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Archel Figueira Razo

Inoque Rafael Alficha


Isaque Domingos Jorge

Introdução ao Atelier
A Xilogravura e a Linoleogravura

Curso de Educação Visual


4° Grupo

Universidade Púnguè
Tete
2021
Archel Figueira Razo
Inoque Rafael Alficha
Isaque Domingos Jorge

Introdução ao Atelier
A Xilogravura e a Linoleogravura

Trabalho de revisão bibliográfica a ser


apresentado no curso de educação visual
na cadeira de Atelier como requisito
parcial de avaliação. Sob orientação do
Dr. Nolito Ezequiel Gordinho.

Universidade Púnguè
Tete
2021
Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 1
2. Objectivos........................................................................................................................ 1
2.1. Geral ......................................................................................................................... 1
2.2. Específicos ............................................................................................................... 1
3. Metodologia .................................................................................................................... 1
CAPITULO I

4. Atelier .............................................................................................................................. 2
5. Tecnologia ....................................................................................................................... 2
5.1. Tipo de tecnologia ................................................................................................... 2
6. Artes Visuais ................................................................................................................... 4
6.1. As Artes Visuais na Contemporaneidade ................................................................ 4
6.2. Artes Plásticas .......................................................................................................... 5
CAPITULO II

7. A Gravura ........................................................................................................................ 7
7.1. História da Gravura .................................................................................................. 7
7.2. Principais tipos de Gravura .................................................................................... 12
7.3. Técnicas de Gravura em Madeira .......................................................................... 12
7.4. Algumas Ferramentas básicas para Xilogravura ................................................... 13
7.5. Técnica básica para gravura ................................................................................... 14
7.6. Técnica de entalhe ................................................................................................. 14
7.7. Técnica de entalhe em relevo ................................................................................. 14
7.8. Técnica de gravação em madeira ........................................................................... 14
7.8.1. Passos para a realização da Xilogravura......................................................... 15
7.9. Linoleogravura (Gravura em borracha) ................................................................. 18
7.9.1. Procedimentos da linogravura ........................................................................ 19
8. Conclusão ...................................................................................................................... 24
9. Bibliografia.................................................................................................................... 25
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1. Introdução

No presente trabalho será abordado inicialmente sobre o conceito de Atelier, onde também
vai se abordar alguns conceitos contidos dentro do tema em questão, este será considerado
como sendo o primeiro capítulo do trabalho.

De seguida entraremos para o segundo capítulo onde começaremos por abordar o contexto
histórico da gravura. Tratar-se-á ainda das principais técnicas de gravação, a sua função no
processo de hibridização das culturas e o seu carácter expansivo para os meios de
comunicação.

A informação vem se reproduzindo e disseminando pelo mundo de diferentes formas. Na


sociedade contemporânea, os meios digitais apresentam-se como os principais elementos
para a transmissão de dados e troca de informações. Para começar, é definida como gravura
a imagem obtida através da impressão de uma matriz artesanal. O material da matriz pode
variar, e classifica o tipo de gravura.

2. Objectivos

2.1.Geral

 Conhecer os conceitos de Atelier e a Gravura, concretamente a Xilogravura e a


Linoleogravura.

2.2.Específicos

 Falar do contexto histórico da Gravura;


 Definir os dois tipos de Gravura em questão;
 Mencionar os passos para a realização destes dois tipos de gravura.

3. Metodologia

Segundo GIL (2008) a pesquisa bibliógrafa é desenvolvida com base em material já


elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para a materialização
deste trabalho utilizamos o método de pesquisa bibliográfica que consistiu em consultar
alguns manuais, livros, internet etc.
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CAPITULO I

4. Atelier

O termo atelier é um estrangeirismo, empregado da língua francesa (significa ´lugar onde


um artista trabalha´) para além de designar um estúdio artístico, é utilizado para caracterizar
o estúdio de um designer que trabalha na sua peça de roupa, fotografia, vídeo, ilustrações,
escultura, etc.

