As tecnologias de
informação e a
integração das
bibliotecas brasileiras
A base de dados pode ser folheada ou con- c) sistema de programas, integrados pe- um grupo maior de pessoas, a custos mais
sultada de três maneiras: los aplicativos propriamente ditos (por razoáveis, passarão a ter um envolvimento
exemplo: HyperCard, Guide, Hypertext) maior com a área de lazer e entretenimen-
a) seguindo ligações e abrindo janelas, to. As aplicações de multimídia na educa-
e pelas linguagens de programação ade-
sucessivamente, para examinar o conteúdo; quadas (Hypertalk, Smalltalk, entre ou ção encontram-se, ainda, em fase embrio-
b) procurando na rede, ou em uma parte tras); nária se comparadas as da área de treina-
mento, já com amplo crescimento. A
dela, alguma palavra-chave ou atributo;
multimídia, "a serviço de um projeto peda-
c) "navegando" no hiperdocumento medi- d) sistema de comunicação, integrado por gógico que tenha como pano de fundo o
ante o uso de um "mapa" ou "indicada redes locais e remotas, que permitem o aprender a aprender, possibilita a
de rota" que exibe na tela, sob a forma acesso a outros sistemas nacionais e es- integração dos vários sentidos e das vári-
gráfica, a estrutura da rede (ver figura 2). trangeiros. as inteligências. Mobiliza o ser humano
para uma aprendizagem globalizante e
multissensorial"7.
dos anos 60 e início dos 70 quando proje- impressora a laser. Além disso, a rede INTERNET E RNP
tos foram feitos para interligar computado- local pode ser usada para o correio ele-
res de grande porte e minicomputadores. trônico (E-Mail), transferência de dados/ Existe uma tendência natural entre os bi-
Ethernet, Cambridge Ring e ARCnet são textos e a utilização comum de progra- bliotecários que atendem comunidades
as ações mais conhecidas durante os anos mas aplicativos de custos elevados. diversificadas de usuários de reclamar
70. Mas, a partir do início dos anos 80 foi quando é anunciado o lançamento de um
que o conceito de rede local saiu da comu- As redes locais são ideais para aplicações novo banco de dados. Para muitos de nós,
nidade acadêmica e teve início uma explo- ligadas à automação de escritório, como por exemplo, o Dialog, a Bireme e o CIN/
são de divulgação comercial. Simultanea- processamento de texto, planilha eletrôni- CNEN, são bancos de dados com os quais,
mente, foram lançados, com extremo su- ca, gerenciamento de base de dados e cor- geralmente, já estamos familiarizados.
cesso os microcomputadores que, rapida- reio eletrônico. Tais aplicações são bastante Além disso, a maioria das bases de dados
mente, encontraram seus nichos nas apli- utilizadas nas rotinas diárias de uma uni- é de natureza bibliográfica. Tempos atrás,
cações comerciais e automação de escri- dade de informação. Espera-se que, em surgiram as bases de dados numéricas
tório8. uma biblioteca, elas possam realizar, en- (como as do Predicast), aumentando, so-
tre outras, as seguintes tarefas: bremaneira, o nível de complexidade da
As redes locais combinadas com os recuperação em linha e dificultando o
a) automação de escritório com a aprendizado dessa ferramenta de trabalho.
microcomputadores tornaram disponíveis
integração com as rotinas administrati- Recentemente tivemos a introdução do CD-
a computação e o compartilhamento de
vas e do fluxo documental da bibliote- ROM, agregando novas necessidades de
recursos e sistemas de endereçamento de
ca; conhecer comandos e detalhes sobre o
mensagens a um custo muito menor do que
os antigos, baseados em sistemas de mundo em suporte ótico. Este tipo de rea-
b) a informação será recuperada através ção também pode ocorrer com a Internet.
minicomputadores. O mercado de
das redes remotas (Wide Area Network
automação de escritório, que tem tido enor- A Internet foi criada em 1983 e, desde en-
— WAN), introduzida na rede local,
mes crescimentos, foi, em parte, causado tão, tem tido um crescimento avassalador
reembalada e enviada ao usuário-final
pela introdução das redes locais. no número de usuários a ela conectados.
