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Decreto Nº 45.

541/ 08

Regulamenta a Lei nº 12.901, de 11 de janeiro de 2008, que


dispõe sobre a qualificação de pessoa jurídica de direito privado
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a
celebração do Termo de Parceira, e dá outras providências.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso


da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso VII, da Constituição do Estado.

D E C R E T A:

Capítulo I
Da Qualificação Como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Seção I
Do Procedimento

Art. 1° - A qualificação de pessoa jurídica de direito privado como


Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o Termo de Parceria e seu processo de seleção têm a
sua regulamentação, estrutura e funcionamento estabelecidos por este Decreto.

Art. 2º - O pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público será encaminhado pela pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que atenda aos
requisitos dos arts. 1º a 3º da Lei nº 12.901, de 11 de janeiro de 2008 ao titular da Secretaria da Justiça e do
Desenvolvimento Social, mediante o preenchimento de requerimento escrito e apresentação de cópia
autenticada dos seguintes documentos:

I - estatuto social registrado em cartório;

II - ata de eleição de sua atual diretoria;

III - balanços patrimonial e demonstrativo dos resultados financeiros dos


dois anos anteriores;

IV - declaração de isenção do Imposto de Renda dos dois exercícios


anteriores;

V - inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;

VI – comprovação de regularidade fiscal;

VII - documentos que comprovem a execução direta de projetos, programas


ou planos de ações relacionadas às atividades previstas no art. 2º da Lei nº 12.901/08.

VIII – declaração de que atende ao disposto no § 2º do art. 3ºda Lei nº


12.901/08.

Art. 3º - A Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social – SJDS -


deverá verificar a conformidade dos documentos citados no art. 2º deste Decreto com o disposto nos arts. 2º
a 4º da Lei nº 12.901/08, devendo observar:
I - se a entidade tem como finalidade uma das atividades constantes dos
incisos I a XII do art. 2º da Lei nº 12.901/08;

II - se o estatuto obedece aos requisitos do art.3º da Lei nº 12.901/08;

III - se a entidade não está enquadrada no art. 4º da Lei nº 12.901/08;

IV – se o pedido é firmado pelo representante legal da entidade;

V - se foram apresentados os balanços patrimoniais e o demonstrativo dos


resultados financeiros dos dois exercícios anteriores;

VI - se foi apresentado o comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de


Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF).

Parágrafo único - Constatando a falta de algum dos documentos exigidos


no artigo. 2º deste Decreto, a Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social concederá prazo de 15
(quinze) dias para que o interessado complemente a documentação.

Art. 4º - A Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social – SJDS –


encaminhará a solicitação ao Conselho de Direitos da respectiva área de atuação da Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público, atestando que a mesma preenche os requisitos legais pertinentes.

Art. 5º - O Conselho de Direitos da respectiva área de atuação da entidade


requerente terá o prazo de até 15 (quinze) dias a partir do recebimento da documentação para manifestar-se
sobre a sua conveniência.

Parágrafo único - Terminado o prazo de que trata o caput deste artigo,


independentemente da manifestação do Conselho, o requerimento retornará à Secretaria da Justiça e do
Desenvolvimento Social.

Art. 6º - Após o transcurso do prazo de que trata o caput do art. 5º, o


requerimento será examinado pela Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social, a qual terá o prazo de
até 15 (quinze) dias para deferir ou não o pedido de qualificação, ato que será publicado no Diário Oficial do
Estado.

§1º - Na hipótese de deferimento do pedido de qualificação, será emitido


Certificado de Qualificação da entidade requerente como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público.

§ 2º - O prazo de validade do Certificado de Qualificação como Organização


da Sociedade Civil de Interesse Público será de 3 (três) anos, findo o qual a entidade deverá comprovar que
mantém esta condição, mediante apresentação dos documentos atualizados de que trata o art. 2º deste
Decreto.

