ATENÇÃO
Esse tipo de conteúdo é cobrado nas provas, mas não com a mesma frequência de outros,
como força, movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado, e energia.
Impulso
Impulso é uma grandeza relacionada às características e às causas do movimento.
MRU: a = 0
MRUV: a ≠ 0
MCU: a = 0 γ = 0 acp
MCUV:
2ª lei: F = m.a, ou seja, a ≠ 0
1ª lei: Fr = 0, ou seja, a = 0
Todas essas formulações giram em torno da ideia de que, ou a aceleração é igual a zero,
ou é diferente de zero. Quando se fala sobre energia, sobre trabalho, variação da energia
cinética, energia potencial gravitacional, fala-se sobre aceleração.
Assim, o impulso é mais uma grandeza relacionada às causas de movimento, é represen-
tado por I, e tem a seguinte fórmula:
I – = F.Δt
I – é a consequência da duração da força que se aplica.
O PULO DO GATO
O Cebraspe costuma fazer “peguinhas” relacionados às unidades de medida. A unidade do
impulso será o newton vezes o segundo:
I – = N.s
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Além disso, o impulso é uma grandeza vetorial, porque tem-se o produto entre a Força e o
Tempo, sendo a Força um vetor. Se o impulso é vetorial, devemos compreender que ele tem
módulo, direção e sentido. O módulo é expresso pela fórmula:
5m
Mód = F.Δt
A direção e o sentido são dados através da Força, logo a direção e o sentido que Força tiver
estarão relacionados ao impulso. O tempo não influenciará, pois é apenas tempo positivo (é
uma grandeza escalar).
Já sabemos que Força é o resultado da massa vezes a aceleração (F = m.a); por isso, o
impulso, fazendo as substituições, será massa vezes a aceleração vezes o tempo (I = m.a. Δt).
Essas características estão relacionadas a um tipo de aceleração diferente de zero (se ocorrer
aceleração, ocorrerá impulso).
Um dos exemplos mais falados para demonstrar esse conteúdo é quando se tem uma bola
de futebol, vem um jogador de futebol e a chuta. Ele está aplicando uma força na bola durante
determinado espaço de tempo, logo surge o impulso. A bola tinha velocidade inicial diferente
de zero e, por causa do chute, alcança velocidade também diferente de zero, mas a velocida
V é maior que a velocidade inicial (V > V0).
Houve variação de velocidade na aplicação do chute do jogador; se há variação de velo-
cidade, há aceleração.
Quantidade de Movimento
Quantidade de movimento é mais uma grandeza relacionada às características e às
causas do movimento. É calculada como a massa sendo aplicada a determinada velocidade.
Q = m.v
Essa grandeza é muito relativa. Quem tem maior quantidade de movimento, um caminhão
ou uma bicicleta? Depende da velocidade de cada um.
A unidade de medida da quantidade de movimento é a massa (portanto, o quilograma) e a
velocidade (portanto, o metro por segundo):
Q = Kg.m/s
Além disso, essa grandeza também é vetorial. O que dá as características do módulo
desse vetor é o produto entre a massa e a velocidade; já as características da direção e do
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sentido são dadas através da velocidade. Se a velocidade é vertical, por exemplo, as caracte-
rísticas da quantidade de movimento serão verticais; se for para cima, então as características
serão direcionadas para cima.
Um mesmo objeto pode ter uma velocidade inicial, portanto terá uma quantidade de movi-
mento inicial (V0 – Q0 = m.v0) e atingir, num impulso, uma quantidade de movimento final (V – Q
= m.v). Entre V0 e V ocorreu uma variação de velocidade por causa de uma aceleração; entre
Q0 e Q ocorreu variação da quantidade de movimento (a variação da quantidade de acelera-
ção resultou na variação da quantidade de movimento).
Para que se atinja a variação da quantidade de movimento, teve de acontecer uma varia-
10m
ção de velocidade causada por uma aceleração. Isso nos remete à fórmula de impulso, I =
m.a. Δt. Nela, há uma aceleração que fez a bola que estava rolando no campo com uma velo-
cidade inicial diferente de zero ser chutada e atingisse outra velocidade diferente de zero,
resultando numa velocidade final maior que a velocidade inicial. Se há alteração de veloci-
dade, há aceleração.