5. Tecnologia

O termo tecnologia, de origem grega, é formado por tekne (arte, técnica ou oficio) e por
logosI (conjunto de saberes). É utilizado para definir os conhecimentos que permitem
fabricar objectos e modificar o meio ambiente, com vista a satisfazer as necessidades do
homem.

É um produto da ciência da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos


e técnicas que visam a resolução de problemas.

5.1.Tipo de tecnologia

As tecnologias podem ser classificadas de acordo com o seu campo de actuação.

Ciências Aplicadas

As ciências aplicadas são o ramo das ciências que visa às aplicações do conhecimento
para a solução de problemas práticos. As ciências aplicadas são importantes para o
desenvolvimento tecnológico. Seu uso no cenário industrial é normalmente referenciado
como pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Tecnologia Militar

As tecnologias militares são componentes da área da tecnologia de defesa e segurança.

Tecnologia Domestica

A tecnologia doméstica refere-se inicialmente ao conjunto de dispositivos e processos


técnicos para abastecer pessoas em domicílios particulares. Isso inclui alimentação, limpeza
e cuidados com pratos, têxteis, revestimentos de pisos e áreas de estar. Em um sentido mais
amplo, todos os eletrodomésticos (por exemplo, telefones, PCs), ferramentas (por exemplo,
furadeiras sem fio) e áreas comuns (como varanda, jardim, carro) estão incluídos.

Os dispositivos e processos técnicos usados em grandes cozinhas para diferentes


instalações de alimentação (cantinas, refeitórios, hospitais, creches, etc.) e conceitos
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gastronômicos (por exemplo, eventos) também pode ser incluído no termo tecnologia
doméstica.

Tecnologia Digital

Tecnologia digital é um conjunto de tecnologias que permite, principalmente, a


transformação de qualquer linguagem ou dado em números, isto é, em zeros e uns (0 e 1).

Tecnologia Educacional

A tecnologia educacional (TE) é a incorporação de tecnologias da informação e


comunicação (TIC) na educação para apoiar os processos de ensino e aprendizagem em
diferentes contextos de educação formal e não formal. Entende-se por tecnologia o
resultado da fusão entre ciência e técnica.

Tecnologia Assistiva

A tecnologia Assistiva ou tecnologia de apoio é um recurso capaz de promover à


assistência e reabilitação para pessoas com deficiência (PcD), com o auxílio de
dispositivos, técnicas e processos.

Tecnologia Social

Tecnologia Social (TS) é o resultado da acção de um colectivo de produtores sobre um


processo de trabalho que, em função de um contexto socioeconómico que engendra a
propriedade colectiva dos meios de produção
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6. Artes Visuais

As Artes Visuais são um conjunto de manifestações artísticas como: pintura, escultura,


desenho, arquitectura, artesanato, fotografia, cinema, design, arte urbana, entre outros.

O conceito de arte visual está relacionado ao ato de visualizar "ver", por isso, integra as
artes em que a fruição, ou seja, a apreciação, acontece por meio da visão.

6.1. As Artes Visuais na Contemporaneidade

Importante destacar que o conceito de arte foi se ampliando com o passar do tempo.

No entanto, é certo que a arte é uma manifestação humana essencial que esteve sempre
presente desde a antiguidade, como a arte rupestre.

Assim, além do conceito, as temáticas, técnicas e materiais foram se ampliando e hoje é


difícil identificar como ela surge.

Com o desenvolvimento da tecnologia e dos computadores, a arte visual também pode ser
produzida por ferramentas tecnológicas. Podemos citar as artes gráficas, criadas por meio
de programas de computador (softwares) denominada de web art.

Fig.1. Cidade Espelhada, de Giselle Beiguelman.

A obra Cidade Espelhada, de Giselle Beiguelman é um exemplo de web art que, por sua
vez, faz parte das artes visuais

As artes modernas e contemporâneas foram responsáveis por ampliar ainda mais o conceito
de arte. Pois com elas a ideia torna-se mais importante do que o carácter estético e visual do
objeto artístico.
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Actualmente podemos encontrar diversos tipos de artes visuais:

 Animações
 Colagens
 Arte urbana
 Instalações artísticas
 Performances
 Arte corporal (body art)
 Apresentações de rua
 História em quadrinhos
 Artes decorativas
 Arte multimídia
 Design gráfico, de produtor e de moda

6.2.Artes Plásticas

As artes plásticas, também referidas como belas-artes e são mais para uma classificação de
alguns tipos de artes visuais, do que para uma forma específica e própria de arte.

