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Geologia e Mecânica dos Solos

2021/2
Objetivos
● Aspectos gerais
● Processos de origem e formação dos solos
● Intemperismo
SOLOS
Gênese e formação
Aspectos gerais

❑ Variedade de tipos de solo;


❑ Diferentes densidades e conteúdo de água (umidade);
❑ Complexa disposição ao longo das camadas.
❑ Maior parte das obras são em solos;
Conceito de solo

❑Diferentes visões:
▪ Língua portuguesa: Chão ( do latim “solum”);
▪ Agricultura: sustentação das raízes;
▪ Geologia: sobrejacente a rocha;
▪ Engenharia civil: aglomerados usado como material na construção
civil e como suporte.
CONCEITOS DE SOLO
Segundo Vaz, 2011, temos os seguintes conceitos sobre solos:

GEOLOGIA DE ENGENHARIA: Material terroso resultante dos processos de


intemperismo e transporte, escavável com lâmina

PEDOLOGIA: Material natural constituído de camadas ou horizontes de compostos


minerais e ou orgânicos, diferindo do material original (química, física, morfológica,
mineralógica e biológica)

EDAFOLOGIA: Material terroso capaz de fornecer nutriente para as plantas

ENGENHARIA CIVIL: Material terroso de fácil desagregação pelo manuseio ou ação


da água
PROCESSOS FORMADORES DE SOLOS

Processos de Intemperismo:
Físico – Químico - Biológico

Processos de Erosão, Transporte e Sedimentação:


Pluvial - Fluvial – Marinho
Eólico – Gravitacional - Glacial
Generalidades
● O intemperismo (ou meteorização) é o conjunto de processos naturais que
causa a alteração das rochas, próximas da superfície terrestre, em
produtos que estejam mais em equilíbrio com novas condições físico-
químicas diferentes das que deram origem à maioria dessas rochas (Ollier,
1969 e 1975).
● Nos ambientes naturais, entre os parâmetros físico-químicos mais
importantes, tem-se o pH (potencial do íon hidrogênio) e Eh (potencial de
oxirredução)
Generalidades
● A zona de intemperismo, que corresponde à profundidade afetada por este
fenômeno envolve, na prática, meia dúzia de tipos de rochas mais comuns
compostas por meia dúzia de minerais principais (silicatos, óxidos, sulfetos,
carbonatos, sulfatos e fosfatos), formados por oito elementos químicos mais
importantes (0, Si, Al, Fe, Ca, Mg, Na e K).
● Segundo Leopold et al., (1964), dos quase 150 milhões de quilômetros
quadrados de terras emersas, sujeitas à ação do intemperismo, 75% são
ocupados por rochas sedimentares e apenas 25% por rochas cristalinas
(metamórficas e ígneas).
● Por outro lado, mais de 90% das regiões continentais são ocupados por
folhelhos (52%), arenitos (15%), granitos e granodioritos (15%), calcários (7%),
basaltos (3%) e outras rochas (8%)
PROCESSOS FORMADORES DE SOLOS
PROCESSOS FORMADORES DE SOLOS

ETS: Erosão / Transporte /


Sedimentação

Fonte: Amaral (2016)


Produtos do intemperismo
● Por definição, o intemperismo age na
interface entre a atmosfera e a litosfera
e inclui os processos que levam à
desagregação das rochas expostas na
superfície da Terra.
● São originadas partículas minerais
discretas (produtos residuais) presentes
na rocha matriz, que permanecem mais
ou menos inalteradas, ao lado de novos
minerais formados por intemperismo,
além de materiais em solução.
Produtos do Intemperismo
Tipos de intemperismo
Intemperismo físico
● O intemperismo físico por expansão térmica devida à insolação
ocorreria em regiões com grandes amplitudes térmicas entre o dia e a
noite, fato que é característico de regiões desérticas.
● Desse modo, as rochas expandem-se e contraem-se e, como a maioria
das rochas possui condutibilidade térmica muito baixa, estabelece-se um
gradiente de temperatura entre a superfície e o interior, quando uma
rocha é aquecida.
Intemperismo físico
1. Variação de temperatura (termoclastia);
2. Alívio de pressões;
3. Congelamento e degelo (crioclastia);
4. Crescimento de cristais (haloclastia);
5. Hidratação de minerais;
6. Processos físico-biológicos (bioclastia).
Intemperismo físico

