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Departamento de Ciências e Tecnologia

21002 - Relatório da Actividade Formativa 2 - RAF2


Escolha múltipla
Grelha de Correção

1. - a) 2. - b) 3. - b) 4. - a) 5. - c) 6. - d)

Justificação
1. A afirmação a) é verdadeira:

2a + c 2b + d 2a 2b c d a b
= + = 2
c d c d c d c d + 0.

As restantes afirmações são falsas, em geral. Com efeito:



a + 1 b + 1 a b
• = (a + 1)(d + 1) − (b + 1)(c + 1) 6= ad − bc + 1 = + 1, por exemplo
c + 1 d + 1 c d
para a = 1, b = 0, c = 0, d = 1.

2a 2b a b
• = 2a · 2d − 2b · 2c = 4(ad − bc) 6= 2(ad − bc) = 2
c d , por exemplo para a = 1,
2c 2d
b = 1, c = 0, d = 1.

a 0 0 a
• 2 2
= a 6= −a = , para a 6= 0.
0 a a 0
2. Temos que
In = 3A + A2 = A(3In + A) ⇒ 1 = |In | = |A||3In + A| ⇒ |A| =
6 0 ⇒ A é invertı́vel .
Logo d) é falsa. Além disso, In = A(3In + A) implica que A−1 = 3In + A e b) é verdadeira.
• A afirmação c) é falsa, porque não podemos somar um número (que pode ser considerado
uma matriz 1 × 1) com uma matriz n × n, n ≥ 2 (não são do mesmo tipo).
 
0 1
• Por exemplo, A = é tal que
1 −3
 
2 3 1
I2 = 3A + A , A = −1
, |A| = −1 (verifique!).
1 0
1
Logo A−1 6= A, o que mostra que a) é falsa.
|A|
3. Temos que
A é invertı́vel ⇐⇒ |A| = 6 0 ⇐⇒ |AT ||A| =
6 0 ⇐⇒ |A||A| = 6 0 ⇐⇒ |AT A| =
6 0.
Portanto (i) é verdadeira. As afirmações (ii) e (iii) são falsas: por exemplo, A = I2 e λ = 2
provam a sua falsidade (verifique!). Portanto b) é a afirmação verdadeira.

21002 - Álgebra Linear I: RAF2 1


4. Temos que

2 0
k 0 0 k − 1 0 0
2 0 0
2 0
1 0 2 1
0 0 Laplace
|Ak | = = = (k − 1)(−1) 1+2
2 2 2
2 2 L1 −L2
2 2 2
2 2 2 L1
2 1 k
2 k
1 1 2 1 1 k

Laplace 2 2 2 k 2 2
= −(k − 1) · 2 = .
L1 1 k 2 1 1 k
Portanto a afirmação a) é verdadeira. As restantes são falsas, uma vez que

2 k 2 2
|Ak | = = −4(k − 1)2 (verifique!).
2 1 1 k
5. Temos que
AB = (B + I3 )B = B 2 + B = B(B + I3 ) = BA
e, portanto, a afirmação c) é verdadeira. As restantes são falsas:
• Por exemplo, B = I3 prova a falsidade de a). Confirme!
• Por exemplo, se B é a matriz nula então A−I3 = B = 0 que é uma matriz não invertı́vel.
• Por exemplo, se B é a matriz nula, A = I3 e rank A = 3 6= 0 = rank B.
6. Temos que
det(AE) = det(A) det(E) = det(AT ) · (−1) = − det(AT ).
Portanto a afirmação d) é verdadeira. As restantes afirmações são falsas:
• Para A = I3 temos AE = E, donde tr(AE) = 1 6= 3 = tr(A). Portanto a) é falsa.
• Ora AE é a matriz que se obtém de A trocando a segunda linha com a terceira linha.
Para que fossem semelhantes ter-se-ia que fazer igual transformação nas colunas de A.
De facto, E −1 AE é semelhante a A, enquanto que AE é equivalente a A. Portanto b) é
falsa.
• Se A = 0 então AE = 0, donde rank(AE) = 0 6= 3. Portanto c) é falsa.

