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Nome Completo: Jenniffer Yi RGM: 22784926

Instituição: Cruzeiro do Sul Data: 25/10/2021


Curso: Serviço Social
Disciplina: Fundamentos técnicos e operativos do serviço Social

Atenção: Consulte o arquivo de orientações para ler a proposta desta atividade.

Digite aqui o seu texto:

Segundo Yolanda Guerra, a instrumentalidade é “não apenas o conjunto de


instrumentos e técnicas, mas uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva
da profissão, construída e reconstruída no processo sócio histórico”.
A instrumentalidade se constitui a partir da práxis juntamente com o trabalho. Neste
âmbito, o processo de trabalho é compreendido como conjunto de atividades prático-
reflexivas voltadas para o alcance das finalidades, as quais dependem da existência, da
adequação e da criação dos meios e as condições objetivas e subjetivas. O processo de
adequação e criação de instrumentos se configura, portanto, como uma capacidade
teleológica. Yolanda guerra, diz que a instrumentalidade é uma forma de mediação,
pois permite que no nosso processo de trabalho, nos ultrapassarmos essa questão
meramente instrumental, e adquirimos uma capacidade crítica. A instrumentalidade vai
muito mais além de técnicas e métodos, mas sim a capacidade e propriedade da
profissão.
A instrumentalidade como mediação se divide em três dimensões, teórico-
metodológico, ético-política e técnico-operativa. A dimensão teórico-metodológico, tem
relação com o arcabouço que utiliza o serviço social para análise da realidade. A
profissão, é válido lembrar, não se configura como ciência, mas se utiliza das ciências
sociais e humanas para o seu exercício profissional. “Nós não somos uma ciência, nos
dialogamos com as ciências. Nós somos uma profissão”. O serviço social não tem teoria
própria, nem metodologia própria. Como não há neutralidade, a profissão optou pela
perspectiva da teoria social crítica marxista, ou seja, dialoga com toda tradição marxista,
não só com o pensamento de Marx, para análise da realidade social. Já a ético-política,
tem relação com a defesa do atual projeto ético político da profissão, e portanto como
base central o nosso código de ética e seus 11 princípios, que defende a liberdade como
valor ético-central. Esta dimensão nega o tradicionalismo e a neutralidade. Conforme
Mioto e Lima, a dimensão técnica-operativa, é compreendida como espaço de trânsito
entre o projeto profissional e a formulação de respostas inovadoras as demandas que
impõem no cotidiano dos assistentes sociais. É está dimensão que dá visibilidade a
profissão e que permite dar concretude aos objetivos profissionais.
Estas dimensões não podem ser consideradas de forma isolada, até porque se trata de
uma divisão dialética, o exercício portanto, no cotidiano, é a articulação dessas três
dimensões. Se não há articulação das dimensões, pôde-se cair em extremismos
profissional.
A instrumentalidade e utilidade social da profissão vem da necessidade profissional.
Essa necessidade surge através da contradição da sociedade capitalista. Onde estão
vinculados ao capital e ou trabalho.
Neste caso, a utilidade social da profissão está em responder às necessidades das classes
sociais. Historicamente a profissão ocupa este espaços a partir da interferência do estado
de forma sistêmica nas expressões da questão.

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