§ 3º - A decisão que indeferir o pedido de qualificação como Organização da


Sociedade Civil de Interesse Público, deverá ser fundamentada, podendo o interessado requerer novamente a
qualificação a qualquer tempo.
Art. 7º - Qualquer alteração da finalidade ou do regime de funcionamento da
entidade, bem como no seu estatuto social deverá ser comunicada à Secretaria da Justiça e do
Desenvolvimento Social, acompanhada de justificativa, sob pena de cancelamento do Certificado de
Qualificação.
Art. 8º - Para fins da Lei nº 12.901/08, entende-se como Assistência Social,
o desenvolvimento das atividades previstas no art. 3º da Lei Orgânica da Assistência Social - Lei Federal nº
8.742, de 7 de dezembro de 1993.

Seção II
Da Perda da Qualificação

Art. 9º - Perderá a qualificação como Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público a entidade que:

I - dispuser de forma irregular dos recursos públicos que lhe forem


destinados;

II - incorrer em irregularidade fiscal ou trabalhista;

III - descumprir o disposto na Lei nº 12.901/08, no presente Decreto ou no


Termo de Parceria firmado com o Poder Executivo Estadual.

Art. 10 - A entidade perderá a qualificação como Organização da Sociedade


Civil de Interesse Público mediante decisão proferida em processo administrativo instaurado na Secretaria da
Justiça e do Desenvolvimento Social, de ofício ou a pedido de qualquer pessoa, ou judicial, de iniciativa
popular ou do Ministério Público.

Parágrafo único - A perda da qualificação de que trata este artigo apenas


será efetivada após prévio processo administrativo em que sejam assegurados a a ampla defesa e o
contraditório.

Capítulo III
Do Processo Seletivo

Art. 11 - A escolha da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público


para a celebração do Termo de Parceria, conforme dispõe o § 1º do art. 10 da Lei nº 12.901/08, será realizada
por meio de seleção pública.

Parágrafo único - O Poder Executivo deverá publicar no Diário Oficial do


Estado aviso contendo o resumo do processo seletivo e o prazo mínimo entre o aviso até o recebimento da
proposta que será:

I - de 15 (quinze) dias para repasses totais de até R$ 500.000,00 (quinhentos


mil reais);

II - de 30 (trinta) dias para repasses totais acima de R$ 500.000,00


(quinhentos mil reais).
Art. 12 – A Secretaria que inaugurar processo seletivo para escolha de
entidade com a qual firmará Termo de Parceria tendo como objeto atividade no âmbito de suas
competências, dará ciência do início do processo seletivo ao Procurador-Geral de Justiça e ao Procurador-
Geral do Estado, para que, querendo, indiquem seus representantes.

Parágrafo único – Caso o Procurador-Geral de Justiça ou o Procurador-


Geral do Estado não indiquem seus representantes para acompanhar a seleção de Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público para firmar Termo de Parceria, a Comissão Julgadora disponibilizará a qualquer
tempo, e a requerimento daqueles, todas as informações relativas ao processo seletivo.

Art. 13 - Do edital de seleção pública de Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público constarão, entre outras, informações sobre:

I - especificação técnica do objeto do Termo de Parceria;


II - prazos, condições, forma e local de apresentação das propostas;

III - critérios de seleção e julgamento das propostas;

IV – prazo de vigência do Termo de Parceria, limitado ao disposto no art. 15


da Lei nº 12.901/08;

V - pontuação pertinente a cada item da proposta ou projeto;

VI - valor máximo a ser desembolsado, quando for o caso;

Art. 14 - Para participar do processo seletivo, a Organização da Sociedade


Civil de Interesse Público deverá apresentar seu projeto técnico detalhado à Comissão Julgadora, conforme o
disposto no Edital, bem como a comprovação de sua regularidade jurídica e fiscal.

