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BEIRA
2018
i
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
ENGENHARIA MECATRÓNICA
BEIRA
2018
ii
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
ENGENHARIA MECATRÓNICA
BEIRA
2018
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
iii
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ENGENHARIA MECATRÓNICA
Autor
_____________________________
Orientador
_____________________________
Co-orientador
_____________________________
Co-orientador
_____________________________
BEIRA
2018
iv
Declaração de Autoria Própria
Eu Culpa Elídio Pedro, declaro que esta Monografia é fruto do meu próprio trabalho, e
está sendo submetido para à obtenção do grau de Licenciado em Engenharia
Mecatrónica pela Universidade Zambeze, Beira.
Ela não foi submetida antes para a obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra instituição de ensino superior.
_________________________________
BEIRA
2018
I
Culpa Elídio Pedro
___________________________________________
II
EPIGRAFO
“Os obstáculos são aquelas coisas medonhas, que você vê quando tira os olhos do seu
objectivo”.
Henry Ford
III
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ VII
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................ VIII
RESUMO ..................................................................................................................................... IX
ABSTRACT .................................................................................................................................. X
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................. XI
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. XII
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. XIII
CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. XIV
Introdução .............................................................................................................................. XIV
Problema ................................................................................................................................ XIV
OBJECTIVOS ......................................................................................................................... XV
Objectivo Geral ................................................................................................................... XV
Objectivos específicos ......................................................................................................... XV
Justificativa ............................................................................................................................. XV
Hipóteses ................................................................................................................................ XVI
Metodologia de Pesquisa....................................................................................................... XVII
CAPITULO II: MARCO TEÓRICO E CONTEXTUAL ........................................................... 21
1. COMUNICAÇÃO SEM FIO .................................................................................................. 21
1.1 Bluetooth e Redes Pessoais[Personal Area Network(PANs)] ........................................... 21
2. COMUNICAÇÃO BLUETOOTH .......................................................................................... 23
2.1 Bluetooth ........................................................................................................................... 23
2.2 Arquitectura....................................................................................................................... 24
2.2.1 Piconets .......................................................................................................................... 24
2.2.2 Scatternet ........................................................................................................................ 25
2.3 Camadas Bluetooth............................................................................................................ 26
2.4 Camada de Rádio .............................................................................................................. 26
2.4.1 Banda.............................................................................................................................. 27
2.4.2 FHSS .............................................................................................................................. 27
2.4.3 Modulação ...................................................................................................................... 27
2.5 Camada Banda Base .......................................................................................................... 27
2.5.1 TDMA ............................................................................................................................ 27
2.5.1.1 Comunicação Mestre-Escravo ................................................................................. 28
2.6 Links Físicos ...................................................................................................................... 28
IV
2.6.1 SCO ............................................................................................................................ 28
2.6.2 ACL ............................................................................................................................ 29
2.7 L2CAP............................................................................................................................... 29
3. DESCRIÇAO DOS DISPOSITIVOS ELECTRÓNICOS ...................................................... 29
3.1 Microcontrolador............................................................................................................... 29
4. ARQUITECTURA DE MICROCONTROLADORES........................................................... 31
4.1 Arquitectura Havard e a Filosofia Risc ............................................................................. 31
4.2 A Estruturação Interna do PIC16F877A ........................................................................... 32
5. AUTOMAÇÃO ....................................................................................................................... 33
5.1 SENSOR ............................................................................................................................... 35
5.1.1 Sensor de fluxo de água 1/2 ........................................................................................... 36
6. PROGRAMAÇÃO EM Linguagem C PARA MICROCONTROLADORES PIC ................ 37
6.1 Linguagem C ..................................................................................................................... 37
6.2 Vantagens e Desvantagens ................................................................................................ 38
6.2 SOFTWARE........................................................................................................................... 38
6.2.1 Proteus ............................................................................................................................ 38
6.2.2 Compilador C CCS......................................................................................................... 39
6.2.2.1 Estrutura de um programa ....................................................................................... 39
7. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ......................... 40
7.1 Medição De Vazão ............................................................................................................ 41
7.2 Sistema de Medição de Vazão .......................................................................................... 41
7.3 Sensor de efeito Hall ..................................................................................................... 43
7.4 Características do efeito Hall ........................................................................................ 43
8. LOGICA DE PROGRAMAÇÃO ........................................................................................... 44
8.1 Definição ........................................................................................................................... 44
8.2 Funções de Controle de Fluxo........................................................................................... 44
8.3 Comando if-else ............................................................................................................ 45
CAPITULO III: DESENHO DA PROPOSTA DO MEDIDOR DE CONSUMO DE ÁGUA ... 45
1. DIMENSIONAMENTO DO MEDIDOR DE FLUXO DE ÁGUA........................................ 45
1.1 Sensor Hall de fluxo de água YF-S201 ............................................................................. 45
1.2 Relação da Tensão gerada e vazão ................................................................................ 46
1.3 Características do Sensor de Fluxo de Água 1/2 ........................................................... 46
1.4 Especificações do Sensor de Fluxo de Água 1/2 ........................................................... 47
2. LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO PARA O DESENHO DO EQUIPAMENTO .................... 48
V
2.1 Conexões e Módulo Bluetooth .......................................................................................... 48
2.2 Fluxograma de Funcionamento do Equipamento .............................................................. 50
3. SIMULAÇÃO DO MODELO DESENVOLVIDO NO PROTEUS ....................................... 51
3.1 Cálculo do Resistor de Protecção do Díodo ...................................................................... 51
3.2 Descrição do funcionamento do circuito Electrónico ....................................................... 52
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 55
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................. 56
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 57
ANEXOS..................................................................................................................................... 59
I. Modelo do Circuito Hidráulico da Proposta ........................................................................ 59
II. Circuito Electrónico do Projecto ........................................................................................ 60
III. Código fonte para o PIC16F877A ..................................................................................... 61
IV. Exemplo de montagem do Sensor YF-S201 ..................................................................... 62
V. Funções dos pinos do LCD ................................................................................................ 63
VI. Chapa característica da Electrobomba Instalada ............................................................... 64
VII. Especificação dos Pinos do PIC16F877A ....................................................................... 65
VI
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família, em particular ao meu irmão mais velho, o Sr. Alcídio da
Cruz Gouveia pelos ensinamentos que me deu desde a infância e pelo apoio que tem
vindo me proporcionado em quase tudo que eu preciso.