em formato apropriado;
Ela passou de um milhão de usuários em
A filosofia básica das redes locais é o 1985, para mais de 20 milhões em 1994,
c) a rede local e a automação de escritório
processamento distribuído. Suas principais distribuídos em quase todos os países e
irá facilitar o desenvolvimento de bases
vantagens são as seguintes: vinculados a mais de 16 mil instituições.
de dados locais, cadastros e listas de
leituras selecionadas, possibilitando, A introdução da rede Internet no Brasil, por
a) economia e expansão programável: as
assim, um enorme potencial de produ-
redes locais que utilizam microcompu- meio da Rede Nacional de Pesquisa (RNP),
tos e serviços informativos; possibilitou o livre acesso a dezenas de
tadores trouxeram substancial poder de
processamento dentro dos orçamentos catálogos em linha, o acesso a grupos de
d) com os progressos da inteligência artifi-
dos pequenos escritórios e organiza- discussão entre especialistas de uma am-
cial, será possível tirar vantagem de sis-
ções. Quando interligados em rede es- pla gama de tópicos, e também a bases
temas informáticos personalizados. As-
ses microcomputadores provêem um de dados que, possivelmente, não seriam
sim, existirão sistemas mais amigáveis
custo unitário por equipamento bem de interesse comercial e que não possuem
e receptivos à base de conhecimento
mais baixo do que se estivessem isola- documentação tão detalhada e didática
local. como a do Dialog, por exemplo. Se há uma
dos. Além disso, quando for necessária
a expansão da rede ela é limitada ao base de dados cujo uso é do interesse de
"Para explorar os poderes das redes os
custo das estações de trabalho e das dezenas de bibliotecas ou organizações, é
usuários podem optar entre dois tipos de claro que existe um mercado potencial para
interfaces apropriadas. Tal fato, por ou-
softwares gerenciadores: ponto a ponto e
tro lado, não ocorre com sistemas cen- essa base e, com certeza, despertará o in-
cliente/servidor. A diferença básica entre as
tralizados que, geralmente, requerem teresse do Dialog, do Questel ou outra
duas tecnologias é que a primeira não exi-
grandes crescimentos no equipamento empresa, motivado pelo possível lucro
ge um computador dedicado para adminis-
central. advindo de sua futura comercialização.
trar a rede. Na rede cliente/servidor, por
Entretanto, se o interesse sobre essa base
definição existe sempre uma máquina — o
b) controle local: este talvez seja o fator for limitado ou não tiver despertado a cobi-
cliente — que depende de uma outra para
mais importante do ponto de vista hu- ça comercial, que instituição será respon-
executar seu trabalho. O equipamento que
mano, isto é, o usuário tem o controle sável por sua divulgação junto a um pro-
gera as condições para que os outros com-
completo sobre as operações realizadas. vável usuário? Com certeza, essa base de
putadores trabalhem — o servidor — é to-
Ele pode trabalhar no seu próprio ritmo, dados poderá ser hospedada em redes tipo
talmente dedicado a essa tarefa"9.
processar ("rodar") os programas apro- Internet e RNP11.
priados e se responsabilizar por quase
O uso de redes locais em bibliotecas bra- A Internet, através da RNP, oferece os se-
tudo. Em contraste, nos sistemas cen- sileiras é um tópico de grande futuro. Em
tralizados — principalmente naqueles guintes serviços:
abril de 1994, a Biblioteca Central da Uni-
vinculados a computadores de grande versidade Federal de Minas Gerais divul- a) Correio eletrônico (E-Mail): sistema de
porte — o controle é remoto e o traba- gou que "o equipamento dos setores de mensagens eletrônicas que permite a co-
lho do usuário entra em uma fila onde, referência, empréstimo, periódicos e municação, dentro e fora da organiza-
nem sempre, a biblioteca é prioritária. processamento técnico da BC estão inter- ção, com pessoas e instituições. Entre
ligados através da Rede Novell, versão as vantagens do correio eletrônico está
c) compartilhamento de recursos e 3.11, permitindo que sejam compartilhados a possibilidade de se comunicar com
conectividade: essas duas vantagens dados sobre acervos e usuários. Esta outro indivíduo ou enviar o mesmo tex-
são os pontos fortes da rede local. Mui- interligação de estações de trabalho garan- to a um grupo de pessoas. Outra forma
tos escritórios precisam compartilhar te intercâmbio de informações, otimização do correio eletrônico são os fóruns de
periféricos de alto custo, tais como uni- de equipamento e integração de servi- discussão (Lists) relativos a assuntos
dades de disco de alta capacidade e ços"10. dos mais diversos, não só de outras