Esfoliação na superfície da rocha


Intemperismo químico
● O intemperismo químico ocorre quando o equilíbrio do conjunto de
átomos, que constitui os minerais é rompido e ocorrem reações químicas
que conduzem o mineral a um arranjo mais estável, sob novas condições
mais próximas da superfície terrestre.
● O agente principal de intemperismo químico é a água. Poucos minerais
formadores das rochas reagem com água pura, exceto os minerais mais
solúveis dos evaporitos. Porém, as águas pluviais e subterrâneas são, em
geral, levemente ácidas pela dissolução de dióxido de carbono (CO2) da
atmosfera, formando um ácido carbônico (H2CO3) diluído. O pH é também
frequentemente diminuído pela presença de ácidos fúlvicos e/ou húmicos
produzidos por processos biológicos de degradação de materiais vegetais
dos solos.
Intemperismo químico
aumento do volume da massa rochosa causado por aumento da
densidade dos novos componente + aumento porosidade
- ocorre quando equilíbrio dos íons é rompido  reações químicas 
minerais com arranjo mais estável
Agente principal: água
Intemperismo químico
● Os principais tipos de reações químicas que ocorrem durante o
intemperismo químico das rochas são:

○ dissolução;

○ oxidação ou redução;

○ hidratação ou hidrólise,

○ Carbonatação; e

○ quelação.
Principais reações
Dissolução:
- primeiro estágio do intemperismo químico
- volume mineral dissolvido depende: água envolvida e solubilidade mineral (halita
muito solúvel mesmo em água pura, só subsiste em climas secos)

- Hidrólise:
- decomposição de sais minerais pela água
mecanismo químico responsável pela alteração de silicatos
- reação alcalina entre H+ e OH- da água com íons minerais (H2O H+ + OH-)
- H+ se combinam com silicatos de Al hidratados = filossilicatos
- OH- se associam com cátions metálicos e se concentram nos oceanos
Hidrólise dos
feldspatos

A hidrólise é a principal reação química


de decomposição dos feldspatos. No
início da reação são produzidas argilas e
no final da reação, óxidos de alumínio,
liberando a sílica e hidróxidos como
produtos solúveis.
Principais reações
Hidratação:
combinação da água com certos compostos
ocorre juntamente com carbonatação, hidrólise e oxidação

Oxidação:
envolve perda de elétrons
qualquer elemento da rocha ao se combinar com O se oxida - Ex. pirita (FeS2) se
oxida em goetita (FeOOH)

Redução:
oposto à oxidação
– ocorre em ambientes subaquosos anaeróbicos
ANFIBÓLIOS (hornblenda) > ARGILOMINERAIS (clorita,
vermiculita e caulinita) e ÓXIDO DE FERRO +2
sílica colidal e alguns óxido-hidróxidos parcialmente
solúveis (conhecidos como goethita).

Perda de água estrutural

ÓXIDO DE FERRO +3 (hematita) SOLO LATERITICO


Principais reações

Oxidação  cor avermelhada nos arenitos (Nevada, USA)


Principais reações
Carbonatação:
combinação do íon carbonato ou ácido carbonico com o Ca, Mg, Fe dos minerais
alterando-os
H2O se combina com CO2 = ácido carbonico  reage com a dolomita =
bicarbonato de Ca e Mg (solúveis) serão lixiviados - restando o íon carbonato
(HCO2-3)

Quelação ou Complexação:
retenção de íons metálicos dentro da estrutura em anel de um composto químico
com propriedade quelante (Ex. húmus)
íon retido fica impossibilitado de se combinar
Produtos do intemperismo químico
- solutos = metais alcalinos (Na, K), terras raras (Mg, Ca, Sr)  são lixiviados
do perfil  oceanos, lagos  precipitados como calcários, dolomitos e outros
evaporitos