Ao meu irmão Algy Chafy, pelos ensinamentos, pela atenção, pelas direcções e pelo
jeito que me faz ver as coisas da vida quotidiana.
Ao meu supervisor o Senhor Msc. Paulino Muguirrima pela paciência e por me ter
guiado e ajudado a fazer este trabalho.
Ao meu co-supervisor e amigo o Senhor Eng. Orlando Viana Guta pela paciência e
por me ter guiado e ajudado a fazer este trabalho.
Agradeço ao meu caro amigo, o Eng.º João Rodrigues por me ter ajudado e me dado
direcções para a culminação da pesquisa.
VII
DEDICATÓRIA
VIII
RESUMO
Na empresa Aeroporto Internacional de Nampula, no sector responsável pela
Manutenção de dispositivos e Equipamentos Eléctricos que também zela pelo
bombeamento de água, tem-se notado o desconforto e o não acesso directo às
informações de consumo de água. Actualmente, o controle da quantidade de água que se
gasta é restrito a um acompanhamento mensal, através da leitura realizada pela
companhia de saneamento de cada região e relativo ao consumo total da residência.
Pretende-se com este projecto de pesquisa apresentado, propor um modelo de medidor de
fluxo de água microcontrolado com comunicação sem fio que vai ajudar ao pessoal
técnico e ao sector responsável pela manutenção de dispositivos e equipamentos
eléctricos do Aeroporto Internacional de Nampula a fazer a melhor gestão do consumo
da água. O medidor de fluxo de água estará ligado ao microcontrolador por meio de
jumpers e enviará informações em pulsos de tensão para o mesmo. E por meio de um
celular ou dispositivo Andróide do sector que estará emparelhado com um módulo
Bluetooth hc-05 que estará ligado ao microcontrolador PIC16F877A, poderão visualizar-
se as informações de consumo da água em litros. Este modelo será vantajoso para as
empresas que gostariam de manter o seu padrão de consumo de água em uma certa faixa
de valores.
IX
ABSTRACT
At the company Nampula International Airport, in the sector responsible for the
Maintenance of Electrical Devices and Equipment that also care for water pumping, we
have noticed the discomfort and the lack of direct access to water consumption
information. At present, the control of the quantity of water that is spent is restricted to
a monthly monitoring, through the reading made by the sanitation company of each
region and relative to the total consumption of the residence. The aim of this research
project is to propose a micro-controlled water flow meter with wireless communication
that will help the technical personnel and the sector responsible for the maintenance of
electrical devices and equipment of Nampula International Airport to make the best
management of water consumption. The water flow meter will be connected to the
microcontroller by means of jumpers and will send information in voltage pulses to the
microcontroller. And through a mobile or Android device in the sector that will be
paired with a Bluetooth module hc-05 that will be connected to the PIC16F877A
microcontroller, the consumption information of the water in liters can be visualized.
This model will be advantageous for companies that would like to maintain their water
consumption pattern over a certain range of values.
X
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Canais IEEE 802.11b para padrões de WLAN, DS-SS e FH-SS. .................. 22
XI
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Exemplo de uma PAN conforme fornecido pelo padrão Bluetooth................ 23
Figura 2: Piconet. ............................................................................................................ 25
Figura 3: Scatternet. ........................................................................................................ 26
Figura 4: Camadas Bluetooth. ........................................................................................ 26
Figura 5: Comunicação mestre-escravo. ........................................................................ 28
Figura 6: Formato do pacote de dados L2CAP. ............................................................. 29
Figura 7: Microcontrolador PIC16F877A. ..................................................................... 31
Figura 8: Pinos e o Microcontrolador PIC16F877A. ..................................................... 33
Figura 9: Diagrama de blocos de um sistema de Automação......................................... 35
Figura 10: Sensor de fluxo de água 1/2. ......................................................................... 37
Figura 11: Estrutura básica de um programa. ................................................................. 40
Figura 12: Corrente em um condutor sem campo magnético presente. ......................... 43
Figura 13: Corrente em um condutor com a presença de um campo magnético
perpendicular. ................................................................................................................. 44
Figura 16: Ilustração do comando if-else. ...................................................................... 45
Figura 14: Funcionamento do sensor de fluxo de água. ................................................. 46
Figura 15: Imagem de um Potenciómetro de 10k........................................................... 47
Figura 17: Ilustração de parte do código pelo CCS. ....................................................... 48
Figura 18: Módulo bluetooth hc-05. ............................................................................... 49
Figura 19: Ilustração do display 16x4. ........................................................................... 49
Figura 21: Tela de início de sessão. ................................................................................ 50
Figura 22: Ilustração da tela de contagem em litros. ...................................................... 50
Figura 23: Fluxograma para a proposta. ......................................................................... 51
Figura 24: Cálculo do resistor limitador de corrente no LED. ....................................... 52
Figura 25: Circuito electrónico em simulação. ............................................................... 53
Figura 26: Ilustração do LED piscando. ......................................................................... 54
Figura 27: Ilustração depois de passar dos 500L. ........................................................... 54
XII
LISTA DE ABREVIATURAS
RF - Rádio frequência
CI - Circuito Integrado
XIII
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Introdução
A empresa Aeroporto Internacional de Nampula, situado na cidade de Nampula é uma
empresa pública que fornece serviços de aviação garantindo a decolagem e a aterragem
segura dos aviões, fazendo a gestão do espaço das aeronaves e o parque de
estacionamento de viaturas.
Tem se notado o não acesso directo as informações de consumo de água no Aeroporto
Internacional de Nampula, visto que a entidade responsável pela leitura do consumo de
água é a companhia de saneamento de cada região.