Art. 15 - Na seleção e no julgamento dos projetos serão observados:

I – sua adequação ao edital;

II - a capacidade técnica e operacional da entidade participante,


considerando suas condições efetivas de execução sustentável dos serviços objeto do Termo de Parceria;

Art. 16 - O processo seletivo será conduzido por Comissão Julgadora,


designada por ato do Governador do Estado, e integrada por 2 (dois) profissionais de notória especialização e
conhecimento sobre o assunto, 2 (dois) representantes da Secretaria a qual está vinculada a execução do
objeto do Termo de Parceria, e 1 (um) representante da Secretaria do Planejamento e Gestão.
§ 1º - Será constituída Comissão Julgadora para cada seleção pública de que
trata este Decreto.

§ 2º - Os representantes do Poder Executivo na Comissão de que trata o


caput deste artigo, serão indicados pelos titulares das respectivas Pastas.

§ 3º - O trabalho da Comissão de que trata o caput não será remunerado.

§ 4º - A Comissão poderá solicitar a Secretaria responsável pelo processo


seletivo informações adicionais sobre o objeto do Termo de Parceria.

§ 5º - A Comissão classificará as propostas das Organizações da Sociedade


Civil de Interesse Público, obedecidos os critérios estabelecidos neste Decreto e no Edital.

§ 6º - Caberá pedido de reconsideração, devidamente fundamentado, no


prazo de 3 (três) dias, da decisão da Comissão Julgadora, a qual terá 5 (cinco) dias para julgá-lo, em caráter
terminativo.
Art. 17 - Após o anúncio público do resultado da seleção, o titular da
Secretaria que inaugurou o processo seletivo o homologará, seguindo-se a celebração do Termo de Parceria.

Parágrafo único - A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público,


no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da assinatura do Termo de Parceria, elaborará regulamento
próprio contendo os procedimentos a serem adotados para a contratação de obras e serviços, bem como para
compras com o emprego de recursos provenientes do Poder Público, observados os princípios estabelecidos
no inciso I do art. 3º da Lei nº 12.901/08.

Capítulo II
Do Termo de Parceria
Art. 18 - O Termo de Parceria é o instrumento destinado à formação de
vínculo de cooperação entre a Administração Pública Estadual e as entidades qualificadas como Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público, para o fomento e a execução de atividades de interesse público
previstas na Lei nº 12.901/08.

Art. 19 - Serão destinados recursos orçamentários necessários ao


cumprimento do Termo de Parceria, ressalvadas as hipóteses de inadimplência com o Poder Público ou de
descumprimento das condições estabelecidas no Termo de Parceria.

Art. 20 - O Termo de Parceria será firmado pelo titular da Secretaria de


Estado a qual está vinculada a execução do seu objeto, e que será denominada como Parceiro Público, após a
manifestação da sua Assessoria Jurídica e consulta à Secretaria do Planejamento e Gestão, que elaborará sua
minuta, contendo as cláusulas essenciais descritas no art. 9º da Lei nº 12.901/08.

§ 1º - O Parceiro Público verificará, previamente à celebração do Termo de


Parceria, o regular funcionamento da organização, devendo, detectada alguma irregularidade, informar à
Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social para que adote as providências cabíveis.
§ 2º - O Termo de Parceria celebrado com Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público que tenha por objeto social a promoção de saúde gratuita deverá observar os princípios
do art. 198 da Constituição da República e do art. 7º da Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.

§ 3º - A perda da qualificação como Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público importará na resolução imediata do Termo de Parceria.

§ 4º - O prazo do Termo de Parceria não poderá ser superior a 60 (sessenta)


meses, podendo ser resolvido a qualquer tempo na hipótese de descumprimento de suas disposições.

Art. 21 - O Termo de Parceria a ser firmado entre o Parceiro Público e a


Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos do art. 11 da Lei nº 12.901/08, será
precedida de:

I - consulta às Secretarias de Estado diretamente envolvidas;

II - comprovação, pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público,


de sua regularidade fiscal com as Fazendas Federal, Estadual, e Municipal, INSS e FGTS mediante a
apresentação das respectivas certidões e do preenchimento das condições necessárias para o exercício das
atividades que constituem o seu objeto social, bem como de relatório circunstanciado das atividades sociais
desempenhadas pela entidade no exercício imediatamente anterior à apresentação da proposta do Termo de
Parceria.

