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Contrato de União Estável

Os COMPANHEIROS abaixo identificados compareceram em meu escritório e perante mim,


ADVOGADO DE FAMÍLIA,pediram que redigisse o presente instrumento que eles decidem
celebrar, com fundamento no Art. 226, § 3º da Constituição Federal, da Lei 10.402 do
Código Civil, da Jurisprudência e dos Princípios Gerais de Direito, e que denominei de
CONTRATO DE UNIÃO ESTÁVEL, no conteúdo das cláusulas por eles adiante ajustadas:

CLÁUSULA PRIMEIRA – IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES:


PRIMEIRO COMPANHEIRO: [nome], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador
de RG nº [RG], expedido por [órgão expedidor], inscrito no CPF/MF sob nº [cpf], residente e
domiciliado na [endereço], na Cidade de [cidade].

SEGUNDO COMPANHEIRO: [nome], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador


de RG nº [RG], expedido por [órgão expedidor], inscrito no CPF/MF sob nº [cpf], residente e
domiciliado na [endereço], na Cidade de [cidade].

[FACULTATIVO] ADVOGADO(A) DE FAMÍLIA: Dr. [nome advogado], nacionalidade,


inscrito na OAB sob nº [número oab], seccional do [estado federativo da oab], com endereço
profissional na [endereço advogado], na Cidade de [cidade].

CLÁUSULA SEGUNDA – NATUREZA JURÍDICA DO RELACIONAMENTO:


Os COMPANHEIROS decidem oficializar o relacionamento afetivo que mantém desde
2008, ocasião em que passaram a viver juntos, configurando como uma UNIÃO ESTÁVEL,
na forma da Lei. Afirmam ser uma união pública, notória, contínua, duradoura e com ânimo
de constituir família.

CLÁUSULA TERCEIRA– DOS DEVERES RECÍPROCOS


Contratam os COMPANHEIROS que a União Estável em que vivem será regida pelos
princípios do respeito, da lealdade e da cordialidade com o outro.
Combinam que dentro do conceito de respeito está a aceitação da fé ou doutrina religiosa do
outro. Por lealdade, presumem também a fidelidade (afetiva e sexual). Por cordialidade,
entendem o uso de palavras e vocabulários adequados, sem qualquer espécie de ofensa verbal
ou violência física e psicológica.

CLÁUSULA QUARTA– DAS OBRIGAÇÕES PERANTE TERCEIROS:


Os COMPANHEIROS têm ciência de que a natureza informal da União Estável não poderá
servir como instrumento para fraude de terceiros e credores. Eventuais dívidas que qualquer
um dos dois possua ou venha a possuir não poderá ser fraudada com o desvio patrimonial para
o nome do outro.
Ajustam também os COMPANHEIROS que o estado civil que possuem não será alterado por
força do presente contrato, não ficando qualquer deles obrigado a informar a existência dessa
relação em qualquer negócio jurídico, salvo nas hipóteses previstas em lei. Nada impede que
eles possam informar a existência desse relacionamento e se apresentem socialmente como
“COMPANHEIRO(A)”, “ESPOSO(A)” ou “CONVIVENTE”.

CLÁUSULA QUINTA – DO REGIME DE BENS ADOTADO:


Conforme lhes faculta a Lei, os COMPANHEIROS decidem eleger o regime de Comunhão
Parcial bens.
CLÁUSULA SEXTA– DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS E RENDAS:
A administração e a disposição dos bens particulares de cada um dos COMPANHEIROS,
caberá exclusivamente ao proprietário.
Quando um dos COMPANHEIROS quiser delegar a administração de um bem em seu nome
para o outro, irá fazer através de uma procuração com esse fim específico.
No entanto, todo e qualquer bem móvel ou imóvel já adquirido pôr qualquer das partes
contratantes pertencerá a ambos, mesmo que no documento de aquisição conste apenas o
nome de um dos contratantes, assegurando assim, a comunhão na aquisição dos bens.

CLÁUSULA SÉTIMA– DO SUSTENTO INDIVIDUAL:


Contratam os COMPANHEIROS que cada um possui renda e condições financeiras de prover
seu próprio sustento, não havendo qualquer dever de assistência financeira pelo outro por
conta do relacionamento.
Dentro dos limites legais, compactuam com a renúncia expressa e irrevogável de qualquer
direito à percepção de pensão alimentícia pelo outro.

