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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

3ª GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

ECI FÉLIX ARAÚJO

Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Jucilene Negreiros


Data: 12 / 08 / 2021
Série: 2º médio Turma: A
Aluno(a): Alessandra Araujo Texeira Bastos.

3º BIMESTRE
ATIVIDADE 1 : Linguagem formal e informal

Questão 1  Leia o artigo de opinião a seguir:


Preconceito linguístico: por que devemos falar sobre isso?

O preconceito linguístico está atrelado às


diferenças dentro de um mesmo idioma, e se revela
quando um indivíduo acredita que seu modo de falar
é superior ao de indivíduos de outra regionalidade ou
classe social. Não se respeitam, assim, as variações
linguísticas de sotaque ou regionalismo, as
características de dialetos e as gírias, dentre outras
diferenças ligadas a determinados grupos.
Em um país multicultural como o nosso, a
prática desse tipo de preconceito é algo frequente.
Muitas vezes, a linguagem usada na região centro-sul do país é imposta como padrão, e acaba utilizada, pelos
preconceituosos, como motivação ao desrespeito às outras formas de falar. Esse tipo de desrespeito,
recentemente, foi acompanhado, em rede nacional, em um programa de grande audiência.
No Big Brother Brasil, a participante Karol Conká, junto de outros participantes, desferiu, por vezes,
falas preconceituosas ou piadas referentes ao jeito de falar de uma participante nordestina, Juliette Freire,
que, em uma das discussões, se sentiu ridicularizada e excluída, e até cogitou mudar seu jeito de falar.
Dentre as causas que geram o preconceito linguístico, a questão socioeconômica também é fator a ser
pautado, pois ela está relacionada à condição regional do indivíduo, que, muitas vezes, é estereotipada e
atrelada a dificuldades da região em que se vive, a exemplo da baixa escolaridade. Nas telas, além do caso
anteriormente citado, já vimos situações parecidas, em que personagens humorísticos são tratados com vários
estereótipos, agregando diversos tipos de preconceito.
Um exemplo é a Adelaide, do programa humorístico Zorra Total, personagem de aparência bizarra, e
pele negra, em cujo roteiro, há falas erradas em relação à norma padrão. Ela está longe de ser engraçada, pois
trata-se de retrato criado por mentes racistas, para subjugar e inferiorizar pessoas, usando, como arma, sua
condição, aparência, grau de escolaridade e situação socioeconômica.
Assim como em programas de grande audiência, esse tipo de ridicularização de pessoas, devido a suas
características, ocorre diariamente fora das telas. A parte da sociedade que não está inserida no padrão visto
como aceitável está sujeita a sofrer com atitudes preconceituosas, por vezes se excluindo, sendo excluída ou
sentindo a necessidade de mudar algo que vem da sua raiz cultura, por achar que isso pode fazer com que haja
aceitação dos demais.
Além disso, o preconceito linguístico está altamente ligado à liberdade de fala dos brasileiros, e,
quando advindo das questões socioeconômicas, pode trazer graves consequências. Levando em consideração
a dificuldade de acesso à educação formal de classes mais pobres, e sua variedade linguística, essa parcela da
população pode, facilmente, ser excluída em seleções de emprego. Pode, ainda, receber atribuições de menor
remuneração, que não permitem que tenham acesso a novas oportunidades. Desse modo, famílias inteiras
permanecerão no ciclo da pobreza, sem perspectiva de mudança de classe social.
Por Tawany Santos

Disponível em https://contramao.una.br/preconceito-linguistico-por-que-devemos-falar-sobre-isso/
Releia o 3º parágrafo e responda:

a) Por que Juliette pensou na possibilidade de mudar seu modo de se expressar?

R. Por está sendo alvo de preconceitos e piadas pelo seu sotaque paraibano e as palavras que não
eram bem interpretadas, para fugir dessa situação considerou a ideia.

b) O que você acha dessa atitude dos outros participantes em relação a ela?
R. Pessoas hipocritas, com falta de educação e sensibilidade com o próximo.
Pois essas mesmas pessoas que praticaram a xenofobia são as mesmas que ja sofreram racismo e
discriminação por sua escolha de gênero e sexualidade.

c) Perceba que o artigo traz vários argumentos em relação ao preconceito linguístico, porém não sugere
nenhuma solução para o impasse. Sugira uma solução adequada para a problemática apresentada.

R. Primeira solução; as pessoa serem mais humanas e praticarem um auto exame para enxergar
praticas como essa, e não ofender as pessoas.

Segunda solução; Mutar pessoas que praticam tais atitudes, como a cobrança de uma taxa alta de
dinheiro por cada vez que for denunciado o ofensor, e a obrigação de frequentar algum ambiente para
auto avaliação e crescimento pessoal, caso o individuo não compareça será obrigado a pagar uma taxa
ainda maior.

Questão 2 (Enem)
Considerando-se os contextos de uso de “Todas chora”, essa expressão é um exemplo de variante linguística

a) típica de pessoas despreocupadas em seguir as regras de escrita.


b) transposta de situações de interação típicas de ambientes rurais do interior do Brasil. (x)
c) incompatível com ambientes frequentados por usuários da norma-padrão da língua.
d) condenável em produtos voltados para uma clientela exigente e interessada em novidades.
e) usada como recurso para atrair a atenção de interlocutores e consumidores.

Questão 3 Leia:

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade

Sobre o poema de Oswald de Andrade, escritor modernista, julgue as seguintes proposições:

I. O poema de Oswald de Andrade volta-se contra o preconceito linguístico e nos chama a atenção para a
necessidade de uma espécie de ética linguística pautada na diferença entre as línguas, nesse caso em uma
única língua.

II. O poema critica a maneira de falar do povo brasileiro, sobretudo das classes incultas que desconhecem o
nível formal da língua.

III. Para ele, os falantes que dizem “mio”, “mió”, “pió”, “teia”, “teiado”, de certa forma, constroem um
“telhado”, ou seja, criam novas formas de pronúncia que se sobressaem, em muitos casos, à norma culta.

IV. A palavra “vício”, encontrada no título do poema, denota certo preconceito linguístico do autor, que julga a
norma culta superior ao coloquialismo presente na fala das pessoas menos esclarecidas.

a) Todas estão corretas.

b) I e III estão corretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) II e III estão corretas. (x)


Questão 4 (Enem)

No anúncio sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores, a linguagem formal interage com
a linguagem informal quando o autor:

a) desrespeita a regência padrão para ampliar o alcance da publicidade.


b) esclarece que se trata de uma lei ao compará-la a uma proibição.
c) elabora um jogo de significados ao utilizar a palavra “legal”.
d) apoia-se no emprego de gírias para se fazer entender.
e) utiliza-se de metalinguagem ao jogar com as palavras “legal” e “lei”. (x)

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