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10/08/2021

DOENÇAS REUMÁTICAS E
TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
APLICADO

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Prof. Dr. Diego Galace

CONCEITOS
- “Reumatismo”:
É um termo popular e genérico que se refere às doenças
que acometem as articulações, isto é, às doenças
reumáticas.

- Doença Reumatóide:
Afecção sistêmica do tecido conjuntivo, apresentando
como manifestação dano repetido e crônico de estruturas
articulares, periarticulares e tendinosas, com inflamação,
sobretudo da membrana sinovial.
2

CLASSIFICAÇÃO
1- Doenças Inflamatórias do Tec. Conjuntivo
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
Esclerose Sistêmica Progressiva (ESP) / Esclerodermia
Dermatopolimiosite (DPM)
Espondiloartropatias (EA)
Artrite Reumatóide (AR)

2- Doenças Inflamatórias da Infância


Artrite Reumatóide Juvenil (ARJ)
Febre Reumática (FR) 3

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CLASSIFICAÇÃO
3- Doenças Degenerativas
Osteoartroses (OA)

4- Doenças Metabólicas
Osteoporose (OP)
Artropatias Microcristalinas - Gota / Artrite Gotosa
- Condrocalcinose

CLASSIFICAÇÃO
5- Reumatismos Extra-Articulares
Regionais: Tendinites, Bursites
Difusos: Fibromialgia

6- Artropatias Infecciosas
Artrites Reacionais
Piogênicas
Específicas

CAUSAS

- Infecciosas
- Traumáticas
- Metabólicas
- Degenerativas
- Inflamatórias AUTO-IMUNES
- Desconhecida (idiopática)

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Auto-Imunidade: reação imunológica


contra os próprios tecidos

Reação Inflamatória: reação à


resposta imune

SINAIS CARDINAIS EM REUMATOLOGIA:


- dor
- calor
- rubor
- tumor
- perda da função
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Envolvimento articular: mais frequente


(membrana sinovial)

DEFORMIDADES

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ARTRITE
REUMATÓIDE

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DEFINIÇÃO
Doença sistêmica do tecido conjuntivo cujas
alterações são predominantes nas articulações
sinoviais e nas estruturas periarticulares,
manifestando-se principalmente pelo processo
inflamatório de caráter crônico e deformante da
membrana sinovial. (Carvalho, 1996)

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INCIDÊNCIA
• 0,5% a 1% - adultos jovens
• 4,5% - 55 aos 75 anos

• + sexo feminino (3:1)

• Brasil: 0,2% - Curitiba


a
1,0% - Belém
(Marques Neto, 1993)
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ETIOLOGIA

• Sua etiologia permanece desconhecida.


• Acredita-se que pode se originar de:
1) Predisposição genética
2) Anormalidades auto-imunes
3) Uma infecção microbiana aguda ou
crônica como gatilho para a doença

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PATOGÊNESE
- membrana sinovial
espessada (tecido
granulomatoso)

PANNUS

- invade cartilagem e
osso (destruição
articular)

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LOCALIZAÇÃO

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QUADRO CLÍNICO
• Gerais
Fadiga, depressão, perda de peso, mialgias.

• Articular
Poliartrite simétrica, aditiva, progressiva
Sinais inflamatórios (sinovite com inchaço, calor e hiperemia)
Dor e Rigidez articular

• Extra Articular
Nódulos reumatóides Vasculites
Eritema Lesões oculares
Lesões de mm. Estriados Doenças renais
Neuropatia periférica Doenças pulmonares
Anormalidades hematológicas Doenças cardíacas
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QUADRO CLÍNICO

• Poliartrite

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QUADRO CLÍNICO

• Nódulos Subcutâneos

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QUADRO CLÍNICO

• Alterações vasculares (vasculites)

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QUADRO CLÍNICO

• Lesões oculares (iridociclites)

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QUADRO CLÍNICO
• Mão Reumatóide:
- “dorso de camelo”
- atrofia muscular
- quadratura
- desvio ulnar dos dedos
- dedo em fuso
- dedo em botoeira
- dedo em pescoço de cisne
- deformidade em Z do polegar

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QUADRO CLÍNICO
• Pé Reumatóide:
- desvio dos dedos
- sobreposição dos dedos
- dificuldade em deambular
- hálux valgo
- inchaço

