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Paulo começa o capítulo 4 com um apelo aos seus leitores, para que vivam
de tal modo que o mundo reconheça que eles são verdadeiros filhos de
Deus. O preço da nossa salvação foi altíssimo, por isso importa que vivamos
de modo digno do privilégio recebido. O termo “digno” dá a idéia de
“igual peso” ou “equilíbrio”.
Uma imagem perfeita para entendermos este conceito são os dois pratos
da balança, onde o equilíbrio é fundamental para que haja justiça. Paulo
explica este conceito em Tito 2.10, quando diz que uma vida que
“encarna” o Evangelho diariamente “orna a doutrina”. A doutrina é o
fundamento, a nossa vida é o ornamento. Por isso, zele ao máximo para
que as coisas que estão “decorando” a sua vida e igreja sejam apropriadas
e coerentes com a verdade do Evangelho.
E mais: a palavra “Espírito”, de Efésios 4.3, tem o “E” maiúsculo, pois se refere
ao Espírito Santo! Isto significa que a igreja não é uma unidade produzida
pelas tradições denominacionais, que às vezes são inteiramente humanas.
O que interessa ao Corpo de Cristo é a unidade gerada pelo Espírito Santo.
Se o Espírito Santo não estiver em nós, não podemos experimentar a
unidade espiritual nem desenvolver o vínculo da paz.
Por meio deste termo a vida cristã é descrita como sendo uma atividade,
movimento e progresso, indicando que a vida cristã é um mundo onde há
sempre novas coisas para descobrir e experiências para desfrutar.
Não permitir que coisa alguma interfira na unidade do Espírito que já está
estabelecida. Eles eram responsáveis, diante de Deus, para preservar,
manter e defender a unidade do Espírito.
A dignidade da vida cristã implica em vivermos a unidade do Espírito,
equilibrar a conduta com a Palavra de Deus e ter “peso-igual”. Esta é a
base para nos “esforçar”, ser diligentes e investir tempo e energia para
vermos a unidade como realidade em nossos relacionamentos e projetos, a
fim de que passemos no teste da verdadeira conversão.
Ou seja: o Espírito Santo tem que habitar em mim e em você. Ambos temos
que reconhecer a unidade do Espírito um no outro. A lógica é simples: se o
Espírito Santo não habitar em mim, não poderei ter unidade espiritual com
alguém em quem habita o Espírito de Deus. Só existe unidade onde há o
domínio do Espírito Santo em todos.
Em segundo lugar, temos que ser brandos e gentis no trato uns com os
outros: “sejam completamente… dóceis”. Em outra tradução a palavra
“dóceis” é “mansidão”. Este termo tanto se refere a atitude de alguém
para com a Palavra de Deus (Tg 1.21), como para com seu semelhante (1
Cor 4.21).
Ser manso é o mesmo que ter prontidão interior para sofrer o “mal” sem
devolver na mesma moeda ou retaliação. A mansidão não pode ser
confundida com uma atitude covarde.
A prática destas três virtudes fortalece a unidade da igreja. Elas são chaves
para vivermos em paz uns com os outros, preservando a unidade do
Espírito.
Aplicação Pessoal
– Que obstáculos para “conservar a unidade” são evidentes na igreja hoje?