Art. 22 – Será publicada no Diário Oficial do Estado a súmula do Termo de


Parceria e em página da “internet”, a cargo do Parceiro Público, que deverá conter demonstrativo da
execução física e financeira e de prestação de contas, conforme modelo simplificado, contendo os dados
principais da documentação obrigatória prevista no inciso VI do art. 9º da Lei nº 12.901/08, sob pena de não-
liberação dos recursos previstos no respectivo Instrumento.

Art. 23 – Para os fins do disposto no artigo 11 da Lei nº 12.901/08, a


Organização da Sociedade Civil de Interesse Público indicará pelo menos um dirigente responsável pela
administração dos recursos recebidos.

Parágrafo único – O nome do dirigente ou dos dirigentes indicados constará


na súmula do Termo de Parceria a ser publicado.

Art. 24 – Poderão ser destinados às Organizações da Sociedade Civil de


Interesse Público, bens públicos necessários ao cumprimento do Termo de Parceria, cuja posse será
reconhecida apenas durante a vigência do respectivo instrumento.
Parágrafo único – Os bens de que trata este artigo serão relacionados e
identificados em cláusula expressa constante do Termo de Parceria, por meio de permissão de uso.

Art. 25 - A liberação de recursos financeiros necessários à execução do


termo de parceria far-se-á em conta bancária específica aberta em instituição financeira oficial.

Parágrafo único. A liberação de recursos de que trata o caput deste artigo


obedecerá ao cronograma de desembolso previsto no Termo de Parceria, salvo se autorizada sua liberação
em parcela única.

Art. 26 - É lícita a vigência simultânea de um ou mais Termos de Parceria,


ainda que com o mesmo Parceiro Público, de acordo com a capacidade operacional da Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público.

Capítulo IV
Do Acompanhamento e Fiscalização

Art. 27 - A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e


fiscalizada pelo Parceiro Público, pelo Órgão de Controle Interno do Estado e pela Assembléia Legislativa,
nos termos dos artigos 56 e 76 da Constituição do Estado, e do art. 11, caput, da Lei nº 12.901/08.

Art. 28 - Os resultados atingidos com a execução do Termo de Parceria


serão analisados semestralmente, no mínimo, por Comissão de Avaliação designada pelo Governador do
Estado, que será integrada por 1 (um) profissional de notória especialização e conhecimento sobre o assunto,
1 (um) servidor da Secretaria a qual está vinculada a execução do objeto do Termo de Parceria, indicado pelo
Titular da respectiva Pasta, e 1 (um) servidor da Secretaria de Planejamento e Gestão, indicado pelo Titular
da respectiva Pasta.

§ 1º - Serão constituídas Comissões de Avaliação para cada Parceiro Público


da Administração Direta que firmar Termos de Parceria com Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público.
§ 2º A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá
apresentar semestralmente à Comissão de Avaliação os seguintes documentos:

I - relatório gerencial sobre a execução do objeto do Termo de Parceria,


contendo comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados;

II - demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução.

§ 3º - As Comissões de Avaliação encaminharão, semestralmente, ao


Secretário de Estado Parceiro Público, relatório gerencial sobre a execução do objeto dos Termos de
Parceria, na forma prevista no inciso IV do art. 9ºda Lei nº 12.901/08.

Art. 29 – O Parceiro Público e a Comissão de Avaliação, ao tomarem


conhecimento de irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública pela
organização parceira, darão imediata ciência do fato à Procuradoria-Geral do Estado, ao Tribunal de Contas e
ao Ministério Público.

Parágrafo único – Estará disponível para a Assembléia Legislativa, ampla


informação sobre o Termo de Parceria e sua execução, bem como dos documentos necessários ao
acompanhamento e fiscalização do regular cumprimento das obrigações pelas partes.

