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e Epidemiologia
do Envelhecimento
1. Epidemiologia do Envelhecimento 4
Envelhecimento Humano 6
Envelhecimento Populacional 7
4. Aspectos Demográficos 28
5. Referências Bibliográficas 34
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1. Epidemiologia do Envelhecimento
1 Retirado em https://dailynewshungary.com/
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Fonte: Medium2
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dianos que podem juntos ou isolada- quase todas as suas dimensões - ela
mente, comprometer a capacidade agora tem uma doença física (osteo-
funcional de um indivíduo. O bem- porose), uma doença mental (de-
estar na velhice, ou saúde num sen- pressão), está totalmente dependen-
tido amplo, seria o resultado do te no dia-a-dia e não tem mais con-
equilíbrio entre as várias dimensões tatos sociais. Resta a ela um bom su-
da capacidade funcional do idoso, porte financeiro, que ainda lhe per-
sem necessariamente significar au- mite permanecer em casa, e uma fa-
sência de problemas em todas as di- mília que, até o momento, não se
mensões. manifestou.
Um exemplo ilustrativo: uma Suponhamos que os filhos,
senhora de 70 anos sem doenças di- que nunca se preocuparam com a
agnosticadas, morando com o ma- mãe, que sempre foi pessoa inde-
rido, tem vida ativa e independente, pendente, resolvam buscar uma al-
cuidando da casa, exercendo ativi- ternativa. Por ordem médica, come-
dades comunitárias e passando fé- çam a tratá-la da depressão e com-
rias na casa de praia todos os verões. pram-lhe uma cadeira de rodas.
Um acidente a faz viúva, ela se torna Com isso, essa senhora volta a se in-
deprimida e diminui suas atividades teressar pelo mundo exterior, sai,
fora de casa. Sem ânimo para cuidar com ajuda de um cuidador, na ca-
da casa, o ambiente doméstico se de- deira de rodas, e passa a frequentar
sorganiza, começa a faltar com com- seus antigos círculos sociais. No pró-
promissos e, finalmente, sofre um ximo verão, faz questão de ir para a
acidente em casa ao tropeçar num praia. A essa altura, ela já recuperou
objeto fora do lugar de costume. Cai sua autonomia de decidir a própria
e fratura o quadril; é internada, mas vida, embora ainda seja bastante de-
se recusa a fazer a cirurgia protética pendente de outros e da cadeira de
por achar que não tem mais razão rodas para executar as ações neces-
para viver. Volta para casa restrita sárias. No momento seguinte, ela
ao leito, precisando de uma enfer- decide realizar a cirurgia repara-
meira para ajudá-la dia e noite, e, dora; fica então internada, passa por
pela primeira vez em muitos anos, uma reabilitação física, volta a andar
deixa de viajar para praia no verão. e retoma sua vida pregressa. Nesse
Essa história poderia evoluir rapida- caso, ela recupera também a sua in-
mente para a morte ou para a insti- dependência física, voltando a ter
tucionalização, já que a capacidade uma boa capacidade funcional, em-
funcional está comprometida em
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física de vários familiares, eram ido- que uma opção sociocultural, tais ar-
sos que, com frequência acima da ranjos mostraram-se uma forma de
média, referiram sentir solidão. sobrevivência. Na verdade, os idosos
O idoso morando apenas com com nível socioeconômico mais alto
filhos era, em geral, do sexo mascu- viviam marjoritariamente apenas
lino, de origem rural, casado, mais com o cônjuge ou sós, reproduzindo
jovem, com melhor condição socioe- o modelo verificado nos países mais
conômica e mais independente no desenvolvidos. Vale referir que, nes-
dia-a-dia. No caso dos domicílios em ses casos, não havia, necessariamen-
que vivia apenas um casal, o idoso te, uma falta de suporte familiar e,
era geralmente homem, de origem sim, um esquema de intimidade e
urbana, também no grupo etário distância entre os membros da famí-
mais jovem, com poucas doenças lia, nos moldes do que se verifica nos
crônicas e total independência no países mais desenvolvidos.
dia-a-dia.
Os idosos vivendo sós eram, Fatores de Risco para a Morta-
em geral, mulheres de origem urba- lidade
nas, viúvas, de baixo nível socioeco-
A velhice é um período da vida
nômico, com várias doenças e um ní-
com uma alta prevalência de DCNT,
vel intermediário de dependência no
limitações físicas, perdas cognitivas,
dia-a-dia, já que os estados de acen-
sintomas depressivos, declínio sen-
tuada dependência mostraram- se
sorial, acidentes e isolamento social,
incompatíveis com a vida só. Alter-
No entanto, tem crescido o interesse
nativamente, essa idosa morando só
em estabelecer quais fatores que,
poderia ser uma solteira, com renda
isolada ou conjuntamente, explicam
pessoal mais alta e uma condição de
melhor o risco que um idoso tem de
saúde e independência acima da mé-
morrer em curto prazo, uma noção
dia.
