscigenada. Estudo recente realizado no LAF/CEMEL (Moretto et
al., 2016) mostrou que o método de estimativa de sexo pelo método do triângulo da mastoide no
crânio têm eficiência e eficácia muito limitadas para a amostra de esqueletos brasileiros utilizada,
chegando à conclusão que esta metodologia não é recomendável para estimativa de sexo
tendo em vista a probabilidade elevada de diagnosticar crânios masculinos como femininos.
Nariz
Característica Caucasiana Africana Mongoloide
Topo Alto e estreito Baixo e largo Intermediário
Dorso Alto Baixo Baixo
Base (espinha nasal) Pronunciada Pequena Pequena
Borda inferior Em sela Sulcada Plana
Largura Estreita Larga Média
Face
Característica Caucasiana Africana Mongoloide
Perfil Reto Projetado Intermediário
Forma Estreita Estreita Larga
Forma das órbitas Angular Retangular Arredondadas
Borda inferior das órbitas Retraída Retraída Projetada
Abóboda craniana
Característica Caucasiana Africana Mongoloide
Borda superior das órbitas (superciliares) Pronunciada Suave Suave
Marcas musculares Evidentes Suaves Suaves
Desenhos das suturas Simples Simples Complexos
Pós-bregma Plano Deprimido Plano
Mandíbulas e dentes
Característica Caucasiana Africana Mongoloide
Tamanho da mandíbula Pequena Grande Grande
Forma do palato Parabólico Hiperbólico Elíptico
Incisivos superiores Espatulado Espatulado Arredondado
Nos casos de ausência ou dano extenso do crânio, outros elementos ósseos como pelve,
escápula e fêmur, podem ser utilizados para estimativa de ancestralidade, mas com menor
confiabilidade.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
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A B
C D
E F
A B
C D
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BUIKSTRA & UBELAKER (1994) reproduzidos em WHITE & FOLKENS (2005) e WHITE, BLACK & FOLKENS
(2012).
Já para a estimativa de idade em adultos o protocolo LAF-CEMEL faz uso de seis
metodologias de estimativa de idade descritas na literatura mundial e utilizadas em laboratórios
de Antropologia Forense. São elas: a) Fechamento da cartilagem da epífise medial das clavículas,
b) Superfície da sínfise púbica, c) Superfície da articulação sacroilíaca (auricular do ilíaco), d)
Extremidade distal (esternal) da quarta costela, e) Fechamento das suturas cranianas e, f)
Alterações anatômicas das vértebras.
Tanto na estimativa de idade de esqueletos de jovens como na de adultos utiliza-se a
antroposcopia com resultados analisados através de gráficos de faixa de abrangência. As
descrições resumidas a seguir foram apresentadas em VELLOSO, FRANCISCO e GUIMARÃES (2013)
e atualizadas para este texto.
a) Fechamento da cartilagem da epífise medial das clavículas: é a primeira característica a
ser avaliada para estimativa de idade. Estas cartilagens têm seu fechamento entre os 15 e
os 32 anos de idade, mas geralmente se encontra fechada ao redor dos 23 anos. É a
última cartilagem epifisária a se fechar (BURNS, 1999) e por este motivo, se forem
verificadas como abertas, justifica-se a continuidade da investigação de idade como para
indivíduos jovens. Caso estejam fechadas, como para indivíduos adultos.
b) Superfície da sínfise púbica: Tem seis estágios de faixa etária determinados por BROOKS &
SUCHEY (1990) (in: BUIKSTRA & UBELAKER, 1994; WHITE & FOLKENS, 2005; WHITE, BLACK &
FOLKENS, 2012), para os sexos masculino e feminino, com características próprias. Em
termos gerais evolui de uma superfície densa com relevo ondulado horizontal bem
marcado com bordas mal delineadas nos adultos jovens, passando por uma superfície
densa, plana com bordas delineadas regulares nos adultos plenos e evoluindo para uma
superfície porosa, deprimida, com bordas delineadas irregulares nos adultos mais velhos.
c) Superfície da articulação sacroilíaca (auricular do ilíaco): Tem oito estágios evolutivos de
faixa etária descritos por LOVEJOY et al. em 1985 (WHITE & FOLKENS, 2005; WHITE, BLACK &
FOLKENS, 2012) para os dois sexos sem distinção. Evolui de uma superfície granulosa fina
com relevo ondulado nos adultos jovens para uma superfície granulosa evidente com
estrias nos adultos plenos e tende a uma superfície irregular com perda da granularidade e
marcada atividade óssea nas bordas nos adultos mais velhos.