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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
American College of Rheumatology (1987)
(apresentar no mínimo 4 dos 7 critérios positivos)
(por pelo menos 6 semanas)

- rigidez matinal por mais de 1 hora


- artrite de 3 ou mais articulações
- artrite em articulações das mãos
- artrite simétrica
- nódulos reumatóides
- fator reumatóide positivo
- alterações radiográficas típicas

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EXAMES COMPLEMENTARES
• Avaliação Radiográfica:
- redução do espaço articular
- hipertrofias ósseas
- grandes cistos ósseos
- artrose pós-artrítica
- desvios
- osteoporose
- anquilose
- tumefação de tec. moles

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EXAMES COMPLEMENTARES
• Ressonância Magnética
• Tomografia Computadorizada
• Ecografia Articular

• Testes Laboratoriais:
- Fator Reumatóide (FR)
- Velocidade de Hemossedimentação (VHS)
- Proteína C Reativa (PCR)
- Líquido Sinovial

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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

• Medicamentos Sintomáticos:
- Analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais
- Corticosteróides ou anti-inflamatórios hormonais

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Prótese

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO

- Não existe cura

- Abordagem multidisciplinar

- Melhora dos sintomas e funcionalidade

- Melhora da qualidade de vida

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
• Objetivos:
- controle da dor e inflamação
- manutenção/aumento da ADM
- manutenção/aumento da FM
- melhora da função cardiorrespiratória
- proteção articular/conservação de energia
- obter capacidade funcional máxima

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
• Fases:
1. Na fase aguda inicial e durante as exacerbações:
Repouso sistêmico, emocional e articular.
Recursos analgésicos e anti-inflamatórios
Supervisão da postura, exercícios respiratórios e
abdominais e exercícios estáticos.

2. Estágios subagudos e crônicos:


Estimular gradualmente os movimentos ativos.
Hidroterapia: - Diminuição da dor;
- Relaxamento muscular;
- Aumento da ADM;
- Prevenção das deformidades; 30

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
ÓRTESES: - repouso / relaxamento
- alinhamento / correção
- prevenção de deformidades

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FEBRE
REUMÁTICA

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FEBRE REUMÁTICA
É uma complicação tardia não supurativa de
uma infecção orofaríngeca pelo Streptococcus
ß-hemolítico do grupo A de Lancefield (EBHGA)
- indivíduos predispostos,
por mecanismos genéticos
e ou imunes ainda não
claramente estabelecidos
- processo inflamatório transitório de diversos
órgãos (tecido conjuntivo)
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FEBRE REUMÁTICA
Incidência:
- Após epidemias de faringite estreptocócica,
3% dos atingidos desenvolvem FR.

- + mulheres, 5 aos 15 anos.

- + inverno

- + países pobres
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FEBRE REUMÁTICA
3 FASES DISTINTAS:
1- Infecção de orofaringe
(amigdalite, faringite, febre, dor de garganta,…)
2- Período de latência
(assintomático, varia de 7 a 14 dias)
3- Doença propriamente dita
- inicial: febre, taquicardia, palidez, sudorese
- posteriormente: sinais clássicos
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FEBRE REUMÁTICA
SINAIS CLÁSSICOS:
- Artrite (poliartrite migratória)
- Cardite (pancardite)
- Coréia de Sydenham
(movtos descoordenados e involuntários)
- Nódulos Subcutâneos
(duros, indolores, superf. extensoras)
- Eritema marginado
(bordas nítidas e centro claro)
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FEBRE REUMÁTICA
Faringite

Febre Reumática

Artrite Pancardite

Nódulos Subcutâneos Eritema Marginado

Coréia 37

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FEBRE REUMÁTICA
CRITÉRIOS DE JONES
Sinais maiores Sinais menores
Cardite Febre
Artrite Artralgia
Nódulos subcutâneos Elevação de provas inflamat.
Coréia de Sydenham Alt. eletrocardiograma
Eritema marginado

* 2 ou mais critérios maiores


* 1 maior e 2 menores
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FEBRE REUMÁTICA
DIAGNÓSTICO