Normalmente, artes plásticas se referem a expressões artísticas que utilizam-se de técnicas de


produção que manipulam materiais para construir formas e imagens que revelem uma nova
concepção estética e a visão poética do artista plástico.

Os artistas, principalmente os contemporâneos, sempre sentem uma necessidade de expressão


artística que acaba se revelando na utilização de novos meios de expressão. Portanto, é nas
artes plásticas que encontramos a van-guarda artística e o uso pioneiro de novos meios e
materiais, bem como, novos padrões estéticos.

Num sentido mais restrito, as artes plásticas são aquelas artes visuais que envolvem a
utilização de materiais como a argila ou gesso e que podem ser moldados, geralmente em três
dimensões. Mas num sentido mais amplo, as principais formas contemporâneas de artes
plásticas são:
 Arquitectura

 Cerâmica
 Colagem
 Arte Conceitual
 Desenho
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 Arte em vidro
 Metalurgia
 Mosaico
 Pintura
 Arte em papel, Cartonagem
 Arte em plásticos
 Gravura
 Escultura
 Artes Têxteis
 Carpintaria
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CAPITULO II

7. A Gravura

A Gravura é uma linguagem visual que é obtida a partir da impressão em um papel de uma
imagem proveniente de uma matriz que pode ser de madeira, metal ou pedra.

Essa arte é a mídia mais antiga do mundo, apenas quando foi descoberto o processo de
gravação a partir de uma matriz que começou a ser feito reproduções em papel, editar
livros, folhetos, surge o jornal e etc.

7.1.História da Gravura

A Gravura está presente na história dos meios de comunicação e da arte como um artefacto
valioso que utilizou cronologicamente da madeira, do metal e da pedra para expandir nas
formas de reprodução da escrita e da imagem. Trouxe contribuições significativas para o
desenvolvimento dos processos gráficos.

A história da gravura é mais antiga do que muita gente imagina. Ela foi particularmente
importante no século II, quando os chineses, por meio de pedras e madeiras, gravavam sua
arte.

No ocidente, a gravura teve seu início junto com o surgimento do papel, no século XIV.
Porém, foi em meados do século seguinte, na Alemanha e na Itália, que a técnica começou
a ganhar fama. Desenvolvido por ourives, esse método se propagou por toda a Europa.
Desse período em diante, os artistas que utilizaram a gravura no ocidente começaram a ser
chamados de Mestres da Gravura.

Uns dos primeiros trabalhos conhecidos da arte da gravura foram feitos pelo Mestre E. S.,
um alemão anónimo que colocava as letras E. S. em suas peças.
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Fig.2. Mestre E. S. – “Dalila cortando o cabelo de Sansão”. Crédito: Wikipédia

Depois, Martin Schongauer obteve destaque nessa área. Além de ourives, Schongauer foi
um conhecido pintor alemão que produziu várias obras com esse método. Outro importante
artista do período foi o Mestre de Housebook, que elaborou a famosa gravura “Par de
Amantes”.

Fig.3. Mestre de Housebook – “Par de Amantes”. Crédito: Wikipédia


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Enquanto a gravura alemã sofreu forte influência do estilo gótico, a italiana exibiu os traços
renascentistas do período. Assim, no século XVI, a função de reprodução de obras por meio
da gravura se estabeleceu. Considerado um mestre nesse segmento, Marcantonio
Raimondi ficou conhecido por propagar cópias das pinturas de Rafael. A ilustração abaixo,
“Lucretia”, é um exemplo desse tipo de peça.

