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1. Introdução
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2. Revisão Bibliográfica
Os principais equipamentos que geram harmônicos estão nas indústrias, tais como:
inversores de freqüência, variadores de velocidade, acionamentos tiristorizados,
acionamentos em corrente contínua ou alternada, retificadores, "drives", conversores
eletrônicos de potência, fornos de indução e a arco, "no-breaks" e máquinas de
solda a arco. Todos estes equipamentos têm em comum a eletrônica de potência.
O controle das harmônicas é uma das partes mais complexas na análise de uma
rede elétrica. Vários são os motivos para tal, porém dois são determinantes:
- A geração das harmônicas acontece simultaneamente em várias partes do
sistema;
- Existem harmônicas com várias freqüências.
O primeiro procedimento no tratamento das harmônicas é identificar os circuitos que
possuem excesso dessas componentes e, a partir daí conseguir ver a quantidade de
harmônicas de tensão e de correntes presentes na rede, com isso determina-se o
espectro harmônico de tensão e corrente dos circuitos.
Seguem alguns motivos que justificam a necessidade de se eliminar harmônicas:
Capacitores: Queima de fusíveis e redução da vida útil.
Motores: Redução da vida útil e impossibilidade de atingir sua potência
máxima devido ao aumento das perdas nos enrolamentos e no entreferro.
Fusíveis/Disjuntores: Operação falso-errônea (atuação indevida dos
equipamentos de proteção).
Transformadores: Aumento de perdas no núcleo e nos enrolamentos além,
e redução de capacidade de potência.
Medidores: Medições errôneas e possibilidade de falhas de cálculo.
Telefones: Interferências.
Acionamentos/Fontes: Operações errôneas devido a múltiplas passagens
da corrente por zero e falha na comutação de circuitos.
Cabos: Sobreaquecimento [2].
Existem várias técnicas para reduzir os sinais harmônicos de corrente e/ou tensão.
Estas podem ser agrupadas nas estratégias abaixo caracterizadas:
Uso de filtros passivos conectados em paralelo e/ou em série com o
sistema elétrico [3];
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Aumento da quantidade de pulsos em unidades conversoras, com o uso
de transformadores defasadores [3];
Técnicas de compensação de fluxo magnético [4];
Filtros ativos de potência conectados em paralelo e/ou em série com o
sistema elétrico [5].
Dentre as alternativas relacionadas como possíveis estratégias para a
eliminação/redução das correntes harmônicas, aquelas associadas aos filtros ativos
e passivos são as mais empregadas. Isto porque são mais fáceis de serem
implementados, além de possuírem menores custos.
Utilizaremos nesse projeto o filtro passivo conectado em paralelo (derivação, ou
shunt). Os filtros passivos são formados a partir de várias combinações dos
elementos tipo R, L e C, podendo ser conectados em paralelo ou em série ao
sistema elétrico.
Os filtros são instalados no sistema com a finalidade de absorver os harmônicos de
corrente, proporcionando um caminho de baixa impedância para os mesmos. Com
isto, consegue-se o principal objetivo que é o de reduzir a amplitude de uma ou mais
frequências de correntes e/ou tensões harmônicas. Além disto, os filtros de
harmônicos, podem também compensar a energia reativa do sistema com a
melhoria do fator de potência da planta.
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O filtro “shunt”, em geral, é dimensionado para suportar somente a corrente
harmônica para a qual está sintonizado somado a uma corrente fundamental muito
menor que aquela do circuito principal. Portanto, o filtro “shunt” possui um custo
muito menor que um filtro série da mesma eficácia.
Outra vantagem dos filtros “shunt”, sobre os filtros série, é que na frequência
fundamental os filtros “shunt” fornecem a potência reativa necessária para correção
do fator de potência.
Nesse caso, a indutância (LP) e a capacitância (CP) são escolhidas de modo que a
impedância do filtro seja zero para a freqüência que se deseja eliminar. Dessa
forma, a relação entre as reatâncias e a freqüência é:
1
(1) f
1
(2)
LPxCP 2 LPxCP
Na condição de sintonia do filtro, as reatâncias do ramo LC são iguais. Portanto, a
impedância total do ramo LC é igual a zero e a corrente nessa freqüência flui apenas
entre a fonte poluidora e o filtro, não afetando as demais cargas da planta.
As principais vantagens da utilização dos filtros passivos LC são: simplicidade,
confiabilidade, flexibilidade de instalação da indutância LP, desempenho bastante
satisfatório (chega a uma DHTI menor que 5%), aumento do FP da instalação devido
à introdução do capacitor CP, entre outras.
A forma mais simples, e mais comum, de caracterizar o comportamento de um filtro
é através do cálculo da sua função de transferência T(S)=Vo(S)/Vi(S), no domínio da
freqüência, utilizando-se da transformada de Laplace. O estudo do bloco pode ser
feito diretamente a partir da relação entre o sinal de saída e o sinal de entrada. Este
princípio básico da análise de sistemas lineares e invariantes no tempo permite
simplificar e generalizar o estudo de qualquer circuito, independentemente da
arquitetura interna utilizada para implementar o filtro.
A figura 3 representa um filtro genérico, definido no domínio da frequencia.
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Os zeros de um filtro correspondem aos valores de S que anulam o numerador da
função de transferência, representados na seguinte equação por z1, z2.... zM. Já os
pólos do filtro, são os valores de S que anulam o denominador de T(S),
representados por p1, p2 ... pN.
Vo ( S z1 ) ( S z 2 ) ( S z M )
T (S ) (S ) A (3)
Vi ( S p1 ) ( S p 2 ) ( S p N )
Resposta em frequência de um filtro passivo de 2ª ordem
A equação abaixo corresponde à função de transferência.
(4)
A expressão anterior é escrita segundo a seguinte forma:
3. Materiais e Métodos
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utilizando software PSIM. O uso da simulação é uma ferramenta indispensável na
formação de técnicos e engenheiros, principalmente fase de elaboração de projetos.
Para realizar o calculo definiu-se qual a freqüência harmônica a ser eliminada,
inserindo também a freqüência fundamental da rede, em seguida estipulou-se um
valor para o capacitor ou para o indutor e através da manipulação das equações (1)
e (2) obtêm-se os valores dos componentes que constituem o filtro.
F
Figura 04 - Circuito com filtros
Foram projetados filtros para harmônicas de 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª ordens (120Hz,
180Hz, 240Hz, 300Hz, 360Hz e 420Hz), respectivamente como pode ser visto na
Figura 4. Através de chaves seletoras é possível escolher qual a distorção será
filtrada.
Na Figura 05 tem-se o gráfico que mostra as formas de onda contidas no circuito
sem o uso dos filtros. Podemos perceber que temos a forma de onda senoidal da
freqüência fundamental (rede) e temos as formas de ondas distorcidas pela
presença de harmônicas de várias ordens.
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A Figura 06 apresenta as harmônicas geradas pelo circuito. Observa-se que o
circuito gera harmônicas de várias ordens.
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4. Resultados Experimentais
5. Conclusão
6. Referência Bibliográfica
[4] KEY, T., LAY, J-S., “Analysis of Harmonic Mitigation Methods for Building Wiring
Systems”, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 13, Nº 13, Nº. 3, pp. 890-897,
Aug. 1998.