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Pergunta 1: quais são as características principais dos multiletramento?

Rojo (2012) afirma que os estudos são unânimes em apontar algumas características
importantes:

a) são colaborativos;

b) fraturam e transgredem as relações de poder estabelecidas, em especial as relações de


propriedade (das máquinas, das ferramentas, das ideias, dos textos, verbais ou não);

c) são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas);

d) são interativos, em vários níveis (na interface, nas ferramentas, nos espaços em rede
dos hipertextos e ferramentas, nas redes sociais). Para Rojo, uma das características dos
novos textos é que são interativos, em vários níveis. Diferentemente das mídias
anteriores (por exemplo, a mídia digital), por sua natureza, permite que o usuário
interaja em muitos níveis.

Pergunta 2: conforme a autora, quais seriam as diferenças principais entre “letramento”


e “multiletramento”?

De acordo com as palavras de Soares (2002, p .6), “letramento é um conceito ainda


muito vinculado às práticas de leitura e de escrita no papel”. Muitos autores, inclusive
Soares, sugerem o conceito de letramento digital. O multiletramento, portanto, envolve
um processo de trabalho diferente do realizado atualmente nas escolas, no qual a
comunicação vai muito além da costumeira linguagem verbal. O uso das tecnologias
tais como fotos, vídeos, gráficos entre outros, proporciona um trabalho inclusivo e
transformador. Segundo a autora a grande diferença são as possibilidades de atividades
abrangentes e intensificadas no que tange a diversidade cultural e linguística.

O texto foi publicado em 2015, quando dificilmente esperávamos passar por uma
pandemia e usar a educação a distância de forma tão ampla. O ensino a distância é um
instrumento de democratização do conhecimento, mas não pode ser obtido de forma
democrática. Isso é muito óbvio nesta pandemia e pode determinar a dificuldade de
acesso à plataforma de ensino, especialmente para alunos de comunidades carentes. Por
outro lado, mesmo em instituições de ensino onde os alunos têm mais facilidade de
acesso à tecnologia, o pensamento do pesquisador Ramal (2002) é óbvio: “muitos
professores não se sentem preparados para o uso pedagógico das novas ferramentas, o
que acaba por deixar os professores distantes dos computadores, internet e de todo o
mundo digital apreciado pelos alunos”. Desta forma, o trabalho extenso e aprofundado
da autora para incluir diversas perspectivas, é muito eficaz.

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