DOENÇAS REUMÁTICAS E
TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
APLICADO
1
Prof. Dr. Diego Galace
CONCEITOS
- “Reumatismo”:
É um termo popular e genérico que se refere às doenças
que acometem as articulações, isto é, às doenças
reumáticas.
- Doença Reumatóide:
Afecção sistêmica do tecido conjuntivo, apresentando
como manifestação dano repetido e crônico de estruturas
articulares, periarticulares e tendinosas, com inflamação,
sobretudo da membrana sinovial.
2
CLASSIFICAÇÃO
1- Doenças Inflamatórias do Tec. Conjuntivo
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
Esclerose Sistêmica Progressiva (ESP) / Esclerodermia
Dermatopolimiosite (DPM)
Espondiloartropatias (EA)
Artrite Reumatóide (AR)
1
10/08/2021
CLASSIFICAÇÃO
3- Doenças Degenerativas
Osteoartroses (OA)
4- Doenças Metabólicas
Osteoporose (OP)
Artropatias Microcristalinas - Gota / Artrite Gotosa
- Condrocalcinose
CLASSIFICAÇÃO
5- Reumatismos Extra-Articulares
Regionais: Tendinites, Bursites
Difusos: Fibromialgia
6- Artropatias Infecciosas
Artrites Reacionais
Piogênicas
Específicas
CAUSAS
- Infecciosas
- Traumáticas
- Metabólicas
- Degenerativas
- Inflamatórias AUTO-IMUNES
- Desconhecida (idiopática)
2
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DEFORMIDADES
3
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10
10
ARTRITE
REUMATÓIDE
11
11
DEFINIÇÃO
Doença sistêmica do tecido conjuntivo cujas
alterações são predominantes nas articulações
sinoviais e nas estruturas periarticulares,
manifestando-se principalmente pelo processo
inflamatório de caráter crônico e deformante da
membrana sinovial. (Carvalho, 1996)
12
12
4
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INCIDÊNCIA
• 0,5% a 1% - adultos jovens
• 4,5% - 55 aos 75 anos
13
ETIOLOGIA
14
14
PATOGÊNESE
- membrana sinovial
espessada (tecido
granulomatoso)
PANNUS
- invade cartilagem e
osso (destruição
articular)
15
15
5
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LOCALIZAÇÃO
16
16
QUADRO CLÍNICO
• Gerais
Fadiga, depressão, perda de peso, mialgias.
• Articular
Poliartrite simétrica, aditiva, progressiva
Sinais inflamatórios (sinovite com inchaço, calor e hiperemia)
Dor e Rigidez articular
• Extra Articular
Nódulos reumatóides Vasculites
Eritema Lesões oculares
Lesões de mm. Estriados Doenças renais
Neuropatia periférica Doenças pulmonares
Anormalidades hematológicas Doenças cardíacas
17
17
QUADRO CLÍNICO
• Poliartrite
18
18
6
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QUADRO CLÍNICO
• Nódulos Subcutâneos
19
19
QUADRO CLÍNICO
20
20
QUADRO CLÍNICO
21
21
7
10/08/2021
QUADRO CLÍNICO
• Mão Reumatóide:
- “dorso de camelo”
- atrofia muscular
- quadratura
- desvio ulnar dos dedos
- dedo em fuso
- dedo em botoeira
- dedo em pescoço de cisne
- deformidade em Z do polegar
22
22
QUADRO CLÍNICO
• Pé Reumatóide:
- desvio dos dedos
- sobreposição dos dedos
- dificuldade em deambular
- hálux valgo
- inchaço
23
23
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
American College of Rheumatology (1987)
(apresentar no mínimo 4 dos 7 critérios positivos)
(por pelo menos 6 semanas)
24
24
8
10/08/2021
EXAMES COMPLEMENTARES
• Avaliação Radiográfica:
- redução do espaço articular
- hipertrofias ósseas
- grandes cistos ósseos
- artrose pós-artrítica
- desvios
- osteoporose
- anquilose
- tumefação de tec. moles
25
25
EXAMES COMPLEMENTARES
• Ressonância Magnética
• Tomografia Computadorizada
• Ecografia Articular
• Testes Laboratoriais:
- Fator Reumatóide (FR)
- Velocidade de Hemossedimentação (VHS)
- Proteína C Reativa (PCR)
- Líquido Sinovial
26
26
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
• Medicamentos Sintomáticos:
- Analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais
- Corticosteróides ou anti-inflamatórios hormonais
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Prótese
27
27
9
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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
- Abordagem multidisciplinar
28
28
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
• Objetivos:
- controle da dor e inflamação
- manutenção/aumento da ADM
- manutenção/aumento da FM
- melhora da função cardiorrespiratória
- proteção articular/conservação de energia
- obter capacidade funcional máxima
29
29
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
• Fases:
1. Na fase aguda inicial e durante as exacerbações:
Repouso sistêmico, emocional e articular.