- minerais recém-formados = filossilicatos, óxidos-hidróxidos de Fe

- resíduos = parte não solúvel na água em condições superficiais (Qz,


Feldspatos, micas) dependendo do grau de intemperismo
Fatores que influenciam na velocidade do
intemperismo químico
1. Clima

2. Relevo e drenagem

3. Vegetação e umidade

4. Estrutura da rocha

5. Textura da rocha
FATORES
6. Constituição da rocha externos (água ionizada + °C)
internos (k, comp. Química)
Influência do clima
Influência do clima
Influência do relevo

O ambient mai favoráve a


e
intemperismo s é aquele
químico l em que o
a
água e o ar passam com liberdade
O volume de rocha permanece com 1 m 3

Superfície específica aumenta com o grau de fraturamento


permeabilidade.

Quanto maior a superfície específica da rocha, maior a velocidade do intemperismo


Superfície específica é a relação entre a área externa e o volume de um corpo sólido.
Influência da estrutura
da rocha: granito pouco
fraturado e basalto muito
fraturado.

Influência da textura das rochas


(Afanícas e faneríticas)
Formação de matacões pelo intemperismo:
esfoliação esferoidal
Produtos do intemperismo químico sobre as rochas:
matacões com esfoliação esferoidal
Influência do tipo de rocha
ALGUNS PROCESSOS ESPECÍFICOS
• LIXIVIAÇÃO - É a perda de substâncias solúveis (bases e sílica), removidas
pelas águas.
• LATOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos
onde predomina o intemperismo químico e remoção de bases, em face do
clima (quente e úmido) e relevo (suave), resultando em solos espessos,
permeáveis e homogêneos. Ex.: Latossolos

• LATERIZAÇÃO – É o processo de acumulação relativa de óxido de ferro ou


de alumínio, decorrente de intensas perdas de sílica e bases, formando
concreções ou cimentações. Ex.: Solos lateríticos
ALGUNS PROCESSOS ESPECÍFICOS
• GLEIZAÇÃO - É o processo de formação de solos sob
condição de drenagem imperfeita ou impedida, relevo
plano e subsolo impermeável, resultando em solos
moles, saturados e em ambiente redutor e de agradação.

• PODZOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos


sob condições de lixiviação parcial de bases e
translocação de argilas para horizonte inferior, resultando em solos
pouco permeáveis, bem intemperizados e argilosos.
Ex.: Srgiddolod
NOTAS SOBRE O INTEMPERISMO
• Solos formados em ambientes onde há predominância do intemperismo físico
apresentarão composição mineralógica semelhante às rochas de origem.

• Nesses solos os minerais primários serão predominantes em relação aos


minerais secundários.
• Solos onde o intemperismo químico é predominante são mais profundos e
contêm mais finos.
• Nesses solos os minerais secundários serão predominantes na fração fina.
na fração fina.
• Quartzo é fisicamente estável (dureza 7 na escala Mohs)
é um mineral quimicamente mais estável que a maioria
dos minerais primários e predominam em solos granulares.
FORMAÇÃO DO PERFIL DE SOLO
• RESIDUAIS – Apresentam horizontes gradativos, do
solo maduro ao saprolítico, até a rocha sã.
• TRANSPORTADOS – Podem apresentar extratos com
materiais diversos (interestratificados) ou uma massa
uniforme de solo.
• Os solos transportados são classificados quanto ao
agente transportador: Coluvionar (gravidade), Eólico
(vento), Aluvionar (enxurrada) ou Sedimentos Marinhos (mar).
Formação de solos
residuais
Solos residuais
• A formação dos solos residuais está associada com a
velocidade de decomposição da rocha superar a velocidade de
remoção do solo.
• Há uma predominância de solos residuais nas regiões
tropicais, especialmente pela forte influência do clima
(precipitação, temperatura, umidade) e da vegetação
• Outros fatores também contribuem para a formação
do solo como a estrutura e composição da rocha, o
relevo e o tempo.
PERFIL DE SOLO RESIDUAL
Fonte: http://marianaideiasforadacaixa.wordpress.com/2010/10/15/pedologia-intemperismo-e-
pedogenese/
Solos residuais são aqueles que permanecem sobre a rocha
que lhes originou (rocha mãe ou rocha parental)
Existem basicamente três horizontes em um perfil de
intemperismo completo, conforme o grau de evolução
desses processos. São eles denominados de A, B e C, além
do saprólito e da própria rocha
A - humico B – lateritico C - saprólito
Horizontes típicos de um solo residual

