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Guilherme de Almeida
PARALELAMENTE
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PAUL VERLAINE
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LIVRARIA MARTINS EDITÔRA
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Paralelamente
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MINHA CARTA A
PAUL V ERLA IN E
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se existe ainda o teu Hôtel de Ville? . . .
Montmartre, onde Mathilde de Fleurville,
noiva-menina, te esperava com
ji.
O alvo “bouquet” de “La Bonne Chanson” ? ...
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I,
E os cafés literários por aí,
rua de Rivoli, praça Clichy ?. ..
E essa rua Chaptal, onde Ninà,
Villiers de l’Isle-Adam, Hérédia,
Coppée, France, Mendès, Sully-Prudhomme
(e outros, de que já nem me lembro o nome),
“les chers, les bons, les braves Parnassiens”,
I ,
ouviam teus “Poèmes Saturniens” ? . . . i
E a casa dos Mauté, onde poisou
— Anjo da Anunciação — Arthur Rimbaud, «1,1i
iit ,
desdenhoso, enigmático, insolente,
entre “Iluminações” de adolescente?. . .
E Versalhes, onde ias,' com Watteau,
ver “sangloter d’extase les jets d’eau” ? . . .
E O teu Quartier Latin da decadência,
onde, distilador de quintessência,
montaste teu balcão em que comprou
Paris “prose au kilo, vers frais ou faux” ? . . .
E a ruela, o cais, as “caves”, o trapiche '
sobre o Sena, a “terrasse,” o teu Boul’Michc
em que, quando passavas — o ar perdido
e a máscara socrática —, sumido
sob a miséria do teu “mac-farlane”,
o burguês te apontava: — “É Paul Verlaine! ?. . •
G uilherme de A lmeida
I
MON RÊVE FAMILIER
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Est-elle brune, blonde ou rousse? — Je l’ignore.
Son nom? Je me souviens qu’il est doux et sonore
Comme ceux des aimés que la Vie exila.
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Se ,é morena, ou se é loira, ou se é ruiva eu ignoro.
Seu nome? É como o nome ideal, doce e sonoro,
Dos amados que a Vida exilou para alem.
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II
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Tout suiTocant
Et blême quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens ''jk
Et je pleure.
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Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
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L’AMOUR PAR TERRE
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O AMOK POR TERRA
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O vento derrubou ontem à noite o Amor
Que, no recanto mais secreto do jardim,
Sorria retesando o arco maÜgno, e assim
Tanta coisa nos fêz todo um dia supor!
— 2.T ~
Oh! c’est triste de voir debout le piédestal
Tout seul! et des pensers mélancoliques vont
Et viennent dans mon rêve où le chagrin profond
Evoque un avenir solitaire et fatal.
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É triste ver ali de pé o pedestal
Sôzinhoî e pensamentos graves vêm e vSo
N o meu sonho em que a mais profunda comoção
Imagina um porvir solitário e fatal
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EN SOURDINE
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EM SURDINA
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Juntemos os corações
E as almas sentimentais,
Entre,^as vagas lassidões
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Das framboezas, dos pinhais.
27
— 28 —
Laissons-nous persuader
Au souffle’ bcrceur et doux
Qui vient à tes pieds rider
Les ondes de gazon roux.
Deixemo-nos persuadir
Pelo sopro cmbalador
Que vem a teus pés franzir
As ondas da relva em flor.
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COLLOQUE SENTIMENTAL
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Dans le vieux parc solitaire et glace,
Deux spectres ont évoqué le passé.
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COLÓQUIO SENTIMENTAL
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Reflete o lago,
Espelho puro,
O vulto vago
Do choupo escuro
Que ao vento chora . . .
Sonhemos: é hora.
Um grande e brando
Quebrantamento
Vem, vem baixando
Do firmamento
Que o astro ilumina . . .
É a hora divina.
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LE FOYER, LA L U E U R ...
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O LAR. A ESTREITA L U Z ...