Recursos analgésicos e anti-inflamatórios
Supervisão da postura, exercícios respiratórios e
abdominais e exercícios estáticos.
30
10
10/08/2021
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
ÓRTESES: - repouso / relaxamento
- alinhamento / correção
- prevenção de deformidades
31
31
FEBRE
REUMÁTICA
32
32
FEBRE REUMÁTICA
É uma complicação tardia não supurativa de
uma infecção orofaríngeca pelo Streptococcus
ß-hemolítico do grupo A de Lancefield (EBHGA)
- indivíduos predispostos,
por mecanismos genéticos
e ou imunes ainda não
claramente estabelecidos
- processo inflamatório transitório de diversos
órgãos (tecido conjuntivo)
33
33
11
10/08/2021
FEBRE REUMÁTICA
Incidência:
- Após epidemias de faringite estreptocócica,
3% dos atingidos desenvolvem FR.
- + inverno
- + países pobres
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34
FEBRE REUMÁTICA
3 FASES DISTINTAS:
1- Infecção de orofaringe
(amigdalite, faringite, febre, dor de garganta,…)
2- Período de latência
(assintomático, varia de 7 a 14 dias)
3- Doença propriamente dita
- inicial: febre, taquicardia, palidez, sudorese
- posteriormente: sinais clássicos
35
35
FEBRE REUMÁTICA
SINAIS CLÁSSICOS:
- Artrite (poliartrite migratória)
- Cardite (pancardite)
- Coréia de Sydenham
(movtos descoordenados e involuntários)
- Nódulos Subcutâneos
(duros, indolores, superf. extensoras)
- Eritema marginado
(bordas nítidas e centro claro)
36
36
12
10/08/2021
FEBRE REUMÁTICA
Faringite
Febre Reumática
Artrite Pancardite
Coréia 37
37
FEBRE REUMÁTICA
CRITÉRIOS DE JONES
Sinais maiores Sinais menores
Cardite Febre
Artrite Artralgia
Nódulos subcutâneos Elevação de provas inflamat.
Coréia de Sydenham Alt. eletrocardiograma
Eritema marginado
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FEBRE REUMÁTICA
DIAGNÓSTICO
- Imagem: - Ecocardiografia
- RX de tórax
- ECG
NORMAL
39
13
10/08/2021
FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
3 objetivos básicos
40
40
FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
1- Tto. da infecção estreptocócica
Penicilina G benzatina (dose única)
2- Tto. sintomático
Repouso: s/ cardite – 2 a 4 sem
c/ cardite moderada – 4 a 6 sem
c/ cardite grave – até resolução da insufic. cardíaca
c/ coréia – enquanto estiver presente
Medicamentos (antiinflamatórios + haloperidol p/ coréia)
41
41
FEBRE REUMÁTICA
TRATAMENTO:
3- Profilaxia secundária
Penicilina G benzatina (dose única c/ intervalo de 21 dias)
* FISIOTERAPIA:
- Posicionamento e Relaxamento
- Recursos anti-inflamatórios e analgésicos
- Proteção muscular/articular
- Manutenção/Recuperação da ADM articular e FM
- Reabilitação cardíaca (se necessário)
- Fisioterapia respiratória (internação hospitalar)
42
* cuidados com lesões cutâneas
42
14
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43
43
44
44
INCIDÊNCIA:
- Freqüência: 1-5% da população
- Sexo Feminino: 80%
- Início: 29 - 37 anos
- Diagnóstico: 34 - 57 anos
45
45
15
10/08/2021
ETIOPATOGENIA:
- Idiopática
FATORES DESENCADEANTES:
- Doenças graves;
- Traumas físicos ou emocionais;
- Mudanças hormonais.
