Você está na página 1de 43

1 Caderno de Apoio: proposta de resolução

Descritor: 1.1. (Página 4 do caderno de apoio)

#Provar, dados os conjuntos A e B , que se e somente se e se e somente se e que o conjunto vazio


está contido em qualquer conjunto.

Exercício

1. *Demonstre sucessivamente os resultados expressos nas seguintes alíneas.


1.1. Sendo p e q proposições, p  q é equivalente a  p  q   p e também a  p  q   q .
1.2. Dados os conjuntos A e B , A  B se e somente se A  B  A e se e somente se A  B  B .
1.3. O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto.

Resolução
1. 1.1.
p q pq pq  p  q  p pq  p  q  q
1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 0 0 1 0
0 1 1 0 1 1 1
0 0 1 0 1 0 1
1.2. Da alínea anterior podemos concluir que as três proposições
x  A  x  B ,  x  A  x  B   x  A e  x  A  x  B   x  B são equivalentes. Como
x , x  A  x  B é equivalente a A  B ,
x ,  x  A  x  B   x  A é equivalente a x , x  A  B  x  A , ou, ainda, a A  B  A e

x ,  x  A  x  B   x  B é equivalente a x , x  A  B  x  B , ou, ainda, a A  B  B ,


obtemos o resultado pretendido.
1.3. A proposição x  é falsa para todo x U , logo x , x   x  B , ou seja,   B .

Descritor: 2.4. (Página 5 do Caderno de Apoio)

2.4. +Reconhecer que existem exatamente sequências de elementos, não necessariamente


distintos, escolhidos num conjunto de cardinal , designar esse número por «arranjos com
repetição de elementos a » e reconhecer que, dados n objetos, existem exatamente formas
distintas de efetuar p extrações sucessivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após
cada uma das extrações.

Exercício

1. Conte quantas sequências diferentes se podem formar inserindo quatro missangas num fio, sabendo
que as missangas têm três cores possíveis: vermelho, verde e azul.

Resolução
Como o número de missangas é n  4 e o número de cores possível para uma missanga é p  3 , o número
de sequências distintas é 4 A3  43  64 .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Exercício

2. Considere todas as possíveis funções de domínio {1, 2, 3} e conjunto de chegada {1, 2}.
2.1. Represente-as por um diagramas de setas. Mostre que o número destas funções pode ser escrito
na forma de uma potência de base 2 e expoente natural.
2.2. Represente-as utilizando a notação habitual das sequências.
2.3. Construa uma bijeção do produto cartesiano  1, 2   1, 2   1, 2 sobre o conjunto destas funções.
2.4. *Generalizando o processo utilizado na alínea anterior, mostre que, dados números naturais n e
p , existem n p funções de domínio  1, , p e de conjunto de chegada  1, , n , ou seja, n p
sequências de p elementos com valores em  1, , n .

2.5. *Justifique que, dados n objetos, existem exatamente n formas distintas de efetuar p
p

extrações sucessivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após cada uma das
extrações.

Resolução
2. 2.1.
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

2.2.  1,1,1 ,  1,1, 2  ,  1, 2,1 ,  1, 2, 2  ,  2,1,1 ,  2,1, 2  ,  2, 2,1 e  2, 2, 2 

2.3. A função que a cada elemento  a, b, c  do produto cartesiano  1, 2   1, 2   1, 2 associa a


função definida por f  1  a , f  2   b e f  3  c é uma bijeção.

2.4. Procedendo como na alínea anterior podemos ver que a função que a cada elemento  a1 , , a p  do
 1, , n     1, , n
conjunto          associa a função f :  1, , p   1, , n , definida por
p

f  i   ai para todo i   1, , p , é uma bijeção. Em particular, ambos os conjuntos têm


cardinalidade n p .
2.5. A cada forma de efetuar p extrações sucessivas de um desses n objetos, repondo o objeto
escolhido após cada uma das extrações, corresponde a uma única função
f :  1, , p   1, , n
Pela alínea anterior podemos concluir que o número de extrações nas condições pedidas é n p .

Exercício

3. **Fixado um número natural n , prove por indução matemática (em p) que para todo o número
natural p existem exatamente n p funções de domínio num dado conjunto com p elementos e de
conjunto de chegada com n elementos e conclua que, dados n objetos, existem exatamente n p
formas distintas de efetuar p extrações sucessivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido
após cada uma das extrações.

Resolução

Seja B um conjunto com n elementos. Para p  1 , o número de funções cujo domínio é um conjunto
um elemento e cujo conjunto de chegada é B é n .
Suponhamos que o número de funções cujo domínio é um conjunto com p elementos e conjunto de
chegada, B , é n p . Seja A um conjunto com p  1 elementos, a  A , e f : A  B uma função.
Existem n p possibilidades para a restrição de f a A \  a e n para a restrição de f a  a . Logo, o
número de funções f : A  B é n p  n  n p 1 .
Pelo princípio de indução podemos concluir que o número de funções cujo domínio é um conjunto de p
elementos e cujo conjunto de chegada é um conjunto com n elementos é n p .

Descritor: 2.5. (Página 6 do Caderno de Apoio)

2.5. +Designar, dado um conjunto , por «conjunto das partes de » o conjunto formado pelos
subconjuntos de , representá-lo por P(E) e reconhecer que se tiver elementos
() , então P(E) tem elementos .

Exercício

1. Considere um conjunto X   x1 , x2 , x3  com três elementos.

1.1. Represente em extensão todas as partes não vazias de X . Quantos subconjuntos tem X ?
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

1.2. Mostre que se obtêm todas as partes de X associando a cada sequência  k1 , k2 , k3  de termos
iguais a 0 ou a 1 o subconjunto de X constituído pelos elementos xi tais que ki  1 (por
exemplo, à sequência (1, 0, 1) associa-se o conjunto  x1 , x3  ).

1.3. Justifique que existem exatamente 23 sequências das referidas na alínea anterior sem as
construir explicitamente; compare o resultado obtido com o resultado da alínea 1.1..
1.4. Utilizando argumentos inspirados nas duas alíneas anteriores, justifique que se um conjunto X
tiver p  0 elementos  # X  p  então P  X  tem 2 p elementos.

Resolução

1. 1.1.  x1 , x2  , x3 , x1 , x2  , x1 , x3  , x2 , x3  ,  x1 , x2 , x3 


X tem oito subconjuntos (os sete anteriores e o conjunto vazio).
1.2. A correspondência que a cada sequência  k1 , k2 , k3  de termos iguais a 0 ou a 1 associa o
subconjunto  xi : ki  1 é biunívoca.
1.3. Pelo exercício 3 do descritor 2.4, o número de sequências é 23 .
1.4. A correspondência que a cada sequência  k , , k 
1 p de termos iguais a 0 ou a 1 associa o
subconjunto  xi : ki  1 é biunívoca e, portanto, o número de subconjuntos de um conjunto X
com p  0 elementos é igual ao número de funções cujo domínio tem p elementos e o
contradomínio é  0,1 , ou seja, 2 p .

Exercício

2. *Prove por indução que, para qualquer n  0 , um conjunto com n elementos tem 2n subconjuntos.

Resolução
2. Para n  0 , o resultado é verdadeiro porque o único conjunto com 0 elementos é o conjunto vazio e
este só tem 1  20 subconjunto (ele próprio).
Suponhamos que um conjunto com n elementos tem 2n subconjuntos. Seja A um conjunto com n  1
elementos e a  A .
Por hipótese de indução, o conjunto A \  a tem 2n subconjuntos porque é um conjunto com n
elementos.
Seja B um subconjunto de A . Então, a  B ou a  B . Se a  B , B é um subconjunto de A \  a . Se

a  B , B   B \  a    a onde B \  a é um subconjunto de A \  a . Daqui resulta que ambos os


conjuntos  B  P  A  : a  B e  B  P  A  : a  B têm a cardinalidade de A \  a e, portanto, A tem
2n  2n  2n1 elementos.
Pelo princípio de indução podemos concluir que um conjunto com n elementos tem 2n subconjuntos,
para todo n  0 .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Exercício

3. Considere um conjunto X qualquer e seja P  X  o conjunto das partes de X .

3.1. **Mostre que é bijetiva a aplicação de P  X  no conjunto das aplicações de X em  0,1 que a
cada A  X associa a aplicação  A : X   0,1 tal que, para cada x  X :

0 se x  A
A  x  
1 se x  A

3.2. *Atendendo à alínea anterior, justifique que se X tiver p  0 elementos  # X  p  , então


P  X  tem 2 p elementos.

Resolução

3. 3.1. Injetividade: Sejam A , B  P  X  tais que  A   B .


Como para todo x  X , x  A   A  x   1   B  x   1  x  B , temos que A  B e,
portanto, a aplicação é injetiva.
Sobrejetividade: Dada f : X   0,1 , seja A   x  X : f  x   1 . Então, A é um subconjunto
de X tal que para todo x  X :

0 se x  A 0 se f  x   0
A  x     f  x  , isto é,  A  f .
1 se x  A 1 se f ( x)  1
3.2. Como a função da alínea anterior é uma bijeção, o domínio e o conjunto de chegada têm o mesmo
número de elementos. Já vimos no exercício 1 deste descritor que o número de elementos do
conjunto de chegada é 2 p .

Descritor: 2.8. (Página 8 do Caderno de Apoio)

2.8. +Reconhecer que existem exatamente sequências de


elementos distintos escolhidos num conjunto de elementos, designar este número por
«(número de) arranjos (sem repetição) de n elementos p a p» e reconhecer que, dados n
objetos, existem exatamente formas distintas de efetuar p extrações sucessivas de um desses
objetos, sem repor o objeto escolhido após cada uma das extrações.

Exercício

1. Dez atletas vão fazer uma corrida. Conte de quantas maneiras diferentes se poderão colocar três deles
no pódio.

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
1. Como o número de atletas é n  10 e o número de lugares no pódio é , o número pedido é
10
A3  10  9  8  720 .

Exercício

2. *Considere todas as possíveis funções injetivas de domínio  1, 2 e conjunto de chegada


 1, 2, 3, 4 (sequências de dois elementos distintos do conjunto  1, 2, 3, 4 ).

2.1. Represente-as utilizando a notação habitual das sequências. Para cada escolha do primeiro termo
de uma dessas sequências, quantas escolhas possíveis sobram para o segundo termo?
2.2. *Generalizando o resultado da alínea anterior mostre que, dados números naturais n e p , p  n ,
n!
existem n  n  1  n   p  1    1, , p e de
 n  p  ! funções injetivas de domínio
n!
conjunto de chegada  1, , n , ou seja,
 n  p  ! sequências de p elementos com valores dois
a dois distintos em  1, , n .
n!
2.3. Justifique que, dados n objetos, existem exatamente p
 n  p  ! formas distintas de efetuar
extrações sucessivas de um desses objetos, sem reposição do objeto escolhido após cada uma
das extrações.

