BREVE REFLEXÃO SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS NA
EDUCAÇÃO
As políticas (publicas) sociais podem apresentar resultados bastante
diferenciados segundo a concepção de Estado predominante na sociedade.
HOPING,E.,M.2001. Estado e Políticas Públicas (Sociais) Cadernos Cedes,
ano XXI, no. 55 – o autor faz uma análise sobre a produção de políticas sociais educacionais do ponto de vista da tradição marxista, representado por Claus Offe, e do ponto de vista neoliberal, representado por Milton Friedmann.
Com base na leitura do texto, podemos definir que as principais diferenças
entre estes dois modelos de Estado e seus resultados no que diz respeito às políticas educacionais podem ser definidas conforme a declaração de Claus Offe, sociólogo alemão, que é normalmente considerado um autor moderno no interior da tradição marxista.
Compreendo que o autor se insere no debate atual que amplia a dimensão
política do Estado para a compreensão de suas funções no capitalismo contemporâneo, contribuindo para a ampliação das teorias marxistas tradicionais em relação a Estado e mudanças sociais, inclusive no que tange ao setor educacional.
Já, Milton Freidmann, neo-liberal, especialmente em Capitalismo e
liberdade, focaliza o capitalismo competitivo ¾ organizado através de empresas privadas, em regime de livre mercado ¾ como um sistema que exercita a liberdade econômica.
Mais do que oferecer "serviços" sociais ¾ entre eles a educação ¾ as
ações públicas, articuladas com as demandas da sociedade, devem se voltar para a construção de direitos sociais.
Numa sociedade extremamente desigual e heterogênea como a brasileira,
a política educacional deve desempenhar importante papel ao mesmo tempo em relação à democratização da estrutura ocupacional que se estabeleceu, e à formação do cidadão, do sujeito em termos mais significativos do que torná-lo "competitivo frente à ordem mundial globalizada".