- Imagem: - Ecocardiografia
- RX de tórax
- ECG
NORMAL

- Laboratorial: - Provas da fase aguda


- Esfregaço da orofaringe
- ASLO / anticorpo anti-estrept.
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FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
3 objetivos básicos

1- Tto. da infecção estreptocócica


2- Tto. sintomático
3- Profilaxia secundária

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FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
1- Tto. da infecção estreptocócica
Penicilina G benzatina (dose única)

2- Tto. sintomático
Repouso: s/ cardite – 2 a 4 sem
c/ cardite moderada – 4 a 6 sem
c/ cardite grave – até resolução da insufic. cardíaca
c/ coréia – enquanto estiver presente
Medicamentos (antiinflamatórios + haloperidol p/ coréia)
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FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
3- Profilaxia secundária
Penicilina G benzatina (dose única c/ intervalo de 21 dias)

* FISIOTERAPIA:
- Posicionamento e Relaxamento
- Recursos anti-inflamatórios e analgésicos
- Proteção muscular/articular
- Manutenção/Recuperação da ADM articular e FM
- Reabilitação cardíaca (se necessário)
- Fisioterapia respiratória (internação hospitalar)
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* cuidados com lesões cutâneas

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Síndrome crônica caracterizada por queixa


dolorosa músculo-esquelética difusa e
pela presença de pontos dolorosos em
regiões anatomicamente determinadas,
simétricas.
(Wolfe, 1990)

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INCIDÊNCIA:
- Freqüência: 1-5% da população
- Sexo Feminino: 80%
- Início: 29 - 37 anos
- Diagnóstico: 34 - 57 anos

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ETIOPATOGENIA:
- Idiopática

FATORES DESENCADEANTES:
- Doenças graves;
- Traumas físicos ou emocionais;
- Mudanças hormonais.

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FISIOPATOLOGIA:
- Alteração do Sistema Músculo-Esquelético
(anormalidades bioquímicas, estruturais e de fluxo
sanguíneo)
- Alterações do Sistema Vascular
(redução no fluxo e hipóxia nos pontos dolorosos)
- Alterações do Sistema Nervoso Central
(alteração da percepção central da dor)
- Alterações do Sistema Neuro-Endócrino
(redução nos níveis de serotonina = neurotransmissor
responsável pela modulação da dor)
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QUADRO CLÍNICO:
- sintoma cardinal = DOR (difusa e crônica)
- distúrbios do sono
- fadiga / rigidez matinal
- espasmo muscular
- sensibilidade cutânea
- alterações do humor
- cefaléia

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DIAGNÓSTICO:
Critérios Diagnósticos
(American College of Rheumatology, 1990)
1. Antecedentes de dor generalizada
(presentes durante 3 meses no mínimo)
2. Dor à palpação em 11 dos 18 pontos
dolorosos (tender points)

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TENDER POINTS 1/2.Ocipital: bilateralmente, na inserção muscular


subocipital
3/4.Cervical inferior bilateral, na face anterior dos
espaços intertransversos em C5-C7
5/6..Trapézio: Bilateralmente, no ponto medial do
bordo superior.
7/8.Supraspinatus: Bilateral, nas origens acima do
bordo medial da espinha escapular.
9/10.Segunda costela: bilateral, na inserção da
junção costocondral.
11/12.Epicôndilo lateral: bilateral, a 2cm de
distância dos epicôndilos.
13/14.Glúteos: bilateral, no quadrante súpero-
esterno da região glútea.
15/16.Grande trocanter: bilateral, posteriormente
à proeminência trocantérica.
17/18.Joelho: bilateral na almofada gordurosa
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medial, próximo da dobra articular.