Pretende-se com esta pesquisa propor um modelo de medidor de consumo de água
microcontrolado com comunicação sem fio que tem como finalidade garantir que os
técnicos responsáveis pelo bombeamento de água no Aeroporto Internacional de
Nampula terão as informações de consumo de água em tempo real mantendo o
monitoramento eficiente e a melhor gestão de consumo da água na mesma.
Problema
Diante do cenário actual, do Aeroporto Internacional de Nampula, o presente trabalho
visa na proposta de um modelo de medidor de fluxo de água, centrando-se
principalmente na disponibilidade e facilidade de monitoramento de seu consumo e
acesso às informações.
OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Desenhar um medidor de consumo de água microcontrolado com comunicação sem fio.
Objectivos específicos
• Apresentar a descrição do processo de medição do volume de água usado
actualmente;
Justificativa
Actualmente o controle da quantidade de água que se gasta é restrito a um
acompanhamento mensal através da leitura realizada pela companhia de saneamento de
cada região e relativo ao consumo total de uma residência, um estabelecimento
comercial ou industrial, porém, esta estratégia não permite que os consumidores saibam
o consumo exacto de um ponto especifico da unidade consumidora como uma torneira,
uma máquina de lavar ou um chuveiro. O tema do projecto de pesquisa abordado vai
contribuir para o crescimento do conhecimento científico e para a empresa Aeroporto
XV
Internacional de Nampula a ter a informação de consumo da água em tempo real a partir
de um celular Andróide e a fazer a boa gestão e o monitoramento de forma a garantir a
sustentabilidade da empresa.
O medidor de consumo de água microcontrolado com comunicação sem fio vai
contribuir para os avanços da ciência e tecnologia em Moçambique, garantindo a
melhor confiabilidade dos consumidores da água.
Propõe-se neste projecto de pesquisa um medidor de consumo de água diferente dos
que a companhia de saneamento disponibiliza e que a empresa Aeroporto Internacional
de Nampula terá o proveito de ter os dados de consumo em tempo real, eficiência na
medição e bom monitoramento do consumo de água.
Porém, o mercado oferece poucas soluções para os consumidores e um método simples
de acompanhar os gastos de um ponto específico. Actualmente com a ajuda de
ferramentas da ciência e tecnologia é possível monitorar com mais precisão a
quantidade de água que está se consumindo em um determinado estabelecimento
residencial, comercial ou industrial através de dispositivos como os telemóveis
Andróide.
Hipóteses
Se a empresa Aeroporto Internacional de Nampula com os avanços da ciência e
tecnologia investir em um modelo de medidor de fluxo de água electrónico ou
automático, poderá melhorar o monitoramento e garantir que haja poupança no
consumo de água.
XVI
Metodologia de Pesquisa
Para alcançar os objectivos específicos definidos anteriormente, foram utilizados os
seguintes métodos.
XVII
CAPITULO II: MARCO TEÓRICO E CONTEXTUAL
Será apresentada uma descrição sucinta do processo de medição do consumo de água
empregue actualmente no sector de Manutenção Eléctrica do Aeroporto Internacional de
Nampula e também serão citados e abordados os principais elementos necessários à
concepção do projecto. Para tal, serão descritas as características principais, aplicações e
seu estado actual no que tange ao seu funcionamento.
A comunicação sem fios é uma das tecnologias que mais tem crescido nos últimos anos.
A demanda pela conexão de dispositivos sem a utilização de cabos aumentou
vertiginosamente em todo o mundo. Actualmente, as LANs sem fios são encontradas em
campos universitários, escritórios de empresas e em áreas públicas. Nas residências, uma
LAN sem fios (Wireless LAN - WLAN) pode combinar a mobilidade do usuário,
conectividade e velocidade de acesso à Internet (Forouzan, 2006).
21
(como cabos de impressora, cabos de telefone, fios que conectam um computador
pessoal a um mouse) por uma conexão invisível, sem fio, de curto alcance e baixa
potência, ofereceria conveniência e flexibilidade. Além disso, a conectividade sem fio
possibilitaria movimentar equipamentos em um escritório, bem como a comunicação
colaborativa entre indivíduos, seus aparelhos e ambiente (Rappaport, 2009).
Bluetooth opera na banda ISM de 2,4 GHz (2400 - 2483,5 MHz) e usa um esquema de
salto de frequência TDD para cada canal de rádio. Cada canal de rádio Bluetooth tem
uma largura de banda de 1 MHz e saltos a uma taxa de aproximadamente 1600 saltos por
segundo. As transmissões são realizadas em slots de 625 microsegundos com um único
pacote transmitido em um único slot. Para longas transmissões de dados, usuários em
particular podem ocupar múltiplos slots usando a mesma frequência de transmissão,
reduzindo assim a taxa de salto instantânea para menos de 1600 saltos por segundo. O
esquema de salto de frequência de cada usuário Bluetooth é determinado a partir de um
código cíclico de tamanho 227 - 1, e cada usuário tem uma taxa de sinalização de canal de
1Mbps usando a modulação GFSK. O padrão foi projectado para dar suporte à operação
em níveis de interferência muito altos, e conta com uma série de esquemas de
Codificação de Controle de Erro Directo [Forward Error Control (FEC)] e de Repetição
Automática de Requisição [Automatic Repeat Request (ARQ)] para dar suporte a uma
taxa de erro de bit por canal de aproximadamente 10-3 (Rappaport, 2009).
Diferentes países alocaram diversos canais para operação Bluetooth. Nos Estados
Unidos e na maioria da Europa, a banda ISM FHSS de 2,4GHz está disponível para o uso
do Bluetooth (ver tabela abaixo). Uma lista detalhada dos estados é definida no padrão
Bluetooth para dar suporte a uma grande gama de aplicações, aparelhos e usos em
potencial da rede pessoal. Áudio, texto, dados e até mesmo vídeo são contemplados no
padrão Bluetooth. A figura1 oferece uma representação do conceito de Bluetooth na qual
um gateway com a Internet via IEEE 802.11b aparece como uma possibilidade
conceitual (Rappaport, 2009).