Art. 30 - Para efeito do disposto na alínea "d" do inciso VII do art. 3º da Lei
nº 12.901/08, entende-se por prestação de contas a comprovação da correta aplicação de todos os recursos,
bens e pessoal de origem pública repassados à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Parágrafo único - As prestações de contas anuais serão realizadas sobre a
totalidade das operações patrimoniais e resultados das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
e deverão observar aos princípios fundamentais da contabilidade, e às Normas Brasileiras de Contabilidade.

Art. 31 - Ao final da vigência do Termo de Parceria, a Organização da


Sociedade Civil de Interesse Público prestará contas da execução do seu objeto, comprovando, perante a
Comissão de Avaliação, a correta aplicação dos recursos, bens e servidores públicos recebidos e o
adimplemento das obrigações e responsabilidades assumidas, mediante a apresentação dos seguintes
documentos:

I - relatório gerencial de execução de atividades;

II - demonstração de resultados do exercício;

III - balanço patrimonial;

IV - demonstração das origens e aplicações de recursos;

V - demonstração das mutações do patrimônio social;

VI - notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário;

VII - publicidade, por meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, do


relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade;

VIII - as certidões negativas de débitos no Instituto Nacional do Seguro


Social - INSS - e no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS - colocando-as à disposição, para
exame, de qualquer cidadão; e

IX – parecer sobre o balanço patrimonial emitido por auditores externos


independentes.

Capítulo V
Da Rescisão e da Extinção do Termo de Parceria

Art. 32 - A rescisão do Termo de Parceira ocorrerá nas seguintes hipóteses,


sem prejuízo de outras disposições previstas nos instrumentos específicos:

I - perda da qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse


Público, conforme o art. 6° da Lei nº 12.901/08;

II - descumprimento das responsabilidades e obrigações assumidas no Termo


de Parceira;

III - obtenção de benefícios ou vantagens pessoais, com exceção da


remuneração prevista no art. 3º, inciso VI da Lei nº 12.901/08, pelos dirigentes da entidade, bem como seus
cônjuges, companheiros e parentes colaterais ou afins até o terceiro grau, inclusive, em decorrência de
participação nas atividades da respectiva pessoa jurídica qualificada como Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público;

IV – prática de irregularidades fiscais ou trabalhistas;

V - pagamento de remuneração em valores inferiores ao salário mínimo


definido em lei e aos pisos regionais das respectivas categorias profissionais;
VI - ausência de apresentação de relatório sobre a execução do objeto do
Termo de Parceria e da prestação de contas dos gastos e das receitas efetivamente realizadas no prazo
estipulado no instrumento, nos termos do inciso VI do art. 9° Lei nº 12.901/08.

Parágrafo único - A rescisão do Termo de Parceria, seja qual for o motivo,


não exime os signatários das responsabilidades e das obrigações originadas durante o período em que esteve
em vigor.

Art. 33 - A extinção do Termo de Parceria ocorrerá com o término do prazo


de vigência do instrumento que não poderá ser superior a 60 (sessenta) meses.

Capítulo VI
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 34 - É vedada à entidade qualificada como Organização da Sociedade


Civil de Interesse Público qualquer tipo de participação em campanha de interesse político-partidário ou
eleitoral.

Art. 35 - A Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social permitirá,


mediante requerimento do interessado, acesso a todas as informações pertinentes às Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público.

§ 1º - Na hipótese do caput deste artigo, a parte interessada deverá


encaminhar requerimento fundamentado ao Secretário de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social,
indicando quais as informações que deseja obter das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.

§ 2º - Na hipótese do caput deste artigo, a Secretaria da Justiça e do


Desenvolvimento Social disponibilizará à parte interessada que requerer as informações solicitadas no prazo
de até 15 (quinze) dias a contar do protocolo do pedido.

Art. 36 – A Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social poderá


expedir Normas complementares a este Decreto.

Art. 37 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando-


se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre,

YEDA RORATO CRUSIUS,


Governadora do Estado.

Registre-se e publique-se.

CÉZAR BUSATTO,
Chefe da Casa Civil.

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