áreas, como também aqueles ligados a os termos de busca existentes nos docu- "1. a biblioteca digital reduz as limitações
ciência da informação (como por exem- mentos recebem um peso e somente os impostas pelo tempo e lugar;
plo: catalogação, periódicos e automação documentos mais relevantes serão recupe-
de bibliotecas)*. rados, de forma hierarquizada. Assim, o 2. a biblioteca digital permite a criação e
uso de novos e mais dinâmicos formatos,
b) Acesso remoto: possibilita ao usuário WAIS difere dos outros métodos que utili-
integrados para a representação de dados,
conectar seu computador (ou terminal) zam palavras-chave, nos quais todos os
informação e conhecimento;
a um computador localizado em outro itens são recuperados (sejam eles relevan-
lugar, no Brasil ou no exterior. O coman- tes ou não). 3. a biblioteca digital pode apoiar novas
do de acesso para se fazer essa ligação formas de grupos de colaboradores na cri-
é denominado Telnet. Quando essa co- A BIBLIOTECA VIRTUAL ação e uso da informação; novas práticas
nexão for completada pode-se usar o sis- comunitárias;
tema remoto como se o mesmo estives- A chamada biblioteca virtual foi uma visão
se no prédio de sua biblioteca. Através futurística feita por Vannevar Bush, nos 4. a biblioteca digital permite a
do acesso remoto pode-se conectar cen- anos 40, quando o mesmo desenvolveu a personalização da informação, incluindo aí
tenas de catálogos de bibliotecas e tam- idéia, denominada Memex, que seria um a assistência no gerenciamento da infor-
bém alguns bancos de dados comerci- sistema automatizado e teria uma série de mação quando ocorrer excesso de da-
ais (o Dialog, por exemplo). características que somente foram dos"13.
alcançadas nos anos 90. Variações sobre
c) Protocolo de transferência de arquivo o mesmo tema foram feitas por Ted Nel- Existem atualmente nos Estados Unidos
(FTP): permite transferir arquivos (dados/ son quando desenvolveu o conceito de várias ações em andamento visando á cri-
informações) de um computador para ou- "Xanadu", Alan Kay com o seu Dynabook ação de bibliotecas virtuais. Um dos proje-
tro. Esses arquivos podem ser, por exem- e, por último, por F. W. Lancaster com a tos pioneiros foi o Gutemberg, iniciado em
plo, texto de um documento, programa sua paperless library. 1971, pela Universidade de Illinois. Esse
de computador ou um catálogo. projeto está digitalizando livros, principal-
Enquanto as bibliotecas, nas décadas pas- mente aqueles pelos quais não se precisa
Para acessar ou "navegar" na Internet pode- sada e presente, fizeram consideráveis es- pagar direitos autorais (isto é, de domínio
se utilizar as seguintes ferramentas: forços quanto ao acesso eletrônico às co- público), e os coloca acessíveis por Inter-
leções, o acesso ao documento eletrônico, médio da Internet.
I) Archie: banco de dados existente em por sua vez, foi desenvolvido fora do ambi-
muitos computadores conectados à Internet ente bibliotecário, especialmente o relacio- Outro exemplo de biblioteca virtual é o pro-
que permite ao usuário buscar arquivos ar- nado aos sistemas de texto completo (full- jeto UMLibText, desenvolvido pela Univer-
mazenados em centenas de fontes remo- text systems). Entretanto, devido a sidade de Michigan. Seu acervo inclui, en-
tas. Dentre esses arquivos pode-se mencio- integração entre as diversas tecnologias de tre outras, obras de referência como o
nar os programas de computador de domí- informação, atualmente é possível utilizar Oxford English Dictionary, estudos clássi-
nio público, passíveis de serem copiados os serviços de acesso ao texto completo cos (Patrologia Latina), poesia, literatura e
via FTP. pelos usuários das bibliotecas. filosofia. "Os textos podem ser pesquisados
por título individualmente ou em grupos por
"A biblioteca do futuro tem muitas denomi- autor, data da impressão ou outras carac-
II) Gopher: Seu nome deriva de um progra-
nações: biblioteca sem paredes, biblioteca terísticas intrínsecas dos textos. Os usuá-
ma desenvolvido na Universidade de
eletrônica e biblioteca virtual. Termos es- rios também podem buscar por palavras,
Minnesota. É a maneira mais simples de se
ses — sem paredes, eletrônica e virtual — raízes das palavras, simples caracteres in-
conectar a um sistema remoto através de
menus hierárquicos e busca de texto com- qualificam a antiga instituição, a bibliote- cluídos nas palavras, frases, combinações
pleto. Através do gopher, utilizando-se de ca, revolucionada em sua forma pela ino- de palavras ou por conceitos"14.