46
46
FISIOPATOLOGIA:
- Alteração do Sistema Músculo-Esquelético
(anormalidades bioquímicas, estruturais e de fluxo
sanguíneo)
- Alterações do Sistema Vascular
(redução no fluxo e hipóxia nos pontos dolorosos)
- Alterações do Sistema Nervoso Central
(alteração da percepção central da dor)
- Alterações do Sistema Neuro-Endócrino
(redução nos níveis de serotonina = neurotransmissor
responsável pela modulação da dor)
47
47
QUADRO CLÍNICO:
- sintoma cardinal = DOR (difusa e crônica)
- distúrbios do sono
- fadiga / rigidez matinal
- espasmo muscular
- sensibilidade cutânea
- alterações do humor
- cefaléia
48
48
16
10/08/2021
DIAGNÓSTICO:
Critérios Diagnósticos
(American College of Rheumatology, 1990)
1. Antecedentes de dor generalizada
(presentes durante 3 meses no mínimo)
2. Dor à palpação em 11 dos 18 pontos
dolorosos (tender points)
49
49
50
51
51
17
10/08/2021
AVALIAÇÃO DA DOR:
- Dolorimetria: dor à pressão de 4KgF/cm2
(dolorímetro)
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QUALIDADE DE VIDA:
- Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ)
- SF36
+ AVALIAÇÃO POSTURAL
+ AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
53
53
TRATAMENTO CLÍNICO:
– Orientação
– Hábitos saudáveis
– Tratamento medicamentoso
• Antiinflamatórios / Analgésicos;
• Relaxantes Musculares;
• Antidepressivos tricíclicos;
• Inibidores da recaptação da serotonina;
• Medicações para o sono.
54
54
18
10/08/2021
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO:
- Analgesia e relaxamento muscular
• Eletrotermofototerapia
• Crioterapia
• Hidroterapia
• Massoterapia
• Terapia manual
• Biofeedback
• Acupuntura
* efeitos benéficos a curto prazo 55
55
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO:
- Melhora da flexibilidade e alívio de tensão
• Exercícios de Alongamento Muscular
- Melhora da resistência muscular
• Exercícios Resistidos
- Melhora do condicionamento físico
• Exercícios Aeróbicos
(caminhada, bicicleta, exerc. aquáticos)
56
56
FISIOTERAPIA
- Ameniza o impacto da doença
- Auxilia o paciente a controlar a doença
Exercícios aeróbicos
+
Alongamento
+
Hidroterapia
57
57
19
10/08/2021
ARTROPATIAS
MICROCISTALINAS
58
58
ARTROPATIAS / ARTRITES
MICROCRISTALINAS
Grupo de doenças inflamatórias causadas
pela deposição de cristais no tec. conjuntivo
(em articulações ou em tecidos moles)
cristais:
- urato monossódico (ácido úrico)
- hidroxiapatita
- pirofosfato de cálcio
- carbonato de cálcio
59
59
ARTROPATIAS / ARTRITES
MICROCRISTALINAS
Principais doenças:
- Pseudogota (Condrocalcinose):
deposição de pirofosfato de cálcio com
calcificação da cartilagem articular
60
20
10/08/2021
GOTA OU
ARTRITE GOTOSA
61
GOTA = GUTA
62
63
63
21
10/08/2021
64
64
Deposição de cristais
de urato monossódico
Reação imunológica
Sinovite Aguda
65
65
66
66
22
10/08/2021
◼ Joelho
◼ Cotovelo
◼ Punho
◼ Mão
67
67
68
68
69
23
10/08/2021
70
71
71
72
72
24
10/08/2021
- Imagem: - Radiografias
- Ressonância
73
73
74
74
75
75
25
10/08/2021
◼ Fase aguda
1. Repouso (24 a 48 hs)
2. ↓ sinais flogísticos (PRICE)
3. TENS
4. Iontoforese
5. Ultra-som (fonoforese)
6. Órtese de posicionamento
76
76
◼ Fase Intercrítica
1.Prevenir deformidades e tofos
(alongamento, mobilização e trações articulares,
movimentos passivos e ativos)
77
77
◼ Fase crônica
1. Termoterapia (relaxamento)
4. Retorno as AVD’s
78
78
26
10/08/2021
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
79
79
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
spondylos = vértebra
ankylos = fusão articular
80
80
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
• Sexo Masculino (5:1)
• Idade: 20 – 40 anos
• Espondilite Anquilosante Juvenil
• Etiologia desconhecida
– agente infeccioso
– suscetibilidade hereditária
81
81
27
10/08/2021
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Entesites
Fusão Óssea
- Sacro-ilíacas
- Coluna Lombar
- Coluna Torácica
- Coluna Cervical
- Articul. periféricas
(+ quadril)
82
82
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Critérios Diagnósticos
(modificados de New York, 1985)
CRITÉRIOS CLÍNICOS
Dor lombar e rigidez por pelo menos 3 meses (aliviada c/
exercício e não melhora com repouso)
Limitação da coluna lombar (planos sagital e frontal)
Expansibilidade torácica reduzida em relação aos valores
normais p/ idade e sexo)
CRITÉRIOS RADIOLÓGICOS
Sacroileíte bilateral / unilateral
83
83
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
“postura do esquiador”
ou
postura espondilítica
84
84
28
10/08/2021
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
85
85
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
86
86
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Redução progressiva da flexibilidade da
coluna vertebral
87
29
10/08/2021
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Exame Radiográfico
88
88
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
- Tratamento Medicamentoso
(analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musc.)