Resolução

2. 2.1.  1, 2  ,  1,3 ,  1, 4  ,  2,1 ,  2,3 ,  2, 4  ,  3,1 ,  3, 2  ,  3, 4  ,  4,1 ,  4, 2  ,  4,3


Para cada escolha do primeiro termo existem três escolhas para o segundo.
2.2. Para o primeiro termo existem n escolhas, para o segundo termo existem n  1 e assim
sucessivamente até ao último termo, em que existem n   k  1 escolhas. O número de funções
injetivas de domínio  1, , p e de conjunto de chegada  1, , n é o produto:
n!
n  n  1  n   p  1  
 n  p !
2.3. O número de formas distintas de efetuar p extrações sucessivas de um conjunto de n objetos
n!
sem reposição é o mesmo que o número de funções injetivas da alínea anterior, ou seja,
 n  p ! .

Exercício

3. **Fixado um número natural p , prove por indução matemática (em n ) que, para todo o número
n!
natural n  p existem exatamente
 n  p  ! funções injetivas de domínio num dado conjunto com
p elementos e de conjunto de chegada com n elementos e conclua que dados n objetos, existem
n!
exatamente p extrações sucessivas de um desses objetos,
 n  p  ! formas distintas de efetuar
sem reposição do objeto escolhido após cada uma das extrações.

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

3. Vamos provar por indução que o número I n de funções injetivas cujo domínio tem p elementos e
n!
cujo conjunto de chegada com n elementos é I n 
 n  p ! .
p! p!
Quando n  p , existem exatamente p !   funções injetivas cujo domínio tem p
0!  p  p  !
elementos e cujo conjunto de chegada tem n  p elementos.
Suponhamos que o resultado é verdadeiro para um número natural n  p .

Sejam A   a1 , , a p  um conjunto com p elementos e B   b1 , , bn 1 um conjunto com n  1


elementos.
Por hipótese de indução, o número de funções injetivas de domínio A , conjunto de chegada B e tais
n!
que bn 1 não pertence ao contradomínio é I n 
 n  p ! .
Seja a função f : A  B injetiva tal que bn 1  f  ai  para algum i   1, , p .
Substituindo bn 1  f  ai  por um dos n  1  p elementos que não estão na imagem de f obtemos uma
função injetiva de A para B \  bn 1 . No entanto cada função injetiva de A para B \  bn 1 é obtida de
exatamente p maneiras distintas. Logo, o número J n 1 de funções injetivas de domínio A , conjunto de
chegada B e tais que bn 1 pertence ao contradomínio satisfaz a condição  n  1  p  J n 1  pI n , isto é,
p
J n 1  I n . Daqui resulta que:
n 1 p

I n 1  I n 
p
In 
n 1
In 
n 1 n!

 n  1 !
como queriamos mostrar.
n 1 p n 1 p  n 1 p  n  p !  n 1 p !
Pelo princípio de indução, podemos concluir que o resultado é válido para todo o número natural n  p .

Descritor: 2.10. (Página 10 do Caderno de Apoio)

2.10. +Simplificar expressões envolvendo fatoriais, arranjos e combinações.

Exercício

1. Exprima cada uma das seguintes somas algébricas como uma única fração e simplifique-a tanto
quanto possível.
5 4
1.1. 
4! 5!
2 3
1.2. 
3!6! 4!5!
1 3
1.3.  n
 n  1 ! 2n! , para número natural
2 n 1
1.4.  
 n  1 !  n  2  ! n! , para n número natural
n 1
1.5. n
A2  A2 , para n número natural superior a 1.

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

5 4 5  5 4 25 4 21 21 7 7
1. 1.1.         
4! 5! 5  4! 5! 5! 5! 5! 5  4  3  2  1 5  4  2 40

2 3 4 2 63 8 18 26 26 13
1.2.        
3!6! 4!5! 4  3!6! 6  4!5! 4!6! 4!6! 4!6! 4  3  2  6  5  4  3  2 8640
1

3

2 1

 n  1  3  2  3  n  1  1  3n
1.3.
 n  1 ! 2n! 2   n  1 !  n  1  2n! 2  n  1 ! 2  n  1 !
2

n 1
 
 n  2   2  n   n  2   n  1  1 
1.4.
 n  1 !  n  2  ! n!  n  2    n  1 !  n  2  !  n  2   n  1  n!
2  n  2   n   n  2   n  1 2n  4  n  n 2  3n  2 n 2  4n  6
  
 n  2 !  n  2 !  n  2 !
1.5.
n
A2  n 1
A2  n  n  1   n  1 n  n   n  1   n  1   n  2n   2n 2

Exercício
180  179    142  141
2. Justifique que é um número natural.
40!

Resolução
180  179    142  141 180  179  ...  142  141 140! 180!
2.    180C40  
40! 40!  140! 40! 140!

Exercício

3. Prove, para n e p números naturais tais que p < n , que n   n  1     n  p  1 é múltiplo de p ! .

Resolução

n   n  1  ...   n  p  1 n   n  1  ...   n  p  1   n  p  ! n!
3.    nC p
p! p ! n  p  ! p ! n  p  !

n   n  1  ...   n  p  1  p !  nC p
Logo,  .ou seja, n   n  1  ...   n  p  1 é múltiplo de p ! .


Exercício

4. Determine para que valor natural de n se verifica:

4.1.
 n  2 !  6
n!
4.2. ** 2 n 1C3  2 n 1
C4  2 n 3C5  2n2
Cn 1  0

Resolução

 n  2  !  6   n  2   n  1 n!  6 
4. 4.1.  n  2   n  1  6  n 2  3n  2  6 
n! n!
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

3  9  16
 n 2  3n  4  n   n  4  n  1
2
Como n  , n  1 .

2 n 1 2 n 1
4.2. C3  C4  2 n 3C5  2n2
Cn 1  0 

 2n2
C4   2n2
C4  C5  
2n2 2n2
Cn 1  0 

  2 n  2C5  2n2
Cn 1  0  2n2
Cn 1  2n2
C5 
 n  1  5  n  1   2n  2   5 
 n  4 n  4  n  4

Note que uma linha do Triângulo de Pascal não tem três coeficientes iguais.

n! n p n! n p n
n
C p 1      Cp e
 p  1 ! n  p  1 ! p  1 p! n  p  ! p  1
n p n 1
1  n  p  p 1  p  , temos que:
p 1 2
2n2
C0  2 n  2C1    2 n  2Cn  2 n  2Cn 1 e 2n2
Cn 1  2n2
Cn  2    2n2
C2 n 1  2 n 2
C2 n  2 , e,
portanto, n  4 é a única solução.

Descritor: 3.1. (Página 10 do Caderno de Apoio)

3.1. Justificar, dados números naturais n e p , , que de dois modos distintos: utilizando
um cálculo algébrico e um argumento combinatório.

Exercício

1. Considere a experiência de repartir um baralho de 52 cartas pelo João e pela Joana. Ao João dão-se
10 cartas e a Joana fica com as restantes.
1.1. Quantos conjuntos diferentes, de 10 cartas, pode o João receber?
1.2. Quantos conjuntos diferentes pode a Joana receber?
1.3. Justifique que as duas alíneas anteriores têm o mesmo resultado e traduza essa igualdade
usando combinações.

Resolução
52! 52  51    43
1. 1.1. 52
C10  = =15 820 024 220
10!42! 10  9    2
52! 52  51    43
1.2. 52
C42  =  15 820 024 220
42!10! 10  9    2
1.3. O número de maneiras distintas do João receber 10 cartas é igual ao número de maneiras
distintas de a Joana receber 42 cartas. 52 C10 52 C52 10 .

Exercício

Prove que, dados os números naturais n e p , p  n , C p  Cn  p , de dois modos distintos:


n n
2.
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
2.1. Estabelecendo uma correspondência um a um entre os subconjuntos com p elementos e os
subconjuntos com n  p elementos de um dado conjunto com n elementos.
2.2. Através da fórmula que permite calcular cada um dos membros da igualdade.

Resolução

2. 2.1. Seja A   1, 2,  , n . A função P  A  P  A  , B  A \ B é uma correspondência bijetiva


que a cada subconjunto de A com p elementos associa um subconjunto de A com n  p
elementos. Logo, C p  Cn  p .
n n

n! n! n!
2.2.
n
Cn  p     nC p
 n  p  ! n   n  p   !  n  p  ! p! p! n  p  !

Descritor: 3.3. (Página 11 do Caderno de Apoio)

3.3. +Reconhecer, dados os números naturais n e p , p < n , que e utilizar esta igualdade
para construir, progressivamente, o «Triângulo de Pascal», no qual figuram, na n-ésima linha, os
números e , por esta ordem.

Exercício

1. Considere um baralho de 52 cartas.


1.1. Determine quantos conjuntos de 7 cartas se podem construir.
1.2. Determine quantos conjuntos de 7 cartas têm o rei de copas.
1.3. Determine quantos conjuntos de 7 cartas não têm o rei de copas.
1.4. Justifique, sem efetuar explicitamente os cálculos, que o resultado obtido na alínea 1.1. é igual
à soma dos resultados obtidos nas alíneas 1.2. e 1.3. e traduza essa igualdade usando
combinações.

Resolução

1. 1.1. 52
C7  133 784 560
1.2. 51
C6  18 009 460
1.3. 51
C7  115 775 100
1.4. Um conjunto de sete cartas ou tem ou não tem o Rei de Copas.
Sejam A o conjunto dos conjuntos de sete cartas, B o conjunto dos conjuntos de sete cartas
que contêm o rei de copas e C o conjunto de conjuntos de sete cartas que não contêm o rei de
copas. Os cardinais dos conjuntos A , B e C são os resultados obtidos nas alíneas 1.1., 1.2. e
1.3., respetivamente.
Como A  B  C e B  C   , temos # A  # B  # C , ou seja, 52C7  51C6  51C7 .

Exercício
n 1
Prove que, dados números naturais n e p, p  n , C p 1  C p  C p 1 , por dois processos distintos.
n n
2.

*Recordando que C p é o número de subconjuntos com p elementos de um conjunto com n


n
2.1.
elementos e interpretando o segundo membro da igualdade que se pretende provar como o
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
cardinal de uma união de conjuntos disjuntos, que se pode pôr em correspondência biunívoca
com o conjunto das partes com p  1 elementos de um conjunto com n  1 elementos.