Fig.4. Marcantonio Raimondi – “Lucretia”. Crédito: Wikipédia

Um dos gravadores mais conhecidos da história foi Albrecht Dürer, o principal artista
alemão do século XVI. Feita em xilogravura, a sua obra “Rinoceronte” data de 1515.
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Fig.5. Albrecht Dürer – “Rinoceronte”. Crédito: História das Artes

Nesse período, o universo da gravura passou a se tornar mais restrito à reprodução de


pinturas. Essa tendência continuou durante o século seguinte, que contou com a
popularização de técnicas como a gravura pontilhada e da forma do giz de cera.

Já no século XVII, o trabalho em gravura do pintor espanhol Francisco de Goya ficou


conhecido. Por meio de suas peças, o artista fazia críticas à sociedade. “Los Caprichos” é
uma de suas principais obras.

Fig.6. Francisco de Goya. “Los Caprichos”. Crédito: Wikipédia


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No século XIX, a evolução da comunicação resultou em maior interesse por peças de arte.
Nesse período, o francês Gustave Doré criou gravuras consideradas obras primas da
ilustração.

Fig.7. Genoveva de Gustave Doré.

No século XX, artistas como Andy Warhol, utilizaram uma das mais famosas técnicas de
gravura, a serigrafia, para compor suas obras.
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Fig.8. Serigrafia de Andy Warhol, em homenagem a Merilyn Monroe.

7.2.Principais tipos de Gravura

A Gravura é dividida basicamente em: A Xilogravura (Gravura originada da madeira, na


qual o artista entalha a madeira e depois faz a impressão em uma folha de papel), temos
também a Calcogravura (Gravura em metal), Linoleogravura (Gravura em Borracha) e a
Litogravura, que é uma gravura que vem da pedra, onde o artista desenha na pedra com
um giz de litogravura e depois transfere a imagem para o papel através de uma prensa.

7.3.Técnicas de Gravura em Madeira

Em anos passados, toda gravura era feita à mão, mas hoje, alguns entalhes modernos
utilizam ferramentas ou motosserras eléctricas rotativas para a conclusão do trabalho. A
gravura em madeira, também chamada de entalhe ou escultura, é um estilo avançado e tanto
tedioso como desafiador.
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Fig.9. Xilogravura.

7.4.Algumas Ferramentas básicas para Xilogravura

Estes são os materiais básicos - alguns podem ser opcionais e dependem da ideia que você
quer desenvolver. Lembre-se que você pode buscar e usar sua criatividade para encontrar
outras ferramentas que permitam dar volume e criar com o que você tiver ao redor:

 Goiva: a ferramenta mais importante para talhar. Deve se adaptar às suas


necessidades e ao material com o qual vai trabalhar.
 Lápis: é essencial ter um 2HB, é necessário para que deixe a quantidade de grafite
necessário no papel vegetal. Um H seria muito duro, você não veria muito bem o
esboço, e o B muito mole.
 Tinta de gravura: utiliza-se tanto no papel como no tecido. Pablo sugere a marca
Speedball, uma marca internacional fácil de encontrar.
 Esteca: utilizada para passar o esboço à superfície a ser talhada. Não é realmente
necessário, você pode usar qualquer ferramenta que permita exercer pressão sobre o
papel para que passe o desenho.
 Papel: pode ser o mais básico, de baixa qualidade, já que você o usará para esboços
e a única característica necessária é que seja possível enxergar bem o traço do lápis.
 Papel especial: necessário para a estampa. Pode usar um papel de seda ou qualquer
específico para xilogravuras. Depende do resultado e textura que você quer obter.
 Papel vegetal: para passar o seu esboço, fazer o cálculo e transferi-lo à matriz.
 Pincéis e aquarelas: os primeiros serão utilizados para trabalhar a cor. Não precisam
ser de qualidade especial, apenas eficazes. As aquarelas ressaltarão os volumes e
relevos na argila.
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7.5.Técnica básica para gravura

A primeira técnica é administrar o cinzel. Quando o artesão trabalha com ele, os resultados
são gravuras realizadas com batidas suaves e, quando a gravura é trabalhada com o cinzel
na posição contrária, o resultado é uma superfície áspera e irregular, no formato de lágrimas
caídas.

