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Frente aos desafios do mundo moderno, as empresas estão investindo cada vez mais em

seus colaboradores. As organizações estão reconhecendo a importância da psicologia e


aplicando seus conhecimentos para melhores resultados. Mas o que é inteligência
emocional?
Inteligência emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de
expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam
o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a
capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.

Daniel Goleman, psicólogo PhD de Harvard, autor de Inteligência Emocional, afirma que
temos dois tipos de inteligência distintos: o QI e a QE. Na melhor das hipóteses, o QI
contribui com cerca de 20 por cento para os fatores que determinam o sucesso na vida, o
que deixa 80 por cento por conta de outras variáveis. O QI pode lhe dar o emprego, porém,
é o QE que garantirá as promoções. Isto explica como pessoas com pouco estudo ou
insuficiente para o cargo que exercem, obtém resultados expressivos, alcançando os
objetivos propostos, se mantendo na empresa com boa performance, ativos, com
indicadores de desempenho favoráveis,devido a um alto grau de Quociente Emocional. O
QI diz respeito a gerar, planejar boas idéias. O QE relaciona-se a realização, colocar em
prática, ação. O QE não é hereditário, aprende-se a lidar com as emoções no decorrer da
vida. As emoções fortes como raiva ou ansiedade criam um bloqueio na região frontal do
cérebro responsável pelo raciocínio.
A inteligência emocional (IE) deve ser entendida de duas formas, sendo elas: a capacidade
de uma pessoa saber administrar e lidar com as próprias emoções e usá-las à seu favor; e
a capacidade de compreender as emoções das outras pessoas. Em outras palavras, uma
pessoa que tenha uma boa inteligência emocional deve ser capaz de pensar, sentir e agir
de forma inteligente e consciente, sem deixar que as emoções controlem sua vida causando
estresse, traumas ou até mesmo doenças psicossomáticas.

As emoções são fontes de poder pessoal mais poderosa do que o poder de posição. Os
sentimentos proporcionam informações vitais e podemos crescer todos os dias. A essência
de uma vida plena de significado e sucesso é estar sintonizado com o nosso interior,
consequentemente, estimulando para os outros o EU REAL, ativado pelos nossos valores
mais profundos.
O ambiente de trabalho é fator de grande importância para o aumento da produtividade,
satisfação pessoal. Imagine um grupo de trabalho onde as pessoas não podem expressar
sua raiva e não é sensível ao que sentem as pessoas à sua volta. Com certeza esse grupo
de trabalho será improdutivo: quando as pessoas estão emocionalmente perturbadas

Isso vem se tornando cada vez mais importante nos últimos anos, após diversas pesquisas
terem mostrado um aumento de pessoas diagnosticadas com problemas mentais no
mundo.
Como exemplo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o
segundo país no mundo com a maior quantidade de pessoas diagnosticadas com
ansiedade, representando 9,3% da população.

Outro levantamento feito pela Vittude, plataforma voltada para a saúde mental, constatou
que 37% das pessoas estão com stress severo, enquanto 59% se encontram em estado
grave de depressão.

Além disso, este estudo, que entrevistou cerca de 500.000 pessoas, apontou que a
ansiedade severa atingiu níveis ainda mais altos com 63%.

Mas afinal, qual a causa destes números? De acordo com a psicóloga Heloísa Caiuby, em
entrevista à Veja, estes dados são reflexos do cenário no qual estamos vivendo:

“O mundo está muito difícil, rápido e cheio de mudanças. Muitas vezes não temos tempo
sequer de assimilar uma mudança e já vem outra. Isso causa uma angústia tremenda
porque as pessoas não conseguem dar conta”, disse.

Por isso, ter uma boa inteligência emocional é importante. É por meio de um controle e
equilíbrio de suas emoções que será possível lidar com os obstáculos do dia a dia de forma
muito mais tranquila, além de trazer benefícios como:

● Melhor relação interpessoal;


● Diminuição da ansiedade e estresse;
● Aumento da empatia;
● Maior poder de decisão;
● Melhora na autoestima;
● Maior responsabilidade e crescimento.

Essas vantagens são extremamente valiosas não só para a vida pessoal, como também
profissional, se tornando grandes aliadas para o mundo corporativo.

Além disso, a rotina profissional é feita de desafios, prazos a cumprir, mudanças de planos
e outros fatores de pressão e estresse que, caso não sejam bem administrados, podem
levar a um esgotamento mental.

O conceito da inteligência emocional pode até ser simples de entender, mas colocá-la em
prática principalmente na sua empresa pode ser um grande desafio para muitos. Mas não
se preocupe, separei algumas dicas que podem ajudá-lo nesta tarefa.

Conheça suas emoções


Assim como defende Goleman, o primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional
nas empresas é conhecendo seus sentimentos.

Afinal, muitas vezes somos levados ao nosso limite emocional máximo durante o trabalho, e
é fundamental entender e analisar como nos comportamos nessas situações para, a partir
disso, saber o que deve ser feito para melhorar.

Seja em momentos de cansaço, estresse, situações de conflito ou pressão, é importante ter


este autoconhecimento e analisar como suas emoções acabam influenciando seu dia a dia
na empresa, e talvez até mesmo atrapalhando seu desempenho.

Aprenda a lidar com as emoções

Uma vez que essas emoções são identificadas, a segunda etapa necessária para
desenvolver a IE no ambiente de trabalho é saber como lidar com estes sentimentos e
controlá-los.

Todos temos formas diferentes de lidar com determinadas situações, mas no ambiente de
trabalho, determinados cargos ou posições exigem um comportamento específico para lidar
com as responsabilidades e tarefas exigidas.

Por isso, para ter sucesso no desenvolvimento da IE, é necessário saber como lidar com as
emoções da melhor forma possível. Mas cuidado, não pense que isto significa ignorar ou
suprimir esses sentimentos, muito pelo contrário.

O ideal é buscar um equilíbrio entre eles, sabendo dosá-los e tornando-os proporcionais às


circunstâncias que surgem no dia a dia profissional.

Crie empatia

Não há como ter um bom desenvolvimento da IE no ambiente de trabalho sem que também
haja a criação de empatia.

A habilidade de entender as emoções do outro e de se colocar em seu lugar é essencial


para a criação de uma relação interpessoal, além de também proporcionar uma melhor
comunicação entre todos.

Com a empatia, todo o ambiente de trabalho será beneficiado, abrindo espaço para uma
maior colaboração entre as equipes, engajamento, e consequentemente, menor chances de
conflitos internos.
Mantenha a motivação

Por fim, é importante ressaltar que o desenvolvimento e implantação da IE na empresa


deve ser um processo contínuo, ou seja, deve ser sempre estimulado.

Afinal, podemos sempre nos deparar com novas situações e problemas no ambiente de
trabalho, e se não estivermos com uma boa saúde mental, não saberemos lidar com estes
momentos da melhor forma.

Dessa forma, quando mantemos uma postura de afastar pensamentos negativos e manter
uma avaliação constante dos nossos sentimentos, vemos na verdade uma prática de
automotivação, que ajudará não só a potencializar a inteligência emocional, como também a
conquistar as metas organizacionais desejadas.

Referências bibliograficas:

https://www.pontotel.com.br/inteligencia-emocional-no-trabalho/

https://administradores.com.br/artigos/o-impacto-da-inteligencia-emocional-no-ambiente-cor
porativo

https://blog.ceem.com.br/inteligencia-emocional-como-desenvolve-la-no-meio-corporativo-2/

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