COMPARANDO AS VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS

INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA EXPERIMENTAL

ESCOLA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, MECÂNICA E COMPUTAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-CAMPUS GOIÂNIA
CURSO:ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

ALUNOS:
João Victor Rodrigues da Silva, Gildo Ferreira, Pedro Lucas G. Sene

Goiânia-Goiás
13/09/2019
 INTRODUÇÃO

O conhecimento dos componentes químicos e de suas concentrações é extremamente

importante em diversas áreas, dentre elas, em laboratórios.
Em um laboratório de química são realizados todos os dias variados experimentos, assim, torna
importante saber lidar com maior precisão e exatidão possível, uma vez que, até mesmo
pequenas alterações quantitativas, por exemplo na massa e no volume de certa substância,
podem implicar em resultados não desejados.
Ainda é importante destacar a grande importância do assunto a ser tratado nesse artigo, pois
em experimentos futuros, tal conhecimento será fundamental, já que é essencial saber qual
vidraria é mais precisa ou adequada para um experimento químico qualquer.
Portanto, fica claro que o principal objetivo do artigo é informar quais vidrarias volumétricas
são mais precisas para a realização de experimentos futuros, e não apenas, como também
apresentar as mais utilizadas.
 MATERIAIS E METÓDOS
Os matérias utilizados foram:

 Um balão volumétrico de 50ml;

 Uma proveta ou cilindro graduado de 50 ml ± 1ml;
 Uma proveta de 100ml ± 0,5ml;
 Um béquer de 100ml ± 5ml;
 Um Erlenmeyer;
 Uma pipeta;
 Uma bureta;
 Um funil;

Foram pesados um béquer de 100ml ± 5ml vazio e seco, uma proveta de 50ml ± 0,5ml vazia e
seca, um balão de 50ml vazio e seco. Após isso foram adicionados 50 ml de água em cada uma
das vidrarias e suas massas posteriormente foram pesadas também. Depois que densidade da
água foi informada pelo professor, conseguiu-se verificar quantos ml de água havia em cada
uma das vidrarias. Após isso, a fim de comparar a exatidão das vidrarias utilizadas na medição
de volumes foi calculado o erro percentual utilizando a fórmula E% = (V real – V esperado) *
100 / V real. Foi calculado ainda o desvio padrão amostral e o desvio padrão relativo, por meio
da fórmula informada na figura 1 e na figura 2, respectivamente. O próximo experimento foi
pesar 3 vezes 50 ml de água em um béquer de 100ml ± 5ml, e depois pesar 3 vezes 50 ml de
água em uma proveta de 100 ml ± 0,5ml.

FIGURA 1
 FIGURA 2

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Primeiro experimento: Transferiu-se de um béquer graduado em 100ml ± 5ml, a água que
estava marcando 100ml no béquer para o balão volumétrico, resultando em uma diferença de
aproximadamente 1,1ml acima da marcação de 100ml do balão. Logo já no primeiro
experimento, foi possível perceber a diferença na calibragem dessas duas vidrarias.
Já com os próximos experimentos, é importante saber que a densidade da água foi de 0,995964
gramas por centímetro cúbicos. Foi possível montar uma tabela com os resultados, expostos a
seguir na tabela 1:
TABELA 1:

Vidraria Massa Massa vidraria Massa de Volume de Erro

Vidraria seca +50ml de água H2O H2O (ml) percentual
(gramas) (gramas) (gramas)
Béquer 56,126 105,456 49,320 49,52 ±0,96%
100ml
Proveta 50ml 63,448 112,500 49,052 49,25 ±1,5%
Balão 50ml 25,590 75,182 49,592 49,80 ±0,4%

Após a análise desses dados obtidos, foi possível concluir que mesmo quando teoricamente
todas vidrarias deveriam ter a mesma quantidade de água, na prática, há uma inexatidão
quando a quantidade de líquido difere de uma vidraria para outra. Com os dados encontrados
no erro percentual, infere-se que a vidraria mais confiável é o balão.
Com o último experimento foi possível obter os seguintes resultados, apresentados na tabela 2.
É importante salientar que os valores expostos é a massa da vidraria mais 50ml de água.
TABELA 2:
Vidraria Valor 1 Valor 2 Valor 3 Desvio Padrão Desvio Padrão
Amostral Relativo
 Proveta 164,429g 164,419g 164,407g 0,784% 0,00477%
100ml
Béquer 158,305g 158,217g 158,170g 6,853% 0,00433%
100ml

Com base nos dados, é possível inferir que ambas as vidrarias apresentam imprecisão visto que,
a massa de cada uma das pesagens deveria se manter a mesma, uma vez que, foi colocado
exatamente 50 ml de água em cada uma das pesagens. Isso é notado quando se calcula o
desvio padrão, já que, como há desvio padrão, há imprecisão tanto na proveta 100ml ± 1ml e
no béquer 100ml ± 5ml.
Portanto, os dados encontrados no experimento mostram que, o balão volumétrico foi onde se
obteve maior precisão entre o valor esperado e o valor real. A menor precisão encontrada foi
na proveta de 50ml ± 0,5ml de água, pois foi encontrado maior erro percentual.
Os resultados discordam com o que se encontra na literatura científica pois, era esperado
encontrar maior precisão na proveta sendo que seu erro percentual tinha que ser menor do
que o encontrados nas outras vidrarias. Não obstante, os dados sugerem que houve algum erro
na medição durante a pesagem das vidrarias ou alguma interferência externa incontrolável.

CONCLUSÃO
Em suma, com o experimento realizado é permitido inferir que algum erro ocorreu durante
a experiência pois, os resultados encontrados contrariam a literatura científica
internacional. Assim, com os dados apresentados, infere-se que, a precisão da vidraria está
diretamente relacionada a sua circunferência.
Porém, o conhecimento obtido pelos integrantes do grupo será de suma importância para
as aulas posteriores, pois os mesmos sabendo qual vidraria volumétrica é mais precisa, ou
seja, aquela que obtém o valor mais próximo do esperado, será possível atingir o resultado
esperado de um experimento.