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AVALIAÇÃO DA DOR:
- Dolorimetria: dor à pressão de 4KgF/cm2
(dolorímetro)

- Escala Analógica Visual de Dor (VAS)

- Questionário de Avaliação da Dor


McGill 52

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QUALIDADE DE VIDA:
- Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ)
- SF36

+ AVALIAÇÃO POSTURAL

+ AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

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TRATAMENTO CLÍNICO:
– Orientação
– Hábitos saudáveis
– Tratamento medicamentoso
• Antiinflamatórios / Analgésicos;
• Relaxantes Musculares;
• Antidepressivos tricíclicos;
• Inibidores da recaptação da serotonina;
• Medicações para o sono.
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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO:
- Analgesia e relaxamento muscular
• Eletrotermofototerapia
• Crioterapia
• Hidroterapia
• Massoterapia
• Terapia manual
• Biofeedback
• Acupuntura
* efeitos benéficos a curto prazo 55

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO:
- Melhora da flexibilidade e alívio de tensão
• Exercícios de Alongamento Muscular
- Melhora da resistência muscular
• Exercícios Resistidos
- Melhora do condicionamento físico
• Exercícios Aeróbicos
(caminhada, bicicleta, exerc. aquáticos)
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FISIOTERAPIA
- Ameniza o impacto da doença
- Auxilia o paciente a controlar a doença
Exercícios aeróbicos
+
Alongamento
+
Hidroterapia
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ARTROPATIAS
MICROCISTALINAS

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ARTROPATIAS / ARTRITES
MICROCRISTALINAS
Grupo de doenças inflamatórias causadas
pela deposição de cristais no tec. conjuntivo
(em articulações ou em tecidos moles)
cristais:
- urato monossódico (ácido úrico)
- hidroxiapatita
- pirofosfato de cálcio
- carbonato de cálcio

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ARTROPATIAS / ARTRITES
MICROCRISTALINAS
Principais doenças:

- Pseudogota (Condrocalcinose):
deposição de pirofosfato de cálcio com
calcificação da cartilagem articular

- Gota (Artrite Gotosa):


deposição de cristais de urato em tec.
moles e articulações
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GOTA OU
ARTRITE GOTOSA

"A gota" de James Gilray, 1799 (a doença é


mostrada como um demônio atacando o pé) 61

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GOTA / ARTRITE GOTOSA

GOTA = GUTA

“Doença dos reis”

Hipócrates (460-377 a.C.)

Vítimas: vários imperadores, Alexandre –


O grande, Martin Luther, Charles
Darwin, Isaac Newton, Renoir, … 62

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GOTA / ARTRITE GOTOSA

Distúrbio metabólico caracterizado por um


desarranjo no metabolismo das purinas
com consequente estado de hiperuricemia
(nível levado de ácido úrico no organismo).

Pode ocorrer tanto pela produção excessiva


(hiperprodução) quanto pela eliminação
deficiente da substância (hipoexcreção).

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Incidência:
- 2% da população mundial
- + sexo masculino (20:1)
- entre 30 e 60 anos
- mulheres pós-menopausa
- elevado nível sócio-cultural
e hábitos alimentares
- Fatores: álcool, traumas, infecções, obesidade,
estresse emocional, exposição ao frio, diuréticos

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Hiperuricemia

Deposição de cristais
de urato monossódico

Reação imunológica

Sinovite Aguda
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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Articulações Tecidos moles Tecidos extra-
(membrana periarticulares articulares
sinovial e (bainhas sinoviais, (rins, miocárdio e
cartilagem tendões, ligamentos, válvulas cardíacas,
articular) bursas, cápsulas) olhos, laringe)

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Envolvimento Articular
◼ Metatarsofalangeana do hálux (“podagra”) - 1°
◼ Tarsometatarsiana
◼ Tibiotársica

◼ Joelho

◼ Cotovelo

◼ Punho

◼ Mão

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67

GOTA / ARTRITE GOTOSA


Envolvimento Articular

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Estágios Clínicos:
1- Hiperuricemia assintomática
Níveis elevados de ácido úrico (>7mg/100ml)

2- Artrite Gotosa Aguda


Inflamação monoarticular, intensa (+ periféricas)
Início súbito e noturno, acompanhada de febre
Manifestação rápida, perdura por 7 a 10 dias
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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Estágios Clínicos:
3- Período Intercrítico
Remissão dos sintomas por tempo variável
(6 meses a 2 anos)

“Crises de gota aguda não tratadas ou mal


cuidadas favorecem a instalação de períodos
intercriticos cada vez menores e ataques
subseqüentes mais graves e prolongados”
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70

GOTA / ARTRITE GOTOSA


Estágios Clínicos:
4- Gota Tofácea Crônica
Poliartrite crônica c/ ataques agudos raros e suaves
Rigidez articular, deformidades e degeneração
Tofos gotosos (podem ulcerar e drenar substância)