d) Extremidade distal (esternal) da quarta costela: Tem oito estágios evolutivos de faixas
etárias, descritos por ISÇAN, LOTH & WRIGHT (1984 a; 1984 b e 1985 in: BASS, 1995) para os
sexos masculino e feminino, com características próprias. Evolui de uma superfície plana e
sem bordas nos mais jovens para um formato de taça com centro deprimido e bordas finas
mais elevadas com o avanço da idade. Quanto mais avança a idade há a tendência de
formação de espículas ósseas nas bordas que se tornam cada vez mais irregulares.
e) Fechamento das suturas cranianas: utiliza a análise da superfície externa de suturas
cranianas determinadas numeradas de 1 a 10, através da atribuição de notas (scores),
distribuídas em dois grupos segundo a descrição de BUIKSTRA & UBELAKER em 1994 (WHITE
& FOLKENS, 2005; WHITE, BLACK & FOLKENS, 2012). Para sutura aberta é atribuída nota zero
(0); para sutura fechada, mas com linha visível é atribuída nota um (1); para sutura
fechada com pontes de tecido ósseo entre os lados é atribuída nota dois (2); para sutura
fechada com linha apagada é atribuída nota três (3). Faz-se a somatória das notas das
suturas de 1 a 7 em um grupo e a somatória das notas das suturas de 6 a 10 em outro
grupo. Cada somatória gera um valor que permite a estimativa de uma faixa etária.
f) Alterações anatômicas das vértebras: descritas desde o fechamento do anel epifisário nos
jovens até a formação de alterações osteoartríticas (osteofitos) nos adultos a partir dos 30
anos, por ALBERT & MAPLES em 1995 (in: BURNS, 1999). É o mais impreciso dos seis métodos,
por distinguir somente duas décadas de vida, mas serve principalmente como a
confirmação de idade adulta e envelhecimento.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
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Para cada um dos métodos é obtida uma faixa etária. Estas faixas devem ser distribuídas em
um gráfico de faixas de abrangência para então se obter a faixa etária final que resuma todas as
análises. Geralmente calcula-se um valor que á a idade média aproximada do indivíduo, mas que
tem valor meramente ilustrativo para divulgação, sendo mais importante a variação que a idade
pode atingir.
Deve ser salientado que a variação na idade não deve ser interpretada unicamente como
imprecisão do método. Na análise antropológica forense, deve-se considerar que é preferível ter
mais famílias procurando por uma mesma ossada (para posterior exclusão dos que não são os
reais familiares) do que ter famílias que não a procurem porque a estimativa da faixa etária foi
muito estreita e não foi considerada uma margem de erro de um ou dois anos para mais ou para
menos. Uma faixa etária com amplitude aproximada de 10 anos (5 anos acima e abaixo da
média) ainda é aceitável para fins forenses.
Mais detalhes sobre estimativa de idade podem ser obtidos em BASS (1995), BURNS (1999),
BYERS (2008), EVISON (2009), FAIRGRIEVE & OOST (2001), WHITE & FOLKENS (2005) e WHITE, BLACK &
FOLKENS (2012).
V- Estimativa de estatura
A estimativa de estatura no esqueleto é feita prioritariamente através da antropometria e
aplicação das medidas ósseas de ossos longos em equações de regressão estabelecidas na
literatura. Os ossos longos devem ser medidos utilizando-se uma tábua osteométrica e
respeitando-se as regras de medida peculiares a cada osso conforme padronizado
internacionalmente e apresentado painel LAF-CEMEL.
Por convenção, prioriza-se medir ossos do lado direito. Em escala de importância e
precisão de resultados utiliza-se primeiramente o fêmur, seguido de tíbia, fíbula, úmero, ulna e
rádio nesta sequência.
Existem várias tabelas com equações de regressão para estimativa de estatura produzidas
por diferentes autores. A mais conhecida e utilizada é a de TROTTER & GLESER de 1952 e 1977
(BURNS, 1999), sendo esta a selecionada para utilização no protocolo LAF-CEMEL.
As fórmulas de regressão foram geradas a partir de estudos populacionais em que ossos
longos de pessoas com estatura conhecida (em vida) foram medidos. Estas medidas permitiram a
elaboração de fórmulas nas quais se multiplicam a medida do osso longo (em centímetros) por
um valor estabelecido matematicamente, sendo este resultado somado a um fator de correção,
que gera um valor (também em centímetros) que corresponde à estatura em vida. A este valor
deve ser subtraído e adicionado o valor do desvio padrão populacional, o que fornece uma faixa
de estatura, com valores mínimo e máximo.
As equações de regressão levam em consideração o sexo e a ancestralidade da pessoa.
Por isso essas duas características antropológicas devem ser estimadas antes da avaliação da
estatura para que a equação correta seja aplicada.