Verdadeiro/Falso
7. a) Temos que

0 1 − k k − 1 0 1 − k −(1 − k)

|Ak | = 1 − k 1 − k 2 k − 1 = 1 − k (1 − k)(1 + k) −(1 − k)
k − 1 0 1 − k −(1 − k) 0 1−k

0 1 −1 0 1 −1

= (1 − k) 1 − k (1 − k)(1 + k) −(1 − k) = (1 − k)
2
1 1 + k −1
−(1 − k) 0 1−k −(1 − k) 0 1 − k

0 1 −1

= (1 − k) 1 1 + k −1 .
3

−1 0 1
Portanto a afirmação é verdadeira.

2 ALC
b) Temos que

1 2 −k 1 1 −k 1 1 k 1 2 0
Laplace
|Ak | = (−1)1+1 2 2 −1 = 2 2 1 −1 = 2(−1) 2 1 1 = −2 1 1 −1 .
L1 0 −2 k 0 −1 k 0 −1 −k k 1 −k

Portanto a afirmação é verdadeira.


c) Sabemos que A é invertı́vel se e só se |A| =
6 0. Ora

a −a b a −a b
Laplace a b
|A| = −a b −b = 0 b − a 0 = (b − a)(−1) 2+2
b L2 +L1 L2 b a
−b a b −b a
= (b − a)(a2 − b2 ) = −(a − b)2 (a + b)

Deste modo
A é invertı́vel ⇐⇒ a = b ∨ a = −b
e, portanto, a afirmação é falsa.

Problemas Práticos
8. a) Vamos efectuar transformações elementares na matriz de forma a introduzir zeros e
facilitar, depois, a aplicação do desenvolvimento de Laplace:

k 1 1 1 1 1 1 k 1 1 1 k

1 k 1 1 2
|Ak | = = k 1 1 1 = − 0 1 − k 1 − k 1 − k
k 1 1 L2 −kL1 0 k − 1 1 − k
1 1 k 1 LL3 ↔L 4 1 0
1 1 1 k 2 ↔L3 1 1 k 1 L3 −L1 0 0 k−1 1−k
L1 ↔L2 L4 −L1

1 − k 1 − k 1 − k 2 1 1 1 + k
Laplace

= − k − 1 0 3
1 − k = −(1 − k) −1 0 1
C1 0 k−1 1−k 0 −1 1

0 1 2 + k

3 Laplace 1 2 + k
= −(1 − k) −1 0 3 2+1
1 = −(1 − k) (−1) (−1)
L1 +L2 C −1 1
0 −1 1 1

= −(1 − k)3 (k + 3).

Segue-se que:
Ak é invertı́vel ⇐⇒ |Ak | =
6 0 ⇐⇒ k 6= 1 e k 6= −3.
b) Atendendo à alı́nea a), temos vários casos a considerar:

• Se k 6= 1 e k 6= −3 então Ak é invertı́vel e, portanto, rank Ak = 4.


 
1 1 1 1
1 1 1 1
• Se k = 1 então A1 =  
1 1 1 1 e rank A1 = 1, uma vez que todas as linhas são iguais
1 1 1 1  
à linha L1 (isto é L1 = L2 = L3 = L4 ) e L1 6= 0 0 0 0 .

21002 - Álgebra Linear I: RAF2 3


 
−3 1 1 1
 1 −3 1 1
• Se k = −3 então A−3 =  1
. Podemos condensar a matriz para deter-
1 −3 1 
1 1 1 −3
minar a sua caracterı́stica:
     
−3 1 1 1 1 1 1 −3 1 1 1 −3
 1 −3 1 1 0 4 4 −8  0 4 4 −8
 equivalente  −→  
1 1 −3 1  (∗)
0 −4 0  
4 L3 +L2 0 0 4 −4
1 1 1 −3 0 0 −4 4 0 0 −4 4
 
1 1 1 −3
0 4 4 −8
−→   (f.e.).
L4 +L3 0 0 4 −4
0 0 0 0
 
L3 ↔ L4
 L2 − 3L1

(*) – efectuando as transformações L2 ↔ L3 , L3 − L1 como na alı́nea a). Logo

 

L1 ↔ L2 L4 − L1
rank A−3 = 3.
 
1 1 1
c) Temos que Bk = Ak (4|1) = k 1 1.
1 k 1
c1 ) Para facilitar a escrita escreveremos apenas B em vez de Bk . Sabemos que sendo
B ∈ R3×3 então
(adj B)B = B(adj B) = (det B)I3 .

Deste modo, comecemos por calcular det B.