22
Canadá 2,4 a 2,4835 GHz 1 até 11 2 até 80
Japão 2,4 a 2,497 GHz 1 até 14 2 até 95
França 2,4465 a 2,4835 GHz 10 até 13 48 até 82
Espanha 2,445 a 2,4835 GHz 10 até 11 47 até 73
Restante da 2,4 a 2,4835 GHz 1 até 13 2 até 80
Europa
O comité de padrões IEEE 802.15 foi formado com a finalidade de oferecer um fórum
internacional para desenvolver Bluetooth e outras PANs que interconectam PCs de bolso,
assistentes digitais pessoais (PDAs), telefones celulares, projectores e outros aparelhos.
Com a rápida proliferação dos computadores vestíveis, como PDAs, telefones celulares,
cartões inteligentes e dispositivos de localização, as PANs podem oferecer conexão com
uma área inteiramente nova de recuperação e monitorização remota do mundo ao nosso
redor (Rappaport, 2009).
2. COMUNICAÇÃO BLUETOOTH
2.1 Bluetooth
Bluetooth é um nome da tecnologia WLAN (Wireless Local Area Network) desenvolvida
para conectar dispositivos de diferentes funcionalidades como telefones, notebooks,
computadores(desktop ou laptop), câmaras, impressoras, cafeteiras e assim por diante
(Forouzan, 2006). Uma LAN Bluetooth é uma rede ad hoc formada espontaneamente,
isto é, os dispositivos, às vezes denominados gadgets (equipamentos electrónicos, em
23
geral, pequenos e modernos), localizam uns aos outros e estabelecem uma rede
denominada piconet. Uma LAN Bluetooth pode até mesmo se conectar à internet, se um
dos gadgets tiver esta capacidade. Por natureza, uma LAN Bluetooth não pode ser
grande. Em geral, é um caos quando muitos gadgets tentam se conectar à rede
(Forouzan, 2006).
A tecnologia Bluetooth possui muitas aplicações. Actualmente, vários periféricos de
computador se comunicam com a CPU através dessa tecnologia (por exemplo, mouse e
teclado). Dispositivos de monitoramento podem se comunicar com sensores num
pequeno centro de tratamento médico. Dispositivos de segurança residencial podem
utilizar esta tecnologia para conectar diferentes sensores a um controlador central de
segurança. Os participantes de uma reunião podem sincronizar os respectivos
computadores portáteis com o computador da pessoa que conduz a reunião (Forouzan,
2006).
Bluetooth é um padrão aberto que foi abraçado por mais de mil fabricantes de aparelhos
electrónicos. Ele oferece uma técnica específica que permite que vários dispositivos se
comuniquem um com o outro dentro de uma faixa nominal de dez metros. O padrão
Bluetooth visa a unificar as tarefas de conectividade dos aparelhos dentro do espaço de
trabalho pessoal de um indivíduo (Rappaport, 2009).
2.2 Arquitectura
Bluetooth define dois tipos de redes: piconets e scatternet. Para esta aplicação usaremos
o tipo Piconets, porém teremos uma estação mestre e a outra escrava.
2.2.1 Piconets
Uma rede Bluetooth é denominada uma piconet. Uma piconet pode ter até oito estações,
uma das quais é eleita mestre e as demais os escravos. Todas estações escravas
sincronizam os relógios e sequência de saltos com a estação mestre. Uma piconet pode
24
ter uma única estação mestre. A comunicação entre o mestre e os escravos pode ser
ponto a ponto ou multiponto. A figura 2.2.1 apresenta essa ideia.
Figura 2: Piconet.
Fonte: www.teleco.com.br/imagens/tutoriais/tutorialblue_figura2.gif
Embora uma piconet possa ter um máximo de sete escravos é possível adicionar um
oitavo no estado estacionado (parked state). Um escravo no estado estacionado fica
sincronizado com o mestre, mas não pode tomar parte da comunicação até ser movido do
estacionamento. Já que somente oito estações podem estar activas num piconet, retirar
uma estação do estado estacionado significa levar uma das estações activas para o estado
estacionado.
2.2.2 Scatternet
As piconets podem ser combinadas de modo a formar uma scatternet. Uma estação
escrava numa piconet pode tornar-se a mestre noutra piconet. Esta estação pode receber
mensagens do mestre da primeira piconet (como escrava) e agir como mestre
repassando-as às escravas na segunda piconet. Uma estação pode pertencer
simultaneamente a duas piconets. A figura a seguir(ver figura 3) ilustra uma scatternet.
25
Figura 3: Scatternet.
Fonte: www.teleco.com.br/imagens/tutoriais/tutorialblue_figura3.gif
26
2.4.1 Banda
Como dissemos, o bluetooth opera numa faixa ISM centrada em 2,4 GHz dividida em 79
canais espaçados de 1 MHz.
2.4.2 FHSS
Bluetooth utiliza o método FHSS, definido anteriormente, na camada física para evitar
interferência de outros dispositivos ou redes. O mestre Bluetooth salta 1600 vezes por
segundo, isto é, cada dispositivo muda a frequência de modulação 1600 vezes por
segundo. Um dispositivo usa uma frequência de transmissão durante somente 625 µs
(1/1600 s) antes de saltar para a próxima. Assim, o tempo de habilitação é 625 µs
(Forouzan, 2006).
2.4.3 Modulação
A tecnologia Bluetooth usa uma versão sofisticada da modulação FSK para transformar
bits em sinal electromagnético. Esta modulação é denominada GFSK (Gaussian FSK). A
técnica FSK possui uma frequência portadora. O bit 1 é representado por um
deslocamento de frequência abaixo da portadora. As frequências portadoras, em MHz,
são definidas de acordo com a seguinte fórmula para cada canal:
Por exemplo, o primeiro canal usa portadora em 2402 MHz (2,042 GHz), o segundo
canal usa portadora em 2403 MHz (2,403 GHz) e assim por diante.