2.2. Utilizando as fórmulas que permitem calcular o valor de cada uma das expressões que
intervêm na igualdade a provar como funções racionais de fatoriais de números conhecidos e,
no segundo membro, reduzindo ao mesmo denominador as frações assim obtidas.

Resolução

2. 2.1. Seja A   1, 2, , n , n  1 e p um número natural menor do que n .


O número de subconjuntos de A com p  1 elementos e que contêm n  1 é C p .
n

O número de subconjuntos de A com p  1 elementos e que não contêm n  1 é C p 1 .


n

n 1
O número de subconjuntos de A com p  1 elementos é C p 1 .
n 1
Logo, C p 1  nC p  nC p 1 .
n! n!
2.2.
n
C p  nC p 1   
p ! n  p  !  p  1 ! n  p  1 !


 p  1 n!

 n  p  n!

  p  1   n  p   n! 
 p  1 ! n  p  !  p  1 ! n  p  !  p  1 ! n  p  !
 n  1 n!  n  1 !
   n 1C p 1
 p  1 ! n  p  !  p  1 ! n  p  !

Descritor: 3.4. (Página 11 do Caderno de Apoio)

3.4. +Reconhecer, dado , a igualdade entre polinómios nas variáveis x e y :

designando-a por «Binómio de Newton», e, por esta razão, designar os números igualmente
por «coeficientes binomiais».

Exercício

Considere os polinómios nas variáveis a e b , A   a  b  e B   a  b  .


3 4
1.
1.1. Determine formas reduzidas dos polinómios A e B .
1.2. Indique os valores de n, p, q, r , s e t na seguinte expressão, de modo que se torne numa
igualdade verdadeira entre polinómios:
 a  b   nC p a 4b0  nCq a 3b1  nCr a 2b 2  nCs x1 y 3  nCt x 4 y 4
4

1.3. Escreva as formas reduzidas obtidas para A e B em 1.1. na forma de somatório.

Determine uma forma reduzida para o polinómio, nas variáveis a e b , A   a  b  , e


5
1.4.
escreva-a também na forma de somatório.

Resolução

A   a  b   a  b  a  b    a 2  2ab  b 2   a  b    a 2  2ab  b 2  a   a 2  2ab  b 2  b 


3 2
1. 1.1.
 a3  2a 2b  ab 2  a 2b  2ab 2  b3  a 3  3a 2b  3ab 2  b3
B   a  b   a  b  a  b    a 3  3a 2b  3ab 2  b3   a  b    a 3  3a 2b  3ab 2  b3  a 
4 3
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

  a 3  3a 2b  3ab 2  b3  b
 a 4  3a 3b  3a 2b 2  ab 3  a 3b  3a 2b 2  3ab3  b 4  a 4  4a 3b  6a 2b 2  4ab3  b 4

1.2. n  4, p  0, q  1, r  2, s  3, t  4
3 4
1.3. A  a3  3a 2b  3ab 2  b3   3Ck x 3 k y k e B  a 4  4a 3b  6a 2b 2  4ab 3  b 4   4Ck x 4  k y k
k 0 k 0

C   a  b   a  b  a  b    a 4  4a3b  6a 2b 2  4ab3  b 4   a  b  
5 4
1.4.
  a 4  4a 3b  6a 2b 2  4ab3  b 4  a   a 4  4a 3b  6a 2b 2  4ab 3  b 4  b 
 a5  4a 4b  6a 3b 2  4a 2b3  ab4  a 4b  4a 3b 2  6a 2b3  4ab 4  b5  a 5  5a 4b  10a 3b 2 
10a 2b3  5ab 4  b5 
5
 5C0 a 5  5C1a 4b  5C2 a 3b 2  5C3a 2b3  5C4 ab 4  5C5b 5   5Ck x 5 k y k
k 0

Exercício

*Considere n   e o polinómio nas variáveis x e y ,  x  y  . Utilizando a definição de produto


n
2.
de polinómios, pretende obter-se uma forma reduzida deste polinómio. Para o efeito resolva as
seguintes questões, justificando todas as respostas.

2.1. Ao aplicar-se sucessivamente a definição de produto de polinómios ao produto de n fatores


iguais a x  y , no resultado final qual é o grau de cada monómio parcela do polinómio
produto?
2.2. Quais os valores possíveis para k na expressão x k y l , parte literal de um dos monómios
parcelas de uma forma reduzida de  x  y  ? Para cada um desses valores de k que valores
n

pode ter l ?
Numerando de 1 até n os n fatores do produto representado por  x  y  (ou seja,
n
2.3.
considerando a sequência indiciada em  1, ..., n com os termos todos iguais a  x  y  , mostre
que, para cada k   0, ..., n , existe uma correspondência biunívoca entre os subconjuntos com
k elementos de  1, , n e as parcelas da forma x k y l que resultam da aplicação da definição
 x  y
n
de produto de polinómios a .

 x  y
n
2.4. Conclua das alíneas anteriores que se obtêm formas reduzidas do polinómio ,
expressas nas igualdades:
n n
 x  y   nC k x k y n  k   nC k x n  k y k
n

k 0 k 0
Resolução
2. 2.1. O grau de cada monómio parcela do polinómio produto é n porque é um produto de n
monómios de grau 1.
2.2. O valor de k varia entre 0 e n , isto é, k   0,1, , n . Como o grau de x k y l é n , temos
k  l  n , ou seja, l  n  k .
2.3. Dado k   0, , n , a correspondência que a cada subconjunto A com k elementos de
 1, , n associa o produto z1 z2  zn onde zi  x se i  A e zi  y se i  A é uma
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

correspondência biunívoca entre os subconjuntos com k elementos de  1, , n e as parcelas da


forma x k y l na expansão de  x  y  .
n

Na expansão de  x  y  vamos obter uma soma de 2n parcelas da forma x k y n  k , com


n
2.4.
k   0, , n . Para cada k   0, , n , o número de parcelas da forma x k y n  k é igual ao número
n
de subconjuntos de k elementos de  1, , n , nCk . Daqui resulta que  x  y    Ck x y .
n k n k n

k 0

Exercício

3. **Prove por indução que:


n  n  1 n  n  1 n
 x  y x 2 y n  2  nxy n1  y n   nCk x n  k y k
n
 x n  nx n 1 y  x n 2 y 2   
2! 2! k 0

Resolução
1
Para n  1 temos  x  y   x  y  C0 x y  C1 x y   Ck x y .
1 11 0 1 0 1 1 1 k k
3.
k 0
n
Suponhamos agora que  x  y    Ck x y . Então:
n nk k n

k 0

 n H .I .   n   n 
 x  y    x  y   x  y     nCk x n k y k   x  y     nCk x n1k y k     nCk x nk y k 1  
n 1 n

 k 0   k 0   k 0 
 n
  n 1
  n
  n 1

   nCk x n 1 k y k     nCk 1 x n  k 1 y  k 1 1     nCk x n 1 k y k     nCk 1 x n 1 k y k  
 k 0   k 1   k 0   k 1 
 n
  n

  nC0 x n 1   nCk x n 1 k y k     nCk 1 x n 1 k y k  nCn y n 1  
 k 1   k 1 
 n n

 x n 1    nCk x n 1 k y k   nCk 1 x n 1 k y k   y n 1 
 k 1 k 1 
n
 C0 x n 1    nCk  nCk 1  x n 1 k y k 
n 1 n 1
Cn 1 y n 1 
k 1
n n 1
 C0 x n 1   n 1Ck x n 1 k y k 
n 1 n 1
Cn 1 y n 1   n 1Ck x n 1 k y k , provando a hereditariedade.
k 1 k 0
n
Pelo princípio de indução, podemos concluir que, para todo n   ,  x  y    Ck x y .
n nk k n

k 0

Descritor: 3.4. (Página 11 do Caderno de Apoio)

4.1. +Resolver problemas envolvendo operações sobre conjuntos e cardinais de conjuntos.

Exercício

1. Considere os subconjuntos A e B de um conjunto U . Simplifique as seguintes expressões,


nomeando as propriedades aplicadas.
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

1.1. B   B  A 1.2. A   B  A

1.3. A   B  A 1.4.  B  A   B  A 

1.5.
   
*  A  B  A   A

Resolução

1. 1.1. B   B  A    B  B   A  U  A  U
As propriedades aplicadas foram: associatividade da união, definição de complementar e existência
de elemento absorvente ( U ) para a união.
1.2. A   B  A  A   A  B    A  A  B    B  
As propriedades aplicadas foram: comutatividade da interseção (pois B  A  A  B ),
associatividade da interseção, definição de complementar e existência de elemento absorvente (  )
para a interseção.
1.3. A   B  A   A  B    A  A   A  B  U  A  B .
As propriedades aplicadas foram: distributividade da união em relação à interseção, definição de
complementar e existência de elemento neutro ( U ) para a interseção.
1.4.  B  A   B  A   B   A  A   B  U  B .
As propriedades aplicadas foram: distributividade da interseção em relação à união, definição de
complementar e existência de elemento neutro ( U ) para a interseção.

1.5.
     
  
 A  B  A   A   A  B  A   A   A   B  A    A   A  B    A  A    A 
  

  A  B   A  A   A  B    A  A    A  B   U  U

As propriedades aplicadas foram: Lei de De Morgan, dupla complementariedade, distributividade


da interseção em relação à união, associatividade da união, definição de complementar e existência
de elemento absorvente ( U ) para a união.

Exercício

2. Indique, justificando, para cada uma das seguintes igualdades, se é verdadeira para quaisquer
conjuntos A , B e C , subconjuntos de um dado conjunto U e, caso contrário, apresente um
contraexemplo.
2.1. B\ A BA 2.2.  A  B \ A  B 2.3. A B C  A B C

Resolução
2. 2.1. Verdadeira.
B \ A   x  B : x  A   x U : x  B  x  A   x U : x  B   x U : x  A  B  A

2.2. Falsa. Se A  B   1 , então  A  B  \ A    1   1  \  1   1 \  1     1  B .

2.3. Verdadeira. A  B  C   A  B   C   A  B   C   A  B   C  A  B  C
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Exercício

3. Um conjunto tem oito elementos. Determine o número de subconjuntos que pode definir a partir
deste conjunto que tenham:
3.1. dois elementos; 3.2. seis elementos; 3.3. oito elementos.

Resolução
8! 8  7 8!
3. 3.1. 8
C2    28 3.2. 8
C6 8 C2  28 3.3.
8
C8  1
6!2! 2  1 8!0!

Exercício

4. Seis jovens, a Ana, a Beatriz, o Carlos, a Dália, o Eduardo e a Filipa, vão concorrer a um sorteio de
seis viagens, a saber, a Barcelona, Berlin, Londres, Madrid, Paris e Roma.
Supondo que cada jovem vai ganhar uma viagem, de quantas maneiras diferentes pode resultar este
sorteio?