7.6.Técnica de entalhe

Um dos destaques mais marcantes em móveis nos países europeus é a abundância de


gravuras entalhadas, conhecidas como kerbschnitzen na Suíça e na Alemanha, e o
entalhador aprendiz pode dominar essa técnica básica com apenas algumas horas de prática.
A gravura encontrada em tampas de porta-joias e em torno das bordas de portas e armários
são exemplos perfeitos de entalhes.

7.7.Técnica de entalhe em relevo

A história não registra quando a gravação em relevo se tornou popular, mas pode muito
bem ter vindo à existência quando um antigo artesão, ao invés de entalhar uma forma na
madeira, decidiu retirar toda a madeira em torno da forma, deixando-a altivamente em pé
por cima da superfície do projeto. Algumas das mais populares gravuras em relevo são
conchas, a águia americana, motivos militares e paisagens encontradas em móveis sob
encomenda.

7.8.Técnica de gravação em madeira

Usar uma ponta afiada e bem quente para gravar imagens e palavras em madeira remonta
ao princípio dos tempos, pois essa foi uma das primeiras formas para criar livros e
documentos impressos, muito antes da impressora existir. Hoje a maioria dos artesãos usa
gravadores para madeira que são similares a um ferro de soldar. O artesão tradicional usa
pontas diversas com a ferramenta tradicional para executar as mesmas técnicas de gravuras
e ainda pode usar pontas personalizadas para dar um toque exclusivo ao acabamento do
projecto.
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7.8.1. Passos para a realização da Xilogravura

Lixe uma placa de madeira plana. O melhor tipo de madeira para este trabalho é a
umburana, madeira típica do sertão Brasileiro. Você pode usar qualquer tipo de madeira, no
entanto. Comece por uma lixa bem grossa e depois vai aparando com a mais fina. Começa-
se lixando de uma lixa mais grossa até a mais fina possível.

2 - Depois de a madeira estar toda lixada, o segundo passo é o desenho. Você pode
desenhar a imagem que desejar. Use o grafite 6-B para um melhor resultado. Lembre-se
que a imagem deve ser desenhada ao contrário, ou seja, com o efeito espelhado. Como
carimbo, por exemplo.

Fig.10. Passos para realização de Xilogravura.

3 - Agora é a hora do entalhe ou corte da matriz. Você vai cavar a madeira. Para um melhor
resultado, utiliza-se ferramentas como as goivas e buris. Corta-se de uma maneira em que
fique em alto relevo somente aquilo que se quer que imprima no papel.
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Fig.11. Passos para realização de Xilogravura.

4 - Esta é a fase da pintura. Usa-se o rolo, emborrachado, especial para gravuras, com a
tinta gráfica. A tinta irá pintar somente o que está em alto relevo.

Fig.12. Passos para realização de Xilogravura.


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5 - Fase da impressão. Geralmente o suporte é o papel, recomenda-se um papel de uma


gramatura maior, mais grosso, e poroso. Coloque o papel sobre a mesa e a matriz por cima
do papel. Centralize bem. Vire o material de forma com que, agora, a matriz fique abaixo
do papel. Em seguida, aperte o papel contra a matriz (você pode obter ajuda de uma colher
ou qualquer tipo de peso). Finalmente, retire o papel e confira o resultado.

Fig.13. Passos para realização de Xilogravura.

Fig.14. Gravura em relevo executada à faca e goiva em placa de linóleo.


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7.9.Linoleogravura (Gravura em borracha)

A linogravura é em tudo semelhante à xilogravura, com a diferença que a gravação não é


efectuada em madeira mas num linóleo. SOUSA (2003), citado por SILVA (2010), refere
que o linóleo é:
“(…)o material feito à base de pó de cortiça, aglutinado e prensado sobre um tecido de
serapilheira, ligeiramente maleável, fácil de trabalhar (parece borracha) e apresentando
uma superfície muito polida, homogénea e brilhante tendo geralmente menos de 1 cm de
espessura. Como não possui os obstáculos dos veios da madeira, pode ser facilmente
riscado, gravado e escavado em todos os sentidos, deixando boas arestas para a impressão
de traços finos”.
De acordo com o mesmo autor esta é uma técnica artística bastante recente sendo
considerado Claude Flighit (1920) como o seu iniciador. Em 1958, Picasso populariza a
linogravura, efectuando grandes séries e, em 1965, Michael Rothenstein desenvolve as
possibilidades da linogravura.
De referir que o linóleo, sendo um pouco maleável, para maior facilidade de trabalho com
superfícies médias e grandes, pode-se colar numa placa de madeira com as mesmas
dimensões.