2.5.1 TDMA
Conforme mencionado, a tecnologia Bluetooth utiliza uma forma de TDMA denominada
TDD-TD-MA (Time-Division Duplexing TDMA). O método TDD é um tipo de
27
comunicação half-duplex na qual o escravo e o receptor enviam e recebem dados, mas
nunca ao mesmo tempo (half-duplex). Entretanto, a comunicação em cada direcção
utiliza saltos diferentes (Forouzan, 2006). Eles fazem a transferência de dados utilizando
diferentes frequências portadoras.
2.6.1 SCO
Um link SCO (Synchrounous Connection-Oriented) é utilizado sempre que a latência
(atraso na entrega dos dados) for mais importante que a integridade (entrega livre de
erros). No SCO, um link físico é criado entre um mestre e um escravo reservando slots
específicos em intervalos regulares. A unidade básica de conexão são dois slots um para
cada direcção. Além disso, se um frame for danificado ele nunca é retransmitido no
método SCO. Este tipo de conexão física é bastante utilizada nas aplicações de áudio em
28
tempo real onde a baixa latência é que importa. Por fim, um escravo pode estabelecer até
três links SCO com o mestre, transmitindo áudio digitalizado a 64 kbps em cada link.
2.6.2 ACL
Um link ACL (Asynchronous Connectionless Link) é utilizado quando a integridade
dos dados é mais importante que a latência. Neste tipo de link, se um payload
encapsulado no frame for corrompido, ele é retransmitido. Um escravo retorna um frame
ACL no primeiro slot com numeração ímpar disponível se, e somente se, o slot
endereçado anteriormente era o dele. O link ACL pode utilizar um, três ou mais slots e
pode chegar a uma taxa de transmissão de 721 kbps.
2.7 L2CAP
A subcamada Bluetooth equivalente à LLC nas LANs é a Logical Link Control And
Adapatation Protocol (L2CAP). Ela é utilizada para troca de dados nos links ACL. Os
canais SCO não utilizam L2CAP. A figura 2.7 mostra o formato do pacote de dados
neste nível.
O campo de length de 16 bits define (em bytes) o tamanho da secção de payload, isto é,
os dados oriundos das camadas superiores. Este campo chega até a 65.535 bytes. O
campo de identificação do canal (Channel ID - CID) identifica univocamente o canal
virtual criado neste nível. A L2CAP possui muitos serviços específicos: multiplexação,
segmentação e reagrupamento, qualidade de serviço (QoS) e gerenciamento de grupo.
3.1 Microcontrolador
Em poucas palavras, poderíamos definir um microcontrolador como um "pequeno"
componente electrónico, dotado de uma "inteligência" programável, utilizado no
controle de processos lógicos (Souza, 2003). Para entendermos melhor esta definição,
vamos analisá-la por partes:
29
O controle de processos deve ser entendido como o controle de periféricos, tais como:
LEDS, botões, displays de segmentos, displays de cristal liquido (LCD), resistências,
relés, sensores diversos (pressão, temperatura, etc.) e muitos outros. São chamados de
controles lógicos, pois a operação do sistema baseia-se nas acções lógicas que devem
ser executadas, dependendo do estado dos periféricos de entrada e/ou saída (Souza,
2003).
30
Figura 7: Microcontrolador PIC16F877A.
Fonte: www.filipeflop.com/produto/microcontrolador-pic-16f877a/
4. ARQUITECTURA DE MICROCONTROLADORES
Desta forma, podemos observar que dentro da palavra do OPCODE, que pode ser de 12,
14 ou 16 bits, não sobra muito espaço para o código da instrução propriamente dito. Por
isso, os PICs utilizam uma tecnologia chamada RISC, que significa Reduced Instruction
Set Computer (Computador com set de instruções reduzido). Desta forma, os PICs
possuem cerca de 35 instruções (o número correcto varia de acordo com o
microcontrolador), muito menos que os microcontroladores convencionais (CISC) que
chegam a possuir mais de cem instruções. Isso torna o aprendizado muito mais fácil e
31
dinâmico, mas, por outro lado, implica no facto de que muitas funções devem ser
construídas, pois não possuem uma instrução directa, exigindo maior habilidade do
programador (Souza, 2003).
Dentro de todos os PICs este é um dos que apresenta mais recursos e se adapta as
necessidades do projecto, podemos citar as seguintes:
32
Memória de programação EEPROM FLASH, que permite a gravação rápida do
programa diversas vezes no mesmo chip, sem a necessidade de apagá-lo por meio
de luz ultravioleta, como acontece nos microcontroladores de janela;
Memória de programa com 8K x 14 words, com capacidade de escrita e leitura
pelo próprio código interno;
Memória EEPROM (não volátil) interna com 256 bytes;
Memória RAM com 368 bytes;
Três timers (2x8 bits e 1x16 bits);
Comunicação seriais: SPI, I2C e USART; Conversores analógicos de 10 bits (8x)
e comparadores analógicos (2x);
Conversores analógicos de 10 bits (8x) e comparadores analógicos (2x);
Dois módulos CCP: Capture, Compare e PWM.
5. AUTOMAÇÃO
A automação industrial se verifica sempre que novas técnicas de controle são
introduzidas num processo. Associado ao aumento de produtividade, como factor
preponderante do aumento da qualidade de vida por meio do poder de compra adquirido
33
pela sociedade, torna-se o maior poder gerador de riquezas que jamais existiu. Segundo
alguns autores, "as técnicas de produção e a produtividade do trabalho são o factor
preponderante do poder de compra" (Silveira & Santos, 1998).
Pode-se dizer que a automação industrial é oferecer e gerenciar soluções, pois ela sai do
nível de chão de fábrica para voltar seu foco para o gerenciamento de informação
(Silveira & Santos, 1998). Apesar da diferença ínfima entre os termos, é importante
salientar a existência de dois termos muito difundidos popularmente: automatização e
automação.
O termo automatização se difundiu desde a construção das primeiras máquinas e se
consolidou com a revolução industrial e, portanto, automatização está
indissoluvelmente ligada à sugestão de movimento automático, repetitivo, mecânico e é
sinónimo de mecanização, portanto reproduz acção (Silveira & Santos, 1998). Caso se
entenda que tal mecanização implica somente em uma acção cega, sem correcção, tem-
se um sistema no qual a saída independente da entrada, ou seja, não existe uma relação
entre o valor desejado para um sistema e o valor recebido por este, por meio da variável
responsável por sua actuação. Diz-se que esse tipo de controle se dá por malha aberta.