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Estágios Clínicos:
4- Gota Tofácea Crônica

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Diagnóstico:
- Clínico (sinais e sintomas)
- Laboratorial: - hemograma, lipidograma, glicemia
- provas inflamatórias
- dosagem do ácido úrico
- punção do líquido sinovial
- biópsia de tofos

- Imagem: - Radiografias
- Ressonância

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Tratamento Medicamentoso:
◼ Fase aguda
(antiinflamatórios – naproxeno, piroxicam...)
◼ Após redução dos sintomas

(Colchicina – para prevenção de recidiva)


◼ Uricorredutores

(drogas redutoras de ácido úrico)

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Orientações:
◼ Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas,
fermentadas e destiladas
(o álcool reduz a excreção de ácido úrico)
◼ Dieta pobre em purinas
(vísceras,conservas,carne vermelha,peixes,frutos do mar)
◼ Redução gradual de peso
(reduz significativamente os níveis de ácido úrico no soro)

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Tratamento Fisioterápico:

◼ Fase aguda
1. Repouso (24 a 48 hs)
2. ↓ sinais flogísticos (PRICE)

3. TENS

4. Iontoforese

5. Ultra-som (fonoforese)

6. Órtese de posicionamento

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Tratamento Fisioterápico:

◼ Fase Intercrítica
1.Prevenir deformidades e tofos
(alongamento, mobilização e trações articulares,
movimentos passivos e ativos)

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GOTA / ARTRITE GOTOSA


Tratamento Fisioterápico:

◼ Fase crônica
1. Termoterapia (relaxamento)

2. Cinesioterapia (redução das deformidades e


recuperação da função articular)
3. Treino funcional (marcha e propriocepção)

4. Retorno as AVD’s

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
spondylos = vértebra
ankylos = fusão articular

Doença inflamatória sistêmica crônica de origem


desconhecida, que caracteriza-se pelo acometimento
das articulações sacroilíacas, da coluna vertebral e
grandes articulações, como os quadris, ombros e
outras regiões cuja calcificação causa limitação dos
movimentos e invalidez.

80

80

ESPONDILITE ANQUILOSANTE
• Sexo Masculino (5:1)
• Idade: 20 – 40 anos
• Espondilite Anquilosante Juvenil
• Etiologia desconhecida
– agente infeccioso
– suscetibilidade hereditária

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Entesites

Fusão Óssea

- Sacro-ilíacas
- Coluna Lombar
- Coluna Torácica
- Coluna Cervical
- Articul. periféricas
(+ quadril)
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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Critérios Diagnósticos
(modificados de New York, 1985)
CRITÉRIOS CLÍNICOS
Dor lombar e rigidez por pelo menos 3 meses (aliviada c/
exercício e não melhora com repouso)
Limitação da coluna lombar (planos sagital e frontal)
Expansibilidade torácica reduzida em relação aos valores
normais p/ idade e sexo)
CRITÉRIOS RADIOLÓGICOS
Sacroileíte bilateral / unilateral
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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
“postura do esquiador”
ou
postura espondilítica

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Redução progressiva da flexibilidade da
coluna vertebral

distância dedo-chão teste de Schöber e de Stibor teste de extensão


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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Exame Radiográfico

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
- Tratamento Medicamentoso
(analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musc.)

- Tratamento Cirúrgico
(+ artroplastia de quadril)

- Tratamento Fisioterápico
(melhora da qualidade de vida e da postura)

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89

ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Tratamento Fisioterápico
OBJETIVOS:
- diminuir a dor, rigidez e fadiga
- minimizar e evitar deformidades
- manter e aumentar mobilidade de coluna e
demais articulações comprometidas
- aumentar a força muscular de tronco e membros
- melhorar ou manter as condições respiratórias
- correção postural
- manter o melhor nível de capacidade funcional
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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Recursos Fisioterapêuticos
- Termoterapia superficial e profunda
- Eletroterapia
- Massoterapia / Pompage
- Hidroterapia
- Cinesioterapia
exerc. passivos /ativos
alongamentos
exerc. de fortalecimento e resistência
exerc. posturais
- Fisioterapia Respiratória
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DOENÇAS DIFUSAS DO
TECIDO CONJUNTIVO

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DOENÇAS DIFUSAS DO
TECIDO CONJUNTIVO
ou COLAGENOSES
Grupo de afecções variadas que apresentam
manifestações sistêmicas, com dificuldade para
classificação e diagnóstico.