1 1 1 1 1 1 1 1 1

|B| = k 1 1 = 0 1 − k 1 − k = − 0 k − 1
L2 ↔L3 0
1 k 1 LL2 −kL 1 0 k − 1 0 0 1 − k 1 − k
3 −L1

1 1 1


= − 0 k − 1 0 = −(k − 1)(1 − k) = (k − 1)2 .
L3 +L2 0 0 1 − k

Assim C = adj B satisfaz a identidade pretendida. Assim


 T
1 1 1 k 1
− k
 k 1 1 k 
 1 1 
 1 1 
C = adj B = Bb T = [(−1)i+j |B(i|j)|]T = − 1 1 1 1
− 
 k 1 1 1 1 k 
 
 1 1 1 1 1 
− 1
1 1 k 1 k 1
 T  
1−k −(k − 1) k 2 − 1 1−k −(1 − k) 0

= −(1 − k) 0  
−(k − 1) = −(k − 1) 0 −(1 − k) .
0 −(1 − k) 1−k k2 − 1 −(k − 1) 1−k

4 ALC
c2 ) Façamos Bk = B. Ora B é invertı́vel sse |B| = 6 0. Determinámos em c1 ) que |B| =
2
(k − 1) pelo que B é invertı́vel sse k 6= 1. Novamente, pela alı́nea anterior, para k 6= 1,
 
1−k −(1 − k) 0
1 1 −(k − 1)
B −1 = adj B = 0 −(1 − k)
|B| (k − 1)2 2
k − 1 −(k − 1) 1−k
 1 1 
− k−1 k−1 0
 1 1 
= − k−1 0 k−1 .
k+1 1 1
k−1
− k−1 − k−1

9. a) É claro que A é invertı́vel, uma vez que |A| = −1 6= 0. Vamos determinar A−1 recorrendo
ao processo
[ A | I3 ] −→ [ I3 | A−1 ].
transf. elementares
sobre as linhas

Assim
   
0 1 −1 1 0 0 1 0 1 0 0 1
[ A | I3 ] =  1 −1 1 0 1 0  −→  1 −1 1 0 1 0 
L1 ↔L3
1 0 1 0 0 1 0 1 −1 1 0 0
   
1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1
−→  0 −1 0 0 1 −1  −→  0 −1 0 0 1 −1 
L2 −L1 L3 +L2
0 1 −1 1 0 0 0 0 −1 1 1 −1
   
1 0 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0
−→  0 1 0 0 −1 1  −→  0 1 0 0 −1 1  = [ I3 | A−1 ] .
(−1)L2 L1 −L3
(−1)L3
0 0 1 −1 −1 1 0 0 1 −1 −1 1
 
1 1 0
Segue-se que A−1 =  0 −1 1.
−1 −1 1
b) Temos que
 2  
1 1 0 1 0 1
adj A2 = (A2 )−1 |A2 | = (A−1 )2 |A|2 =  0 −1 1 (−1)2 = −1 0 0 .
−1 −1 1 −2 −1 0

Por outro lado, temos que


 
  −4 −4 0
1 −1
adj(2A) = (2A)−1 |2A| = A (23 |A|) = −4A−1 = 0 4 −4 .
2
4 4 −4

Nota: Pode calcular adj A2 e adj(2A) directamente, pela definição de matriz adjunta, e verificar
que obtém os mesmos resultados. No entanto, conhecendo A−1 este processo é mais eficiente.
c) Temos que adj(2A) = −4A−1 , donde ( 21 A) adj(2A) = 21 A(−4A−1 ) = −2I3 . Portanto
 1

0 − 12
1 2
B = A =  21 − 12 1
2
.
2 1 1
2
0 2

21002 - Álgebra Linear I: RAF2 5


d1 ) Temos
  
  x1  
x2 − x3 = 3
 0 1 −1 0   3
  x2   
x1 − x2 + x3 + 3x4 = 4 ⇐⇒ 1 −1 1 3  = 4

 matricialmente x3
x1 + x3 + x4 = 1 1 0 1 1 1
| {z } x4
A

Ora as três primeiras colunas da matriz acima constituem a matriz A. Assim se passarmos a
incógnita x4 para o 2o membro obtemos:
 
x2 − x3 = 3
 x2 − x3 = 3

x1 − x2 + x3 + 3x4 = 4 ⇐⇒ x1 − x2 + x3 = 4 − 3x4

 

x1 + x3 + x4 = 1 x1 + x3 = 1 − x4
 
  x1  
0 1 −1   3
⇐⇒ 1 −1 1  x2  = 4 − 3x4 
matricialmente x3 
1 0 1 1 − x4
| {z } x4 | {z }
A | {z } B
X

