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Tischendorf contou 14.800 correções no manuscrito (David Brown, “The Great Uncials”,
2000). Dr. F. H. A. Scrivener, o qual publicou “A Full Collection of the Codex
Sinaiticus”, em 1864, testificou: “O Codex está coberto de alterações de um caráter
obviamente correcional, efetuado por pelo menos dez revisores diferentes, algumas
delas sistematicamente espalhadas em cada página, outras ocasionais ou limitadas a
porções separadas do manuscrito, sendo muitas dessas contemporâneas do primeiro
escritor, mas a maior parte delas pertencendo ao 6º. ou 7º. Século”. Desse modo, fica
evidente que os escribas, no passar dos anos, não consideravam o Sinaiticus como
representando o puro texto. O porquê de ser ele tão reverenciado pelos modernos
críticos é um mistério.
3. - A primeira das versões foi feita por Pamphilius (falecido em 309 d.C.) à luz da
Hexapla de Orígenes (James Adair Jr., “Sinaiticus” - Eerdmans Dictionary of the Bible).
Existe uma nota no Sinaiticus que diz: “Apanhado e corrigido conforme a Hexapla de
Orígenes: Antonius o comparou; eu, Pamphilius o corrigi”. O problema com isso é que
Orígenes era um herege de primeira classe e mudou o texto da Escritura [estribado]
sobre “a autoridade” de falsos mestres, tais como Valentinus, o qual negava a Divindade
de Jesus Cristo. Orígenes ensinava a regeneração batismal, acreditava no purgatório e
ensinava que todos os homens, e até mesmo Satanás [e as estrelas], eventualmente
seriam salvos; ele acreditava na preexistência das almas humanas e ensinava que o
Espírito Santo era a primeira criatura de Deus, entre outras heresias.
4. - Marcos 16:9-20 é omitido no Sinaiticus, porém esteve originalmente ali, tendo sido
apagado.
Tischendorf, que descobriu o códice, advertiu que aquelas quatro páginas pareciam ter
sido escritas por uma mão diferente e com uma tinta diferente daquelas do resto do
manuscrito. Seja como for, uma inspeção cuidadosa revela o seguinte: o final de Marcos
e o início de Lucas ocorrem na página 3 (das quatro); as páginas 1 e 4 contêm o
equivalente a uma média de 17 linhas de texto grego impresso por coluna (há quatro
colunas por página), exatamente como o resto do códice; a página 2 contém uma média
de 15,5 linhas de texto impresso por coluna; a primeira coluna da página 3 contém
apenas doze linhas de texto impresso e deste modo o v. 8 ocupa o topo da segunda
coluna, o resto da qual está em branco (exceto por alguns desenhos); Lucas começa no
topo da coluna 3, a qual contém 16 linhas de texto impresso enquanto a coluna 4 volta a
conter 17 linhas. Assim, na página 2 o falsário começou a espalhar as letras de modo a
deslocar o equivalente a seis linhas do texto impresso. Na primeira coluna da página 3
ele ficou desesperado e deslocou o equivalente a cinco linhas de texto impresso,
somente em uma coluna! Desta maneira [deslocando o equivalente a um total de 11
linhas do texto impresso] ele conseguiu levar duas linhas do verso 8 para a segunda
coluna, evitando a reveladora coluna vazia (como a de B). Aquela coluna vazia
acomodaria mais 15 linhas de texto impresso, o que, com as outras 11, perfaz um total
de 26. Versos 9-20 ocupam 23,5 tais linhas, Portanto há abundante espaço para eles.
Realmente parece que houve jogo sujo, e não teria havido necessidade disto a não ser
que a 1a mão do MS de fato exibisse os versos disputados. De qualquer
modo, .Sinaiticus, tal qual se apresenta, é forjado e portanto não pode ser
legitimamente alegado como uma evidência contra os versos. (Wilbur Pickering, “The
Identity of the New Testament Text”, Apêndice F, “Mark 16:9-20 e and the Doctrine of
Inspiration”). H. F. A. Scrivener acreditava que o mesmo escriba que copiou o Vaticanus
também copiou as páginas que foram inseridas no Sinaiticus. “... Estranho é relatar que
isso acontece com a folha exata na qual termina o Evangelho de São Marcos e o de São
Lucas é escrito. (Marcos 16:2 – Lucas 1:56) é uma das seis folhas do Codex Aleph, o que
tem levado à sustentação de que foram escritas pelo mesmo escriba do Codex B. A
‘inferência’, observa Scrivener, ‘é simples e direta, de que, pelo menos nessas folhas, o
Codex B, o Sinaiticus dão apenas um testemunho, não dois’” (Burgon and Miller, “The
Traditional Text” p. 233, citando Scrivener, “A Plain Introduction to the Criticism of
the New Testament, II, p. 337, nota 1).
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