CLÁUSULA OITAVA – DOS DIREITOS SUCESSÓRIOS:


Apesar de cientes dos limites legais, os COMPANHEIROS declaram expressamente que é
reconhecido o direito sucessório ao COMPANHEIRO sobrevivente se, ao tempo da morte do
outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos,
salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente.
Acertam também, dentro dos limites da autonomia privada, que ao COMPANHEIRO
sobrevivente será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito
real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o
único daquela natureza a inventariar.

CLÁUSULA NONA – DO PRAZO DE DURAÇÃO:


Avençam os COMPANHEIROS que este contrato possui efeitos retroativos ao início do
relacionamento afetivo, principalmente do momento em que pode ser caracterizado como uma
União Estável, o que ocorreu há 9 anos, de modo que o regime de bens escolhido retroaja e
contemple toda a relação jurídica passada e futura da convivência marital.
O contrato é estabelecido por prazo indeterminado, como é característico da imprevisibilidade
do afeto que une as relações familiares, podendo os CONTRATANTES modificarem os
termos do relacionamento a qualquer tempo por documento semelhante, na forma escrita e de
comum acordo.

CLÁUSULA DÉCIMA– DA RESCISÃO:


A União Estável deixará de existir automaticamente quando qualquer dos companheiros assim
decidir. Ficam cientes que somente com o fim da coabitação que efetivamente o
relacionamento deixará de ser configurado juridicamente.
O presente Contrato não exige rescisão escrita e o fim da convivência sob mesmo teto o
extingue independente da manifestação de vontade. Contudo, os COMPANHEIROS
convencionam que em caso de rompimento unilateral, aquele que assim decidir irá fazer
comunicação escrita ao outro. No rompimento por mútuo consentimento, eles
preferencialmente irão assinar um documento de rescisão deste contrato, na forma prevista em
lei, de acordo com a existência de filhos menores ou não.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA CONFIDENCIALIDADE:


Ajustam os COMPANHEIROS que os detalhes aqui ajustados referem-se a questões íntimas e
da privacidade de ambos. Assim, convencionam uma cláusula de confidencialidade de modo
que nenhum deles poderá expor os detalhes aqui ajustados, salvo em processo judicial ou em
situações de extrema urgência.
Para comprovar a existência da união estável perante terceiros, os COMPANHEIROS firmam
a DECLARAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL que se encontra em
anexo e que sintetiza os efeitos deste contrato perante terceiros. Apenas esta declaração é que
poderá ser exibida publicamente e registrada no Cartório de Títulos e Documentos, se assim
desejarem.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DO FORO POR ELEIÇÃO:


Os COMPANHEIROS renunciam a qualquer foro privilegiado que porventura possam gozar
e elegem o Foro desta Capital para discutir todos os detalhes da União Estável.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DISPOSIÇÕES FINAIS:


Por estarem assim ajustados e cientes dos limites de autonomia que a Lei lhes impõe, os
COMPANHEIROS firmam em três vias, com a assistência jurídica do ADVOGADO DE
FAMÍLIA, o presente contrato e a declaração pública na melhor forma de Direito.

[Cidade], [data].

Companheiros:
Fulano de Tal
cpf – xxx.xxx.xxxxx

Beltrano de Tal
cpf xxx.xxx.xxxxx

Advogado de família:
__________________________
Ciclano de Tal, [NÚMERO DA OAB]
DECLARAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL

Declaramos, a quem interessar possa que vivemos em União Estável desde 2008 e que nosso
relacionamento afetivo perdurará por prazo indeterminado. Declaramos que elegemos o
regime de bens da separação total, com a completa incomunicabilidade e dispensa de
consentimento pelo outro.

Os detalhes do relacionamento afetivo estável que mantemos estão regulados através de


contrato particular protegido por cláusula de confidencialidade e com os direitos de terceiros
protegidos na forma da Lei. Esta Declaração é o único documento público hábil para
comprovar perante terceiros a existência da união e o regime de bens adotado.

Nada mais havendo a declarar, subscrevemos.

[Cidade], [Data].
_______________________
Fulano de Tal
CPF xxxx
_________________________
Beltrano de Tal
CPF xxx

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