Fig.15. Linoleo. Fonte: SILVA (2010, P. 25)

Ferramentas e materiais para Silva (2010) podem ser:


Placa de linóleo, Goivas, Papel, Rolos, Tinta.
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Fig. 16. Ferramentas.

7.9.1. Procedimentos da linogravura

1 Desenho do motivo: ideia inicial

fig.17. Desenho do motivo

2 Transfere-se a imagem para a prancha de linóleo, com auxílio de papel químico.

fig. 18. Transferência da imagem para a prancha


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3 A imagem deverá ser invertida

fig. 19. Imagem na prancha

4 Para trabalhar o linóleo são necessárias goivas com pontas e tamanhos diferentes em
função do tamanho do desenho.

fig. 20. Goivas

5 As áreas trabalhadas com as goivas ficarão em branco (cor do papel) e as superfícies em


relevo levarão tinta.

fig. 21. Trabalho com as goivas


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6 O tratamento da matriz em linóleo torna-se fácil devido a sua grande maleabilidade,


facilitando traçar linhas finas e curvas.

fig. 22. O desenho na matriz

7 O processo de tintagem consiste em espalhar a tinta sobre uma superfície plana e


manusear correctamente o rolo.

fig.22. Processo de tintagem

8 A tinta é aplicada de forma homogénea directamente sobre a matriz com a ajuda do rolo.

fig.23. Aplicação da tinta à matriz


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9 Para a impressão, põe-se o papel sobre a matriz e utiliza-se um torno.

fig. 24. Impressão

10 A pressão do torno deverá estar ajustada a espessura da matriz.

fig.25. Impressão

11 Depois de passar pela pressão, levanta-se o papel que estava sobre a matriz para ver o
resultado. Recomenda-se realizar algumas “provas de estado” que posteriormente ajudarão
a corrigir algumas imperfeições.

fig. 26. Resultado da impressão


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12 A imagem impressa encontra-se invertida, fiel ao desenho original.

fig. 27.Resultado d impressão

13 Deixar as provas secarem por algum tempo.

fig.28. Secagem das provas


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8. Conclusão

Após ter-se feito o presente trabalho de revisão bibliográfica, conclui-se que a Gravura é
uma técnica artística, na qual é possível imprimir várias cópias de uma imagem a partir de
uma matriz.

Para se fazer uma gravura é necessário um suporte (matriz) na qual será feito o
desenho. Esse suporte é entintado e a imagem é impressa no papel. A gravura é um
múltiplo, isso quer dizer que pode-se tirar várias cópias de um mesmo desenho.
As gravuras têm valor artístico por serem totalmente originais e realizadas artesanalmente.
Foram realizadas por grandes artistas desde o final do século XV. O material da matriz é o
que classifica o tipo da gravura.
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9. Bibliografia

https://dept.abcdef.wiki/wiki/Haushaltstechnik

 Por um Triz. Ed. Paz e Terra. Tel.: (11) 3337-8399. Site: www.pazeterra.com.br
 Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149. São Paulo – SP. Tel.: (11) 2168-1700 Site:
www.itaucultural.org.br. E-mail: instituto@itaucultural.org.br
 Vide o Verso. Clóvis Arruda – Rua Apinajés, 1922 / 1932 – Perdizes. São Paulo – SP.
CEP: 01258-000 – Tel.: (11) 3676-0036.

www.videoverso.com.br Tecnologia Social: base conceitual | Ciência & Tecnologia Social


(unb.br)

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