palavras-chave, o usuário pode encontrar e vação tecnológica operada nos campos da
recuperar documentos e/ou informações informática, das telecomunicações e da CONCLUSÕES
relevantes. tecnologia da informação. A biblioteca do
futuro é sem paredes, por possibilitar o Como toda tecnologia, as tecnologias de
acesso à distância a seus catálogos, sem informação também podem provocar al-
III) Verônica: esta é uma ferramenta de bus-
ca mais sofisticada e que utiliza palavras- necessidade de se estar fisicamente nela. guns problemas e/ou gerar novas situações
chave e/ou estratégia de busca com opera- É eletrônica, pois seu acervo, catálogos e de turbulências não previstas pelos geren-
dores booleanos, e que, muitas vezes, re- serviços são desenvolvidos com suporte tes responsáveis por suas implantações.
sulta na recuperação de informação hos- eletrônico. E é virtual, porque é potencial-
pedada em diversos lugares. É, na verda- mente capaz de materializar-se via ferra-
Na Internet, por exemplo, precisamos pen-
de, um arquivo invertido dos menus exis- mentas —. Gopher, FTP etc. — que a mo-
sar em criar bases de dados que revelem
tentes nos diversos gophers da Internet. derna tecnologia da informação e de redes
aos usuários o que está disponível e onde
coloca á disposição de seus organizadores
se localiza a informação. Quem irá "cata-
IV) WAIS: sigla de Wide-Area Information e usuários"12. Vale recordar que, diferente-
logar" ou dar um melhor arranjo às bases
Servers, possui uma interface comum para mente de uma biblioteca "normal", na bi-
de dados já existentes? Esta indagação
blioteca virtual todos os documentos (sob
as bases de dados existentes na rede (o não permite uma resposta fácil ou de rápi-
a forma de arquivos em linha) sempre es-
chamado protocolo ANSI Z 39.5). No WAIS da implementação, pois, muitos dos arqui-
tarão nas "estantes" e, com certeza, colo-
vos eletrônicos de interesse da comunida-
cados corretamente no número de chama-
de acadêmica não estão sob o controle das
da eletrônico! bibliotecas. Muitos desses arquivos foram
Para se ter acesso aos assuntos cobertos pelos De acordo com Atkins, são quatro os as- desenvolvidos com verbas públicas, são de
fóruns de discussão pesquisar na Internet atra- pectos potenciais para a biblioteca digital. grande porte e estão hospedados nos cen-
vés do gopher nysernet.org São eles: tros de computação.
Entretanto, alguns desses arquivos são de to de vista deste autor, estão provocando Vale a pena, portanto, lembrar que, por es-
pequeno porte e são atualizados pelos pró- impactos na nossa área, novas preocupa- tarmos vivendo na era da informação, na
prios- pesquisadores e difundidos/utilizados ções podem surgir. "Como será a bibliote- qual existe uma abundância de informação
por um reduzido número de especialistas. ca do futuro? Ainda teremos bibliotecas? é que devemos fazer um bom uso das
Apesar da existência na Internet do servi- Estas são perguntas que assustam nossas tecnologias disponíveis. Neste uso .deve-
ço denominado Verônica (que gera um in- discussões — indagações que muitos remos ter sempre em mente a redução das
dice das informações disponíveis nos acham mais fácil ignorá-las do que enormes disparidades sociais existentes
gophers), a informação, muitas vezes, pre- respondê-las. Bibliotecas e bibliotecários em nosso país e fazer tudo para melhorar
cisa ser literalmente "garimpada" pelo usu- sempre tiveram uma missão: selecionar, a qualidade de vida dos brasileiros.