Resolução
6!
4. 6
A6   6!  720
0!

Exercício
5. Os 25 alunos de uma turma vão participar num torneio de andebol de cinco, sendo distribuídos por
cinco equipas, identificadas pelas letras A, B, C , D e E . De quantas maneiras diferentes poderá ser
feita a distribuição dos alunos pelas equipas?
Resolução
25!
5. 25
C5 20 C5 15 C5 10 C5 5 C5   623 360 743 125 120
5!5!5!5!5!

Exercício
6. Lançou-se um dado cúbico com as faces numeradas de 1 a 6 e um dado octaédrico com as faces
numeradas de 1 a 8 e registaram-se os números das faces que ficaram voltadas para cima. Identifique o
número de resultados possíveis para esta experiência.

Resolução
6. Sejam c e o os números nas faces dos dados cúbico e octaédrico que ficaram voltadas para cima.
c   1, 2,3, 4,5,6 e o   1, 2,3, 4,5,6,7,8 . Logo,  c, o    1, ,6   1, ,8 e, portanto, há 48  6  8
resultados possíveis para esta experiência.

Exercício
7. *Um conjunto tem 4096 subconjuntos. Quantos desses subconjuntos têm exatamente seis elementos?
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Resolução
7. Como 4096  212 , o conjunto tem 12 elementos. O número de subconjuntos com exatamente 6
12! 12  11  10  9  8  7 12 10 9 8
elementos é: 12C6        11 7  2  2  3  1 11 7  924
6!6! 6  5  4  3  2 1 6 5 3 4 2

Exercício

8. **Justifique, sem utilizar o princípio da indução matemática, que 2n  n , qualquer que seja n  0 .

Resolução

8. Seja A um conjunto com n  0 elementos. O número de subconjuntos de A é 2n . Os subconjuntos


de A com um único elemento e o conjunto vazio são n  1 subconjuntos de A distintos 2 a 2. Daqui
resulta que 2n  n  1  n .
(Notemos ainda que a igualdade 2n  n  1 ocorre se e só se A não possuir subconjuntos com mais de
um elemento, ou seja, apenas nos casos n  0 e n  1 .)

Descritor: 4.2. (Página 13 do Caderno de Apoio)

4.2. +Resolver problemas de contagens envolvendo arranjos e combinações.

Exercício
1. Determine quantos códigos de quatro algarismos é possível formar.

Resolução

1. Como há 10 algarismos distintos, o número de códigos pedido é 10


A4  104  10 000 .

Exercício

2. Um código é formado por sete caracteres dos quais quatro têm de ser algarismos e três têm de ser
vogais. Quantos códigos diferentes é possível formar tais que:
2.1. os algarismos e as vogais sejam dispostos de forma alternada?
2.2. os símbolos iniciais e finais sejam algarismos e as vogais estejam juntas?
2.3. as vogais fiquem nos lugares centrais e os algarismos sejam todos ímpares?
2.4. *haja unicamente dois algarismos iguais a 3?
2.5. *não haja qualquer restrição à forma como se dispõem?

Resolução
2. 2.1. As sequências têm de começar e acabar num algarismo. O resultado pedido é:
10
A4 5 A3  104  53  1 250 000
2.2. Há três escolhas possíveis para a posição das vogais. O número de sequências distintas é:
3 10 A4 5 A3  3  104  53  3 750 000
2.3. 5
A4 5 A3  54  53  57  78 125
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

2.4. Temos 7 C3 maneiras de escolher a posição das vogais, 5 A3 maneiras de escolher as três vogais,
4
C2 maneiras de escolher a posição dos dois algarismos diferentes de 3 e 9 A2 maneiras de escolher
os dois algarismos diferentes de 3.
 7 C3 5 A3    4C2 9 A2   35 125  6  81  2 126 250

2.5. Temos 7 C3  35 maneiras distintas de escolher as posições das três vogais (ou dos quatro
algarismos) , 5 A3  53  125 maneiras distintas de escolher três vogais e 10
A4  104  10 000 de
escolher quatro algarismos. O resultado pedido é:
7
C3 5 A3 10 A4  35  125  10000  43 750 000
Notemos que este resultado é o produto do resultado da alínea 2.1. por 7 C3  35 , o número de
maneiras de escolher as posições dos algarismos e das vogais.
Exercício

3. Utilizando os algarismos do conjunto A   1, 2, 3, 4 , 5, 8, 9 , quantos números de três


algarismos é possível formar de modo que:
3.1. tenham exatamente dois algarismos iguais a 3?
3.2. os números sejam múltiplos de 5?
3.3. *o produto dos algarismos seja um número par?

Resolução

3. 3.1. 3
C1  6 A1  3  6  18
3.2. 7
A2  1 A1  7 2 1  49
3.3. 7
A3  4 A3  73  43  343  64  279

Exercício
4. **De quantas maneiras se podem colocar seis fichas distintas em nove caixas diferentes, podendo
haver mais do que uma ficha por caixa, mas não mais de quatro em cada caixa?

Resolução

4. 96  9  6C1  9 A2  531 000


Uma bola numa caixa e cinco noutra
6
C1 é o número de maneiras de escolher a bola que fica numa das caixas
9
A2 é o número de escolher ordenadamente as duas caixas
Número de maneiras de escolher uma caixa para as seis bolas
Todos os casos (para cada uma das seis bolas há 9 possbilidades)

Exercício

5. Foram extraídas sucessivamente e com reposição quatro cartas de um baralho de 52 cartas.


Determine de quantas maneiras diferentes é possível obter:
5.1. por esta ordem, um ás, duas figuras e um número superior a 5;
5.2. primeiro duas cartas vermelhas e depois duas cartas de espadas;
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
5.3. um rei e três cartas pretas, não necessariamente por esta ordem.

Resolução
5. 5.1. 4  12  12  20  11520
5.2. 26  26  13  13  114244
5.3. Opções: o rei é vermelho e as cartas pretas não são reis ou o rei é preto e há uma carta vermelha
que não é rei:
4
A1  2 A1  24 A3  4 A1  24 A1  3 A1  2 A1  24 A2  4  2  243  4  2  3  243 
 4  2  4  243  442 368

Exercício

6. Considere o conjunto A   1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 .
Quantos números de quatro algarismos diferentes é possível formar que sejam:
6.1. superiores a 3000? 6.2. pares?
6.3. múltiplos de 5? 6.4. *inferiores a 5840?

Resolução

6. 6.1. 7
A1  8 A3  7  8  7  6  2352
6.2. 4
A1  8 A3  4  8  7  6  1344
6.3. 1
A1  8 A3  1  8  7  6  336
6.4. Inferiores a 5000: 4 A1  8 A3  4  8  7  6  1344
Entre 5000 e 5800: 1 A1  6 A1  7 A2  1  6  7  6  252
Entre 5800 e 5840: 1 A1  1 A1  3 A1  6 A1  1  1  3  6  18
Total: 1344  252  18  1614

Exercício

7. A turma da Beatriz tem 28 alunos dos quais 12 são rapazes.


De quantas maneiras diferentes pode resultar a eleição do delegado e o subdelegado de turma se:
7.1. o delegado for rapariga e o subdelegado for rapaz?
7.2. o delegado e o subdelegado forem do mesmo sexo?
7.3. a Beatriz for eleita?

Resolução
7. 7.1. 16  12  192
7.2. 16  15  12  11  240  132  372
7.3. 2  27  54
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Exercício

8. Um saco contém sete cartões indistinguíveis ao tato e numerados de 1 a 7. Foram extraídos sem
reposição três cartões e dispostos por ordem formando um número.

8.1. Quantos números é possível formar?


8.2. Dos números que é possível formar, quantos:
a) têm dois algarismos pares? b) são ímpares?

Resolução

8. 8.1. 7
A3  7  6  5  210
8.2. (a) 3! 3C2  4 A1  6  3  4  72
(b) 4
A1  6 A2  4  6  5  120

Exercício

9. Duas prateleiras estão vazias e cada uma tem espaço para 12 livros. De quantas maneiras diferentes é
possível dispor 16 livros nas duas prateleiras de forma que fiquem juntos e encostados a um dos
extremos da prateleira e:
9.1. *oito em cada prateleira?
9.2. *dez numa prateleira e seis na outra?

Resolução

9. 9.1. 22  16 A8  8 A8  4  16!  83 691 159 552 000


9.2. 2  22  16 A10  6 A6  8  16!  167 382 319 104 000

Exercício
10. *Num debate participam, para além do moderador, 8 pessoas, havendo dois representantes por cada
uma das quatro organizações convidadas. De quantas maneiras possíveis se podem dispor numa mesa
quadrada se o moderador tiver lugar fixo num dos lados e os participantes em lados opostos de modo
que os elementos da mesma organização fiquem juntos e haja o mesmo número de pessoas em ambos
os lados?
(Adaptado)

Resolução

10. 4!  24  384
Moderador

Escolha da ordem dos elementos de cada uma das quatro organizações A H


B G
Escolha da ordem das quatro organizações
C F
D E

Exercício
11. Uma sequência de letras diz-se um «anagrama» de uma outra se o número de ocorrências de qualquer
letra for igual em ambas. Quantos anagramas existem da palavra MARGARIDA?

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

P9 9!
11.   30 240
PP
1 3 P2 P1 P1 P1 1! 3! 2!1!1!1!

Exercício

12. Considere todos os números que se podem obter alternando a ordem dos algarismos do número 2 344 451.
12.1. Quantos números é possível formar?
12.2. Quantos desses números são ímpares?

Resolução

7!
12. 12.1. 7
A4 
 840
3!
6!
12.2. 3  6 A3  3   3  120  360
3!

Exercício
13. **Dez livros de Matemática e cinco de Física vão ser dispostos, lado a lado, numa prateleira. De
quantas formas distintas se poderão arrumar os livros de modo que não fiquem dois livros de Física
lado a lado?

Resolução
13. Admitindo que os livros de Matemática são todos iguais e os livros de Física também são todos iguais,
tem-se:

66 12!
C6  12C6   924
6!6!
ou
Admite-se que os livros são todos diferentes:
•M•M•M•M•M•M•M•M•M•M•
Há 10! maneiras de ordenar os 10 livros de Matemática.
Os 10 livros de Matemática determinam 11 lugares (•) , entre os quais são escolhidos 5 para os livros
de Física (para que não fiquem seguidos).

Há, portanto, 10!  11 A5  201 180 672 000 maneiras de arrumar os livros.

Exercício
14. De quantas maneiras diferentes podem 8 automóveis ser arrumados num parque com 12 lugares
disponíveis?