No Brasil, como ainda não há estudos concretos sobre o efeito do padrão de
miscigenação nos cálculos para estimativa de estatura, recomenda-se que sejam calculadas as
faixas de estatura para cada ancestralidade possível na miscigenação avaliada. Em seguida, que
seja utilizado o valor mínimo obtido para a ancestralidade que gerar a menor estatura e,
opostamente, o valor máximo obtido para a ancestralidade que gerar a maior estatura,
oferecendo a média entre os dois valores como a estatura média (unicamente para fins de
divulgação).
Um trabalho desenvolvido no LAF-CEMEL por FERNANDES et al. (2010) demonstrou que o
primeiro metacarpiano tem relação de isometria com o fêmur, correspondendo à um décimo do
comprimento deste último, o que permite estimar a estatura usando os mesmos cálculos válidos
para o fêmur com base na multiplicação do comprimento do primeiro metacarpiano por 10.
Recomenda-se a leitura de BASS (1995), BURNS (1999), BYERS (2008), EVISON (2009),
FAIRGRIEVE & OOST (2001), WHITE & FOLKENS (2005) e WHITE, BLACK & FOLKENS (2012) para melhor
entendimento e aplicação das equações de regressão nas estimativas de estatura.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
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Úmero
Característica Destro Sinistro
Máxima distância biepicondilar Maior à direita Maior à esquerda
Largura do sulco intertubercular Maior à direita Maior à esquerda
Diâmetro do forame nutriente Maior à direita Maior à esquerda
Rádio
Característica Destro Sinistro
Distância do tubérculo dorsal ao processo estiloide Maior à direita Maior à esquerda
Área de ligação do bíceps Maior à direita Maior à esquerda
Somatória dos comprimentos do úmero e do rádio Maior à direita Maior à esquerda
Deve-se lembrar de que nos dias atuais, por se tratar de método primário de identificação
conforme a INTERPOL (2014), cerca de 60% dos casos de identificação forense em casos de
desastres em massa deve-se a análise odontológica forense e por isso reforça-se a necessidade
da avaliação profissional específica, já que esta constitui capítulo à parte dentro das ciências
forenses.
para pequenos detalhes, pois qualquer um deles pode ser responsável pela identificação de um
indivíduo.
Figura 3: Costelas com diferentes tipos de fratura. A- Fratura ante-mortem com calo ósseo (seta
larga); B- Fratura peri-mortem, com coloração da linha de fratura igual à da superfície óssea; C-
Fratura post-mortem com linha de fratura mais clara que a superfície óssea (setas estreitas).
Reproduzido de Francisco (2011).
reclamar seus restos mortais, ou ainda, que a causa da morte seja esclarecida. Essas imagens
também devem constar do laudo, do mesmo modo que sua descrição detalhada no corpo do
laudo e de forma sumarizada no resumo da primeira página.
A B
C D
E
Figura 4: Exemplos de registros de imagens para
o exame antropológico forense. A- Orifício de
entrada de projétil de arma de fogo; B- Orifício
de saída de projétil de arma de fogo; C-
Fratura craniana por instrumento contundente,
seta negra mostra o ponto de impacto, setas
brancas as fraturas irradiadas; D- Equimose
subperiostal por instrumento contundente na
área circulada da tíbia; E- Projéteis de arma de
fogo, primeiro à esquerda de calibre distinto
dos demais.
Do mesmo modo, a divulgação desse resumo em linguagem mais clara e acessível possível
para a população em geral é que permitirá que familiares ou conhecidos da vítima procurem o
LAF e se apresentem para reclamar a sua identificação.
O laudo deve ser lido e revisado por todos aqueles que participaram e efetivamente
contribuíram para sua elaboração, tendo seus nomes constantes no mesmo.
O responsável pelo laboratório de Antropologia Forense deve assinar os laudos para
encaminhamento às autoridades solicitantes.
A B
Antropologia Forense, além de chamar a atenção para o fato da importância que se tem um
preenchimento correto deste documento para casos de futuras investigações de identidade.
Considerações finais
situação desejada de identificação de todos os casos, mas é uma perspectiva muito melhor do
que aquela anterior a 2005, quando o LAF-CEMEL foi implantado, em que as chances de
identificação de ossadas eram praticamente nulas (VELLOSO, FRANCISCO e GUIMARÃES, 2013).
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9788527727235.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
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FRANCISCO, R.A. Evolução dos casos de Antropologia Forense no Centro de Medicina Legal
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FRANCISCO, R.A.; VELLOSO, A.P.S.; SILVEIRA, T.C.P.; SECCHIERI, J.M.; GUIMARÃES, M.A. Antropologia
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Jesus Antonio Velho, Gustavo Caminoto Geiser, Albeir Espíndula. ISBN: 978-85-7625-249-8. Millenium
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VELLOSO, A.P.S.; FRANCISCO, R.A.; GUIMARÃES, M.A. - Capítulo 4: Antropologia Forense. Livro:
Ciências Forenses - uma introdução às principais áreas da criminalística moderna - 2a Edição.