- Tratamento Cirúrgico
(+ artroplastia de quadril)
- Tratamento Fisioterápico
(melhora da qualidade de vida e da postura)
89
89
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Tratamento Fisioterápico
OBJETIVOS:
- diminuir a dor, rigidez e fadiga
- minimizar e evitar deformidades
- manter e aumentar mobilidade de coluna e
demais articulações comprometidas
- aumentar a força muscular de tronco e membros
- melhorar ou manter as condições respiratórias
- correção postural
- manter o melhor nível de capacidade funcional
90
90
30
10/08/2021
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Recursos Fisioterapêuticos
- Termoterapia superficial e profunda
- Eletroterapia
- Massoterapia / Pompage
- Hidroterapia
- Cinesioterapia
exerc. passivos /ativos
alongamentos
exerc. de fortalecimento e resistência
exerc. posturais
- Fisioterapia Respiratória
91
91
DOENÇAS DIFUSAS DO
TECIDO CONJUNTIVO
92
92
DOENÇAS DIFUSAS DO
TECIDO CONJUNTIVO
ou COLAGENOSES
Grupo de afecções variadas que apresentam
manifestações sistêmicas, com dificuldade para
classificação e diagnóstico.
93
93
31
10/08/2021
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
• Disfunção generalizada do tec. conjuntivo,
progressiva e de etiologia desconhecida.
sklera = duro / derme = pele
• Características:
- alterações inflamatórias crônicas
(espessamento, fibrose cutânea e de tec. moles)
- alterações vasculares periféricas e viscerais
- manifestações osteomusculares e articulares
- manifestações sistêmicas diversas
(órgãos = pulmões, trato gastrointestinal, rins) 94
94
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
CLASSIFICAÇÃO:
SISTÊMICA LOCALIZADA INDUZIDA
Difusa Linear
Limitada (CREST) Morféia
Visceral Generalizada
95
95
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
C alcinose (acúmulo de cristais de cálcio
em locais de uso excessivo ou traumas)
96
32
10/08/2021
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
INCIDÊNCIA
- 126 casos / milhão
- sexo feminino (3 a 8:1)
- 30 aos 60 anos
- sem predileção por raça
ETIOLOGIA
Fatores: - Genéticos
- Imunológicos
97
- Ambientais
97
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
PATOGENIA
98
98
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
QUADRO CLÍNICO
- Manifestações Cutâneas:
• Fase edematosa
• Fase esclerótica
• Fase atrófica
99
99
33
10/08/2021
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
QUADRO CLÍNICO
- Manifestações Vasculares Periféricas
(Raynaud)
- Manifestações Articulares
- Manifestações Musculoesqueléticas
- Manifestações Gastrintestinais
- Manifestações Pulmonares
- Manifestações Cardíacas
- Manifestações Renais 100
100
ESCLEROSE SISTÊMICA /
ESCLERODERMIA
DIAGNÓSTICO
• Critérios Diagnósticos
(American College of Rheumatology,1980)
- MAIOR: esclerodermia proximal
- MENORES: esclerodactilia
ulceração de polpas digitais ou reabsorção de falanges
fibrose pulmonar basilar
• Exames de Imagem
101
101
102
34
10/08/2021
ETIOLOGIA
Fatores: - Genéticos e Imunológicos
- Ambientais (luz solar)
- Agentes infecciosos
- Hormonais
103
- Emocionais
103
104
- Alopecia
- Lesões discóides
- Úlceras em mucosas
105
35
10/08/2021
106
DERMATOPOLIMIOSITE
• Miopatia inflamatória dos músculos estriados,
com erupção cutânea característica e possível
envolvimento sistêmico.
dermato = pele / miosite = inflam. musc.