Resolução
14. Como os automóveis são diferentes 2 a 2 (não existem 2 automóveis com a mesma matrícula), o
número pedido é 12 A8  12  11 10    5  19 958 400 .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Exercício
15. Considere os pontos (distintos) A, B, C , D e E pertencentes a uma circunferência.
Quantas cordas existem com extremos nestes pontos?

Resolução

5 4
15. 5
C2   10
2

Exercício

16. Numa gelataria há oito sabores diferentes de gelado, sendo cinco sabores de fruta e os outros a café, a
chocolate e a amêndoa. De quantas maneiras é possível escolher três sabores diferentes para um
copo, se:
16.1. não houver qualquer restrição?
16.2. unicamente dois dos sabores forem de fruta?
16.3. pelo menos um dos sabores for de fruta?
16.4. o sabor a café e a kiwi não forem pedidos simultaneamente?
16.5. os sabores a café e a amêndoa forem sempre pedidos em conjunto?

Resolução

8 7 6
16. 16.1. 8C3   8  7  56
3 2
5 4
16.2. 5
C2  3C1   3  30
2
16.3. O número de maneiras de não escolher nenhum sabor de fruta é 5C0  3C3  1 .
O número de maneiras de pedir pelo menos um sabor de fruta é 8C3  5C0  3C3  56  1  55 .
Também poderiamos ver que o número de maneiras de escolher pelo menos um sabor a fruta é a
soma dos números de maneiras de escolher 1, 2 e 3 sabores a fruta, ou seja:
5
C1  3C2  5C2  3C1  5C3  3C0  5  3  10  3  10  1  55
16.4. 8
C3  6C1  56  6  50
6
C2  6C2  6C3  15  15  20  50
16.5. 6
C3  6C1  20  6  26

Exercício

17. De quantas maneiras é possível selecionar cinco cartas de um baralho de 52 cartas de forma que:
17.1. quatro sejam figuras e uma seja ás?
17.2. *duas sejam figuras e três sejam cartas de espadas?

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
17. 17.1. Como o baralho tem 4 ases e 12 figuras, o número pedido é:
12  11  10  9 12 10
4
C1  12C4  4   4  11 9    4  11  5  9  1980
4  3 2 43 2

17.2.
Figuras s/ Figuras de Outras Outras
espadas espadas espadas cartas
9 3 10 30
9
C2  3C0  10C3  30C0 
4
2 0 3 0
320
9
C1  3C1  10C2  30C1 
36
1 1 2 1
450
9
C0  3C2  10C1  30C2 
13
0 2 1 2
050
53
820
Exercício
18. Quantos divisores naturais tem o número 2400  25  3  52 ?

Resolução

18. Visto que cada divisor de 2400  25  31  52 é da forma 2a  3b  5c com 0  a  5 , 0  b  1 e


0  c  2 , o número 2400 tem  5  1   1  1   2  1  36 divisores.
Nota: A função que a cada número natural n associa o seu número de divisores é chamada função
divisor e é simbolizada por  ou por  0 .

Exercício

19. Considere um prisma hexagonal regular.


19.1. *Quantas retas distintas passam por dois vértices do prisma e não contêm qualquer aresta do
prisma?
19.2. Das retas identificadas na alínea anterior, quantas são paralelas às bases?
19.3. Um vértice de uma base e dois vértices da outra base são vértices de um mesmo triângulo.
a) *Quantos desses triângulos existem?
b) **Desses triângulos, quantos são retângulos?
19.4. *Pretende pintar-se as faces do prisma, que previamente foram numeradas, de modo que duas
faces com arestas comuns não tenham a mesma cor. Sabendo que existem seis cores
disponíveis, de quantas maneiras diferentes é possível pintar o prisma?
(Adaptado)

Resolução
19. 19.1. O prisma hexagonal tem 12 vértices e 18 arestas (e 8 faces). O número de pares de vértices é
12  11
12
C2   66 e o número de pares de vértices que são extremos de uma aresta é
2
precisamente o número de arestas.
O número pedido é a diferença entre o número de pares de vértices e o número de arestas,
12
C2  18  66  18  48 .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
19.2. As retas que não são paralelas às bases são 6  5  30 . As que são paralelas à base são
48  30  18 .
As retas que são paralelas às bases são 2   C2  6   2   15  6   18 .
6

19.3. (a) 2  6C1  6C2  2  6  15  180


12  11  10 6 5 4
12
C3  2  6C3   2  220  2  20  180
3 2 3 2
(b) Os vértices que estão na mesma base (hexágono) são adjacentes, alternados ou opostos.
O número de triângulos é 2   6  4  6  4  3  2   108
19.4. Consideremos dois casos:
1.o caso: bases com a mesma cor
2. o caso: bases com cores diferentes
Em seguida, vamos considerar que as faces laterais têm os números de 1 a 6 e analisar as faces que
podem ter a mesma cor que a face 1. Em cada um dos dois casos temos cinco possibilidades para as
faces que têm a mesma cor que a face 1:
(a) Apenas a face 1.
(b) As faces 1 e 3.
(c) As faces 1 e 4.
(d) As faces 1 e 5.
(e) As faces 1, 3 e 5.
Caso 1 (a): 6  5  44  3
Casos 1 (b) e 1.(d): 6  5  4  4 2  3 (cada um)
Caso 1 (c): 6  5  4  3  4  3
Caso 1 (e): 6  5  43
Caso 2 (a): 6  5  4  34  2
Casos 2 (b) e 2.(d): 6  5  4  3  32  2 (cada um)
Caso 2 (c): 6  5  4  3  2  3  2
Caso 2 (e): 6  5  4  33
Total:
6  5   44  3  2  43  3  4 2  32  43   6  5  4   34  2  2  33  2  32  2 2  33  
 6  5  4   43  3  2  42  3  4  32  4 2   6  5  4  3   33  2  2  32  2  3  2 2  32  

 120   192  96  36  16   360   54  36  12  9  

 120  340  360  111  80760

Exercício
20. Quantos caminhos existem, seguindo as linhas da quadrícula, que liguem o ponto A ao ponto B
passando por C e sem andar da direita para a esquerda nem de cima para baixo?
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Resolução
20. Cada caminho nas condições pedidas é formado por um caminho entre A e C , e por um caminho
entre C e B . Para “ir” do ponto A para o ponto C precisamos de andar três quadrículas da esquerda
para a direita (na horizontal) e duas de baixo para cima (na vertical). O número destes caminhos é
igual ao número de sequências formadas por três letras H e duas letras V, que é 5C3  10 . De modo
análogo podemos concluir que o número de caminhos entre C e B é igual ao número de sequências
formadas por quatro letras H e três letras V que é 7C4  35 . Finalmente, o número de caminhos entre
A e B é 5C3  7C4  10  35  350 .

Descritor: 4.3. (Página 15 do Caderno de Apoio)

4.3. +Resolver problemas envolvendo Triângulo de Pascal e o Binómio de Newton.

Exercício

1. Determine os valores possíveis de n tais que Cn 1  11C8 .


11

Resolução

1. Como 11Cn 1  11C8  11C118  11C3 , podemos concluir que n  1  8 e n  1  3 , isto é, n  7 e n  2


satisfazem a condição.

Note que se pode provar que n  7 e n  2 são os únicos valores pedidos.


n! n p n! n p n
Tendo em conta que C p  Cn  p , C p 1      Cp e
n n n

 p  1 ! n  p  1 ! p  1 p ! n  p  ! p  1
n p n 1
1  n  p  p 1 p  , temos que:
p 1 2
1  11C0  11C11  11C1  11C10  11C2  11C9  11C3  11C8  11C4  11C7  11C5  11C6
Portanto, n  7 e n  2 são os únicos valores pedidos.

Exercício
2. O sexto e o sétimo elementos de uma linha do Triângulo de Pascal são iguais. Qual é o elemento
central da linha seguinte?

Resolução
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

n! n5 n! n5 n n5 n


Como nC5  nC6 , temos que: C6    C5 
n
2. C6 .
6! n  6  ! 6 5! n  5  ! 6 6

n5
Daqui resulta que  1 , ou seja, n  11 .
6
11  10  9  8  7
O elemento central da linha seguinte é: 12C6  11C5  11C6  2  11C5  2   924
5 4  3 2

Exercício

3. Determine
11
C p 1  11C p  2  12C p 3 sabendo que C p 3  1716 e que p  8 .
13

Resolução

3.
11
C p 1  11C p  2  12C p  3   11C p 1  11C p  2   12C p  3  12C p  2  12C p 3  13C p 3  1716

Exercício

*Sabendo que, dados números naturais n e p , p  2  n , que C p  3432 , C p  2  2002 e que


n n
4.
n 1 n 1 n2 n 2
C p 1  6435 , determine nC p 1 , C p2 , C p2 e Cn  p .

Resolução
4.

n 1 n 1
C p 1  nC p  nC p 1  nC p 1  C p 1  nC p  nC p 1  6435  3432  nC p 1  3003
n 1 n 1 n 1
C p  2  nC p 1  nC p  2  C p  2  3003  2002  C p  2  5005
n2 n 1 n 1 n2 n2
C p2  C p 1  C p2  C p  2  6435  5005  C p  2  11 440
n2 n2 n2
Cn  p  C n  2  n  p   C p  2  11 440
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Exercício
n
5. Sabe-se que 
i 0
n
Ci  4096  n   . Determine:

n 1
5.1. C4
n2
*
n2
5.2. Ci
i 0

Resolução
n
Visto que 2   Ci  4096  2 , temos que n  12 .
n n 12
5.
i 0

n 1 11  10  9  8
5.1. C4  11C4   11  10  3  330
4  3 2
n2 14
5.2. 
i 0
n 2
Ci   14Ci  214  16 384
i 0

Exercício

6. Determine o desenvolvimento das seguintes expressões utilizando a fórmula do Binómio de Newton


e simplificando tanto quanto possível cada uma das parcelas assim obtidas.
 x  2
5
6.1.
4
 1
6.2.  2x  
 x
5
x 
6.3.   x 2 
3 

Resolução

 x  2  x5  5C1 x 4  2   5C2 x 3  2   5C3 x 2  2   5C4 x1  2    2  


5 1 2 3 4 5
6. 6.1.

 x5  5  2  x 4  10  4 x3  10  8  x 2  5  16 x1   32   x 5  10 x 4  40 x 3  80 x 2  80 x1  32
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
4 1 2 3 4
 1 31 21 1 1  1
6.2.  2 x     2 x   4C1  2 x     4C2  2 x     4C3  2 x       
4

 x  x x x  x
1 1 1 1 8 1
 16 x 4  4  8 x3  6  4 x 2 2  4  2 x 3  4  16 x 4  32 x 2  24  2  4
x x x x x x
5 5 4 3
x   x  x x
6.3.   x 2      5C1     x 2   5C2     x 2  
1 2

3  3 3 3


2 1
 x  x
 5C3     x 2   5C4     x 2     x 2  
3 4 5

3 3
x5 x4 x3 x2 x
  5   x 2   10 x 4  10   x 6   5 x8  x10 
243 81 27 9 3
x5 5 10 7 10 8 5 9
  x6  x  x  x  x10
243 81 27 9 3

Exercício
7. Determine, para x  0 , o 6.º termo do desenvolvimento pelo Binómio de Newton de cada uma das
seguintes expressões e apresente-o na forma mais simplificada.
6
 3 2
7.1. x  
 x
8
 3
7.2. * x x  2 
 x 

Resolução
5
 2 3  32  192
7. 7.1. 6
C5  x 
3 6 5
    6x   5    2
 x  x  x
5 3
 3  8  7  6  2   243 
3 9 9 11

  2 
243 
8 5 10 
7.2. 8
C5 x x 
 2  x
    10 
 56 x   10 
  13 608 x 2
  13 608 x 2

 x  3  2    x   x 

Exercício
6
2 
8. *Considere a seguinte expressão A  x     x  . Determine, relativamente ao desenvolvimento
x 
de A  x  pelo Binómio de Newton, o termo:
8.1. independente de x ;
8.2. de grau 3.