ário-final, motivada, principalmente, pelo coletar, armazenar e disseminar os supor-
não-uso de regras adequadas para a re- tes do conhecimento e informação de to-
presentação do conteúdo da informação. dos os tipos (livros, som gravado, mapas,
periódicos etc.) e prover serviços, com base
No tocante aos periódicos eletrônicos e aos nos seus conhecimentos dessas cole-
grupos de discussão pública, que, geral- ções"15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
mente, apresentam recursos informativos
valiosos, eles agora estão disponíveis em Nas próximas décadas, as bibliotecas con- 1. CUNHA, Murilo Bastos da. Base de dados no
linha nas grandes redes. Incluem informa- tinuarão a hospedar e preservar tanto ma- Brasil: um potencial inexplorado. Ciência da
ções mais atualizadas do que aquelas sob terial impresso, como eletrônico. É claro Informação v. 18, n. 1, p. 45-57, jan/jun.
a forma impressa e estão, de maneira ge- que, com o advento dessas novas mídias 1989.
ral, acessíveis por meio de mecanismos e a integração entre elas, poderá haver uma
tais como Listservers e Usenet. Devemos redução entre as diferenças na tradicional 2. BECKER, Karen A. CD/ROM: a primer. College
"catalogar" esses seriados e informar nos- classificação dos tipos de bibliotecas. Em & Research Library News, v. 48, n. 7, p. 388-
sos usuários a respeito de suas disponibi- termos tecnológicos elas terão muita simi- 393, Jul/Aug. 1987.
lidades? Como eles existem aos milhares, laridade e suas diferenças, basicamente,
devemos pensar numa política de seleção, residirão na clientela a ser atendida. 3. PROFESSOR Pardal. Computerworld, n. 73,
com intuito de facilitar a decisão de p. 2, 30 de maio de 1994.
catalogá-los ou não? Nessa área, algumas É preciso se manter uma postura crítica
soluções começam a surgir com a edição em relação a cada tecnologia de informa- 4. CANALS CABIRÓ, Isidora. Introducción al
de diretórios e de catálogos em linha. En- ção, não achar que ela é a "resposta" para hipertexto como herramienta general de
tretanto, simples listas, sejam elas sob a todos os nossos problemas. É importante información. Revista Española de
forma impressa ou eletrônica, não fazem que continuemos a avaliar as novas e anti- Documentación Cientifica, v.13, n. 2: p. 685-
um catálogo dinâmico, com todos os pon- gas tecnologias, à luz da nossa missão 709, abr/jun. 1990.
tos de acesso e facilidades de uso. primordial que é a de ajudar nosso cliente
a encontrar a informação que precisa, na 5. WOODHEAD, Nigel. Hypertext & hypermedia:
Nas bibliotecas universitárias brasileiras, hora certa e no formato adequado. theory and applications". Wilmslow. Sigma
por exemplo, a informação disponível em Press, 1991.231 p.
rede, provavelmente, irá provocar algumas Como vimos anteriormente, já sabemos
ações, a saber: manipular, com alguma destreza, as 6. ROBREDO, Jaime. Considerações prospectivas
tecnologias de informação ligadas às ativi- para as próximas décadas sobre a evolução
a) necessidade de se ter, dentro da biblio- dades-meio de nossas bibliotecas. Pode- da tecnologia de informação no Brasil: l. A
teca, um grupo de especialistas com a mos inserir um registro no nosso catálogo sociedade informativa. Revista Brasileira de
responsabilidade de desenvolver habili- automatizado ou através da rede Biblioteconomia e Documentação,v. 22, n.
dades relativas ao bom uso da informa- Bibliodata/Calco, por exemplo. Dentro em 1/2: p. 7-38, jan/jun. 1989.