• Características:
- inflamações crônicas dos músculos esqueléticos
(degeneração e atrofia de fibras musculares)
- comprometimento cutâneo (degeneração e
atrofia epidérmica com inflamação da derme)
- acometimento sistêmico
(órgãos internos, vasos sanguíneos, articulações)
107
107
DERMATOPOLIMIOSITE
CATEGORIAS:
108
108
36
10/08/2021
DERMATOPOLIMIOSITE
INCIDÊNCIA
- 5 a 10 / milhão
- sexo feminino (2 a 3:1)
- infância (DM juvenil)
- adultos
ETIOLOGIA
- causa desconhecida
- fatores associados: neoplasias, infecção,
fármacos, anormalidades imunológicas,
componente viral, história familiar
109
109
DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Início: Febre, mal-estar, mialgia, fadiga, anorexia,
perda de peso e edema .
• Comprometimento muscular:
- predomínio em cinturas pélvica e escapular
+ MMII
+ musculatura cervical
+ músculos respiratórios
- fraqueza simétrica e indolor
- atrofia muscular
- incapacidade funcional 110
110
DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Alterações cutâneas:
- Erupções cutâneas
(pálpebras, ponte do nariz e
área malar, articulações,
pescoço, tórax e costas)
- Lesões na mucosa oral
- Placas exantemáticas
elevadas (mãos e dedos)
- Calcinose (juvenil)
- Fenômeno de Raynaud
111
111
37
10/08/2021
DERMATOPOLIMIOSITE
QUADRO CLÍNICO
• Comprometimento articular: artrite leve
• Comprometimento cardiovascular
• Comprometimento respiratório
• Comprometimento gastrointestinal
• Comprometimento urinário
• Comprometimento ocular
112
112
DERMATOPOLIMIOSITE
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• Fraqueza muscular simétrica
• Fraqueza muscular proximal
• Erupção cutânea típica
• Alterações eletromiográficas
• Alterações histológicas características
EXAMES COMPLEMENTARES:
Laboratoriais, Eletromiografia, Biópsia,
Imagem 113
113
TRATAMENTO
114
114
38
10/08/2021
TRATAMENTO CLÍNICO
• Repouso
• Orientações (fotoproteção) e educação
• Suporte psicológico
• Medicamentoso: - analgésicos
- anti-inflamatórios
- imunorreguladores
- imunossupressores
- drogas vasoativas
115
115
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE AGUDA
• Analgesia e Controle da Inflamação
- repouso orientado (posicionamento, órteses)
* CUIDADOS:
- gelo / contraste = não indicados
- turbilhão / piscina = depende da resposta vascular
- infravermelho / ultravioleta = não indicados
- ondas curtas / microondas = depende da sensibilidade
- eletroterapia = depende da sensibilidade
- laser = indicado para as lesões cutâneas
116
116
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE AGUDA
• Massoterapia
(melhora da circulação e redução do edema)
• Exercícios passivos ou ativo-assistidos
(manutenção da ADM e prevenir a rigidez articular)
• Exercícios isométricos
(manutenção da força e contratilidade muscular)
• Exercícios respiratórios
(manter a função e evitar complicações respiratórias)
117
117
39
10/08/2021
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE CRÔNICA
• Termoterapia
(melhora da circulação local e preparação p/ exerc.)
• Exercícios ativos e alongamentos
(melhora da ADM, reduzir rigidez e retrações)
• Exercícios resistidos
(melhora da força e resistência muscular)
• Exercícios aeróbicos de baixo impacto
(melhora do condicionamento cardiovasc. e respirat.)
• Treino de equilíbrio, marcha e
funcionalidade geral 118
118
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
FASE CRÔNICA
• Hidroterapia
(Piscina Terapêutica)
* PRECAUÇÕES:
- temperatura não muito quente ou fria (±30°C)
- reduzir o tempo de imersão
- após: proteção contra o frio, hidratação
- na ocorrência de alterações vasculares:
**CONTRA–INDICAR**
119
119
40