Horizonte A – presença de
húmus

Horizonte B – feições da rocha


não visíveis (solo laterítico, solo
maduro)
Horizonte C – feições da rocha
visíveis (solo saprolítico, saibro)

Saprólito – alguns minerais,


especialmente feldspatos, ainda
preservados (material
cascalhoso, batinga)
Perfil de intemperismo em um solo residual
de rocha sedimentar clástica
zona de transição
Os matacões nos
solos residuais se
constituem
problemas para as
obras de
engenharia
Influência do clima no horizonte B
climas tropicais
climas subtropicais
climas temperados
Influência do relevo no perfil de solos residuais

Devido ao potencial erosivo, os


horizontes B e C podem estar
incipientes ou inexistentes em
terrenos declivosos
Influência da textura e da estrutura da
rocha nos solos residuais
Rocha rica em feldspato
ilitas no horizonte C e caulinitas
no horizonte B.

Influência da constituição
mineralógica das
rochas parentais
MACIÇO ROCHOSO: ROCHA SÃ COM FAMÍLIA DE FRATURAS ALTERADAS
MACIÇO ROCHOSO MUITO FRATURADO
SOLO SOBREJACENTE AO MACIÇO ROCHOSO
ESTRUTURAS RELIQUIARES
ESTRUTURAS RELIQUIARES NO SOLO SAPROLÍTICO
SOLO RESIDUAL JOVEM OU SOLO SAPROLÍTICO
SOLO LATERÍTICO: SOLO MADURO COM PROCESSO DE LATERIZAÇÃO
SOLO SAPROLÍTICO: SOLO JOVEM EM PROCESSO DE FORMAÇÃO
SOLO RESIDUAL MADURO SOBREJACENTE AO SOLO RESIDUAL JOVEM
SOLO RESIDUAL JOVEM SUBJACENTE AO SOLO RESIDUAL MADURO
Formação de Solos
transportados e
orgânicos
Definições

São solos formados pela acumulação de partículas


sedimentadas em local afastado da rocha parental. Os
solos transportados dependem do tipo e da energia do
agente de transporte e podem ser divididos em:
de rios jovens
• Solos fluviais
de rios senis (de várzea)

leques aluviais
• Solos lacustres

• Solos marinhos
• Solos eólicos

• Solos coluviais
Mudanças de velocidade no leito do rio

• Falhas de tração – formação de corredeiras;


• Falhas de compressão – formação de remansos;
• Sistemas de falhas – curvas abruptas ou junção com rios tributários;
• Diques e filões mais resistentes – corredeiras ou represas.
Solos fluviais

(nascentes)

Rios jovens, que possuem


grande declividade, são
promotores de erosão,
transportando inclusive blocos
grandes. Quando perdem
velocidade, criam na margem
interna das curvas, depósito de
seixos rolados.
Areias e pedregulhos
nas calhas dos rios
são compactos
Bancos de areia ou de seixos alternados dos rios meandrantes
Formação de depósitos arenosos nas
calhas dos rios e evolução dos
meandros.
Crescimento e abandono dos meandros nos rios senis
Rio senil em uma várzea muito plana e sem ocupação:
inúmeros meandros abandonados

O rio senil se retifica e volta a ficar sinuoso ciclicamente.