- Esclerose Sistêmica / Esclerodermia (ES)


- Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
- Dermatopolimiosites / Dermatomiosites (DM)

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
• Disfunção generalizada do tec. conjuntivo,
progressiva e de etiologia desconhecida.
sklera = duro / derme = pele
• Características:
- alterações inflamatórias crônicas
(espessamento, fibrose cutânea e de tec. moles)
- alterações vasculares periféricas e viscerais
- manifestações osteomusculares e articulares
- manifestações sistêmicas diversas
(órgãos = pulmões, trato gastrointestinal, rins) 94

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
CLASSIFICAÇÃO:
SISTÊMICA LOCALIZADA INDUZIDA
Difusa Linear
Limitada (CREST) Morféia
Visceral Generalizada

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
C alcinose (acúmulo de cristais de cálcio
em locais de uso excessivo ou traumas)

R aynaud (distúrbio vasomotor com


isquemia e cianose de extremidades)

E sofagite (atrofia e fibrose da camada


muscular do esôfago)

S clerodactilite (fibrose e contratura com


endurecimento e afinamento dos dedos)

T elangiectasia (dilatações de capilares e


arteríolas em face, lábios, dedos…) 96

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
INCIDÊNCIA
- 126 casos / milhão
- sexo feminino (3 a 8:1)
- 30 aos 60 anos
- sem predileção por raça

ETIOLOGIA
Fatores: - Genéticos
- Imunológicos
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- Ambientais

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
PATOGENIA

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
QUADRO CLÍNICO
- Manifestações Cutâneas:

• Fase edematosa

• Fase esclerótica

• Fase atrófica
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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
QUADRO CLÍNICO
- Manifestações Vasculares Periféricas
(Raynaud)
- Manifestações Articulares
- Manifestações Musculoesqueléticas
- Manifestações Gastrintestinais
- Manifestações Pulmonares
- Manifestações Cardíacas
- Manifestações Renais 100

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ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
DIAGNÓSTICO
• Critérios Diagnósticos
(American College of Rheumatology,1980)
- MAIOR: esclerodermia proximal
- MENORES: esclerodactilia
ulceração de polpas digitais ou reabsorção de falanges
fibrose pulmonar basilar

• Exames Clínicos e Laboratoriais

• Exames de Imagem
101

101

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

• Doença crônica auto-imune, inflamatória,


multissistêmica, de causa desconhecida,
com episódios de remissão e recidiva.
lúpus = lobo / eritema = vermelhidão
• Características:
- desequilíbrio do sist. imunológico com
excesso de auto-anticorpos
- ocorre lesão de células e tecidos por
anticorpos patogênicos (cutânea e sistêmica)
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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


INCIDÊNCIA
- 4 a 280 / 100.000
- sexo feminino (5 a 10:1)
- 15 aos 55 anos

ETIOLOGIA
Fatores: - Genéticos e Imunológicos
- Ambientais (luz solar)
- Agentes infecciosos
- Hormonais
103
- Emocionais

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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
(4 ou + critérios presentes):
- Erupção malar (bochechas)
- Exantema discóide
- Fotossensibilidade
- Úlceras orais
- Artrite
- Serosite (pleurite e pericardite)
- Distúrbios renais
- Distúrbios neurológicos
- Distúrbios hematológicos
- Distúrbios imunológicos
- Aumento dos anticorpos antinucleares 104

104

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


QUADRO CLÍNICO
• Manifestações Cutâneas:
- Fotossensibilidade

- Lesão eritematosa em nariz e região malar


“em asa de borboleta” (rash cutâneo)

- Alopecia

- Lesões discóides

- Úlceras em mucosas

- Fenômeno de Raynaud 105

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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


QUADRO CLÍNICO
• Manifestações:
- Osteoarticulares
- Cardiovasculares
- Pulmonares
- Renais
- Gastrointestinais
- Hematológicas
- Neurológicas
- Oculares
- Sistêmicas ( + fadiga) 106