Existe relação entre as grandezas Impulso e Força. O impulso é igual à força que se aplica
durante um tempo:
I – = F. Δt
Já a Força é a massa vezes a aceleração que se aplica durante um tempo:
F = m.a. Δt
Calcula-se a aceleração através da variação da velocidade dividida pela variação de tempo:
Δv / Δt.
Logo, o impulso é igual à massa vezes a variação de velocidade dividida pela variação de
tempo vezes a variação de tempo:
I – = m. Δv / Δt. Δt
Como há variação de tempo no numerador e no denominador, pode-se anular essa grandeza:
I – = m. Δv / Δt. Δt
Daí, percebe-se que o Impulso pode ser massa vezes a variação da velocidade:
I – = m. Δv
O resultado será:
I – = m. (Vf – V0)
Realizando a distributiva, teremos:
I – = mVf - mV0
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ATENÇÃO
Há duas fórmulas para calcular o impulso: I = F. Δt e I = ΔQ. A primeira é utilizada quando
a questão oferecer os dados relativos a força e a tempo. A segunda é utilizada quando são
oferecidos os dados relacionados a massa e velocidades (final e inicial).
Para calcular a quantidade de movimento, usa-se o quilograma multiplicado pelo metro por
segundo (Q = Kg. m/s); a unidade de medida para calcular o impulso é o newton por segundo
(I = N. s); percebemos que as grandezas Q e I são equivalentes quando ocorre a variação da
segunda; logo, podemos concluir que a unidade Kg. m/s é equivalente à unidade N. s.
RELEMBRANDO
O newton é a massa vezes a aceleração (N = kg. m / s2). Equiparando-se o newton à
15m
unidade Kg. m/s, teremos:
N = Kg. m/s N = Kg. m/s
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Logo o impulso pode ser constatado tanto por I = Kg. m/s quanto em I = N. s.O mesmo
ocorre com a quantidade de movimento: pode ser constatada tanto por Q = Kg. m/s quanto
em Q = N. s. Não se trabalha diretamente com o impulso porque, às vezes, podem surgir
casos em que a velocidade não varia. Se a velocidade não varia, não há impulso, mas terá
uma quantidade de movimento constante. Por ter velocidade constante, a aceleração é igual
a zero. Como o impulso depende da aceleração, nesse caso, não haverá impulso, apenas
quantidade de movimento.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
13. (CEBRASPE) Uma bola de tênis de 100g foi jogada contra uma parede , atingindo-a com
20m
velocidade horizontal de 4 Min/s. Imediatamente após o choque, a bola retornou com ve-
locidade de 3 Min/s, na mesma direção. Com base nessas informações, podemos afirmar
que o impulso aplicado pela parede e a energia perdida durante o choque foram respecti-
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vamente iguais a:
a. 0,35 N.s e 0,7 J
b. 30 N.s e 0,1 J
c. 0,7 N.s e 0,35 J
d. 0,3 N.s e 0,05 J
e. 0,5 N.s e 0,3 J
RESOLUÇÃO
m = 100g
V0 = 4 Min/s
Vf = 3 Min/s
Resolução errada:
I – = ΔQ – I = Qf – Q0
A massa não está no sistema internacional de medidas, então, deve-se proceder com a
conversão:
m = 0,1Kg
I – = m. Vf- m. V0
I – = m (Vf- V0)
I – = 0,1 (3 – 4)
I – = 0,1 (- 1)
I – = - 0,1 Ns – RESULTADO DA BOLA
0,1 Ns – RESULTADO DA PAREDE
Resolução errada:
Impulso e quantidade de movimento são vetores; se são vetores, é necessário conhecer
módulo, direção e sentido.
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Se a velocidade inicial confere com o sentido, que consideramos como positivo, ela será
positiva mesmo (+ 4 Min/s). Porém, a bola volta com direção igual (horizontal), mas em
sentido oposto; logo, a velocidade da bola será negativa (- 3 Min/s).
I – = 0,1 (- 7)
I – = - 0,7 Ns (impulso da bola)
I – = 0,7 Ns
Resta saber agora a energia perdida. A energia cinética perdida é toda energia que havia no
começo menos a que restou no final:
ECP: Ec0 - Ecf
ECP = Mv02/2 – MvF2/2
Colocando-se o M/2 em evidência, temos:
ECP = m/2 (v02 - vF2)
ECP= 0,1/2 (42 – [-32])
ECP= 0,1/2 (16 – 9)
ECP= 0,1/2. 7
ECP= 0,7/2
ECP= 0,35J
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Kiteria Karoline dos Santos Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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