Como A é invertı́vel o sistema é possı́vel (mas indeterminado com grau de indeterminação 1)


e temos
    
1 1 0 3 7 − 3x4
AX = B ⇐⇒ X = A B = 0 −1  −1 1 4 − 3x4  = −3 + 2x4  .
−1 −1 1 1 − x4 −6 + 2x4
Portanto, o conjunto de soluções é:
CS = {(α1 , α2 , α3 , α4 ) ∈ R4 : α1 = 7 − 3α4 , α2 = −3 + 2α4 , α3 = −6 + 2α4 }
= {(7 − 3α4 , −3 + 2α4 , −6 + 2α4 , α4 ) : α4 ∈ R}.
d2 ) Como já vimos o sistema dado pode escrever-se na forma

x2 − x3 = 3

x1 − x2 + x3 = 4 − 3x4


x1 + x3 = 1 − x4
ou seja temos matricialmente
   
0 1 −1 3
AX = B com A = 1 −1 1  e B = 4 − 3x4  .
1 0 1 1 − x4
Como A é invertı́vel podemos, também neste caso, aplicar a regra de Cramer obtendo:

3 1 −1

4 − 3x4 −1 1

1 − x4 0 1 −7 + 3x4
x1 = = = 7 − 3x4 ,
|A| −1

0 3 −1

1 4 − 3x4 1

1 1 − x4 1 3 − 2x4
x2 = = = −3 + 2x4 ,
|A| −1

6 ALC

0 1 3

1 −1 4 − 3x4

1 0 1 − x4 6 − 2x4
x3 = = = −6 + 2x4 .
|A| −1
Portanto, o conjunto de soluções é:
CS = {(α1 , α2 , α3 , α4 ) ∈ R4 : α1 = 7 − 3α4 , α2 = −3 + 2α4 , α3 = −6 + 2α4 }
= {(7 − 3α4 , −3 + 2α4 , −6 + 2α4 , α4 ) : α4 ∈ R}.

Problemas Teóricos
   
a11 a12 a13 a11 a21 a31
  3×3
10. a) Suponhamos A = a21 a22 a23 ∈ R . Então A = a12 T  a22 a32  e temos que
a31 a32 a33 a13 a23 a33
   
0 a12 − a21 a13 − a31 0 a b
A − AT = a21 − a12 0 a23 − a32  = −a 0 c
a31 − a13 a32 − a23 0 −b −c 0
onde a = a12 − a21 , b = a13 − a31 , c = a23 − a32 ∈ R.
b) Temos que
0 a b

det(A − AT ) = −a 0 c = abc − abc = 0 .
a)
−b −c 0

11. a) Temos
A = −AT =⇒ |A| = | − AT | ⇐⇒ |A| = (−1)n |AT | ⇐⇒ |A| = −|A| ⇐⇒ |A| = 0.
n ı́mpar
 
0 −a −b
b) Seja A = a 0 −c ∈ R3×3 . Temos A = −AT , ou seja A é hemi-simétrica e é de

b c 0
tipo 3×3 com 3 ı́mpar. Portanto, pela alı́nea a), sabemos que |A| = 0. Segue-se que

0 −a −b

f (0) = a 0 −c = |A| = 0,
b c 0
o que prova que o polinómio f (x) admite a raiz zero.
c) Temos (b − a)3 = (−(a − b))3 = −(a − b)3 e analogamente (c − a)3 = −(a − c)3 ,
(c − b)3 = −(b − c)3 . Portanto a matriz dada, A, é hemi-simétrica e é de tipo 3×3 com 3
ı́mpar. Portanto, pela alı́nea a), sabemos que |A| = 0.
d) Atendendo
  à alı́nea a) a matriz A terá de ser de tipo n×n com n par. Por exemplo,
0 −1
seja A = . Temos
1 0
   
0 1 0 −1 0 −1
−AT = − = = A e |A| = = −1 6= 0.
−1 0 1 0 1 0
FIM

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