Resolução
6 6k k
 12  3
2  2
 x   C 2  x 
6 k 6 6 k 6
1 6  k
8. A  x     x    6Ck   6
k
6k
   k
x  6
C 2 6 k 2
x
x  k 0  x k 0   k 0
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

3 62 3
4  6 65 2 0
8.1. k 60 k   4 . O termo independente de x é 6C4 26 4 x 2  2 x  60 .
2 3 2
3  6  3  2 . O termo de grau 3 é 6 66 3266
8.2. k 63 k  6 C6 2 x  1  20 x 3  x 3 .
2 3

Exercício

9. Utilizando o desenvolvimento do Binómio de Newton, determine o valor de cada uma das seguintes
expressões, onde n é um número natural.
12

C 412 k  2 
k
9.1. k
k 0

n
k
9.2. å n
C k ( - 1)
k= 0

Resolução
12

C 412 k  2    4   2    212  4096


k 12
9. 9.1. k
k 0
n n n

 Ck  1   nCk 1n 1  1   1   1   0n  0


n k k
9.2.
k 0 k 0

Exercício

10. **Determine a soma dos coeficientes dos termos de uma forma reduzida do polinómio  2 x  3 ,
11

utilizando o Binómio de Newton.

Resolução
10. Pelo Binómio de Newton temos:

 2 x  3   2 x   11C1  2 x   3  11C2  2 x   3    11C10  2 x   3    3  


11 11 10 1 9 2 1 10 11

11
  11Ck  2 x   3
11 k k

k 0

11

 Ck 211 k  3 , que é obtida da expressão anterior substituindo x por 1,


11 k
Queremos calcular a soma
k 0

ou seja:
11 11

 Ck 211 k  3   11Ck  2  1  3   2  1  3    1  1


11 k 11 k k 11 11

k 0 k 0
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Descritor: 3.1. (Página 18 do caderno de apoio)

3.1. +Resolver problemas envolvendo cálculo combinatório e determinação de probabilidades em


situações de equiprobabilidade de acontecimentos elementares.

Exercício
1. O código de um cofre é formado por três vogais seguidas de quatro algarismos. Selecionando um
código deste tipo ao acaso, qual é a probabilidade de ter:
1.1. pelo menos duas vogais diferentes e os algarismos todos iguais?
1.2. unicamente uma letra a e dois algarismos iguais a 7?
1.3. *pelo menos um algarismo igual a 4?

Resolução
1. O número total de códigos que é possível formar com três vogais seguidas de quatro algarismos é
53  104 .

Número de casos possíveis: 5  10


3 4

1.1. Com três vogais diferentes é possível formar 5 A3 sequências.

Com duas vogais iguais e uma diferente temos A2  3 sequências.


5

Temos dez sequências de quatro algarismos iguais. (0000, 1111, 2222, …, 9999).

Número de casos favoráveis: 5 A3  10  5 A2  3  10 , ou, em alternativa,  5  5   10 .


3

Logo, a probabilidade de ter pelo menos duas vogais diferentes e os algarismos todos iguais é dada
por:
5
A3  10  5 A2  3  10 1200 3
 
5  10
3 4
1 250 000 3125
1.2. Com uma letra a apenas é possível formar 3C1  42 sequências.
De entre quatro lugares disponíveis para os algarismos escolhemos dois para colocar os dois
4
algarismos iguais a 7: C2 .
2
Para os restante dois lugares temos 9 possibilidades.

Número de casos favoráveis: C1  4  C2  9


3 2 4 2

Logo, a probabilidade de ter apenas uma letra a e dois algarismos iguais a 7 é dada por:
3
C1  42  4C2  92 23 328 1458
   0, 019
5  10
3 4
1 250 000 78 125
1.3. Vamos determinar a probabilidade de não ter algarismos iguais a 4.
3
Com três vogais temos 5 sequências.
4
Temos 9 sequências de quatro algarismos sem usar o algarismo 4.
Logo, a probabilidade de ter pelo menos um algarismo igual a 4 é dada por:
53  94
1  0, 3439
53  104
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

Exercício
2. Num saco existem bolas indistinguíveis ao tato, das quais cinco são azuis e numeradas de 1 a 5 e seis
são vermelhas numeradas de 6 a 11.
2.1. Extrai-se uma bola ao acaso, observando-se a cor e o número. Qual é a probabilidade de se obter:
2.1.1. uma bola com número par?
2.1.2. uma bola azul com número ímpar?
2.1.3. uma bola vermelha com um número primo?
2.2. Extraiu-se uma bola e depois outra repondo a primeira e observou-se a cor e o número de cada
uma delas. Qual é a probabilidade de se obter:
2.2.1. duas bolas da mesma cor?
2.2.2. uma bola com número par e outra com número ímpar?
2.2.3. duas bolas iguais?
2.3. Extraiu-se simultaneamente três bolas e observou-se a respetiva cor e número. Qual é a
probabilidade de se obter:
2.3.1. três bolas da mesma cor?
2.3.2. duas bolas com número par e uma com número ímpar?
2.3.3. uma bola azul e duas bolas vermelhas, ambas com números pares?

Resolução
2. 2.1. Número de casos possíveis: 11
2.1.1. Número de bolas com número par: 5
5
A probabilidade pedida é .
11
2.1.2. Número de bolas azuis com número ímpar: 3
3
A probabilidade pedida é .
11
2.1.3. Número de bolas vermelhas com número primo: 2
2
A probabilidade pedida é .
11
2.2. Número de casos possíveis: 112
2.2.1. Número de casos favoráveis:
Temos 52 sequências de duas bolas azuis (com reposição da primeira bola) e 62 sequências
de duas bolas vermelhas.
52  62 61
A probabilidade pedida é  .
112 121
2.2.2. Número de casos favoráveis:
Temos 6  5 sequências onde a primeira bola tem um número ímpar e a segunda tem um
número par.
Temos 5  6 sequências onde a primeira bola tem um número par e a segunda tem um
número ímpar.
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

2  5  6 60
A probabilidade pedida é   0, 49588 .
112 121

2.2.3. Número de casos favoráveis:


Temos 11 sequências de duas bolas iguais.
Número de casos possíveis: 112
11 1
A probabilidade pedida é  .
112 11
2.3. Número de casos possíveis: 11C3
2.3.1. Número de casos favoráveis:
Podemos extrair simultaneamente (não interessa a ordem) 5C3 subconjuntos de três bolas
azuis escolhidas de entre cinco.
Podemos extrair simultaneamente 6C3 subconjuntos de três bolas vermelhas escolhidas de
entre seis.
C3  6C3 2
5

A probabilidade pedida é 11
 .
C3 11

2.3.2. Número de casos favoráveis:


Escolhemos duas bolas com um número par de entre cinco disponíveis (A2, A4, V6, V8 e
V10) e escolhemos uma bola ímpar de entre seis (A1, A3, A5, V7, V9 e V11).
Assim, temos 5C2  6C1 casos favoráveis.
C2  6C1 4
5

A probabilidade pedida é 11
 .
C3 11

2.3.3. Número de casos favoráveis:


Temos duas bolas azuis que têm número par (A2 e A4) e três bolas vermelhas que têm número
par (V6, V8 e V10).
Logo, temos 2C1  3C2 casos favoráveis.
2
C1  3C2 2
A probabilidade pedida é 11
 .
C3 55

Exercício
3. Considere todos os números compostos por três algarismos diferentes. Selecionando um deles ao
acaso, qual é a probabilidade de:
3.1. ter todos os algarismos pares? 3.2. ser divisível por 5? 3.3. *ser superior a 250?

Resolução
3. Número de casos possíveis: 9  9  8  648
3.1. Número de casos favoráveis: 4  4  3
443 2
A probabilidade pedida é:  .
9  9  8 27
3.2. Número de casos favoráveis:
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Para que um número seja divisível por 5, o algarismo das unidades tem de ser 0 ou 5.
Temos 9  8  1  8  8  1 casos favoráveis.
9  8  1  8  8  1 48 17
A probabilidade pedida é:   .
998 648 81

3.3. Número de casos favoráveis:


O algarismo das centenas é 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9:
1.º A 2.º A 3.º A
7 8 9
789
O algarismo das centenas é 2:
1.º A 2.º A 3.º A
1 5 8
5, 6, 7, 8 ou 9

1 5  8
7  8  9  1  5  8  1  543
O 250 não serve

Temos 39 números superiores a 250 e inferiores a 300 e 7  9  8 números de três algarismos


superiores ou iguais a 300.
543 181
A probabilidade pedida é  .
648 216

Exercício
4. A Joana e cinco amigos vão ao cinema e os bilhetes correspondem a seis lugares consecutivos de
uma dada fila. Sabendo que vão distribuir os bilhetes aleatoriamente, qual é a probabilidade de:
4.1. a Joana ficar com um bilhete correspondente a um lugar numa das pontas?
4.2. a Amélia e a Joana terem bilhetes correspondentes a lugares seguidos?
4.3. a Joana e a Luísa não ficarem ao lado uma da outra?
Resolução
4. Números de casos possíveis:
Temos de permutar as seis pessoas que vão ao cinema, ou seja, há 6! possibilidades de distribuir os
seis bilhetes pelas seis pessoas.
4.1. Números de casos favoráveis:
A Joana tem duas possibilidades para ficar com os bilhetes das pontas, J_ _ _ _ _ e _ _ _ _ _ J.
Para cada um dos casos anteriores, temos 5! maneiras diferentes de distribuir os cinco bilhetes
restantes. Logo, o número de casos favoráveis é 2  5! .
2  5! 1
A probabilidade pedida é  .
6! 3
Nota: Neste exercício também se pode pensar apenas no bilhete que a Joana recebe. Há 2 nas pontas
de entre 6.
4.2. Números de casos favoráveis:
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
2!  4!  5
Número de posições possíveis para o bloco AJ ou JA (XX_ _ _ _ , _XX_ _ _ , _ _XX_ _ , _ _ _XX_ , _ _ _ _XX)

Número de maneiras de ordenar os restantes 4

Pode ser AJ ou JA

Logo, o número de casos favoráveis é 2!  4!  5 .