Formação de solos argilosos
saturados
Seção geológica transversal de um rio senil na sua várzea
Perfis de solos transportados fluviais de um rio senil
Argila mole de várzea fluvial:
baixa resistência e alta
compressibilidade.
Argilas moles e suas características

A água sai

dos poros
Ruptura de aterros
sobre
solos moles

Adensamento
lento de
solos moles sob os aterros
Perfil típico da planície litorânea
Solos coluvionares

Solos coluvionares são solos transportados por gravidade que,


levando desde grandes blocos de rocha até pequenas
partículas, por isso são bastante heterogêneos
granulometricamente.
SOLOS COLUVIONARES SOBREPOSTOS A SOLOS RESIDUAIS
COLÚVIO (HORIZONTE A) SOBREJACENTE AO SOLO RESIDUAL (B e C)
DEPÓSITO DE ENCOSTA - TALUS
DEPÓSITO DE ENCOSTA - TALUS
Características gerais
dos colúvios
(a)

(b)

(c)
Rodovia dos
Imigrantes
provenientes
cruzandode rochas
sobre xistosas.
colúvios
Solos orgânicos: formação das turfas
Solos orgânicos: turfas
Produtos do Intemperismo
1. Os solos são compostos de cascalhos, areias, siltes,
argilas e sais cristalizados, além de matéria orgânica;

2. Algumas partículas podem ter a mesma


constituição da rocha original (minerais primários), outras
podem ser de minerais parcialmente decompostos e outras
ainda de minerais totalmente alterados (minerais secundários);

3. Os minerais secundários mais importantes são os


argilominerais que podem ser agrupados em três grandes
famílias: caulinitas, ilitas e esmectitas.
TAMANHO DOS GRÃOS

• Pode ser considerada como a primeira


característica que diferencia os solos.

• Os solos são constituídos por grãos de diversos


tamanhos.

• Escalas Granulométricas
Frações ARGILA
que SILTE Fração Fina
constituem AREIA
os solos PEDREGULHO Fração Granular
Escala Granulométrica da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas)

Pedregulho Pedra de mão Matacão Bloco de rocha

6 20 100 d (cm)
Terminologia para fragmentos de rocha

Areia
Argila Silte fina média grossa Pedregulho

0,002 0,06 0,2 0,6 2,0 d (mm)


Frações que constituem os solos
Escala Granulométrica da ASTM
(American Society of Testing and Materials)

Areia
Argila Silte fina média grossa Pedregulho

0,002 0,075 0,6 2,0 4,8 d (mm)

Frações que constituem os solos


ESCALAS GRANULOMÉTRICAS

Granulometria de areias
GRANULOMETRIA

Granulometria de areias
GRANULOMETRIA

Granulometria de areias
COR DO SOLO

 A cor do solo é resultado das cores dos


minerais predominantes que o constituem
Cores escuras, como cinza e preto indicam
solos orgânicos
As cores vermelha, amarela e marron indicam
intemperismo químico.
Turfa Solo orgânico
Solo - avermelhado
Cores dos solos
FORMA DOS GRÃOS

• A forma dos grãos de solos granulares pode ser :


- arredondada

- angular

• Os grãos dos argilo-minerais que constituem os


solos finos possuem forma laminar.
FORMA DOS GRÃOS

Anguloso Sub-anguloso Sub-arredondado

Arredondado Bem-Arredondado

Frações grossas
FORMA DOS GRÃOS

Grãos angulosos e arredondados


FORMA DOS GRÃOS

Frações finas
ARGILO-MINERAIS

Caulinita

Bentonita
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse Compactado
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse Compactado
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse Compactado
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse Compactado
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Solo Residual de Gnaisse Compactado
Microscopia Caulinita ( argilo-mineral)
Propriedades físico-químicas das argilas

• Unidade Estruturais básicas


As unidades estruturais básicas dos argilo-minerais
(silicatados) são constituídas por um arranjo de
tetraedros de sílica e por octaedros de alumínio.
Unidade Estruturais básicas
Tetraédrica ou Sílica

O-2

Esquemática
Si+4
O-2 O-2

Espacial Unidade Estrutural Básica – Sílica

O-2
Unidade Estruturais básicas
Octaédrica ou Alumina
O-2
O-2

O-2

+3
AL
O-2 Esquemática

O-2

Espacial O-2 Unidade Estrutural Básica – Alumina


Tetraedro de sílica (siloxana)

valência
fortemente
negativa -4

Octaedro de alumina (gibbsita)


valência
fortemente
negativa -8

O silício pode ser substituído por outro elemento tornado diferentes ligações entre as cadeias
Alguns argilo-minerais