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DERMATOPOLIMIOSITE
• Miopatia inflamatória dos músculos estriados,
com erupção cutânea característica e possível
envolvimento sistêmico.
dermato = pele / miosite = inflam. musc.
• Características:
- inflamações crônicas dos músculos esqueléticos
(degeneração e atrofia de fibras musculares)
- comprometimento cutâneo (degeneração e
atrofia epidérmica com inflamação da derme)
- acometimento sistêmico
(órgãos internos, vasos sanguíneos, articulações)
107

107

DERMATOPOLIMIOSITE
CATEGORIAS:

- TIPO I: Polimiosite do adulto


- TIPO II: Dermatomiosite
- TIPO III: Miosite com malignidade
- TIPO IV: Polimiosite da infância
- TIPO V: Miosite associada a outra
enfermidade do tecido conjuntivo

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DERMATOPOLIMIOSITE
INCIDÊNCIA
- 5 a 10 / milhão
- sexo feminino (2 a 3:1)
- infância (DM juvenil)
- adultos

ETIOLOGIA
- causa desconhecida
- fatores associados: neoplasias, infecção,
fármacos, anormalidades imunológicas,
componente viral, história familiar
109

109

DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Início: Febre, mal-estar, mialgia, fadiga, anorexia,
perda de peso e edema .

• Comprometimento muscular:
- predomínio em cinturas pélvica e escapular
+ MMII
+ musculatura cervical
+ músculos respiratórios
- fraqueza simétrica e indolor
- atrofia muscular
- incapacidade funcional 110

110

DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Alterações cutâneas:
- Erupções cutâneas
(pálpebras, ponte do nariz e
área malar, articulações,
pescoço, tórax e costas)
- Lesões na mucosa oral
- Placas exantemáticas
elevadas (mãos e dedos)
- Calcinose (juvenil)
- Fenômeno de Raynaud

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DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Comprometimento articular: artrite leve
• Comprometimento cardiovascular
• Comprometimento respiratório
• Comprometimento gastrointestinal
• Comprometimento urinário
• Comprometimento ocular

112

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DERMATOPOLIMIOSITE
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• Fraqueza muscular simétrica
• Fraqueza muscular proximal
• Erupção cutânea típica
• Alterações eletromiográficas
• Alterações histológicas características

EXAMES COMPLEMENTARES:
Laboratoriais, Eletromiografia, Biópsia,
Imagem 113

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TRATAMENTO

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TRATAMENTO CLÍNICO
• Repouso
• Orientações (fotoproteção) e educação
• Suporte psicológico
• Medicamentoso: - analgésicos
- anti-inflamatórios
- imunorreguladores
- imunossupressores
- drogas vasoativas
115

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE AGUDA
• Analgesia e Controle da Inflamação
- repouso orientado (posicionamento, órteses)

* CUIDADOS:
- gelo / contraste = não indicados
- turbilhão / piscina = depende da resposta vascular
- infravermelho / ultravioleta = não indicados
- ondas curtas / microondas = depende da sensibilidade
- eletroterapia = depende da sensibilidade
- laser = indicado para as lesões cutâneas
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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE AGUDA
• Massoterapia
(melhora da circulação e redução do edema)
• Exercícios passivos ou ativo-assistidos
(manutenção da ADM e prevenir a rigidez articular)
• Exercícios isométricos
(manutenção da força e contratilidade muscular)
• Exercícios respiratórios
(manter a função e evitar complicações respiratórias)
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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE CRÔNICA
• Termoterapia
(melhora da circulação local e preparação p/ exerc.)
• Exercícios ativos e alongamentos
(melhora da ADM, reduzir rigidez e retrações)
• Exercícios resistidos
(melhora da força e resistência muscular)
• Exercícios aeróbicos de baixo impacto
(melhora do condicionamento cardiovasc. e respirat.)
• Treino de equilíbrio, marcha e
funcionalidade geral 118

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE CRÔNICA

• Hidroterapia
(Piscina Terapêutica)
* PRECAUÇÕES:
- temperatura não muito quente ou fria (±30°C)
- reduzir o tempo de imersão
- após: proteção contra o frio, hidratação
- na ocorrência de alterações vasculares:
**CONTRA–INDICAR**
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