2!  4!  5 1
A probabilidade pedida é  .
6! 3
Outro processo:
Dois bilhetes podem ser escolhidos de entre seis de 6C2  15 maneiras diferentes.
Há cinco lugares possíveis para o bloco de dois lugares juntos.
5 1
A probabilidade pedida é  .
15 3
1
4.3. A probabilidade de a Joana e a Luísa ficarem juntas é (calculada em 4.2.).
3
1 2
Logo, a probabilidade de a Joana e a Luísa não ficarem juntas é 1   .
3 3
Exercício
5. Considere uma grelha quadrada com 16 quadrículas.
Nesta grelha vão ser colocadas aleatoriamente oito fichas iguais,
não mais do que uma por quadrícula. Qual é a probabilidade de:
5.1. as duas diagonais ficarem preenchidas?
5.2. unicamente uma linha ficar totalmente preenchida?
5.3. ficarem preenchidas duas colunas?

Resolução
16
5. Número de casos possíveis: C8
5.1. Número de casos favoráveis:
Temos apenas uma possibilidade para que as peças fiquem na diagonal.
De entre 16 quadrados disponíveis temos de escolher oito para colocar as fichas.
1 1
A probabilidade pedida é 
16
C8 12 870 .

5.2. Número de casos favoráveis:


Para cada uma das quatro possibilidades de obter uma linha preenchida, temos de escolher
quatro lugares de entre 12 disponíveis para colocar as quatro fichas restantes e retira-se os
casos onde se obtêm duas linhas totalmente preenchidas.
Logo, o número de casos favoráveis é C1  C4  C2 .
4 12 4

4
C1  12C4  4C2 1974 329
A probabilidade pedida é 16
   0, 015 .
C8 12870 2145
5.3. Número de casos favoráveis:
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
De entre quatro colunas escolhemos duas para colocar as fichas.
4
Logo, o número de casos favoráveis é C2 .
4
C2 1
A probabilidade pedida é 16
  0, 0005 .
C8 2145

Exercício
6. Considere um octógono regular.
6.1. Selecionando dois vértices ao acaso, qual é a probabilidade de o segmento por eles determinado:
6.1.1. corresponder a um lado do octógono?
6.1.2. passar pelo centro do octógono?
6.2. *Selecionando três vértices ao acaso, qual é a probabilidade de o triângulo por eles determinado
ser retângulo?

Resolução

6. 6.1. Número de casos possíveis: 8C2


6.1.1. O número de casos favoráveis é oito, o número de lados do octógono.
8 2
A probabilidade pedida é 8C  7 .
2

6.1.2. Temos quatro segmentos que passam pelo centro do octógono regular. O número de casos
favoráveis é quatro.
4 1
A probabilidade pedida é 8
 .
C2 7
6.2. Número de casos possíveis: 8C3
Número de casos favoráveis: 6  4 . Temos quatro segmentos que passam pelo centro do octógono
regular e para cada um desses quatro segmentos temos seis vértices disponíveis para obter triângulos
retângulos.
64 3
A probabilidade pedida é 8
 .
C3 7

Exercício
7. *Uma urna tem 12 cartões numerados de 1 a 12. Retiram-se sucessivamente dez cartões e dispõem-se
lado a lado. Qual é a probabilidade de:
7.1. ficarem cinco cartões com números pares, seguidos de cinco cartões com número ímpares?
7.2. somente os últimos quatro cartões terem números pares?
7.3. os cartões com os números 7, 8 e 9 ficarem seguidos?

Resolução
12
7. O número de casos possíveis é A10 .
7.1. O número de casos favoráveis é 6 A5  6 A5 .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
6
A5  6 A5 1
A probabilidade pedida é 12
 .
A10 462

7.2. O número de casos favoráveis é 6!  6 A4 .


6!  6 A4 1
A probabilidade pedida é 12
 .
A10 924

7.3. Suponhamos que os números 7, 8, 9 ficam seguidos e juntos. Assim, não é necessário permutá-los.
9
O número de casos favoráveis é 8 A7 .
8  9 A7 1
A probabilidade pedida é 12  .
A10 165

Caso se pretenda que os números 7, 8 e 9 fiquem seguidos por qualquer ordem, o número de casos
8  9 A7  3! 6 2
favoráveis é e a probabilidade pedida é 12
  .
8  A7  3!
9
A10 165 55

Exercício
8. *Escolheram-se aleatoriamente duas das parcelas do desenvolvimento pelo binómio de Newton da
expressão  x  2  , com x  0 . Determine a probabilidade de que o respetivo produto seja negativo.
11

Resolução
8. As 12 parcelas do desenvolvimento pelo Binómio de Newton são alternadamente positivas e negativas.
 x  2
11
 11C0 x n ( 2)0  11C1 x n 1 ( 2)1    11C11 ( 2)11  x n  11x n 1    2048
Para que o produto seja negativo as parcelas a escolher devem ter sinais contrários. Vamos escolher
uma parcela negativa de entre seis disponíveis e uma positiva de entre seis parcelas positivas.
6
C1  6C1 6
A probabilidade pedida é 12
 .
C2 11

Descritor: 3.2. (Página 19 do Caderno de Apoio)

3.2. +Resolver problemas envolvendo espaços de probabilidades e determinação de propriedades da


função de probabilidade.

Exercício

1. Dado um conjunto finito E , uma probabilidade P em P  E  e dois acontecimentos A , B P  E  ,


tais que P  A   0, 3 , P  A  B   0, 2 e P  B   0, 3 , determine:

1.1. P  A  B 

1.2. P  A  B 
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Resolução

1. 1.1.  
P  A  B   P A  B  1  P ( A  B )  1  0, 2  0,8

1.2. P ( B )  1  P  B   1  0, 3  0, 7

P  A  B   P ( A)  P ( B )  P  A  B   0, 3  0, 7  0, 2  0,8

Exercício

2. Dado um conjunto finito E , uma probabilidade P em P  E  e dois acontecimentos A , B P  E  ,


prove que:
2.1. P ( A Ç B ) + P ( A È B ) = 1

2.2. P ( A ) + P ( B ) ³ P ( A È B )

2.3. * P ( A ) - P ( B ) = P ( A Ç B ) - P ( A Ç B )

2.4. * P ( A Ç B ) = P ( A ) - P ( A Ç B )

Resolução

2. 2.1. ( )
P ( A Ç B ) + P ( A È B ) = P ( A Ç B ) + P A Ç B = P ( A Ç B ) + 1- P ( A Ç B ) = 1

2.2. P ( A È B ) = P ( A ) + P ( B ) - P ( A Ç B ) Û

Û P ( A) + P ( B ) - P ( A È B ) = P ( A Ç B )

Logo, P ( A ) + P ( B ) - P ( A È B ) ³ 0 porque P ( A Ç B ) ³ 0 .

Assim, P ( A ) + P ( B ) ³ P ( A È B ) .

( )
2.3. P ( A Ç B ) - P ( A Ç B ) = P ( A Ç B ) - P A È B = P ( A Ç B ) - 1 + P ( A È B ) =

= P ( A Ç B ) - 1 + P (A ) + P (B ) - P ( A Ç B ) = P ( A ) - 1 + P ( B ) =

= P ( A ) - éê1 - P ( B ) ù
ú= P (A ) - P (B )
ë û

2.4. P ( A ) = P ( ( A Ç B ) È ( A Ç B ) ) = P ( A Ç B ) + P ( A Ç B ) porque ( A Ç B ) Ç ( A Ç B ) = Æ

Logo, P ( A Ç B ) = P ( A ) - P ( A Ç B ) .

Exercício

3. Dado um conjunto finito E , uma probabilidade P em P  E  e dois acontecimentos possíveis e


1 5
equiprováveis A , B P  E  tais que P  B  A   e P  A  B   . Determine:
3 6
3.1. P  A 
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

3.2. P  A  B 

Resolução
5 1 5 1 7
3. 3.1. P  A  B   P ( A)  P ( B )  P ( A  B )   P ( A)  P ( A)   2 P ( A)    P ( A) 
6 3 6 3 12

  1 2
3.2. P  A  B   P A  B  1  P  A  B   1  
3 3

Descritor: 3.3. (Página 19 do Caderno de Apoio)

3.3. +Resolver problemas envolvendo probabilidade condicionada, acontecimentos


independentes e o teorema da probabilidade total.

Exercício

1. Prove, dado um conjunto finito E , uma probabilidade P em P  E  e dois acontecimentos


A , B P  E  , com P  A   0 , que P  A  B   1  P  A   P  B | A  .

Resolução

1.  
P  A  B   P A  B  1  P  A  B   1  P  A  P  B | A

Exercício

2. Seja E um conjunto finito, P uma probabilidade em P  E  e A , B P  E  tais que:


1
P  A  B   , P  A  2 P  B  e P  A  B   5
1
8

2.1. Justifique que os acontecimentos A  B e A  B são disjuntos e exprima P  A  B  em função


de P  A  .
2.2. Determine:
2.2.1. P  A 

2.2.2. P  A | B 
2.2.3. P  A | B 

Resolução

2. 2.1.  A  B    A  B    A  A    B  B   A     , logo A  B e A  B são disjuntos.

P  A  B  P  A  B  P   A  B   A  B  
1 1
 P  A  B 
8
 
 P A   B  B  P  A B   P  A E  
8
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

1 1
 P  A  B   P  A  P  A  B   P  A 
8 8
1 P ( A) 1 3
2.2.1. P  A  B   P ( A)  P ( B )  P  A  B    P ( A)   P ( A)   P ( A) 
5 2 8 20
3
3 1 1
2.2.2. P ( A) 20 3 ; P ( A  B )   
P(B)    20 8 40
2 2 40
1
P ( A  B ) 40 1
2.2.3. P( A | B)   
P( B) 3 3
40

Exercício

3. Seja E um conjunto finito, P uma probabilidade em P  E  e A , B P  E  tais que


2 1
P  A  B   , P  A  2 P  B  e P  A | B   .
3 6
Averigue se A e B são acontecimentos independentes.