• Caulinita – 1:1 LAMELA


Lamelas de Si e Al Al
PLACA CAUL
Ligação forte entre as placas
Si
Mineral Estável
Al
Não permite penetração de moléculas de água Si
Não ocorre inchamento ou contração do solo formado por este argilo-mineral
Permeabilidade moderada, se comparada com os demais
LAMELA
argilominerais; Si
Baixa plasticidade ;
PLACA Al MONTMO
Resistência mecânica mais estável, pouco sensível às
mudanças de umidade no solo; Si
Baixa expansão ; HO2 HO2
Baixa capacidade de troca de cátions .
Caulinita proveniente dos
grãos de feldspato
intemperizados.
Halloisita – versão
hidratada
Al
Si
• Montmorilonita 2:1
Lamela de Al entre duas de Si LAMELA
Ligação frágil entre as placas Si
Permite penetração de moléculas PLACA Al
de água Si
Forma solos expansivos, por isso, sua resistência modifica-se HO2 HO2
pouco com a variação de umidade;
baixa plasticidade, porém superior à plasticidade das caulinitas; Si
permeabilidade menor do que as caulinitas;
Al
capacidade de trocar cátions intermediária.
Si

LAMELA
Si

PLACA Al
Si
LAMELA
• Ilita 2:1 Al
PLACA CAULIN
Lamela de Al entre duas de Si, mas Si
as unidades são coesas por íons de Al
potássio; Si

Estrutura mais estável que da LAMELA


Si
Montmorilonita;
PLACA Al MONTMOR
Não ocorre inchamento ou
Si
contração do solo formado por este H O 2 KH O 2
argilo-mineral.
Si
Al
Si

LAMELA
Si
Tipos de Argilo-Minerais

caulinita

ilita
montmorilonita
Componentes minerais não argílicos

 Os principais minerais não argílicos

• Quartzo

• Feldspatos

• Calcitas

• Micas
Produtos residentes no solo
Principal 1°estágio 2°estágio Últimoestágio
Mineral reação (má drenagem) (boa drenagem) (super drenagem)
Quartzo muito
Quartzo Quartzo Quartzo dividido
dividido

Hidróxido de
Micamuscovita Hidrólise Ilita Caulinita
alumínio

Feldspato K Hidróxidode
Hidrólise Ilita Caulinita
(ortoclásio) alumínio

FeldspatoNa-Ca Hidróxidode
Hidrólise Esmectita Caulinita
(plagioclásio) alumínio

Oxidaçãoe Vermiculitae Hidróxidode


Micabiotita Caulinita
hidrólise Esmectita Alumínio e óxidos

Anfibólios e Cloritae Óxidos de ferro e


Oxidação Caulinita
Piroxênios vermiculita magnésio
Serpentina Óxidos de ferro e
Olivinas Oxidação Caulinita
(crisotila) magnésio

Calcita e Dolomita Dissolução Não dissolve nenhum nenhum


Bibliografia
CHIOSSI, Nivaldo. Geologia de engenharia. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. CAPÍTULO 5 Souza, C.G.

Manual técnico de pedologia. Série Manuais Técnicos em Geociências/ IBGE. Nº: 4. Rio de Janeiro. 1995.
99p.
MACIEL FILHO, Carlos Leite & NUMMER, Andrea Valli. Introdução à geologia de engenharia. 4. ed., rev. e
ampl. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria 2011. 390 p. CAPÍTULO 5 (5.1, 5.3 e 5.4)

OLIVEIRA, A.M.S., BRITO, S.N.A.B. Geologia de Engenharia – São PauloAssociação Brasileira de Geologia de
Engenharia, ABGE, 1998. CAPÍTULO 6

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2006. 3ª Ed. Embrapa.

Vaz, L. F. - Classificação genética dos solos e dos horizontes de alteração de rochas em regiões tropicais. In:
Rev. Solos e Rochas, v.19, n. 2, p. 117-136, ABMS/ABGE, São Paulo, SP, 1996.

Para entender a terra – Intemperismo e Pedogênese - CAPÍTULO 8

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