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De l’ombre nuptiale et de la douce nuit,
Oh! tout cela, mon rêve attendri le poursuit
Sans relâche, à travers toutes remises vaines,
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LE BRUIT DES CABARETS .. .
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Leur brûle-gueule au nc2 des agents de police,
Toits qui dégouttent, murs suintants, pavé qui glisse,
Bitume défoncé, ruisseaux comblant l’égout.
Voilà ma route — avec le paradis au bout.
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C’est l’cxtasc langoureuse,
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C’est la fatigue amoureuse,
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C’est tous les frissons des bois
Parmi l’étreinte des brises.
C’est, vers les ramures grises,
p- l!l Le chœur des petites voix.
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É o extase langoroso,
E o cansaço amoroso,
É todo o bosque a vibrar
Ao enlace das aragens,
São, nas grisalhas ramagens,
Mil vozes a cochichar.
52
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'.'4 O le frêle et frais murmure !
Cela gazouille et susurre,
Cela ressemble au cri doux
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l'-ü Que l’herbe agitée expire .. . ’
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Tu dirais, sous l’eau qui vire.
Le roulis sourd des cailloux.
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Ó o fino e fresco cicio!
É chilreio e murmurio,
Parece esses doces ais
Que a relva móvel suspira . . .
Dirias, na água que gira,
Rolar de seixos casuais.
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O le chant de la pluie!
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ARIETA
Ó frio murmurío
Nas telhas e no chão!
Para um coração vazio,
Ó aquele murmurío!
Il pleure sans raison
Dans ce cœur qui s’écœure.
Quoi! nulle trahison?
Ce deuil est sans raison.
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C’est bien la pire peine <
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De ne savoir pourquoi,
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Sans amour et sans haine,
Mon cœur a tant de peine. ^
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Chora não sei que mal
Meu coração cansado.
Um desengano? Qual!
É sem causa este mal.
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Voici des fruitSj des fleurs, des feuilles et des branches,
Et puis voici mon cœur qui ne bat que pour vous;^
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Ne le déchirez pas avec vos deux mains blanches.
Et qu’à vos yeux si beaux l’humble présent soit doux.
GREEN
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Ainda tenho no rosto o orvalho que a alvorada
Vem regelar em mim com sua viração.
Que esta minha fadiga, a vossos pés prostrada,
Sonhe os instantes bons que a reconfortarão.
59
Sur votre jeune sein laissez rouler ma tete
Toute sonore encor de vos derniers baisers;
Laissez-la s’apaiser de la bonne tempête,
Et que je dorme un peu, puisque vous reposez.
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LES MAINS
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* Après les rades et les grèves,
Et les pays et les provinces.
Royales mieux qu’au temps des princes.
Les chères mains m’ouvrent les rêves.
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AS MÃOS
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Mains en songe, mains sur mon âme,
Sais-je, moi, ce que vous daignâtes.
Parmi ces rumeurs scélérates.
Dire à cette âme qui se pâme?
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DE UMA PRISÃO
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ART POÉTIQUE
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De la musique avant toute chose,
Et pour cela préfère l’Impair
Plus vague et plus soluble dans Pair,
Sans rien en lui qui pèse ou qui pose.
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ARTE POÉTICA
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C’est des beaux yeux derrière des voiles,
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C’est le grand jour tremblant de midi,
C’est, par un ciel d’automne attiédi,
Le bleu fouillis des claires étoiles!
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0r Seja o teu verso a boa aventura
Esparsa ao áspero ar da manhã,
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Que vai cheirando a giesta e hortelã
E tudo mais é literatura.
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ÍNDICE
ROxMANCES SANS PAROLES” . pag. 49
C’est l’Extase Langoureuse . . . M 50
É o Êxtase Langoroso. . . „ 51
Ariette . . . . . „ 54
Arieta . . . . . . „ 55
Green . . . . . . ., 58
Green . . . . . . „ 59
DE “SAGESSE’ 63
Les Mains
As Mãos .
D’une Prison .
De uma Prisão
DE “ JADIS ET NAGUÈRE” 73
Ai't Poétique .
Arte Poética
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