Neste caso, o sistema terá sempre o mesmo comportamento esperado, pois ele, é
determinado por leis físicas indissoluvelmente associadas ao hardware utilizado.
Hardware que pode ser de natureza mecânica, eléctrica, térmica, hidráulica, electrónica
ou outra.
34
Na automação, prevê-se o uso extensivo dos mesmos conceitos associados à
automatização. Entretanto, o nível de flexibilidade imputado ao sistema é bem mais
elevado pelo facto de estar indissoluvelmente associado ao conceito de software. Tal
recurso provê, a um sistema dotado de automação, a possibilidade de ser alterado
radicalmente todo o comportamento automatizado a fim de, intencionalmente, produzir-
se uma gama diferenciada de resultados (Silveira & Santos, 1998). Apesar da diferença
ínfima entre os termos, confundidos até por importantes autores na área, em ambos os
casos o sistema deverá seguir as leis básicas da cibernética (ciência que estuda e
estabelece a teoria geral de sistemas). Uma delas é que todo o sistema dotado de
retroacção e controle implica na presença de três componentes básicos, cuja principal
característica é a realimentação das informações requeridas para o seu controle,
conforme ilustra a malha de realimentação da figura 5.
5.1 SENSOR
Sensor é definido como sendo um dispositivo sensível a um fenómeno físico, tais
como: temperatura, humidade, luz, pressão, entre outros (Silveira & Santos, 1998). Por
meio desta sensibilidade, os sensores enviam um sinal, que pode ser um simples abrir e
fechar de contactos, para os dispositivos de medição e controle. Ou, caso exista a
necessidade de medir uma grandeza eléctrica (como exemplo: corrente) a partir de um
fenómeno físico qualquer envolvendo grandezas físicas que não sejam de natureza
eléctrica, tem-se, conceitualmente, a necessidade de utilizar um transdutor, que se
35
caracteriza por um dispositivo capaz de responder ao fenómeno físico, ou estímulo, de
forma a converter sua magnitude em um sinal eléctrico conhecido, proporcional à
amplitude desse estímulo. Os transdutores também são conhecidos como conversores de
sinais (Silveira & Santos, 1998). Os actuadores são dispositivos a serem accionados
para executarem uma determinada força de deslocamento ou outra acção física, definida
pelo sistema controlador por meio de uma acção de controle (maneira pela qual o
controlador produz o sinal de controle) (Silveira & Santos, 1998). Podem ser
magnéticos, hidráulicos, pneumáticos, eléctricos ou de accionamento misto. Como
exemplo, temos: válvulas e cilindros pneumáticos, válvulas proporcionais, motores,
aquecedores, entre outros.
36
Figura 10: Sensor de fluxo de água 1/2.
Fonte: www.usinainfo.com.br/sensor-de-fluxo-arduino/sensor-de-fluxo-de-agua-g-12-1-30-
lmin-2578.html
6.1 Linguagem C
Os pais da linguagem C são Brian Kernighan e Dennis M. Ritchie, da Bell Telephone
Laboratories (hoje, AT&T) americana, que criaram a linguagem nos idos de 1970 a
partir da linguagem B de Ken Thompson (Sá, 2005).
37
O uso de C permite a construção de programas e aplicações muito mais complexas do
que seria viável utilizando apenas o Assembly. Além disso, a utilização de uma
linguagem de alto nível como C permite que o programador preocupe-se mais com a
programação da aplicação em si, já que o compilador assume para si tarefas como o
controle e localização das variáveis, operações matemáticas e lógicas, verificação de
bancos de memória, etc. (Pereira, 2003).
6.2 SOFTWARE
6.2.1 Proteus
Proteus, da Labcenter Electronics, é uma suite de aplicativos voltados para o desenho
e simulação de esquemáticos da área de electrónica analógica básica e electrónica
digital avançada, bem como para a criação de placas de circuito impresso.
A suite de aplicativos Proteus é composta pelos seguintes softwares:
ISIS: Design de esquemáticos e simulador PROSPICE.
ARES: Design de placas de circuito impresso.
VSM Debbuger: Programação de microcontroladores e depurador digital.
38
6.2.2 Compilador C CCS
O compilador C de CCS foi desenvolvido especificamente para o PIC MCU, obtendo a
optimização máxima do compilador com esses dispositivos. Possui uma ampla
biblioteca de funções predefinidas, comandos de pré-processamento e exemplos. Além
disso, ele fornece controladores (drivers) para vários dispositivos, como LCD,
conversores AD, relógios em tempo real, EEPROM serial, etc. (Breijo, 2008).
Um compilador converte a linguagem de alto nível para instruções em código de
máquina; um compilador cruzado é um compilador que funciona em um processador
(geralmente em um PC) diferente do processador do objecto. O compilador CCS C é um
compilador cruzado.
Os programas são editados e compilados para instruções de máquina no ambiente de
trabalho do PC, o código da máquina pode ser carregado do PC para o sistema PIC
através do ICD2 (ou por qualquer programador) e pode ser depurado (pontos de
interrupção, passo a passo, etc.) do ambiente de trabalho do PC.
O CCS C é padrão C e, além das directivas padrão (#include, etc.) fornece directivas
específicas (#device, etc.); Também inclui funções específicas (bit_set(), etc.). É
fornecido com um editor que permite controlar a sintaxe do programa.
39
Figura 11: Estrutura básica de um programa.
40
7.1 Medição De Vazão
Vazão representa a quantidade de líquidos, gases ou vapores, que passa em um
determinado ponto, durante um certo período de tempo. Pode ser medida sob a forma de
vazão volumétrica (m3/h, litro/min) ou vazão de massa (t/h, kg/h, Nm3/h) (Thomazini &
de Albuquerque, 2007).
