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A PONTE

Por que a Morte de Jesus é tão importante e merece um


destaque especial?

Para responder a esta pergunta, é preciso ver o que a Palavra de Deus nos
fala em relação a essa importância, ou seja, saber qual era o preço que precisava
ser pago pelo resgate da Humanidade.

Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de


Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
(Romanos 6:23)

Voltemos nossa atenção para o início da criação.


Deus cria o ser humano à Sua imagem e determina que o Homem seja seu
representante na face da Terra. Adão andava em obediência a Deus, aprendendo e
executando tudo aquilo que Deus o estava ensinando.
Deus aparecia a Adão, de forma diária, na viração do dia. Adão tinha um
relacionamento com Deus e esse relacionamento tinha como alicerce a
obediência de Adão a Deus, sempre se sujeitando à vontade divina.

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos


pela renovação da vossa mente, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
(Romanos 12:2)

Enquanto Adão se mantinha obediente a Deus, ele desfrutava das benesses


dessa vontade divina, a qual sempre é boa, agradável e perfeita. Mas o Senhor
Deus não criou um Homem automatizado, ou seja, um robô. Ele delegou um
poder ao Homem sobre o qual o próprio Homem teria total soberania. Deus deu
ao homem o poder soberano sobre suas próprias escolhas. Percebemos então que
o homem poderia ou não aceitar a vontade de Deus, fazendo uso do seu poder de
escolha.
Deus havia dito a Adão que do fruto da árvore do bem e do mal não
comesse e que, caso fizesse, certamente morreria.
A Palavra de Deus nos mostra claramente que Adão, em sua escolha,
resolveu não obedecer à vontade Deus e preferiu fazer a sua vontade.
Essa atitude de Adão trouxe, como consequência, a sua morte, a qual
havia sido anunciada por Deus.
Tal morte não acontece de uma forma física e instantânea, pois Adão
ainda viveu por muitos anos. Aqui se faz necessário discernir que a morte que
Deus anunciara para Adão foi a morte espiritual. Quando isso aconteceu, o
Homem deixou a sua posição original de ser o representante de Deus na Terra.
É correto afirmar que essa morte, literalmente, nos indica uma ação de
separação. Podemos usar como ilustração o momento em que morremos
fisicamente, pois nesse instante nosso espírito e nossa alma deixam o corpo, ou
seja, se separam do corpo. Similarmente, por conta da desobediência de Adão, o
Homem morreu para Deus, ou seja, ficou separado de Deus, espiritualmente
falando.
Deus é Santo e, como consequência fundamental dessa santidade, temos
que Ele não está onde o pecado está.
Se Adão escolhesse obedecer à instrução de Deus, então sua escolha teria
sido gloriosa. Mas como a sua atitude foi contrária àquilo que Deus o exortara,
então a sua escolha foi de rebeldia. Baseado nisso, pode-se dizer que essa morte
(separação) espiritual ocorreu pelo fato de Deus ser santo, ou seja, sem pecado, e
que o Homem, pela rebeldia de Adão, ficou corrompido do seu estado original.
Dessa forma, o Homem passou a ser possuidor de pecado.
O pecado gerou um distanciamento entre Deus e o Homem. A esse
distanciamento podemos chamar de abismo. Suponha que Deus habitava em um
monte na extremidade norte e que o Homem habitava em um outro monte, na
extremidade sul. Acontece que entre a extremidade norte e a sul havia um abismo
até então intransponível. Ao monte que Deus habita podemos chamar de “Céu” e
ao que o Homem tem habitado chamamos de “Criação Caída”, e, ao abismo,
chamamos de pecado.
O pecado ou abismo impedia o Homem de conhecer as coisas de Deus,
pois ele trazia a separação entre Deus e o Homem. Ao afirmar isso, estamos
dizendo que o Homem estava morto para Deus e, se Deus é Espírito, então
podemos dizer que essa morte foi de natureza espiritual.
Desde a escolha errada de Adão, a humanidade vem tentando se
aproximar de Deus, construindo pontes que não conseguem alcançar o monte
onde Deus habita; entrando em caminhos que não levam a esse monte e que
ainda nos afastam mais de Deus. Alguns até pensam que, pelo fato de irem a um
templo, a uma igreja ou a uma mesquita, conseguirão chegar a Deus. Outros
acham que suas caridades, suas boas ações e etc., irão permitir que cheguem até
Deus.
A humanidade jamais chegará até Deus por meio desses recursos, mesmo
que suas motivações sejam as melhores possíveis.
Não chegarão jamais, pois o que dá acesso a Deus tem como pagamento
um sacrifício de morte.
O pecado foi de um homem e o preço a ser pago para a redenção da
humanidade deve ser de um homem. Só que este homem precisa estar sem
pecados, mas a Palavra de Deus nos informa que todos pecaram e todos estavam
destituídos da Glória de Deus. Sendo assim, não se tinha na humanidade um
homem apto para este sacrifício.

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de


Deus,
(Romanos 3:23)

Então Jesus precisou sair de seu trono de Glória e vir como Homem até a
criação caída para redimir a humanidade e, assim, permitir ao homem o acesso
espiritual a Deus. A humanidade passa a ter, a partir de então, o acesso a Deus
através do sacrifício de Jesus em sua cruz.
A cruz de Jesus é a ponte que liga o monte onde Deus habita (céu) ao
monte de habitação do Homem (criação caída).
Jesus é o único meio de acesso a Deus que a humanidade caída possui. Ele
é o caminho, a verdade e a vida.

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a


vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
(João 14:6)

Essa é a resposta do próprio Jesus, explicando o motivo pelo qual sua


morte é importante.

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