ção eletrônica (disponível sob suporte breve poderemos utilizar o Comut em li-
ótico, em linha ou em redes); nha. É claro que nem todas as bibliotecas 7. PASSARELI, Brasilina. Hipermídia na aprendi-
brasileiras possuem acesso a todas essas zagem — construção de um protótipo
b) esses grupos de técnicos devem execu- tecnologias, mas acredito que isto seja so- interativo: a escravidão no Brasil. Ciência da
tar tarefas de educação de usuário, vi- mente uma questão de tempo, não de falta Informação, v. 22, n. 3, p. 210-216, set/dez.
sando a desenvolver, principalmente jun- de capacidade técnica. O grande desafio 1993. p.7.
to aos docentes e alunos de pós-gradu- para todos nós é o de aproximar essas
ação, o conhecimento e a utilização des- tecnologias dos nossos usuários. 8. Para maiores detalhes ver a excelente obra:
ses novos potenciais informacionais; DEFLER JR., F. J. & FREED, E. Como fun-
Na nossa realidade, para que as unidades cionam as redes. São Paulo: Editora Quark,
c) organizar um gopher para se acessar o de informação possam se modernizar, o 1994.217 p.
catálogo da biblioteca, à semelhança do fator restritivo não é a tecnologia de infor-
que foi feito pela Universidade de São mação, e sim os recursos financeiros. Para 9. PENTEADO, Sônia. A informação nas malhas
Paulo* ou, quando não for possível, in- haver melhor harmonização qualitativa de da rede. Informática Exame, v. 9, n., 99, p.
cluir pelo menos um gopher corri dados 64-71, junho 1994, p.66
nossas bibliotecas, é primordial aumentar
sobre acervo, horário e demais informa- a integração entre elas e, por conseguinte,
ções de interesse dos usuários. 10. Empréstimo automatizado BC. BU informa,
os escassos recursos financeiros poderão
Boletim Informativo Biblioteca Universitária
ter enormes efeitos multiplicadores e, com
Depois desta rápida análise de algumas UFMG, v. 10, n. 1, janeiro/abril. 1994.
certeza, sobrará recurso para a tão neces-
tecnologias de informação que, sob o pon- sária inovação do nosso parque
tecnológico. O que realmente precisamos 11. Bibliografia seletiva sobre a INTERNET e RNP:
*para acessar o gopher da Universidade de São
não é da automação de velhos e inefica- 1) KEHOE, B. P. Zen e a arte da
Paulo teclar: Telnet bee 08. cce. usp. br. zes sistemas, mas da reestruturação e Internet. Brasília: Rede Nacional de Pesqui-
Login=dedalus, select=busca, para sair=ESC. interligação das nossas instituições. sa, 1993. 78 p. 2) KOVACS, D. K. Catálogo
de conferências eletrônicas acadêmicas. Mestrado em Ciência da Informação, Artigo aceito para publicação em 26 de setembro
Brasília: Rede Nacional de Pesquisa, 1993. 1994. 95 p. (dissertação de mestrado) de 1994
306 p. 3) KROL, E. The whole internet
use's guide and catalog. Sebastopol (CA): 13. ATKINS, Daniel E. The changing curriculum
O Reilly, 1992. 376 p. (US$ 25.00) 4) and research for the digital library. IN:
TENNANT, K. ; OBER, J. & LIPOW, A. National Online Conference, Washington,
G. Crossing the Internet threshold: an 1993.8 p. 2 (separate)
instructional handbook. San Carlos
(CA): Library Solutions Press, 1993. 14. WARNER, Beth F, BARBER, David.Building
134p. (US $45.00). 5) QUE. A Internet the digital library; the University of Murilo Bastos da Cunha
um guia rápido de recursos e serviços. Michigan's UMLib Text Project.
Information Technology and Libraries,
Mestre em Administração de Bibliotecas pela Uni-
São Paulo: Campus. 1994.180 p. versidade Federal de Minas Gerais, PhD pela
v. 13, n. 1, p. 20-24, March1994.
University of Michigan, professor do Departamen-
12. HENNING, Patrícia, lntemet@mp.br. um novo
15. GORMAN, Michael. Innocent pleasures. de Ciências da Informação e Documentação
recurso de acesso é informação. Rio de IN: The future is now: the changing face (CID) da Universidade de Brasília.
Janeiro: Universidade Federal do Rio de d technical service. Dublin (OH): OCLC,
[E-Mail= murilobc@guarany.cpd.unb.br]
Ja-neiro, Escola de Comunicação, 1994. p. 37-41.
Abstract
Discussion about the impacts caused by
lnformation technologies on libraries, specially
those related to university libraries. Analysis of
the following Information technologies:
databanks and databases, CD-ROM, hypertext,
multimídia, local area networks(LAN), Internet
and Rede Nacional de Pesquisa (RNP), virtual
library.
Keywords