A vazão é instantânea quando o intervalo de tempo tende para zero. Na industria de
processo, a vazão mais comum ocorre através de tubulação fechada, com secção
transversal circular (Ribeiro, 2002). Nesta vazão, outra relação matemática importante
mostra que a vazão instantânea é proporcional à velocidade do fluído e à área da secção
recta da tubulação onde o fluído se desloca:
Q= v∗A Equação(7.1)
v - é a velocidade do fluído;
A - é a área da secção da tubulação.
A maioria dos medidores industriais de vazão medem a vazão volumétrica, embora hoje
há uma crescente aplicação com medidores mássicos. A transformação de vazão
volumétrica em vazão de massa, quando necessária, é facilmente conseguida, desde que
se conheça a densidade do fluído. (massa = volume/densidade) ou a pressão,
temperatura e composição para gases (Ribeiro, 2002).
A medição de vazão visa de um modo geral:
Acompanhar e controlar a proporção dos materiais introduzidos em determinado
processo industrial;
Determinar e controlar a quantidade de produtos elaborados no processo, quer
em suas fases intermediárias, quer em sua fase final.
Determinar e controlar quantidades por razões de ordem económica, seja
referente a serviços, utilidades, ou compra e venda de produtos.
41
O elemento primário está em contacto directo com o fluído (parte molhada), resultando
em alguma forma de interacção. Esta interacção pode ser a separação do jacto do fluído,
aceleração, queda de pressão, alteração da temperatura, formação de vórtices, indução
de força electromotriz, rotação de impelidores, criação de uma força de impacto, criação
de momento angular, aparecimento de força de Coriolis, alteração no tempo de
propagação e muitos outros fenómenos naturais (Ribeiro, 2002).
O elemento secundário tem a função de medir a grandeza física gerada pela interacção
com a vazão do fluído e transformá-la em volume, peso ou vazão instantânea. O
elemento secundário é finalmente ligado a um instrumento receptor de displays, como
indicador, registador ou totalizador (Ribeiro, 2002).
As condições para a instalação apropriada e a operação correcta, os erros e as outras
características do elemento primário são independentes e diferentes das características
do elemento secundário, de modo que eles devem ser tratados separadamente. O
elemento primário se refere especificamente à medição de vazão e o elemento
secundário se refere à instrumentação em geral (Ribeiro, 2002).
Os medidores de vazão são na realidade indirectos, pois medem outro tipo de grandeza
que é transformada por um transdutor, em vazão (Thomazini & de Albuquerque, 2007).
Entre as variáveis medidas com frequência na indústria e em laboratório, a vazão é a
que mais interage com o fluído e a geometria do ducto. Com relação ao fluído, as
variáveis de influência são: pressão, temperatura, densidade, viscosidade, humidade,
possibilidade de mudança de fase e as impurezas. Com relação à geometria do ducto, as
variáveis de influência são: diâmetro ou secção recta, rugosidade, trecho recto e a
direcção (no caso de um tubo vertical).
Não existe um só princípio de medição que possa atender a todas as condições. Alguns
são limitados pelo diâmetro, outros pela temperatura, outros exigem longo trecho recto,
etc. A escolha de um medidor para a aplicação certa requer muita experiência em certos
casos, pois além de ser adequado, de acordo com os primeiros critérios citados, há
necessidade de verificar a precisão, a faixa de trabalho, a velocidade de resposta e
finalmente o preço, que não é o menos importante, mas deve ser deixado como último
critério (Thomazini & de Albuquerque, 2007).
42
7.3 Sensor de efeito Hall
O efeito Hall foi descoberto em 1879 por Edward E. Hall. Os sensores de Hall são
constituídos de dispositivos semicondutores que sofrem influência de campo magnético
(Thomazini & de Albuquerque, 2007). Por uma placa condutora passa a corrente do
circuito e perpendicularmente tem-se um campo magnético, que faz gerar nas laterais da
placa condutora uma diferença de potencial (Lei de Lorentz) o qual se conecta a um
circuito de medição. Essa diferença de potencial chama-se Tensão de Hall (Thomazini
& de Albuquerque, 2007).
Apesar do efeito Hall existir em qualquer material condutor, ele é mais intenso em
materiais semicondutores. Entretanto, os semicondutores apresentam variações de lote
para lote, necessitando de um circuito electrónico auxiliar para ajustar o sinal do efeito
Hall para um valor calibrado do campo magnético. A grande vantagem do sensor Hall
como elemento de medida do campo magnético é a capacidade de medir tanto campos
contínuos como alternados em único instrumento.
43
Na presença de um campo magnético perpendicular, o fluxo de corrente é distorcido. A
distribuição resultante provoca o aparecimento de uma diferença de potencial (ddp)
entre os terminais de saída. Essa ddp chama-se tensão Hall (Ver figura 13).
8. LOGICA DE PROGRAMAÇÃO
8.1 Definição
Lógica de programação é a técnica de encadear pensamentos para atingir determinado
objectivo (de Moraes, 2000). Para se fazer o código de programação do equipamento,
faremos uma síntese de algumas estruturas de decisão e controle de fluxo usadas em
programação em C.
44
8.3 Comando if-else
O comando if verifica se uma condição foi obedecida. Quando esta é obedecida todas as
instruções que estiverem dentro das chaves que o delimitam esta declaração de controle
serão executadas (Filho, 2014). Já o comando else é optativo, e as instruções dentro
desta declaração de controle serão executados quando a condição do if não for
obedecida. Quando existe apenas um comando no bloco do if, então as chaves podem
ser descartadas. A figura 16 abaixo ilustra como funcionam as funções.
45
Figura 15: Funcionamento do sensor de fluxo de água.
Fonte: http://www.beananimal.com/media/7374/hall-effect-flow-sensor-animation.gif
46
1.4 Especificações do Sensor de Fluxo de Água 1/2
Modelo: YF-S201;
Tensão de funcionamento: DC 4.5V ~ 18V;
Tensão de trabalho: DC 4.5V;
Corrente máxima de trabalho: 15mA (DC 5V);
Vazão de água: 1 ~ 30L/min;
Capacidade de carga: ≤ 10 mA (DC 5V);
Temperatura de operação: ≤ 80 ºC;
Temperatura do líquido: ≤ 120 ºC;
Pressão da água: ≤ 1.75MPa;
Extensão do fio: 16cm;
Diâmetro do sensor: 36mm;
Diâmetro da entrada e da saída: 20mm;
Dimensões totais (CxLxA): 63x35x36mm;
Peso: 51g.