Organizadores: Jesus Antonio Velho, Gustavo Caminoto Geiser, Alberi Espíndula. ISBN: 978-85-7625-
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2005.
WHITE, T.D.; BLACK, M.T. & FOLKENS, P.A. – Human Osteology. Third Edition. Ed: Academic Press,
2012.
Anexos 1 a 3
Painéis de apoio para execução do exame antropológico forense de acordo com o Protocolo LAF/CEMEL.
Anexo 1
Painel para orientação sobre organização do esqueleto em posição anatômica, com ilustrações facilitadoras para
ossos irregulares, de padrão repetitivo como vértebras e costelas e de orientação sobre lateralidade.
Anexo 2
Painel para orientação ilustrada sobre metodologias utilizadas no Protocolo LAF/CEMEL sobre estimativa de sexo
pela pelve, pelo crânio, ancestralidade e idade em adultos.
Anexo 3
Painel para orientação ilustrada sobre metodologias utilizadas no Protocolo LAF/CEMEL sobre estimativa de idade
em jovens, estatura, destreza manual e orientações básicas sobre exame odontológico.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
Elaborado pelo Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães, para o projeto “ UK-Brazil Scientific Cooperation – Forensic Anthropology and Identification of Human Remains”.
® Reprodução e utilização permitidas desde que mencionada a fonte, sem fins comerciais.
Falanges
Falanges
Metacarpianos Metatarsianos
Escafóide Semi-lunar
Vertebral
Column
Talus Calcâneo
Piramidal Pisiforme
Cubóide Navicular
Trapézio
Trapézóide
Cuneiforme medial
Ribs
Patella
Cuneiforme lateral
Referências /
References
Bass, W: Human Osteology – A laboratory
and field manual, 4th edition.
Burns, KR: Forensic Anthropology
Training Manual.
White, TD & Folkens PA: Human
Osteology, 2nd edition.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
Elaborado pelo Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães, para o projeto “ UK-Brazil Scientific Cooperation – Forensic Anthropology and Identification of Human Remains”.
® Reprodução e utilização permitidas desde que mencionada a fonte, sem fins comerciais.
Sexing of pelvis Sexing of skull Idade em adultos / Age in adults Idade em adultos / Age in adults
Pelve: visão geral / Pelvis: general Final esternal da 4ª costela / 4th sternal rib
view Crânio: visão geral / Cranium: general view Epífise medial da clavícula / Medial clavicle end
epiphysis
♂ ♀
♂ ♀ ♂
Sínfise púbica / Pubic symphysis
♂ ♀
Presença do arco ventral / Presence of ventral
arc
♂ ♀
♂ ♀
♀ ♂
Auricular do ilíaco / Auricular ilium
Crânio / Cranium
♂ ♀
Referências /
References
♂ ♀ Bass, W: Human Osteology – A laboratory
and field manual, 4th edition.
Burns, KR: Forensic Anthropology
Training Manual.
White, TD & Folkens PA: Human
Osteology, 2nd edition.
Guimarães, M.A., Francisco, R.A. and Evison, M.P. Antropologia Forense. In Velho, J.A., Geiser, G.C. and Espindula, A. (eds.),
Ciências Forenses-Uma introdução às principais áreas da Criminalistica Moderna (3ª Edição),
São Paulo, SP: Millennium Editora, p. 57-82 [in Portuguese]. ISBN 978-85-7625-347-1
Elaborado pelo Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães, para o projeto “ UK-Brazil Scientific Cooperation – Forensic Anthropology and Identification of Human Remains”.
® Reprodução e utilização permitidas desde que mencionada a fonte, sem fins comerciais.
Handedness Dentition
Idade em jovens / Age in Juveniles
Clavícula / Clavicle
Comprimento máximo (menor no lado dominante)
Max length (shorter on dominant side)
Clavícula / Clavicle
Área de ligação do ligamento costo-clavicular/
Area of costoclavicular ligament attachment
Úmero / Humerus
Máxima distância biepicondilar/ Max biepicondylar breadth
Largura do sulco intertubercular/ Breadth of inter-tubercular grove
Diâmetro do forame nutriente/ Diameter of nutrient foramen
♂ ♀ Rádio / Radius
Úmero + rádio comprimentos máximos somados /
Humerus + radius summed maximum lengths
Distância do tubérculo dorsal ao processo estilóide /
Breath from dorsal tubercle to styloid process
♂ ♀
Área de ligação do
bíceps / Area of biceps
attachment
Escápula / Scapulae
Referências /
References
Bass, W: Human Osteology – A laboratory
and field manual, 4th edition.
Burns, KR: Forensic Anthropology
Training Manual.
White, TD & Folkens PA: Human
Osteology, 2nd edition.
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