útil do ponto de vista epidemioló-
A conclusão que pode ser ti-
gico e clínico. Para responder a essa
rada foi de que os arranjos domicili-
questão, no entanto, fazem-se ne-
ares multigeracionais, além de ex-
cessários estudos longitudinais, que
tremamente predominantes, associ-
acompanhem coortes de idosos con-
avam-se significativamente com um
trolando os possíveis fatores de
baixo nível socioeconômico, em ge-
risco.
ral afetando mulheres viúvas com
Estudos longitudinais com
várias doenças e grau moderado de
amostras populacionais, especial-
dependência no dia-a-dia. Mais do
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mente desenhados para avaliar fato- de idosos que gozam de uma concor-
res de risco para mortalidade em dância entre os vários estudos são o
idosos, ainda são relativamente ra- grau de incapacidade, avaliado pela
ros na literatura. Alguns estudos dis- performance nas AVD’s, e história
cutem fatores de risco para mortali- de hospitalização prévia no último
dade em idosos, mas baseiam-se em ano.
amostras não-populacionais, ou Uma variável que tem mere-
analisam amostras populacionais cido considerável atenção nessa área
que não foram originalmente seleci- de determinantes entre idosos é a
onadas para estudar idosos. O prin- auto avaliação subjetiva de saúde do
cipal fator de risco para mortalidade idoso. Por ser uma variável simples
continua sendo a própria idade. de obter, com potencial de sintetizar
Quanto mais se vive, maior é a chan- uma complexa interação de fatores
ce de morrer. A maioria dos estudos envolvidos na saúde de um idoso, e
longitudinais com idosos residentes com alto valor preditivo de mortali-
na comunidade parece concordar dade, a maioria dos estudos dedica
que, além da idade, o sexo do indiví- atenção especial à discussão das im-
duo parece ser determinante no ris- plicações práticas dessa variável en-
co de morte, com os homens apre- quanto um indicador de saúde. En-
sentando um risco maior do que as tretanto, poucos estudos incluíram,
mulheres. Todas as demais variáveis entre as variáveis independentes do
são dependentes de uma complexa modelo multivariado de determina-
interação entre o indivíduo e o meio ção de risco de morte, a medida do
ambiente, a qual, por sua vez, varia estado cognitivo do idoso, e pratica-
de cultura para cultura e de tempos mente nenhum estudo avaliou o
em tempos. Mesmo o fator sexo po- grau de depressão do entrevistado.
de vir a ter sua relação de risco alte- Ambas as variáveis podem, em teo-
rada no futuro, com a evolução so- ria, confundir a associação entre
cial promovendo um aumento signi- auto-avaliação de saúde e o risco de
ficativo de mortes por DCV entre morte entre idosos.
mulheres, agora mais expostas aos Epistemologicamente, a morte
fatores de risco ocupacionais e am- vem associada com a doença física,
bientais devido à sua progressiva in- numa concepção, em geral, de que as
corporação à população economica- pessoas doentes morrem mais. No
mente ativa. Outros fatores objeti- entanto, os estudos sobre os deter-
vos da avaliação multidimensional minantes de mortalidade em idosos
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Fonte: Bangornrc3
O fenômeno de envelhecimento
da população é um fato de
grande importância social, que tem
quase imperceptível, estamos teste-
munhando profundas mudanças na
estrutura por idades da população,
atraído à atenção de economistas, que levam a um aumento, em ter-
políticos, médicos, sociólogos e ou- mos absolutos e relativos, do grupo
tros pesquisadores. A preocupação de idosos com diminuição nos gru-
não é trivial e já é possível notar al- pos etários mais jovens. Há três dé-
gumas de suas consequências eco- cadas, nossas populações eram um-
nômicas, políticas e, inclusive soci- ito jovens, evoluindo primeiro a um
ais, que provavelmente se acentue processo de maturidade, para en-
nos próximos anos. De uma forma trar, numa segunda fase, em um
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4. Aspectos Demográficos
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5. Referências Bibliográficas
CAMARANO, A.A. Idosos brasileiros: que VERAS, R.P. A Vida Mais Longa do
dependência é essa? Muito além dos 60: Mundo: determinantes demográficos. A
Os novos idosos Brasileiros. Rio de Saúde dos Idosos no Brasil. UERJ, Rio de
Janeiro: IPEA, 1997. Janeiro: Relume Dumará, p.23, 1994.
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