Para casos de simulação substituiremos o sensor de efeito Hall yf-s202 por um
potenciómetro de 10k, pois ele tem três terminais de ligação e podemos mostrá-lo a
partir da figura 15 ilustrada abaixo.
Fonte: (Autor)
47
2. LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO PARA O DESENHO DO EQUIPAMENTO
Para se fazer a programação do modelo de medidor proposto, far-se-á o código por meio
de um compilador denominado Compilador PIC C CCS. Para se fazer os esquemas
electrónicos, vamos utilizar o software Proteus da Labcenter Electronics.
Fonte: (Autor)
48
responsável por realizar o protocolo de porta serial, tornando a comunicação sem fio
transparente ao usuário. A figura 18 abaixo ilustra a vista de frente de um módulo
bluetooth hc-05.
Fonte: www.huinfinito.com.br
Para casos de simulação no software Proteus, usar-se-á os fios que nos possibilitarão
conectar o microcontrolador PIC16F877A e o display 16x4 que simbolizará a interface
que mostra a contagem do consumo da água em litros.
A figura 19 ilustra o display de 16x4.
Fonte: (Autor)
Visto que não foi possível simular a comunicação sem fio no software Proteus, optou-se
por fazer a conexão por meio de fios no desenho do modelo do medidor. Por
conseguinte propôs-se uma interface para aplicação nos dispositivos Andróide, de fácil
manejo e compreensão dos operadores do sector responsável pela manutenção de
dispositivos eléctricos e mecânicos do Aeroporto Internacional de Nampula. A figura
abaixo mostra uma das interfaces propostas criada a partir do Software Edraw Max para
aplicação nos dispositivos Andróide.
49
Figura 20: Tela de início de sessão.
Fonte: (Autor).
Para visualizar a informação do consumo de água em litros, para o modelo de medidor,
esta ilustrada na figura abaixo, a tela de contagem do consumo de água no sector
responsável pela manutenção de dispositivos e equipamentos eléctricos e mecânicos do
Aeroporto Internacional de Nampula.
Fonte: (Autor)
50
Início
Ler a variável
"Analógico"
digital=(5*analogico)/1024
Fim
Fonte: (Autor)
Fonte: (Autor)
52
Figura 24: Circuito electrónico em simulação.
Fonte: (Autor)
Na seguinte proposta optou-se por usar o valor de 4L, como valor limite de consumo da
água, porém a partir desse valor aparecerá no display LCD a mensagem "Reduzir o
consumo" e o microcontrolador irá enviar um valor de +5V na porta AN1 fazendo com
que o LED conectado à mesma fique piscando. A figura abaixo ilustra o funcionamento.
53
Figura 25: Ilustração do LED piscando.
Fonte: (Autor)
Fonte: (Autor)
54
CONCLUSÃO
O desenho de medidor de consumo de água microcontrolado com comunicação sem fio
contribuirá para o conhecimento de outros meios de monitorar e fazer a melhor gestão
de consumo de água no Aeroporto Internacional de Nampula.
O modelo de medidor proposto será uma grande valia para as empresas que desejam
manter-se informados a respeito do consumo de água em tempo real. Pois poderão ter as
leituras em tempo real através dos telemóveis andróide garantindo a sustentabilidade da
empresa.
55
RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se para os trabalhos futuros que se investigue a possibilidade de ter
aplicativos que vão fazer as leituras à grandes distancias e mostrar os gráficos de
consumo estabelecendo critérios de parada do sistema de abastecimento de água, visto
que o modelo apresentado neste trabalho limita-se em dar somente as informações de
seu consumo.
56
BIBLIOGRAFIA
ANTONIO, M. (2006). APOSTILA DE: Programação de Microcontroladores PIC
Usando Linguagem C. VITORIA: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO &
TECNOLOGICA DO ESPIRITO SANTO.
Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. São Paulo: ATLAS S.A.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (1992). Metodologia Científica. São Paulo: ATLAS
S.A.
57
Rappaport, T. S. (2009). Comunicações sem fio: Princípios e práticas. São paulo:
Person Prentice Hall.
Silveira, P. R., & Santos, W. E. (1998). Automação e Controle Discreto. São Paulo:
Érica Ltda.
58
ANEXOS
Fonte: (Autor)
59
II. Circuito Electrónico do Projecto
Fonte: (Autor)
60
III. Código fonte para o PIC16F877A
Fonte: (Autor)
61
IV. Exemplo de montagem do Sensor YF-S201
Fonte: www.seeedstudio.com/wiki/G3/4_Water_Flow_sensor
62
V. Funções dos pinos do LCD
Fonte: (http://www.decom.ufop.br/alex/arquivos/bcc425/slides/LCD.pdf).
63
VI. Chapa característica da Electrobomba Instalada
Fonte: (Autor)
64
VII. Especificação dos Pinos do PIC16F877A
65
Fonte: (ANTONIO, 2006)
66
AVALIAÇÃO FINAL – PARECER DO ORIENTADOR
Paulino Muguirrima, orientador do departamento da Faculdade de Ciências e
Tecnologia, da Universidade Zambeze, vem na qualidade de orientador da Monografia
de Licenciatura submetida por Culpa Elídio Pedro, com o tema PROPOSTA DE UM
MEDIDOR DE CONSUMO DE ÁGUA MICROCONTROLADO COM
COMUNICAÇÃO SEM FIO. Declara que o trabalho previsto no âmbito da sua
monografia foi concluído com sucesso.
Assim, o trabalho apresentado pelo candidato reúne a qualidade científica e as
condições necessárias para que o estudante, seja submetido a prova de defesa para obter
o grau de licenciatura em Engenharia Mecatrónica.
67