Resolução
1
3. P  A  B   P( B)  P  A | B    P( B)
6
2 1 2 17  P ( B ) 4
P  A  B   P ( A)  P ( B )  P  A  B    2  P(B )  P( B)   P( B)    P( B) 
3 6 3 6 17
8
P  A  2  P( B) 
17
1 2 32
Como P  A  B    P ( B )  e P ( A)  P ( B )  2 P ( B )  P ( B )  , obtém-se
6 51 289
P  A  B   P ( A)  P ( B ) , ou seja, os acontecimentos A e B não são independentes.

Exercício

4. Seja E um conjunto finito, P uma probabilidade em P  E  e A , B P  E  , com P  A   0 .


Prove que P  B | A   1  P  B | A  .

Resolução

P  B  A P  A \  A  B  P ( A)  P  A  B  P ( A) P  A  B 
4. P  B | A       1  P ( B | A)
P ( A) P ( A)  A B   A P ( A) P ( A) P ( A)

Exercício

5. *Seja E um conjunto finito, P uma probabilidade em P  E  e A , B P  E  . Prove que se A é


independente de B então também A é independente de B .
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
Resolução

5. Como A é independente de B , temos P  A | B   P ( A) . Recorrendo ao resultado do exercício anterior:

P  A | B   1  P ( A | B )  1  P ( A)  P ( A )
Conclui-se que A é independente de B .

Exercício
6. **Seja E um conjunto finito, P uma probabilidade em P  E  e A , B P  E  , A é possível mas
não certo.
Prove que A é independente de B se e somente se P  B | A   P  B | A  .

Resolução
6. P  B | A  P  B | A   P  A  0  P  A  1 
 P  A  0  P  A   0
P  B  A P  B  A
  
P  A P  A

 P  A  P  B  A  P  A P  B  A  

 1  P  A   P  A  B   P  A   P  B   P  A  B   

 P  A  B   P  A P  A  B   P  A P  B   P  A P  A  B  

 P  A  B   P  A P  B  
 A é independente de B

Exercício
7. Duas urnas A e B têm bolas verdes e pretas. A urna A tem cinco bolas verdes e duas bolas pretas e a
urna B tem quatro bolas verdes e três bolas pretas.
7.1. Foi retirada uma bola da urna B e colocada na urna A e, de seguida, foi tirada uma bola da urna A.
Determine a probabilidade de:
7.1.1. obter bola verde sabendo que a bola retirada da urna B era preta;
7.1.2. obter bola preta.
7.2. Foi selecionada uma urna ao acaso e tirada uma bola dessa urna. Determine a probabilidade de:
7.2.1. ser bola verde sabendo que saiu da urna A ;
7.2.2. ser bola preta sabendo que saiu da urna B ;
7.2.3. ser bola verde;
7.2.4. ter saído da urna A sabendo que é bola preta.

Resolução
7. 7.1. Sejam os acontecimentos:
PA : “A bola retirada da urna A é preta.”

PB : “A bola retirada da urna B é preta.”


1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

VA : “A bola retirada da urna A é verde.”

VB : “A bola retirada da urna B é verde.”

7.1.1. Ao colocar uma bola preta, retirada da urna B, na urna A, esta fica com cinco bolas verdes e
três bolas pretas. Assim, temos cinco casos favoráveis (bolas verdes na urna A) num total de
oito casos possíveis (cinco bolas verdes + três bolas pretas).
5
P (VA | PB ) 
8
3
7.1.2. A probabilidade de retirar uma bola preta da urna B é P ( PB )  e a probabilidade de retirar
7
4
um bola verde da urna B é P (VB )  .
7

– Ao colocar uma bola verde, retirada da urna B, na urna A, esta fica com seis bolas verdes e
duas bolas pretas. Assim, temos dois casos favoráveis (bolas pretas na urna A) num total de
oito casos possíveis (seis bolas verdes + duas bolas pretas).
2 1
P ( PA | VB )  
8 4
– Ao colocar uma bola preta, retirada da urna B, na urna A, esta fica com cinco bolas verdes e
três bolas pretas. Assim, temos cinco casos favoráveis (bolas verdes na urna A) num total de
oito casos possíveis (cinco bolas verdes + três bolas pretas).
3
P ( PA | PB ) 
8
Logo:
P ( PA )  P ( PA  PB )  P ( PA  VB ) 
 P ( PB )  P ( PA | PB )  P (VB )  P ( PA | VB ) 
3 3 4 2 17
    
7 8 7 8 56

7.2. Sejam os acontecimentos:


A : "É selecionada a urna A"
B : "É selecionada a urna B"
V : "Retirar uma bola verde"
P : "Retirar uma bola preta"
1
Logo, P ( A)  P ( B )  .
2
7.2.1. Sabendo que foi escolhida a urna A, temos cinco bolas verdes disponíveis (cinco casos
favoráveis) num total de sete bolas presentes na urna.
5
P (V | A) 
7
7.2.2. Sabendo que foi escolhida a urna B, temos três bolas pretas disponíveis (três casos favoráveis)
num total de sete bolas presentes na urna.
3
P( P | B) 
7
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades
7.2.3. Sabendo que foi escolhida a urna B, temos quatro bolas pretas disponíveis (quatro casos
favoráveis) num total de sete bolas presentes na urna.
4
P (V | B ) 
7
P (V )  P (V  A)  P (V  B ) 
 P ( A)  P (V | A)  P ( B )  P (V | B ) 
1 5 1 4 9
    
2 7 2 7 14
7.2.4. Sabendo que foi escolhida a urna A, temos duas bolas pretas disponíveis (dois casos
favoráveis) num total de sete bolas presentes na urna.
2
P ( P | A) 
7

Sabendo que foi escolhida a urna B, temos três bolas pretas disponíveis (três casos favoráveis)
num total de sete bolas presentes na urna.
3
P( P | B) 
7
Logo:
1 2 2
P ( A  P )  P ( A)  P ( P | A)   
2 7 14
1 3 3
P(P  B)  P( B)  P( P | B)   
2 7 14
1 2 1 3 5
P ( P )  P ( P  A)  P ( P  B )  P ( A)  P ( P | A)  P ( B )  P ( P | B )     
2 7 2 7 14
1 2

P( A  P) 2 7 2
P( A | P)   
P( P) 1 2 1 3 5
  
2 7 2 7

Exercício
8. Num saco existem duas moedas falsas e cinco moedas verdadeiras. Vão ser tiradas aleatoriamente
duas moedas do saco, uma a seguir à outra. Qual é a probabilidade de:
8.1. as duas moedas serem verdadeiras?
8.2. pelo menos uma delas ser verdadeira?
8.3. a segunda ser falsa sabendo que a primeira era verdadeira?

Resolução
8. Sejam os acontecimentos:
V1 : "A primeira moeda extraída é verdadeira"
F1 : "A primeira moeda extraída é falsa"
V2 : "A segunda moeda extraída é verdadeira"
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

F2 : "A segunda moeda extraída é falsa"


5 2
P (V1 )  e P ( F1 ) 
7 7
4 2 1 5
P (V2 | V1 )  , P ( F2 | V1 )  , P ( F2 | F1 )  e P (V2 | F1 ) 
6 6 6 6
5
5 4 20 10 C2 10
8.1. P (V1  V2 )  P (V1 )  P (V2 | V1 )     ou P  7 
7 6 42 21 C2 21
2
2 1 40 20 C2 1 20
8.2. 1  P ( F1  F2 )  1  P ( F1 )  P ( F2 | F1 )  1     ou P  1  7
 1 
7 6 42 21 C2 21 21
2 1
8.3. P ( F2 | V1 )  
6 3

Exercício
9. *O João tem duas moedas no bolso, sendo uma equilibrada e a outra viciada. Sabe que a probabilidade
2
de sair cara na moeda viciada é . Ele retira do bolso uma moeda ao acaso e lança-a, tendo obtido
3
coroa.
Qual é a probabilidade de ter lançado a moeda viciada?

Resolução
9. Sejam os acontecimentos:
V : "Sair moeda viciada"
E : " Sair moeda equilibrada"
1 1
P (V )  ; P( E ) 
2 2
2 1
P (C | V )  ; P (C | V ) 
3 3
1 1
P ( C | E )  ; P (C | V ) 
2 2
P (V  C ) P (V  C )
P (V | C )   
P (C ) P (V  C )  P ( E  C )
P (V )  P (C | V )
 
P (V )  P (C | V )  P ( E )  P (C | E )
1 1 1

2 3 2
  6 
1 1 1 1 1 1 5
   
2 3 2 2 6 4

Exercício

10. *Uma caixa tem 20 bolas, das quais cinco são brancas, e um saco tem 15 bolas, das quais algumas
1 CC12: Cálculo combinatório e probabilidades

são brancas. Ao tirar ao acaso uma bola da caixa e uma bola do saco, a probabilidade de se obter
pelo menos uma bola branca é igual a 75%.

Quantas bolas brancas existem no saco?

Resolução
10. Ao tirar ao acaso uma bola da caixa, a probabilidade de não se obter bolas brancas é de 25%.
Seja x o número de bolas brancas que há no saco. Na caixa temos 15 bolas que não são brancas e no
saco temos 15  x .
15(15  x ) 1
  15  x  5  x  10
20  15 4

Exercício

11. Uma fábrica utiliza três máquinas diferentes para produzir determinado tipo de peças mas que têm
níveis diferentes de eficiência. A máquina A produz metade do total da produção e as máquinas B e
C dividem a restante produção em partes iguais. Cerca de 98,5% da produção da máquina A não tem
qualquer defeito; a máquina B produz cerca de 2% de peças defeituosas e a máquina C tem uma
eficiência de 97%.
11.1. Selecionando aleatoriamente uma peça desse tipo produzida nessa fábrica qual é a probabilidade
de ser defeituosa?
11.2. Foi selecionada uma dessas peças ao acaso e era defeituosa. Qual é a probabilidade de ter sido
produzida pela máquina C ?
Resolução
11. 11.1. P ( D )  P ( D  A)  P ( D  B )  P ( D  C ) 
 P ( A ) P ( D | A )  P ( B ) P ( D | B )  P (C ) P ( D | C ) 
 0, 5  0, 015  0, 25  0, 02  0, 25  0, 03  0, 02  2%

P ( D  C ) P (C ) P ( D | C ) 0, 25  0, 03
11.2. P (C | D )     0, 375  37, 5%
P( D) P( D) 0.02

Você também pode gostar